sábado, novembro 23, 2024

Espetáculo ‘Ilha Deserta’, do Grupo Ojcuro estreia temporada no Espaço Elevador

Ojcuro, grupo argentino de teatro cego, estreia espetáculo ‘Ilha Deserta‘ no Brasil. Após 23 anos de sucesso na Argentina, o espetáculo chega a São Paulo, oferecendo uma imersão na escuridão, onde o público explora novos sentidos e percepções.
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O espetáculo Ilha Deserta convida o público a explorar estímulos sensoriais que vão além do que se vê. Apresentado pelos argentinos Grupo Ojcuro, que explora o potencial do teatro cego de forma inovadora, a peça estreia no Espaço Elevador, no dia 5 de outubro e segue em cartaz até 27 de outubro, com sessões aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 19h. A abordagem busca despertar a percepção do espectador para a narrativa de formas inesperadas.

Com dramaturgia de Roberto Arlt, direção de Mateo Terrile e realização de José Menchaca, a obra provoca reflexões sobre trabalho, liberdade e felicidade. O Grupo Ojcuro, pioneiro no Teatro Cego na Argentina, aposta nessa proposta, valorizando a força da narrativa sensorial. “Ressaltamos a capacidade expressiva da narrativa dos sentidos, audição, olfato e tato. Depois de 23 anos ininterruptos em cartaz, em 2023 decidimos embarcar em uma nova aventura: ampliar o grupo com artistas do Brasil e viajar à São Paulo com nossa proposta.” conta o diretor Mateo Terrile.
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Na montagem, o público é colocado no centro da ação, com sons e sensações que mudam de acordo com a posição dos espectadores na sala. O realizador José Menchaca explica: “Dependendo do lugar que ocupam no espaço, as pessoas captam determinados estímulos e conseguem uma percepção da história”.

A experiência começa antes mesmo de entrar na sala: os espectadores são guiados por um integrante do grupo, em fila, segurando-se nos ombros, até um espaço completamente escuro. A partir desse momento, os sentidos são ativados e cada um começa a criar suas próprias imagens a partir de sons, cheiros e toques. Com uma proposta multissensorial, o espetáculo faz com que os espectadores vivenciem uma pequena revolução interna, onde a imaginação assume o controle.
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A peça retrata um escritório onde os funcionários parecem condenados à rotina, enquanto sonham com um futuro melhor. Um caseiro compartilha histórias de viagens e anseios de liberdade, enquanto os espectadores são transportados para diversos universos. “A partir dos estímulos sensoriais, o público é levado a múltiplos mundos imaginários”, conclui Menchaca.

A obra, escrita na primeira metade do século passado, reflete sobre trabalho, liberdade e felicidade, temas que parecem cada vez mais relevantes no dia a dia. A decisão de encenar um texto de Roberto Arlt não foi acidental. Na obra de Arlt existe uma dupla tensão: a de trabalhar essas novas realidades e a de criar uma “realidade ficcional” que se nomeia de outro modo. Uma forma de explorar a condição humana, questionando a natureza da realidade, a busca por significado na vida e a complexidade das relações humanas, onde os limites entre sonho e realidade se tornam turvos, convidando o público a refletir sobre a natureza da experiência humana e a capacidade transformadora da imaginação.
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“A peça se baseia na farsa dramática que Arlt escreveu, embora tenha certas modificações que facilitam a interpretação no escuro. A escolha deste autor explica também a validade desta proposta que estreamos em 2001 naquela que foi a primeira Cidade Cultural Konex, já que foi um escritor prolífico e moderno que nos convida a viajar por temas que hoje nos mobilizam”, acrescenta o realizador.

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Espetáculo ‘Ilha Deserta’ – do Grupo Ojcuro – foto: Camila Rios

SINOPSE
Já teve vontade de abandonar o trabalho e começar uma nova vida? Já ouviu uma história de aventura que te prendeu na imaginação? O tempo passa arrastado, como os transeuntes que cruzam a janela do escritório. Os funcionários fazem café, sentam em suas mesas e iniciam suas tarefas. As jornadas seguem, repetitivas, como o barulho de uma copiadora. Entre o som das teclas e as ligações, surge um canto inquietante: é Cipriano, um simples funcionário de manutenção, que, no entanto, nos faz questionar o sentido de nossas vidas.

FICHA TÉCNICA
Elenco: Caroline Varani, Juan Monteiro, Raiane Souza, Ricardo Sotero, Simone Santos, Verônica Trindade e Victor Sousa. Direção: Mateo Terrile. Realização: José Menchaca. Dramaturgia: Roberto Arlt. Direção de arte: José Menchaca. Assistente de direção: China Gonzalez. Figurino: Grupo Ojcuro. Preparação vocal: Mateo Terrile. Sonoplasta e técnico de som: Marina Negreiros. Produção executiva: Beatriz Stok. Fotografia: Camila Rios. Mídias Sociais: Federico Belloni. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Produção e realização: Grupo Ojcuro e Espaço Elevador. Apoio: Armazém da Luz. Direção de produção: Rommaní Carvalho.

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Espetáculo ‘Ilha Deserta’ – do Grupo Ojcuro – foto: Camila Rios

SERVIÇO
Espetáculo ‘Ilha Deserta’
Estreia dia 5 de outubro, sábado, às 20h no Espaço Elevador
Temporada: De 5 a 27 outubro – sábados às 20h e domingos às 19h.
Não haverá espetáculo no domingo (20 de outubro), esse dia será substituído pela sexta-feira (18 de outubro) às 21h.
Ingressos: R$ 60 (inteira)e R$ 30 (meia)
Vendas Online: clique aqui.
Duração: 80 minutos.
Classificação: 14 anos.
Espaço Elevador
Rua Treze de Maio, 222 – Bela Vista, São Paulo – SP, 01327-000
Capacidade: 60 lugares.
Informações: (11) 94315-6701
Siga o grupo no instagram: @grupoojcurobr

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Espetáculo ‘Ilha Deserta’ – do Grupo Ojcuro – foto: Camila Rios
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Espetáculo ‘Ilha Deserta’ – do Grupo Ojcuro – foto: Camila Rios

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