Premiada peça infantojuvenil “Do que são feitas as estrelas?” estreia no Sesc Tijuca, Com direção de Kiko Marques e texto de Sofia Fransolin, espetáculo conta de forma lúdica e poética a trajetória da astrônoma e cientista britânica Cecilia Payne-Gaposchkin. Montagem tem idealização da atriz Luiza Moreira Salles, que divide a cena com os atores Carolina Fabri e Diego Chilio
.
A astrônoma e cientista britânica Cecilia Payne-Gaposchkin (1900-1979) se tornou conhecida por ter descoberto do que são feitas as estrelas. Na época, ela tinha apenas 25 anos e precisou enfrentar o ambiente machista que dominava a ciência e o ambiente acadêmico. Este é o ponto de partida do espetáculo infantojuvenil “Do que são feitas as estrelas?”, que estreia em 15 de março de 2025, no Sesc Tijuca. Inédita no Rio de Janeiro, a montagem paulistana tem idealização da atriz Luiza Moreira Salles, com direção de Kiko Marques e dramaturgia de Sofia Fransolin. O projeto foi contemplado pelo edital Sesc Pulsar 2024/2025.
No palco, Luiza Moreira Salles divide a cena com os atores Carolina Fabri e Diego Chilio. O espetáculo mescla a história real de Cecilia Payne-Gaposchkin com uma aventura espacial, trazendo o fascínio que os fenômenos celestes despertam nas crianças. De forma lúdica e poética, a peça fortalece a importância da curiosidade e incentiva crianças a serem autênticas e seguirem seus sonhos, desconstruindo a antiga ideia de que certas coisas não são para menina.
.
“Apesar da trajetória da Cecilia ter início em 1900, tão longe dos dias atuais, ainda dialoga com uma realidade de muitas mulheres que não tiveram a oportunidade de estudar”, diz Luiza. “As crianças ficam fascinadas com a história da astronomia e as curiosidades da época, como o fato de a Cecilia não ter recebido o diploma universitário por ser uma mulher.”
Em “Do que são feitas as estrelas?”, a vida de Cecilia Payne-Gaposchkin se transforma em uma aventura intergaláctica: a Guerreira Cecí é uma menina encafifada com o universo dos porquês. Ela deverá enfrentar intrigas e batalhas, trapaças e chantagens, tempestades e brigas com seres intergalácticos para se tornar uma exploradora cósmica e derrotar a ideia de que mulheres são inferiores. A narrativa acompanha o crescimento de Cecí até se tornar uma das astrônomas mais importantes da história.
.
“Queremos que todos os espectadores saiam do teatro vendo um universo que se move, gira e se projeta, sempre em movimento, sempre em transformação”, diz o diretor.
.
A peça estreou em agosto de 2022, no Sesc Belenzinho. A montagem ganhou os prêmios APCA 2023 (Associação Paulista de Críticos de Arte) e Pecinha É a Vovozinha na categoria melhor direção. Desde a sua estreia, o espetáculo percorreu 18 cidades do Estado de São Paulo, tendo realizado 69 apresentações e alcançado um público de cerca de 17 mil pessoas.

Luiza Moreira Salles (idealizadora e atriz)
Bacharel em Artes Cênicas pela Unicamp – Universidade Estadual de Campinas e pela Universidade de Évora (Portugal). Atriz, idealizadora e coordenadora geral da peça infantojuvenil “Do que são feitas as estrelas?”, vencedora do Prêmio APCA de melhor direção (Kiko Marques) e indicada a melhor atriz pelo crítico Dib Carneiro no Prêmio “Pecinha é a vovozinha”. Em 2019, integrou a equipe de criação, realizando assistência geral da peça “Stabat Mater”, de Janaina Leite; e atuou como atriz na peça “A Festa – estratégias musicais para sobreviver”, direção de Claudia Schapira e Núcleo Bartolomeu de Depoimentos.
.
Kiko Marques (diretor)
Ator, dramaturgo e diretor, cofundador da Velha Companhia. Formado pela Escola de Teatro Martins Penna. Já dirigiu e atuou em diversas montagens teatrais. Também atuou em importantes produções do cinema brasileiro, como nos filmes “Cidade de Deus” e “Carandiru”. Ganhou o Prêmio APCA de melhor diretor em 2016 com o espetáculo “Sínthia” e de melhor autor com a peça “Cais ou da Indiferença das embarcações”. Em 2023, recebeu o Prêmio APCA de melhor direção com as montagens “Do que são feitas as estrelas?” e “O monstro da porta da frente”.
.
Sofia Fransolin (dramaturgia)
Dramaturga e pesquisadora, formada pela UNICAMP (2017), mestra e atualmente doutoranda pela mesma instituição. Como dramaturga, escreveu “Barba azul” (2016), “A louva-a-Deus” (2019), “Enquanto ninguém vê” (2021) e “Se morri já não me lembro: um ensaio para recriar o mundo” (2022), além dos infantis “Lara e o pássaro” (2019), “Quem são elas?” (2020), “Do que são feitas as estrelas?” e “Travessia”, espetáculo circense em que além da dramaturgia também assina a direção.

FICHA TÉCNICA
Concepção: Luiza Moreira Salles | Direção: Kiko Marques | Elenco: Carolina Fabri, Diego Chilio e Luiza Moreira Salles | Stand-in: Sofia Fransolin e Rhena Faria | Dramaturgia: Sofia Fransolin | Direção de movimento: Bruna Longo | Cenário: Zé Valdir | Trilha sonora: Ernani Sanchez | Figurino e visagismo: Victor Paula | Retroprojeção: Diego Chilio, Kiko Marques, Luiza Moreira Salles, Criss de Paulo (Ilustração) | Iluminação: Danielle Meireles | Operação de luz: Jéssica Catharine | Operação de som: Ernani Sanchez e Murilo Góes | Contrarregra: Eduardo Portella | Voz da criança: Iná Belintani Chilio | Direção de produção: Luiza Moreira Salles | Produção executiva: Náshara Silveira | Assistente de produção: Giselli Ribeiro e Virginia Adler | Assessoria de imprensa: Paula Catunda e Catharina Rocha

SERVIÇO
“Do que são feitas as estrelas?”
Temporada: De 15 de março a 13 de abril de 2025
Dias/horários: Sessões – sábados e domingos, às 16h | Sessões – sextas: 28/3, 4/4 e 11/4, às 11h e 15h.
* Sessão com audiodescrição e Libras – 13 de abril, às 16h
Onde: Sesc Tijuca (Teatro I):
Endereço: Rua Barão de Mesquita, 539, Rio de Janeiro/RJ
Telefone: (21) 4020-2101
Duração: 60 minutos
Lotação: 228 lugares | Classificação: livre
Ingressos: R$ 5 (associado do Sesc), R$ 10 (meia-entrada), R$ 20 (inteira), Gratuito (PCG)
Venda de ingressos: bilheteria. Horário de funcionamento: terça a sexta, das 7h às 19h30; domingos, das 9h às 18h.
Instagram da peça: @doquesaofeitas
