A nova temporada carioca, desta vez no Centro Cultural da Justiça Federal, comemora os 25 anos de carreira do ator Luiz Machado
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O monólogo escrito por Regiana Antonini, com direção de Fernando Philbert e supervisão de Amir Haddad, apresenta um equilibrista que vive entre lucidez e loucura.
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Era o ano de 1990, e o país voltava a ter um governo eleito democraticamente. Inflação nas alturas. A nova equipe econômica resolve confiscar parte da poupança da população. A medida levou milhares de brasileiros ao desespero e à bancarrota. Muitos enlouqueceram, como Anderson, que perdeu o negócio, um ente querido, um grande amor, e foi parar nas ruas, perambulando. Esse andarilho é a figura central de “Nefelibato”, monólogo de Regiana Antonini que o ator Luiz Machado leva à cena para celebrar seus 25 anos de carreira. Aclamado pelo público em suas temporadas no Rio de Janeiro e em São Paulo, o espetáculo está de volta à cena carioca entre os dias 7 e 30 de abril, no Centro Cultural da Justiça Federal (CCJF). E haverá uma abertura em sessão especial para moradores de rua no dia 6, às 16h, com debate após o espetáculo, que tem direção de Fernando Philbert e supervisão de Amir Haddad.
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“Um fato real, que se mistura com a nuvem da fantasia, do drama, do épico, do louco, do homem, do ‘Nefelibato’ que mora na praça que cada um possui no meio do peito. O projeto ‘Nefelibato’ é um espetáculo teatral da dimensão humana que se refaz no humor, na poesia, na força, na busca por um lugar no mundo, seja o mundo real ou mundo imaginário. Este personagem que carrega seu próprio mundo em um carrinho, que tem seu próprio mundo dentro de si, vai como Dom Quixote, como Hamlet, como o capitão Ahab de “Moby Dick” à procura de sua baleia branca, em busca de enfrentar seus moinhos e demônios para ser feliz. Sim, ser feliz é o que todos queremos, este singelo momento que justifica a vida, sorrir ao acordar”, assim o diretor Fernando Philbert discorre sobre o tema da peça.
O quanto de loucura é necessário para o ser humano não perder a própria vida? Como se processa o instinto de sobrevivência que o ser humano tem, mas que esquece que tem? Como chamar a atenção para um certo grau de consciência que o personagem tem em sua condição? Para não se matar ou matar alguém, Anderson vai para a rua. Viver na rua foi o caminho que ele encontrou para continuar vivo. Embora ambientada na década de 1990, a trama dialoga muito com o Brasil de hoje.
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“O público fica muito impactado, pois o espetáculo reflete uma realidade que tentamos fazer invisível, mas que está sempre à disposição de nossos olhos. Então, é muito interessante quando a plateia percebe que a atitude do personagem é consequência de um ato político e se aproxima ainda mais desta verdade social em que vivemos”, empolga-se Luiz Machado, que ficou fascinado pelo personagem desde o primeiro contato com o texto. “A história de Anderson me fascinou completamente, pois é um personagem que vive no limite da vida e do sonho, entre a lucidez e a loucura”, conclui o ator.
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“Luiz Machado encarna com força e maestria um homem visceral. Um louco? Quem sabe? Ou alguém que não se submete? Alguém que escolhe andar no mundo da lua, pois a realidade pode ser mortal?”, refletiu Claudia Chaves, do site Lu Lacerda, sobre o ator.
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Será a sexta temporada do espetáculo que já foi aplaudido por público e crítica. Não só pelo texto ou pela contemporaneidade, mas, sobretudo pela atuação de Luiz Machado. “Luiz emociona com o olhar. Penetra na alma e nos faz questionar, em plena área de cracolândia paulistana, onde ‘Nefelibato’ está em cartaz, toda a realidade que tentamos fazer invisível está ali e coexiste com a cidade”, exaltou Kyra Piscitelli, do site Aplauso Brasil, quando a peça estava em cartaz em São Paulo.
Sobre Luiz Machado
Formado em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação pela Universidade do Rio de Janeiro (UNIRIO) e atua profissionalmente em teatro, televisão e cinema desde 1994. Indicado ao prêmio Aplauso Brasil como destaque do teatro de São Paulo de 2019.
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Na TV, o ator faz parte do elenco principal do seriado “Z4” para o SBT e Disney, que estreou em julho de 2018 e que atualmente é transmitida pela Netflix. Participou do seriado “Magnífica 70” para HBO, com direção de Cláudio Torres e Carolina Jabor. Foi protagonista do seriado “Família imperial”, da TV Globo e do Canal Futura, com a direção de Cao Hamburger, para o Canal Futura, no Disney Channel e Disney XD. Protagonizou também, um dos episódios do programa “Anjos do sexo”, um sitcom de Domingos de Oliveira pela Rede Bandeirantes.
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No teatro, já participou de 34 espetáculos na qualidade de ator. Atualmente, está em cartaz com o seu primeiro monólogo “Nefelibato” de Regiana Antonini, com a direção de Amir Haddad e Fernando Philbert.
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Já atuou como ator com diretores da expressão de Domingos de Oliveira, Amir Haddad, João Fonseca, João Bethencourt, Maria Clara Machado, Fernando Philbert, Sidnei Cruz, Guida Vianna, Cacá Mourthé, Ricardo Kosovski, André Mattos e Fernando Gomes.
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No cinema, atuou nos filmes longa-metragem “Paixão e acaso”, de Domingos de Oliveira; “Transeuntes”, de Eric Rocha; e “Nosso lar”, baseado na vida e na obra de Chico Xavier.
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Ficha técnica
Texto – REGIANA ANTONINI
Supervisão artística – AMIR HADDAD
Direção – FERNANDO PHILBERT
Interpretação – LUIZ MACHADO
Direção de produção – JOAQUIM VIDAL
Cenografia e figurino – TECA FICHINSKI
Iluminação – VILMAR OLOS
Músicas – MAÍRA FREITAS
Direção de movimento – MARINA SALOMON
Preparação vocal – EDI MONTECCHI
Design gráfico – CLÁUCIO SALES
Assistente de direção – ALEXANDRE DAVID
Assistente de cenário – JUJU RIBEIRO
Realização – LM PRODUÇÕES ARTÍSTICAS
Assessoria de imprensa – SHEILA GOMES
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Serviço
Temporada: de 7 a 30 de abril
Sessões: de sexta a domingo, às 19h
Local: Centro Cultural da Justiça Federal (CCJF)
Endereço: Av. Rio Branco, 241 – Centro – Rio de Janeiro
Sessão extra para os moradores de rua: 6 de abril às 16h, com debate após o espetáculo
Ingressos: R$ 50 (inteira) / R$ 25 (meia)
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