“Barato Abstrato”, já está disponível nos aplicativos de música, o disco tem dez faixas de autoria do cantor, compositor, violonista e ator Tom Karabachian, em parcerias com artistas como Paulinho Moska e Zé Ibarra, e participações especiais de Chico César e Mosquito.
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O primeiro álbum autoral de Tom Karabachian se chama curiosamente Barato Abstrato, título que nos sugere “o prazer da sensação do invisível”, como o som das palavras e dos instrumentos numa gravação. “Barato Abstrato” já pode ser ouvido nos aplicativos de música, com distribuição da Altafonte. O clipe da faixa-título vai estar disponível no dia 8 de novembro, no YouTube. Em 13 de novembro, quarta-feira, o cantor, compositor, violonista e ator faz o show de lançamento desse trabalho no Manouche, no Rio de Janeiro, às 21h.
O disco tem dez faixas que, ao final da escuta, exalam um multi-perfume que reflete imediatamente sua geração (a mesma de Duda Beat, Liniker, Bala Desejo e Gilsons), onde a chamada MPB já se misturou tanto que não há mais como defini-la. Rock, frevo, funk, valsa, samba, xote, guarânia, piseiro… A letra P, que sempre foi traduzida como “popular”, deve ser lida hoje como “plural”. E, assim, passamos a celebrar nossa sempre novíssima MPB, a Música Plural Brasileira cada vez mais faminta de sua própria diversidade. É nesse cenário e nesse tempo que surgem as canções de “Barato Abstrato”.
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Produzido pelo multi-instrumentista Elisio Freitas, o disco abre com “Sou Assim Até Mudar”, que Mart’nália já tinha gravado lindamente em seu álbum homônimo de 2021 – mas o autor quis nos deixar sua versão intimista e sincera num clima vazio e panorâmico. Um mergulho no abstrato do barato, vindo do mesmo não-lugar de onde saiu a canção seguinte, “Um Coração Só”, música de Tom que ganhou letra amorosa de seu pai, Paulinho Moska. “Já tínhamos o desejo de nos conectarmos artisticamente, o que aconteceu mais forte recentemente. Meu pai é meu grande parceiro em tantas situações da vida, mas ainda faltava ser na música”, conta Tom. A composição remete aos clássicos da bossa nova, com um acento de blues e orquestração de jazz. Musicalmente, é quando o disco explode em arranjo de cordas cheio de belezas, escrito e regido por Dora Morelenbaum (um dos primeiros registros de um arranjo escrito pela Dora), que também assina os arranjos vocais do disco, cantando em quatro faixas diferentes.
Na sequência, o filho retribui a letra de “Um Coração Só”, cantando “Nos Meus Olhos, Pai”, parceria do Tom com o amigo de infância Zé Ibarra (Milton Nascimento, Bala Desejo), em que escutamos uma comovente declaração de amor à figura paterna, chegando até a inverter os papéis de proteção e cuidado. É um outro momento blue, mas nem um pouco triste. O amor aqui pulsa forte. “Zé é, pra mim, como Márcio Borges é para Milton Nascimento. Grande parceiro da vida e da música”, justifica Tom.
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Em “Todo Cinza é Blue”, o repertório dá sua primeira guinada, porque ainda que Mestrinho nos carregue no colo com sua melancolia nordestina, surge neste blues também algo do tango e do fado que deixa mesmo tudo cinza, assim como o título da faixa. O imenso Chico César vem em seguida, cantando sua linda parceria com Tom: o xote delicioso “Eu Vivendo Nossa Vida”, que nos oferece novamente a encantadora sanfona de Mestrinho. Somos embalados por uma canção popular, “um romance brasileiro”. Juntos, os dois brincam com a doçura e a densidade que a canção oferece.
A “caetânica” e sedutora faixa-título tem metais quentes, capitaneados pelo trombonista Antonio Neves, que nos sugerem um clima de músicos tocando juntos, como uma fotografia de um momento. “Domingo à Noite” é pura balada pop swingada, que começa com a frase “Não importa aonde vai dar”, continuando a ideia libertária de que “o caminho da construção é o mais importante”. Toda dor é solidão, mas sem muita demora, porque um piseiro pulsante nos coloca de novo a mexer o corpo e a mente com “Ressaca Brasil”, escancarando nosso espelho insaciável por dinheiro e poder: “É tudo ouro… Ou nada em jogo”.
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É sabido que depois da chuva sempre surge um raio de sol por trás das nuvens. E essa luz é Mosquito, que canta em duo com Tom o empolgante samba “Pra Toda Gente”, num abraço generoso e camarada, como um carinho de irmão. O disco termina com “Lance Lance”, um carnaval Rita Lee pulsando em um frevo Moraes Moreira, dançando numa festa tropicalista que desemboca novamente em um novo barato, sempre abstrato.
SOBRE TOM KARABACHIAN
Tom Karabachian, além de cantor, compositor e instrumentista, é formado em Artes Cênicas pela UNIRIO e estreou na TV em “Louco Por Elas” (Rede Globo / 2013), minissérie de João Falcão. Fez parte da temporada 2018/2019 de “Malhação – Vidas Brasileiras” (Rede Globo) e, no cinema, foi protagonista de “Fala Comigo”, de Felipe Sholl, com a atriz Karine Teles (vencedor do prêmio de Melhor Filme no Festival do Rio 2018), além de ter atuado em “Homem Onça”, de Vinicius Reis. No teatro, interpretou o personagem Beto Guedes no musical “Clube da Esquina – Os Sonhos Não Envelhecem” e integrou o elenco de “Brilho Eterno”, de Jorge Farjalla, ao lado de Reynaldo Gianecchini e Tainá Müller. O artista lançou algumas canções nos aplicativos digitais e, em 2021, o EP “Aviciou”, com cinco faixas. Tom teve duas músicas gravadas por Mart’nália: “Melhor Pra Você”, no “+ Misturado” (2017), ganhador do Grammy Latino na categoria “Melhor Álbum de Samba / Pagode”; e “Sou Assim Até Mudar”, faixa-título do disco lançado pela artista em 2021. Os dois primeiros singles do álbum “Barato Abstrato”, “Domingo à Noite” (Tom Karabachian / Leo Quintela) e “Eu Vivendo Nossa Vida” (Tom Karabachian / Chico César), saíram no segundo semestre de 2024.
DISCO ‘BARATO ABSTRATO’ • Tom Karabachian • Selo Altafonte • 2024
Canções / compositores
1. Sou assim até mudar (Tom Karabachian)
2. Um coração só (Tom Karabachian e Paulinho Moska)
3. Nos meus olhos, pai (Tom Karabachian e Zé Ibarra)
4. Todo cinza é blue (Tom Karabachian)
5. Eu vivendo nossa vida (Tom Karabachian e Chico César) | Participação especial Chico César
6. Barato abstrato (Tom Karabachian e Zé Ibarra)
7. Domingo à noite (Tom Karabachian e Léo Quintella)
8. Ressaca Brasil (Tom Karabachian e George Sauma)
9. Pra toda gente (Tom Karabachian)| Participação especial Mosquito
10. Lance lance (Tom Karabachian)
Tom Karabachian (voz – fx. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10; violão nylon – fx. 1, 2, 3, 7; coro – fx. 7, 10) | Elisio Freitas (baixo – fx. 1, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10; guitarra – fx. 1, 5, 6, 7; guitarras – fx. 3, 8, 10; piano – fx. 3; violão nylon – fx. 3, 4, 9; violão aço – fx. 4, 7; violão – fx. 6; bandolim – fx. 3; teclado – fx. 4; teclados – fx. 7, 8, 9, 10; viola caipira – fx. 4; charango – fx. 4; percussões – shaker, moringa e prato – fx. 5; percussões – shaker e pandeirola – fx. 7; percussões – frigideira, ganzá, cabaça, pratos – fx. 9; tamborim – fx. 6; percussão – escova – fx. 8; sintetizador – fx. 7; programações – fx. 8) | Kassin (baixo acústico – fx. 2) | Daniel Guedes (1º violino – fx. 2) | Glauco Fernandes (2º violino – fx. 2) | Iura Ranevsky (cello e arregimentação – fx. 2) | Pedro Amaral (viola – fx. 2) | Dora Morelenbaum (coro – fx. 6, 7, 9, 10) | Cadu Libonati (coro – fx. 10) | Gab Lara (coro – fx. 10) | Tamie Panet (coro – fx. 10) | Mestrinho (sanfona – fx. 4, 5) | Antonio Neves (trompete e trombone – fx. 6, 8) | Aquiles Moraes (trompetes – fx. 10) | Marcelo Cebukin (sax tenor – fx. 6, 8, 10; sax alto – fx. 8, 10) | Aline Gonçalvez (flautas e flauta baixo – fx. 7) | Estevan Barbosa (bateria – fx. 3, 6, 7, 8, 9, 10) | Boka Reis (percussões – timbal e congas – fx. 8; percussões -agogô, pandeiro nylon, xequerê, timbaus, atabaques e surdos – fx. 9) | Duda Melo (programação de surdo – fx. 9) | Participação especial: Chico César (voz – fx. 5) | Mosquito (voz – fx. 9) | Produção: Elisio Freitas | Arranjos: Elisio Freitas (fx. 1, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10) / Elisio Freitas e Tom Karabachian (fx.2) | Arranjo de cordas: Dora Morelenbaum (fx. 2) | Arranjo de coro: Dora Morelenbaum (fx. 6, 7, 9, 10) | Arranjo de sopros: Antonio Neves e Tom Karabachian (fx. 6) / Elisio Freitas (fx. 8, 10) | Técnicos de gravação: Lucca Noacco, Pedrinho “Vovô Bebê” Carneiro, Antonio Nunes e Elisio Freitas | Gravado entre 2023 e 2024 nos estúdios: Tirinon, 304, Veloso, Marini e Visom | Mixagem: Duda Mello, no estúdio Solomix | Masterização: Carlos Freitas, no Classic Master Studio | Arte da capa: Fernando Blanchart | Foto da capa: Lucas Nogueira | Fotos de divulgação: Fernanda Simões | Arte gráfica e digital: Fernando Blanchart | Comunicação digital: Beatriz Costa || CLIPE “BARATO ABSTRATO” – Direção e roteiro: Lara Coutinho | Fotografia, ilustração e motion: Isabella Moriconi | Montagem: João Sucupira | Cor: André Andrade | Produção executiva e managemant: Luciano Barros | Direção de produção: Juliana Amaral | Coprodução: CosmoCine | Bodyguard: Vinicius Santos | Still: Beatriz Costa | Design gráfico: Fernando Blanchart | Agradecimentos do clipe: Guilff – Moda Praia e Fitness, Bernardo Portella, Naná Karabachian, Paulinho Moska, Larissa Bracher e Paulinho Orozimbo || Assessoria de imprensa: Miriam Roia e Vivi Drumond / Somar Comunicação Integrada | Selo/distribuição: Altafonte | Formato: CD digital | Ano: 2024 | Lançamento: 7 de novembro | ♪Ouça o álbum: clique aqui | ♩Assista o clipe da faixa-título: clique aqui.
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>> Siga: @tomkarabachian | @altafontebrasil
SERVIÇO
Tom Karabachian – Show de Lançamento álbum “Barato Abstrato”
Com: Tom Karabachian – voz e violão; João Moreira – baixo; Estevan Barbosa – bateria; Lucca Noacco – guitarra; Antonio Dal Bó – teclado
Data: 13 de novembro 2024 | Quarta-feira
Abertura da casa: 20h30
Horário do show: 21h
Local: Manouche
Endereço: Rua Jardim Botânico 983 – Jardim Botânico / RJ
Ingressos: R$ 50 (meia-entrada solidária com 1kg de alimento não perecível)
Vendas online: clique aqui.
Mais informações: @clubemanouche
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Série: Discografia brasileira / MPB / Canção / Álbum.
Publicado por ©Elfi Kürten Fenske