terça-feira, abril 1, 2025

Claudette Soares canta Chico no Rio de Janeiro e em Niterói

Cantora Claudette Soares consagrada da bossa nova se apresenta nos dias 1 e 2 de abril respectivamente no Teatro Rival Petrobrás e no Teatro da UFF
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Claudette Soares e Chico Buarque se conhecem desde a primeira metade da década de 1960, quando ela era a principal estrela do João Sebastião Bar, famosa casa de música de São Paulo, e ele um jovem que participava das noites dos novos talentos apresentados pela cantora naquele espaço. Claudette foi uma das primeiras a perceber a qualidade do trabalho do jovem estudante de arquitetura e quis gravar uma composição dele, “Marcha Para Um Dia de Sol”, mas a gravadora que a mantinha sob contrato não acreditou na música. Por causa disso, ela perdeu a chance de ser a primeira artista a incluir uma canção de Chico em disco. Mesmo assim, as canções de Chico seguiram no repertório de shows e discos de Claudette. Porém, eles nunca haviam gravado uma música juntos. Esta lacuna foi preenchida com o lançamento do álbum e do showClaudette canta Chico”  em 2024. Para celebrar o reencontro entre Claudette Soares e Chico Buarque, a artista se apresenta no Teatro Rival Petrobrás, no Rio de Janeiro, com o show “Claudette canta Chico”, ao lado do maestro e pianista Leandro Braga, no dia 1 de abril, às 19h30 e no Teatro da UFF, no dia 2 de abril, em Niterói.

Com arranjos do pianista Alexandre Vianna e produção de Thiago Marques Luiz, o show traz composições importantes de Chico Buarque, como “Carolina”,  “Futuros amantes”“Realejo” / e “Todo o sentimento” (c/ Cristovão Bastos). “Realejoé um dos destaques. Trata-se da regravação de uma música de Chico que Claudette lançou nos anos 60 e que ela nunca mais havia cantado.
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A escolha do repertório fica a cargo da própria Claudette Soares e Thiago Marques Luiz e reúne músicas do compositor que passam por todas as décadas de sua criação artística. “Claudette quis fazer um disco que passasse por todas as fases do Chico; desde os anos 60 quando eles começaram praticamente juntos na TV Record, até os dias de hoje. Mostra muito o quão atemporal eles são”, afirma Thiago.

E é a primeira vez que Claudette Soares grava cantando com o Chico, embora eles já se conheçam há muito tempo. Em agosto de 2023 os artistas se reencontraram para gravar a faixa que abre o disco “Cadê Você (Leila XIV),  uma parceria de Chico e João Donato, para comemorar os 55 anos do álbum “Gil, Chico e Velloso por Claudette” que foi lançado pela Philips em 1968.
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Das canções do álbum de 1968, produzido por Manoel Barenbein, as quatro canções do Chico foram gravadas com os arranjos feitos pelo Cesar Camargo Mariano: “Januária”, “Desencontro”, “Bandolim” e “Lua Cheia”. “O Thiago Marques Luiz, produtor do projeto, teve essa ideia, de gravarmos um disco cantando Chico já que eu havia gravado apenas essas quatro canções dele e queria gravar muitas mais. E foi maravilhoso! Ensaiamos poucas vezes, fiz um show com o repertório no Teatro Sérgio Cardoso uma única vez e já gravamos o disco em dezembro de 2023, porque nossa geração é assim, a gente acredita na emoção do momento”, conta a cantora.

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Claudette Soares, por Murilo Alvesso

Sobre Claudette Soares 
Seus pais eram contra a presença de uma cantora na família, mas Claudette Colbert Soares era teimosa e amava soltar sua voz de criança nos auditórios de concursos de calouros das rádios cariocas. Em 1947, aos 10 anos de idade, começou sua carreira como revelação no programa A raia miúda, de Renato Murce, na Rádio Nacional.
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Apresentou-se no programa da Rádio Mauá chamado Clube do Guri, de Silveira Lima. Depois também se apresentou no programa Papel Carbono, de Renato Murce. Na Rádio Tupi participou do programa Salve o Baião!, conhecendo Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Ele a apelidou de Princesinha do baião. Ainda na década de 1950, na Rádio Tamoio, ela apresentou ao lado de Ademilde Fonseca o programa No mundo do baião (programa de Zé Gonzaga, irmão do Luís).

Silvinha Telles chamou-a para substituí-la como cantora na boate do Plaza, no final da década de 1950. Dividiu o palco com Luiz Eça, João Donato, Baden Powell e Milton Banana e outros músicos. Participou do programa de TV – Brasil 60, apresentado por Bibi Ferreira, na TV Excelsior – canal 9, de São Paulo.
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Convidada por Ronaldo Bôscoli, participou do histórico primeiro show da bossa nova, A noite do sorriso, do amor e da flor, em 20 de maio de 1960, na antiga Faculdade de Arquitetura do Rio de Janeiro. Claudette divulgou as canções da Bossa Nova em São Paulo, nas casas noturnas Baiúca, Cambridge e João Sebastião Bar. Inaugurou a boate Ela, Cravo e Canela, junto com o pianista Pedrinho Mattar, apresentando o espetáculo Um show de show.

Em 1964, gravou “Claudette é dona da bossa”, seu primeiro LP solo, lançado pela gravadora Mocambo, em que se destacam as músicas “Garota de Ipanema” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), e “Tristeza de nós dois” (Durval Ferreira, Bebeto e Maurício Einhorn). No ano seguinte, gravou “Claudette Soares”, LP que incluiu, entre outras, a canção “Primavera” (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes).
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Em 1966, apresentou-se, com Taiguara e o Jongo Trio, no espetáculo “Primeiro tempo 5 x 0”, dirigido pela dupla Mièle e Bôscoli, realizado na boate Rui Bar Bossa e depois no Teatro Princesa Isabel (RJ). Do show resultou o LP homônimo, lançado pela Philips no mesmo ano. Ainda em 1966, foi premiada com o Troféu Euterpe de Melhor Cantora do Ano e participou do I Festival Internacional da Canção (RJ), interpretando “Chorar e cantar” (Vera Brasil e Sivan Castelo Neto).
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No ano seguinte, contratada pela Rede Record, apresentou-se no programa “Jovem Guarda” interpretando “Como é grande o meu amor por você”, de Roberto e Erasmo Carlos. Em 1968, gravou um disco somente com músicas de Chico Buarque, Gilberto Gil e Caetano Veloso. Um ano depois, gravou o LP “Quem não é a maior tem que ser a melhor”, lançado pela Philips.
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Em 1970, participou do V Festival Internacional da Canção, interpretando “Mundo novo, vida nova”, de Gonzaguinha. No ano seguinte, apresentou-se, com Agildo Ribeiro e Pedrinho Mattar, no show “Fica combinado assim”, realizado no Teatro Princesa Isabel (RJ). Ainda em 1971, ficou nas paradas de sucesso durante 56 semanas consecutivas, com a canção “De tanto amor”, de Roberto e Erasmo Carlos, incluída em LP lançado pela Philips.

No final dos anos 1970, idealizou o projeto de gravação de uma série de LPs com Dick Farney. Gravou apenas dois discos da série, devido ao falecimento do cantor.
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Seu trabalho mais recente foi o show “As Divas do Sambalanço” ao lado das cantoras Eliana Pittman e Doris Monteiro, que foi lançado em CD e LP.
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Com uma carreira consolidada, em seus mais de 70 anos de carreira, Claudette Soares lançou discos nas maiores gravadoras do país como Philips e Odeon, participou dos grandes Festivais, fez parcerias com grandes nomes da música popular brasileira e já se apresentou em turnês pela Europa, como em palcos de Paris e Lisboa, por exemplo.

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Claudette Soares, por Murilo Alvesso

SERVIÇO
Claudette canta Chico – Teatro Rival Petrobrás
Com Claudette Soares (voz) / Leandro Braga (piano)
Data/horário: terça-feira 1 de abril de 2025, às 19h30
[duração aproximada: 80 minutos]
Onde: Teatro Rival Petrobrás
Endereço: Rua Álvaro Alvim, 33 – Cinelândia, Rio de Janeiro/RJ
Ingressos online: aqui
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Claudette canta Chico – Teatro da UFF
Com Claudette Soares (voz) / Leandro Braga (piano)
Data/horário: quarta-feira 2 de abril de 2025, às 19h
[duração aproximada: 80 minutos]
Onde: Teatro da UFF
Endereço: R. Miguel de Frias, 9 – Icaraí, Niterói/RJ
Ingressos online: aqui
> siga: @claudettesoaresoficial
Assessoria de imprensa (CS): Paulo Henrique de Moura


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