Dirigido por Jitman Vibranovski, solo “O Espelho” estrelado pelo ator Paulo Antunes, da Cia Teatro Institucional, terá quatro únicas apresentações, seguidas por debates com a participação da equipe e convidados especiais.
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Depois de estrear na Europa e fazer duas temporadas cariocas com casa cheia, o monólogo “O Espelho”, baseado no conto homônimo de Machado de Assis, retorna ao Rio em quatro únicas apresentações, dias 7, 8, 14 e 15 de setembro, sempre às 19h, na Cidade das Artes, na Barra. Encenado pelo ator Paulo Antunes, com direção de Jitman Vibranovski, parceiros de longa data na Cia Teatro Institucional, o solo traz para os palcos toda a complexidade e riqueza do clássico machadiano em uma montagem original e surpreendente, que faz o público refletir sobre o valor da individuação de cada ser humano.
Publicado em 1882, originalmente com o título “O Espelho – Esboço de uma Nova Teoria da Alma Humana”, o conto literário vem atravessando os séculos e, ainda hoje, mostra-se atemporal ao lançar luz sobre questões inerentes ao ser humano, independente da época em que vivemos: o que permite uma pessoa ser livre? Qual o conceito de liberdade individual? O que nos oprime e aprisiona?
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“Além de ator, sou arte terapeuta. Para quem conhece a psicologia, percebe que estamos diante de um texto metafísico, que toca em questões existenciais, sobretudo na solidão humana, mas de uma forma lúdica e literária”, diz Paulo. “Para mim, o texto fala, principalmente, sobre o narcisismo que mora em todos nós, o amor pela própria imagem. O que somos e como aparentamos ser. Não à toa, o nome é Espelho”, reflete o diretor.
O conto narra a história de Jacobina, um homem pobre que é nomeado Alferes da Guarda Nacional. A partir desse novo status, elementos sociais e psicológicos se emaranham numa trama que aborda questões relativas à alma humana, à solidão, à vaidade, à luxúria e ao poder.
Para transpor a obra literária para os palcos, Jitman optou por uma direção nua e crua, onde o roteiro é o próprio conto, falado tal qual Machado escreveu, sem cortes ou adaptações. “O Paulo escavou e explorou tanto o texto que, apesar de rebuscada, a linguagem é absolutamente acessível. Qualquer pessoa que assiste, consegue pegar a concepção inteira do espetáculo. Isso é muito legal”, diz Ana Beatriz de Paula, assistente de direção.
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Todos os personagens da trama aparecem em cena na figura de Paulo. Sem trilha sonora, cenário ou troca de figurino, Paulo assume de forma visceral todos os papéis tendo apenas a iluminação de Gil Santos como coadjuvante. Com preparação vocal de Clara Marinho e preparação corporal de Stela Maris, Paulo ocupa todo o espaço do teatro, da plateia à coxia, derrubando a quarta parede e trazendo toda a potência do teatro em sua essência pura e simples: o ator e o espectador. “A plateia me vê em todos os cantos do teatro. Então, eu não conto essa história sozinho. É o teatro que está ali, vivo, contando junto comigo”, diz Paulo Antunes.
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Após cada sessão, o público é convidado a participar de um debate com o ator e equipe. Excepcionalmente no dia 14, o encontro vai contar com a presença de convidados especiais da área da arteterapia, literatura e justiça.
FICHA TÉCNICA
Ator: Paulo Antunes | Direção: Jitman Vibranovski | Assistente de direção: Ana Beatriz de Paula | Preparação de corpo: Stela Maris | Preparação de voz: Clara Marinho | Iluminação: Gil Santos | Figurino: Juliana Arnoldi | Assistente de produção: Antônio Brum | Assessoria de imprensa: Fernanda Lacombe / Lage Assessoria | Produtora: Juliana Arnoldi | Realização: O Teatro Institucional.
SERVIÇO
Monólogo “O ESPELHO”
Com: Paulo Antunes. Direção: Jitman Vibranovski.
Local: Cidade das Artes – Av. das Américas, 5300 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
Datas: 7, 8, 14 e 15 de setembro (sábado e domingo)
Horário: às 19h00
Valor: R$ 70 (inteira); R$ 35 (meia)
Duração: 60m
Capacidade: 120 pessoas
Classificação: 12 anos
Vendas pelo Sympla
Mais informações: @oteatroinstitucional