Depois de uma bem sucedida estreia em maio de 2023 em Coimbra – Portugal – e em seguida esgotar ingressos em outras sete cidades lusitanas (Lisboa, Estarreja, Ponta Delgada, Porto, Ourém, Vila Real, Setúbal e Faro), Adriana Calcanhotto leva a turnê do novo álbum ‘Errante’ ao Brasil. A cantora se apresenta no dia 18/10 em Jundiaí-SP no Teatro Polytheama. No dia seguinte, 19/10, é a vez de Santos recebê-la no Blue Med. Já em dezembro, no dia 6/12, é a vez de Juiz de Fora-MG no Cine-Theatro Central. Além de faixas do mais recente trabalho, como Prova dos 9, Pra lhe dizer e Larga tudo, o repertório também é composto por hits da sua discografia, entre eles os clássicos Vambora e Maresia.
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Errante é marcado pela escolha pela alegria, a despeito das canções (poucas) que carregam o peso da tristeza. Até porque o disco responde ao desejo da expansão de Adriana, um reflexo natural ao período de recolhimento vivido entre 2020 e 2021, devido à pandemia. Ao contrário de ‘Só’, seu disco de 2020 que sublinhava aquela solidão enquanto ela era vivida, ‘Errante’ quer, desde seu título, a porta afora. Esse espírito se mostra não apenas nas canções, quase todas compostas a partir de 2020. As sessões de gravação, realizadas no estúdio da gravadora Rocinante (isolado em Araras, na serra fluminense, cercado de Mata Atlântica), eram a celebração do encontro represado. Afinal, ‘Errante’ é o que se chama de um “disco de banda”. E por banda, entenda-se Adriana (violão e voz), Alberto Continentino (baixo, piano e lira), Davi Moraes (guitarra e violão) e Domenico Lancellotti (bateria e percussão), como reforço dos sopros de Diogo Gomes, Jorge Continentino e Marlon Sette.
Instalados na casa-estúdio, convivendo diariamente, os músicos construíram juntos com a cantora a sonoridade do álbum, num diálogo essencialmente musical.
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Adriana Calcanhotto abre seu 13º álbum, ‘Errante’, desenhando em versos um autorretrato. Seus contornos, porém, são feitos não de traços definidos, inequívocos. Pelo contrário, ele se constrói a partir de uma identidade que se espalha: “Tenho o corpo italiano/ O nascimento no Brasil/ A alma lusitana/ A mátria africana”. Desenraizada, portanto, como afirma no instante seguinte: “E em tudo o que faço sou não mais do que impostora”.
Adriana está à frente da direção do espetáculo, que tem como integrantes da banda os músicos Pedro de Sá (guitarra), Domenico Netto Lancellotti (bateria), Guto Wirtti (baixo acústico), Jorge Continentino (saxofone, flauta e teclados), Diogo Gomes (trompete e flugelhorn) e Marlon Caldeira Sette (trombone). O guitarrista também esteve com Calcanhotto na turnê ‘Gal: Coisas Sagradas Permanecem’, em homenagem à cantora baiana Gal Costa, sucesso de crítica que teve seus únicos seis shows com ingressos esgotados nos meses de abril e maio de 2023. Após o período de celebração à Gal, esse novo espetáculo apresenta pela primeira vez em palco as 11 canções inéditas e autorais de ‘Errante’.
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Sobre Adriana Calcanhotto
Adriana Calcanhotto, compositora brasileira, mergulha na tradição da canção nacional, reflexo da diversidade cultural do país. Sua música transita entre diferentes estilos, como bossa nova, MPB e funk, abordando temas que vão desde o prazer até reflexões profundas sobre a vida. Suas letras revelam uma intersecção entre arte contemporânea, eventos sociais e filosofia.
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Ela é reconhecida tanto por sua popularidade comercial quanto por sua exploração artística e intelectual. Seus trabalhos literários incluem uma autobiografia e uma antologia de haicais brasileiros. Calcanhotto é também uma figura influente na academia, tendo sido nomeada Embaixadora da Universidade de Coimbra e lecionando sobre poesia e composição de canções.
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Com uma discografia diversificada, que inclui álbuns para o público infantil sob o pseudônimo Adriana Partimpim, Calcanhotto demonstra uma versatilidade única. Sua trilogia marítima, iniciada com ‘Marítimo’; em 1998 e concluída com ‘Margem’; em 2019, exemplifica sua habilidade de abordar metáforas complexas, como o mar como símbolo do amor e da tragédia.
Seu trabalho reflete preocupações sociais e políticas, como evidenciado em ‘A Mulher do Pau-Brasil’, um concerto-tese desenvolvido em 2018 na Universidade de Coimbra, que explora a identidade brasileira e a violência histórica do país.
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Em resposta à pandemia, Calcanhotto lançou ‘Só’; em 2020, um álbum gravado em casa durante o isolamento. Seu último lançamento, um disco de inéditas intitulado ‘Errante’, é uma expansão após esse período de reclusão, que busca ampliar tanto a natureza da canção brasileira quanto sua própria expressão artística.
SERVIÇO
• 18/10 – Adriana Calcanhotto em Jundiaí – Teatro Polytheama
• 19/10 – Adriana Calcanhotto em Santos – BLUE MED
• 6/12 – Adriana Calcanhotto em Juiz de Fora – Cine Theatro Central