O poeta Flávvio Alves e o compositor Kléber Albuquerque lançam “Cantigas de Não Chegar”, chega nas plataformas de música pela Sete Sóis, com distribuição digital da Tratore. O álbum conclui o projeto iniciado em 2016, quando os dois amigos trilharam juntos o Caminho de Santiago de Compostela e os versos de Flávvio começaram a fluir e a ganhar forma de música no canto e nos toques do violão de Kléber.
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Com uma atmosfera inspirada na sonoridade folk dos anos setenta, misturando influências que vão de Antônio Marcos a Jethro Tull, passando por Violeta Parra com doses extra de psicodelia, o álbum retoma a parceria iniciada com o álbum “Outras Canções de Desvio”. Produzido por Flávvio, Kléber e Ricardo Prado, “Cantigas de Não Chegar” começou a ganhar o mundo durante o período da pandemia, com o lançamento do single “Rabiolas Enfeitam Parabólicas”, que tem a participação especial de Fred Martins (violão), carioca que há alguns anos está radicado em Portugal.
Ao todo são seis poemas de Flávvio Alves musicados e cantados por Kleber Albuquerque, que agora estão juntos no álbum, que chega com o visualizer de “Vasto Vazio”, no youtube.
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Flávvio Alves é poeta, compositor, produtor e um dos fundadores do selo Sete Sóis, que já lançou mais de 50 álbuns. Foi gravado por Ceumar, Renato Braz, Rubi, Kleber Albuquerque, Fred Martins, Zeca Baleiro, entre tantos outros. Tem parcerias com Alice Ruiz, Carlos Careqa, Daniel Groove, Elaine Frere, Fred Martins, Fernando Cavallieri, Marco Vilane, Rubi, entre outros. Lançou o CD Outras canções de Desvio, com a arte da capa feita por Lourenço Mutarelli e com composições em parceria com diversos artistas de diferentes Estados do Brasil. Tem dois álbuns em parceria com Adolar Marin.
O cantor e compositor Kléber Albuquerque tem oito álbuns autorais gravados, sendo o mais recente deles o “Anzol”, selecionado para a terceira temporada do selo Educadora FM Independente. Indicado em 2018 ao Prêmio da Música Brasileira, o artista tem canções de sua autoria interpretadas por artistas como Zeca Baleiro, Fábio Jr., Ceumar, Vanusa e Márcia Castro, entre outros. Além de sua discografia, Kléber Albuquerque também compõe para teatro, tendo recebido por essas suas obras os prêmios APCA, Coca-Cola Femsa e Cooperativa de Teatro.
DISCO ‘CANTIGAS DE NÃO CHEGAR’ • Kléber Albuquerque e Flávvio Alves • Selo Sete Sóis • 2024
Canções / compositores
1. Cantiga de não chegar (Kleber Albuquerque e Flávvio Alves)
2. Rabiolas enfeitam parabólicas (Kleber Albuquerque e Flávvio Alves)
3. Eclipse (Kleber Albuquerque e Flávvio Alves)
4. Cabelos negros (Kleber Albuquerque e Flávvio Alves)
5. Dor de gente (Kleber Albuquerque e Flávvio Alves)
6. Vasto vazio (Kleber Albuquerque e Flávvio Alves)
– ficha técnica –
Kléber Albuquerque (voz, programação de teclado, gaita e violão) | Ricardo Prado (sanfona, baixo e piano) | Estevan Sinkovitz (guitarra e bandolim) | Gustavo Souza (bateria) | Luiz Waak (guitarra portuguesa em “Cantiga de não chegar”) | Fred Martins (violão em “Rabiolas enfeitam parabólicas”) | Rodrigo Fuji (bateria em “Rabiolas enfeitam parabólicas”) | Mixagem e masterização: Estúdio Canto da Coruja (Piracaia/SP) | Produção artística: Flávvio Alves, Kleber Albuquerque e Ricardo Prado | Capa: Kleber Albuquerque | Assessoria de imprensa: Adriana Bueno | Selo: Sete Sóis | Distribuição digital: Tratore | Formato: CD digital | Ano: 2024 | Lançamento: 1 de novembro | ♪Ouça o álbum: clique aqui | ♩Visualizer de “Vasto Vazio”, no youtube
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>> Siga: @kleberalbuquerqueoficial | @flavviosetesois
Faixa a faixa, por Flávvio Alves e Kléber Albuquerque
1. CANTIGA DE NÃO CHEGAR – Uma canção peregrina. Composta em 2016 no Caminho de Santiago de Compostela, é uma guarânia com melodia de sabor antigo e letra introspectiva que fala sobre buscas, caminhos e distâncias. O arranjo mescla acordeon, teclados e guitarra portuguesa para criar uma atmosfera que lembra algo como se Dominguinhos encontrasse Violeta Parra em uma sessão de xamanismo urbano. Veja o videoclipe: clique aqui.
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2. RABIOLAS ENFEITAM PARABÓLICAS – Inspirado nas ideias discordianistas do escritor americano Robert Anton Wilson, a canção traz uma sonoridade que flerta com o cenário folk-psicodélico dos anos setenta, remetendo a referências como Jethro Tull e Cat Stevens. A gravação destaca a participação de Fred Martins ao violão. Veja o videoclipe: clique aqui.
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3. ECLIPSE – Uma canção para se ouvir no escuro. Como convém a um blues, fala sobre separações, dores e solidões. Mas não só. Este curto e sinestésico poema de Flávvio, musicado por Kléber, descreve em seus versos aquela sensação quase palpável que alguns momentos possuem, de condensarem em si a presença de uma ausência. Sim, é uma ideia estranha, mas para isso servem os poemas. Veja o videoclipe: clique aqui.
4. CABELOS NEGROS – É uma típica canção de desilusão amorosa que se utiliza de subterfúgios poéticos para não esbarrar em um texto por demais confessional. Diante do magnetismo da beleza feminina, ainda que com a antevisão da aludida decepção e mesmo sabendo que é roubada, o poeta rende-se ao ardil da paixão.
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5. DOR DE GENTE – A saudade mais uma vez dá o tom nesta parceria, relacionando as dores de amores às dores do corpo. Esta composição surgiu “instantaneamente”: ao folhear os cadernos de poesia de Flávvio, os versos de “Dor de Gente” cristalizaram-se de uma só tacada nesta balada latejante e funkeada de Kléber.
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6. VASTO VAZIO – A melancolia tem o costume de render boas canções. Introspectiva e lenta, é uma bossa zen para tempos escuros. Como um koan, aquelas pequenas narrativas budistas que se utilizam de paradoxos para desvendar camadas de realidade, os versos metafísicos de Flávvio funcionam como uma espécie de sismógrafo das sensações subterrâneas, trazendo para o reino da poesia questionamentos sobre o sentimento de insignificância e o esvaziamento das utopias. Veja o visualizer: clique aqui.
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Série: Discografia da Música Brasileira / MPB / Folk / Canção / Álbum.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske