Alaíde Costa celebra 89 anos com show e bazar exclusivo de figurinos icônicos na Casa de Francisca

Em “A Dama da Canção”, cantora Alaíde Costa interpreta seus grandes sucessos ao longo dos mais de 70 anos de carreira com a participação de convidados especiais. Casa Francisca, dia 7 de dezembro, às 22h.

Alaíde Costa sobe ao palco da Casa de Francisca para comemorar seus 89 anos em um show especial que promete emocionar os fãs da cantora. Além da música, o evento contará com um bazar exclusivo, onde serão vendidos figurinos marcantes de sua carreira, como o icônico vestido usado na turnê com Johnny Alf pela Alemanha nos anos 1990.
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Reconhecida como “A Dama da Canção”, Alaíde vive o auge de sua longa e brilhante trajetória. Premiada e consagrada no Brasil e no exterior, ela tem renovado seu público e reafirmado sua relevância por meio de diversos projetos recentes.

O show será uma verdadeira celebração da música brasileira, com Alaíde recebendo convidados especiais no palco para interpretar clássicos de seu repertório e canções que marcaram sua trajetória.
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Já o bazar, que acontece durante o evento, oferece uma oportunidade única para fãs e colecionadores adquirirem itens históricos que contam parte da história de uma das maiores intérpretes da música brasileira. Cada peça disponível carrega momentos inesquecíveis da carreira de Alaíde, reforçando seu legado artístico.

Alaíde Costa – foto: © Énio Cesar

Sobre Alaíde Costa
Era início da década de 1950 em Água Santa, bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, quando uma adolescente colava os ouvidos no aparelho de rádio, atenta, esperando a voz de Silvio Caldas entoar “Noturno em Tempo de Samba”. Ao ouvir os primeiros versos, parava para anotar a letra e memorizar a melodia. Quando aprendeu a canção, decidiu: iria ao programa de calouros de Ary Barroso, na Rádio Tupi, para apresentá-la.
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Não era a primeira vez de Alaíde Costa em um palco. Aos 11, seu irmão mais velho (Adilson, que se tornou jogador de futebol) a havia convencido a se apresentar em uma sessão para cantores amadores no circo montado no bairro, dizendo à garota tímida que, caso não fosse, a polícia iria buscá-la.

Dali em diante, a menina que gostava de cantarolar — mas achava que seria professora — passou a ser inscrita pelos vizinhos em toda oportunidade que aparecia, já que ganhava os prêmios. Aos 16, apaixonada pela canção cheia de climas interpretada por Caldas, resolveu ir se apresentar por conta própria. A escolha da música, a audição cuidadosa em casa e a interpretação lhe renderam nota máxima. “Aí tomei gostinho”, conta.
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Aos 88 anos, uma das maiores vozes da música brasileira é também uma artista que sempre se guiou pelo que quis fazer e pelo que acreditava fazer melhor, o que não foi fácil. “Ah, mas você é negra, tem que cantar uma coisa mais animadinha, sabe? Um sambinha”, ouvia. “Me recusei a entrar nessa porque não daria certo”, afirma, categórica. Seu primeiro álbum foi lançado dois anos antes de “Chega de Saudade” (1958), música que marca o início da bossa nova, mas só recentemente ela passou a ser reconhecida entre os grandes nomes do gênero — assim como Johnny Alf, precursor do estilo e, não por acaso, também negro. Durante a carreira, teve grandes parceiros musicais como o próprio Johnny Alf, Vinicius de Moraes, Tom Jobim, João Gilberto, Milton Nascimento, Oscar Castro Neves, entre outros.
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Apesar dos infortúnios, a cantora continua ativa, defendendo a Bossa Nova, colecionando reconhecimentos e celebrando novas parcerias. Em 2020, seu talento como intérprete lhe rendeu o Troféu Kikito de Melhor Atriz Coadjuvante, no Festival de Gramado. Alaíde se tornou a artista mais velha a ser laureada com o prêmio.

Em um show que homenageou João Gilberto em abril de 2023, em São Paulo, falou: “Vou fazer 88 anos, tenho 70 de carreira, e olha que loucura: as pessoas me descobriram agora!”. Alaíde nunca parou de cantar, nunca ficou sem gravar (são mais de 20 discos) ou se apresentar em shows. Alaíde é uma das poucas artistas vivas que passou por todos os formatos de mídia – desde o 78RPM, LP, K7, CD e agora o streaming. Nos últimos anos, parcerias deram novo vigor a uma carreira cheia de coerência artística. Em 2022, lançou “O que meus calos dizem sobre mim”, produzido por Emicida, Pupillo (Nação Zumbi) e Marcus Preto, álbum que terá segundo volume em 2024 — eleito o melhor lançamento fonográfico de MPB no 30º Prêmio da Música Brasileira, com a cantora aplaudida de pé por todo o Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
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Em maio de 2023, Alaíde se apresentou em Portugal com a Orquestra de Jazz do Algarve sendo um grande sucesso de crítica e público além mar. Além disso, se apresentou no Carnegie Hall em Nova Iorque em outubro de 2023, no show The Greatest Night Bossa Nova em comemoração aos 60 anos da Bossa Nova, no qual foi aplaudida de pé por mais de cinco minutos. Em novembro de 2023 foi agraciada com o Troféu Raça Negra como melhor cantora do ano.
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Em fevereiro de 2024 lançou o álbum “Pérolas Negras” ao lado das amigas Eliana Pittman e Zezé Motta no qual Alaíde transforma o sucesso de Salgadinho “Recado à minha amada” em uma bossa nova dos tempos modernos.
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Alaíde Costa lançou em 19 de julho o segundo disco da trilogia produzida por Emicida, Pupillo (Nação Zumbi) e Marcus Preto, intituladoE o tempo agora quer voar. Acabou de gravar, ao lado de Guilherme Arantes, o grande sucesso do compositor, “Meu mundo e nada mais”, que já está disponível em todas as plataformas digitais. Está em turnê por todo o Brasil com três shows: “E o tempo agora quer voar”, com o repertório do último disco, “Alaíde canta Domingo de Gal Costa e Caetano Veloso” e “Pérolas Negras”, no qual se apresenta ao lado das amigas Eliana Pittman e Zezé Motta.
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Em 2025 lança um álbum em homenagem à intérprete Dalva de Oliveira pela gravadora Deck com produção de Thiago Marques Luiz, empresário e produtor que acompanha Alaíde desde 2004, e participações especiais de nomes como Maria Bethânia, Roberto Menescal e Edson Cordeiro.

SERVIÇO
ALAÍDE COSTA // A DAMA DA CANÇÃO
Show de aniversário – & convidados surpresa + Bazar com peças icônicas
Sábado | 7 de dezembro 2024 | 22h
Abertura da casa 20h
Onde: Casa de Francisca (Rua Quintino Bocaiúva, 22, 01004-010, Sé, São Paulo, SP)
Saiba mais: IG @casadefrancisca / Site.

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