Da série ‘Quartetos de Amor’. “Esta coleção de livros de poemas curtos – fruto desse esforço – não apenas por isso me é diferente; ao contrário das obras anteriores, ela fala exclusivamente da esperança e do desejo de viver um novo amor com um novo alguém…” – Francisco Caruso
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Em minha carreira de cientista e professor, sempre vi a escrita como forma de ordenar o pensamento, principalmente no caso dos meus livros didáticos e nos textos de história, filosofia ou divulgação científica.
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Sob o impacto do fim de um longo relacionamento, em meio à tristeza e à solidão, foi inevitável refletir sobre a vida e sobre o amor. Em pouco tempo, passei a tentar expressar a dor da perda, do luto, na forma de poesia. Escrever, então, passou a representar para mim um instrumento eficiente de catarse, uma forma de passar a limpo meu pesar e o meu contentamento. Mais do que isso, aprendi que posso escrever não apenas para arrumar as ideias mas também meus sentimentos. Algumas vezes, refazer certos caminhos foi muito penoso. No entanto, foi um desafio que precisava enfrentar e hoje compreendo o quanto me fez bem. Além disso, esse processo foi bastante frutífero, pois em um ano e meio, aproximadamente, publiquei seis livros de poemas de amor e participei de uma antologia.
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A primeira edição da obra Física Moderna: Origens Clássicas e Fundamentos Quânticos (Elsevier, 2006), escrita com Vitor Oguri, foi agraciada com o Prêmio Jabuti, em 2007. Com Roberto Moreira, escreveu O livro, o espaço e a natureza: ensaio sobre as leituras do mundo, as mutações da cultura e do sujeito, cuja segunda edição veio à luz pela Livraria da Física em dezembro de 2020.
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Foi agraciado, em 1996, com o Prêmio Jovem Cientista do CNPq. É membro titular do Pen Clube do Brasil (2008), das Academias Paraense e Roraimense de Ciências (2009), da União Brasileira de Escritores (2010), da Sociedade Brasileira de História da Ciência (2013) e da Academia Brasileira de Filosofia (2013).
A obra Cinzas de um amor recebeu Menção Honrosa no Concurso Internacional de Literatura 2023, da União Brasileira de Escritores (Ube-RJ), Prêmio Marcos Vinicius Quiroga, na categoria Poesia.
Poesia
:: Do amor silenciado. Francisco Caruso. [capa Fabrício Ribeiro]. São Paulo: LF Editorial, 2021
:: Do amor perdido. Francisco Caruso. [prefácio de Mirian de Carvalho; desenho da capa Valdir Rocha]. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2021
:: Do amor eternizado. Francisco Caruso. São Paulo: LF Editorial, 2021
:: Cinzas de um amor. Francisco Caruso. São Paulo: LF Editorial, 2022
:: 50 Poemas para um novo amor. Francisco Caruso. São Paulo: LF Editorial, 2022
:: 50 Pequenos poemas para um grande amor. Francisco Caruso. São Paulo: LF Editorial, 2022
:: 51 Quartetos sobre o amor escolhidos pelo autor. Francisco Caruso. São Paulo: LF Editorial, 2023
Série Quartetos de Amor – poemas curtos
:: Quartetos de amor I. Francisco Caruso. São Paulo: LF Editorial, 2022
:: Quartetos de amor II. Francisco Caruso. São Paulo: LF Editorial, 2022
:: Quartetos de amor III. Francisco Caruso. São Paulo: LF Editorial, 2022
:: Quartetos de amor IV. Francisco Caruso. São Paulo: LF Editorial, 2023
:: Quartetos de amor V. Francisco Caruso. São Paulo: LF Editorial, 2023
:: Quartetos de amor VI. Francisco Caruso. [Livro dedicado ao amigo José Alexandre da Silva in-memória]. São Paulo: LF Editorial, 2024
Crônicas
:: Crônicas ambientais. Francisco Caruso. São Paulo: LF Editorial, 2021
Em antologias – organização e participação
Poesia
:: Pequena Antologia Amorosa: Cecília Costa, Mirian de Carvalho & Francisco Caruso. São Paulo: LF Editorial, 2021.
:: Visitações ao amor. [organização Francisco Caruso e Mirian de Carvalho / autores: Tanussi Cardoso, Adriano Espínola, Sergio Fonta, Cláudio Murilo Leal, Edir Meirelles, Carmen Moreno, Antônio Carlos Secchin, Maria Dolores Wanderley, Francisco Caruso e Mirian de Carvalho]. São Paulo: LF Editorial, 2023.
Contos
:: Visitações ao fantástico. [Francisco Caruso e Mirian de Carvalho / autores: Alessandra Balbi, Francisco Caruso, Cecília Costa, José Alexandre da Silva e Mirian de Carvalho]. São Paulo: LF Editorial, 2023.
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* LF Editorial / Editora Livraria da Física / #*Para acessar todas as publicações. clique aqui.
DO QUARTETOS DO AMOR – VI – LANÇAMENTO 2024
Breve seleta de poemas
Interessa-me o humano
De deuses e religiosidade sei muito pouco, mitos são frutos da incompreensão. Interessa-me o humano; louvo o amor, implorando que não se vá de meu coração.
– Francisco Caruso, no livro ‘Quartetos de Amor VI’. Francisco Caruso. LF Editorial. 2024
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Confetes
Confetes, nada mais que restos de papel colorido de amores intensos e efémeros, no calor do carnaval, nascidos e mortos, teimando em voltar do céu como semeadura.
– Francisco Caruso, no livro ‘Quartetos de Amor VI’. Francisco Caruso. LF Editorial. 2024
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Pedaço do outro
A saudade, dor causada no fundo d’alma por um pedaço do outro no nosso corpo que a insistência do tempo não rejeita, vaidosa, a alma nos engana e aceita.
– Francisco Caruso, no livro ‘Quartetos de Amor VI’. Francisco Caruso. LF Editorial. 2024
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Sem tradução
O amor não se traduz em palavras nada mais é o que a simplicidade de detalhes e a união das partes levadas em silêncio ao extremo.
– Francisco Caruso, no livro ‘Quartetos de Amor VI’. Francisco Caruso. LF Editorial. 2024
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Amar é simples
Amar é simples; amor é um ponto, transcende o tempo e o espaço. Viver um amor, ah!, é complexo; invade os pontos do hiperespaço.
– Francisco Caruso, no livro ‘Quartetos de Amor VI’. Francisco Caruso. LF Editorial. 2024
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“A apresentação do primeiro número, faço uma nova tentativa depois de publicar seis livros de poemas de 2021 para cá: a de juntar a concisão e a objetividade típica do cientista, em sua busca pelas formas simples, com a subjetividade e liberdade do poeta de sonhar, de amar, de sentir e de expressar o Amor sem qualquer amarra. Esta coleção de livros de poemas curtos – fruto desse esforço – não apenas por isso me é diferente; ao contrário das obras anteriores, ela fala exclusivamente da esperança e do desejo de viver um novo amor com um novo alguém – uma tímida morena de olhos negros-, a quem dedico minha pena e meu coração.” – Francisco Caruso
ONDE COMPRAR: Quartetos de Amor – Vol. I, II, III, IV, V e VI. Francisco Caruso. Os livros podem ser adquiridos na editora Livraria da Física. clicando aqui.
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Francisco Caruso nasceu no Rio de Janeiro, graduou-se em Física pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro/UERJ, concluiu o mestrado pelo CBPF e o Dottorado di Ricerca na Università degli Studi di Torino. É pesquisador titular do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas/CBPF, professor associado do Instituto de Física Armando Dias Tavares (UERJ) e professor colaborador do Programa de História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia/HCTE da Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ. Recebeu o Prêmio Jovem Cientista do CNPq em 1996. E poeta.
Conheça mais sobre algumas outras obras poéticas do autor
CINZAS DE UM AMOR. FRANCISCO CARUSO. Editora Livraria da Física, 2022. ISBN 9786555631944 – clique aqui
A obra Cinzas de um amor recebeu Menção Honrosa no Concurso Internacional de Literatura 2023, da União Brasileira de Escritores (Ube-RJ), Prêmio Marcos Vinicius Quiroga, na categoria Poesia.
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SOBRE O LIVRO
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“Cinzas de um amor é um compêndio lírico, sensual, erótico, cujo personagem Eros se fragmenta em silêncios, em perdição, em prazer, e se eterniza no colo do próprio amor, mesmo que fugaz, breve, passageiro, porém, para sempre, só pelo sentimento de se poder viver para ele. O livro é tocante porque atinge os dados se- cretos de todos nós, mas, também, pela coragem e franqueza do autor ao se desnudar, à flor da pele, em versos sensíveis, plenos de paixão. Na verdade, mesmo pisando em “cinzas, Francisco Caruso celebra e comemora o amor, em alta voltagem poética.”
– Tanussi Cardoso (Poeta, contista, tradutor, jornalista e letrista)
– Antônio Carlos Secchin (Poeta e critica, membro da ABL)
– Luiz Fernando Valente (Professor Titular de Literatura Brasileira e Comparada Brown University, EUA)
SOBRE “50 POEMAS PARA UM NOVO AMOR / FRANCISCO CARUSO”
Poemas sobre o mais nobre tema romântico: o Amor, cantado ao som de algumas palavras antigas, umbral, silente, voláteis, porvir, mas buscando sempre urgente diálogo com a amada. Quadras, sonetos, versos livres que reiteram 50 vezes ao infinito a emotiva vivência do Amor.
– Cláudio Murilo Leal (Nominado profeta, professor e poeta)
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O poeta Francisco Caruso nos apresenta aqui a suave ânsia do ser quando deseja um novo amor, depois de assentada a poeira silenciosa de sentimentos passados. Tal amor, que é real no sonho e imaginável no mundo concreto, aqui é apresentado com infinita paixão, numa inalcançável realidade cheia de esperança.
– Edgard Leite (Presidente da Academia Brasileira de Filosofia)
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A chave para ler este novo livro do poeta Francisco Caruso nos é dada no poema Aurora, com a palavra reamanhecer. Contemplado com uma experiência amorosa rica e recíproca, sobre a qual vem nos brindando com belíssimos poemas e livros, Francisco Caruso, depois de Noite austral, poema que levou o autor ao “…derradeiro umbral/da profunda escuridão onde nada reluz/… “, espera por um reamanhecer.
– Maria Dolores Wanderley (Poeta e artista plástica)
SOBRE “50 PEQUENOS POEMAS PARA UM GRANDE AMOR / FRANCISCO CARUSO”
Do amor que nos enlaça corpo e alma, só a poesia pode burilar palavras. Ao ofício desse quase inefável dizer, Francisco Caruso visitou o erotismo e a saudade, nos três livros publicados em 2021. Dentre esses, escolheu 44 poemas que, reunidos a 6 inéditos, refletem o impulso de quem vivencia grande êxtase amoroso, ao dirigir-se de modo filosófico ao próprio amor. E, em encantamento, ainda que tecendo imagens da separação, exalta a amada. Nesses poemas de formato pequeno, o dizer conduz-se pelo respirar calmo e ou ofegante, entre sons e ritmos de sentimento lírico.
– Miriam de Carvalho (Filósofa, poeta e escritora)
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* Quer saber mais sobre esse e outros livros, acesse aqui.
Ο fim de uma relação amorosa, seguido pelo isolamento produzido pela pandemia, despertaram o poeta em Francisco Caruso. Existe um silêncio que nem a música preenche. É o silêncio da perda amorosa. Este só pode ser, ou é melhor preenchido pela poesia. Apropriando-se da palavra poética, o cientista e homem renascentista Caruso transforma perda em celebração. Celebração de Eros, celebração passional da mulher amada que se distanciou. Celebração do amor, simplesmente. Amor vivido, tal como depreendemos do primeiro livro, que ele intitulou Do amor silenciado. O cientista tornado literato insere-se assim na tradição do lirismo amoroso. Não chega a nos espantar, pois, por ser leitor voraz, o homem renascentista carrega em si latente o vírus da literatura.
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No presente livro, é novamente o amor, desta vez mais pensado, reflexivo, conceituado, mantendo-se embora a carga erótica, traço forte na poética de Caruso. Traço determinante. Nesta poética, não existe amor sem tesão. Observe-se porém que a celebração do prazer físico assume por vezes dimensões transcendentais na lavra de Caruso. Assim, neste livro, sua poesia aponta, como horizonte discursivo, para uma autêntica filosofia do amor. Mencione-se ainda que no erotismo da poesia de Caruso, para além do êxtase do gozo, o valor maior reside no momento final de apaziguamento e felicidade a dois.
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Vemos com gosto este poeta recém-nascido e já em processo de amadurecimento adentrar-se pelas veredas do amor como conceito, reencontrando a matriz camoniana da lírica amorosa em português. Outros nomes da tradição poética e literária, e também da cancional, são invocados, com destaque para Vinicius de Moraes. Para Caruso, assim como para seus mestres em poesia, o lirismo amoroso é sobretudo devoção à mulher, mesmo que ausente. É adoração da fusão entre os corpos.
– Italo Moriconi (Escritor e professor do Instituto de Letras da UERJ)
SOBRE O LIVRO
Já consagrado no meio acadêmico como professor de Física, pesquisador e ensaísta, Francisco Caruso acaba de adquirir uma nova persona: poeta. Tudo aconteceu em função de uma sofrida ruptura amorosa com a mulher amada. Caruso teve uma espécie de epifania literária e pôs-se a escrever poemas sem parar, num verdadeiro transbordamento lírico, com imensa vontade de expressar a dor ou o dilaceramento que sentia no coração. Pois muitas vezes a palavra, como um bálsamo, costuma ser necessária para curar feridas, fechar cicatrizes. Ainda mais em se tratando de poesia. Boa poesia. Reunidos em livro, com o título Do amor silenciado, os versos de Caruso formam um cancioneiro coeso, como se fossem obra de trovador medieval dirigida a sua Musa oculta. Não sei dizer de qual deles eu gosto mais. Gosto de todos. Mas posso citar alguns: “A pérola”, “A teia”, “Mal de coração”, “Amor e separação”, “Amor tátil”, “Incêndio na floresta”, “A cama”, “O gozo”, “Saudade”, “Detalhes”, “Não posso”, “Não mais”, “O amor é..”, “Seu prazer”, “O último beijo”. Destaco também a prosa “Nosso sexo”. Felizmente Caruso não tem medo do erotismo, porque lida muito bem com ele. De forma apaixonada e ao mesmo tempo delicada. Enfim, Do amor silenciado já nasceu um clássico. E por isso trouxe-me à mente outros clássicos sobre o tema, como os Sonetos de Shakespeare, que louvam um jovem amado e a Dark Lady, Do Amor de Stendhal e suas cristalizações, ou A Arte de Amar, de Ovidio, no qual o poeta latino defende o gozo conjunto. Se Francisco Caruso com este presente tão belo reconquistara ou não a sua ama da, não sei dizer, mas com certeza conquistará vários amantes da boa poesia, que também sofrem ou sofreram por amor.
– Cecilia Costa (Jornalista e escritora)