Tango no Rio
O tango sempre esteve presente na vida carioca, desde o cinema, a música a dança até no imaginário nostálgico evocado na voz de Gardel ou no bandoneón de Piazzolla.
Roberto Rutigliano*, em sintonia com esta relação, vai fazer no próximo dia 1 de abril, às 16 horas, no Espaço Botica (Largo do Boticário- Cosme Velho ) um workshop sobre a vida e a obra de Astor Piazzolla.
Esta nova palestra sobre Astor Piazzolla deixa um pouco o lado cronológico e se concentra mais nas obras, nas formações e na concepção do seu estilo.
Em este percurso destaca quatro momentos:
1) A tradição: Piazzolla teve um lado ligado ao tango clássico, isto é evidente pela sua relação estética, com Troilo fazendo parte de sua orquestra como instrumentista e arranjador e pela sua admiração por Alfredo Gobby, Julio De Caro, Osvaldo Pugliese e Horacio Salgan, músicos aos quais dedicou obras ou com os quais compartilhou apresentações.
2) O novo: Piazzolla rompeu o modelo clássico do tango e, a partir da orientação de Nadia Boulanger, assumiu sua postura estética de compor músicas tendo como base o estilo portenho. Vamos ouvir em que consiste esta ruptura, com a audição de obras como “Lo que vendra” e “Romance del diablo”.
3) As sonoridades: Contemplaremos sua relação com o jazz, o rock e o som eletrônico. Ouviremos algo de Piazzolla no disco “Reunión Cumbre”, com Gerry Mulligam, algo de sua parceria com Gary Burton, na audição do disco “Pulsación” e da “Suite troileana” com seu octeto eletrônico. Também vamos ouvir algumas leituras da sua obra por músicos do Jazz: Paquito de Rivera e Al di Meola.
4) O lado Orquestral: Piazzolla tem seu lado sinfônico, aqui iremos escutar algo dos concertos, sinfonias, operas, do oratório e corais que Astor compôs ao longo da sua trajetória.
As pessoas que participam do workshop receberão uma apostilha com texto, fotos e links para mais de 30 discos sobre a obra de Piazzolla.
Custo 80 reais antecipado. 100 reais no dia.
Mais detalhes pelo email [email protected]
* Roberto Rutigliano. Desde criança escutou tango na sua terra natal Buenos Aires.
Conheceu a dança e a música do tango no seu próprio ambiente familiar. Como músico, tocou com a cantora Marikena Monty que interpretava músicas de Enrique Santos Discépolo no seu repertório e depois formou o “quinteto Malbón”, com o qual se apresentou no “Bar Latino”, na capital portenha.
Radicado no Rio de Janeiro desde 1988, tocou junto a Odette Ernest Dias os “estudos tanguísticos” escritos por
Astor Piazzolla originariamente para flauta solo.
Formou o grupo “tango negro” destacando uma vocação africana do ritmo portenho. Participaram deste projeto: no piano Tomás Improta, no contrabaixo Ronaldo Diamante, no acordeão Chico chagas, no sax Fernando Trocado, no trompete José Arimatéa , no vibrafone Daniel Serale e na violaTina Werneck.
Tocou no festival Internacional de Embrach na Suíça junto a Gabriela Bergallo um repertório dedicado as canções de Piazzolla.
Tocou no show do contrabaixista Pablo Aslán apresentando músicas do disco “Piazzolla in Brooklin”.
Produziu a homenagem dedicada ao centenário de Anibal Troilo junto a Martin Lima (bandoneón), Adrian Barbet (baixo), Tibor Fittel (piano) e Natalia Mer (voz).
Criou o espetáculo “Borges e o tango” junto à atriz Goreti Albuquerque e os músicos:
Ronaldo Diamante, Fernando Trocado e Adrian Barbet.
Realizou junto à cantora Helena Cullen, o guitarrista Alexandre Carvalho e o contrabaixo de Ronaldo Diamante o show Piazzolla e Jobim.
Apresentou em Buenos Aires o espetáculo “Tangos y Algo más” junto a Daniel Binelli (badoneon), Abel Rogantini (piano), Juan Pablo Navarro (contrabaixo) e Americo Belloto (trompete).
Hoje ministra palestras sobre a vida e a obra de Piazzolla e realiza o projeto “Tango Jazz”.