Alaíde Costa faz show do disco “Uma Estrela Para Dalva” em homenagem a Dalva de Oliveira. O álbum chega às plataformas no dia 9 de maio, e terá show de pré-lançamento no SESC Pompéia (SP) nos dias 5 e 6 de abril; Primeiro single do projeto, “Há um Deus“, em dueto com o pianista Vitor Araújo, será lançado dia 4 de abril em todas as plataformas.
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A cantora e compositora Alaíde Costa lança, no dia 9 de maio de 2025, “Uma Estrela Para Dalva”, um álbum tributo à Dalva de Oliveira. Para celebrar, a cantora apresenta um show de pré-lançamento no SESC Pompéia, em SP, nos dias 5 e 6 de abril 2025, com participações de Zé Manoel, Filó Machado e Roberto Sion (dia 5) e André Mehmari e Edson Cordeiro (dia 6). Com produção de Thiago Marques Luiz e lançamento pela gravadora Deck, o disco celebra o legado de uma das intérpretes mais emblemáticas da história da MPB e reúne grandes nomes da música brasileira para recriar clássicos imortalizados por Dalva. O primeiro single do projeto, “Há um Deus” (de Lupicínio Rodrigues, Felipe Valente e Jairo Souza), em dueto com o pianista Vitor Araújo, será lançado dia 4 de abril em todas as plataformas, antecipando a emoção e a grandiosidade do tributo.
Dalva de Oliveira, consagrada como a “Rainha da Voz”, marcou gerações com sua potência vocal e interpretação emocional, eternizando sucessos como “Tudo Acabado” (J. Piedade e Oswaldo Martins), “Errei Sim” (Ataulfo Alves) e “Bandeira Branca” (Laércio Alves e Max Nunes). Sua trajetória, que se iniciou nos anos 1930 e atingiu o auge como voz do Trio de Ouro, fez dela um dos maiores ícones da música nacional. Reconhecida internacionalmente, Dalva levou a música brasileira para além das fronteiras, apresentando-se, inclusive, na coroação da Rainha Elizabeth II.
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O novo projeto de Alaíde Costa resgata esse legado com um olhar contemporâneo e participações especiais de grandes artistas. Maria Bethânia interpreta “Ave Maria no Morro” (Herivelto Martins) ao lado do violonista João Camarero. Roberto Menescal e Yuri Queiroga assinam os arranjos da faixa “Sebastiana da Silva” (Rômulo Paes), enquanto Amaro Freitas participa em “El Día Que Me Quieras” (Carlos Gardel e Alfredo Le Pera) e na clássica “Bandeira Branca” (Laércio Alves e Max Nunes).
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Outros músicos consagrados também se juntam a Alaíde nessa celebração. Guinga traz seu talento para “Bom Dia” (Herivelto Martins e Aldo Cabral), enquanto Antonio Adolfo se une à cantora em “Errei Sim” (Ataulfo Alves). Cristovão Bastos assume os arranjos de “Teus ciúmes” (Lacy Martins e Aldo Cabral), e André Mehmari revisita “Fim de Comédia” (Ataulfo Alves) com sua sensibilidade única. O álbum também conta com a contribuição de Filó Machado e Léa Freire, que recriam “Segundo Andar” (Murilo Alvarenga e Ranchinho), além de Roberto Sion, responsável por uma releitura emocionante de “Neste Mesmo Lugar” (Armando Cavalcanti e Klécius Caldas) / “Tudo Acabado” (J. Piedade e Oswaldo Martins).
O repertório ainda inclui momentos especiais como Edson Cordeiro e Gabriel Deodato em “A Grande Verdade” (Luís Bittencourt e Marlene), Alexandre Vianna em “Segredo” (Marino Pinto e Herivelto Martins) / “Calúnia” (Marino Pinto e Paulo Soledade), Gilson Peranzzetta com sua interpretação para “Distância” (Marino Pinto e Mário Rossi), José Miguel Wisnik trazendo uma nova leitura para “Mentira de Amor” (Lourival Faissal e Gustavo de carvalho) e Itamar Assiere recriando “Estrela do Mar” (Marino Pinto e Paulo Soledade).
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Para Alaíde, o álbum é a realização de um sonho antigo. “Dalva sempre foi uma grande inspiração para mim, e poder prestar essa homenagem é algo que carrego há muitos anos e agora graças ao meu empresário e produtor há 20 anos, Thiago Marques Luiz que vou realizar . É uma oportunidade de manter viva a história da música brasileira”, celebra a cantora. Com arranjos sofisticados e interpretações emocionantes, “Uma Estrela Para Dalva” se apresenta como um tributo à altura da voz inconfundível de Dalva de Oliveira, reafirmando a importância de seu legado e a capacidade de Alaíde Costa em manter viva a essência da música brasileira.
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“Produzir ‘Uma Estrela Para Dalva’ é a concretização de um sonho antigo da Alaíde Costa. Alaíde sempre teve uma profunda admiração por Dalva de Oliveira, e este álbum (o oitavo dela que eu produzo) é a forma mais bela de traduzir essa reverência. Reunimos uma equipe extraordinária, com músicos e intérpretes que compartilham dessa paixão e trouxeram suas próprias emoções para cada faixa. O resultado é um tributo que respeita a grandiosidade de Dalva e, ao mesmo tempo, reafirma a relevância de Alaíde Costa como uma das vozes mais importantes da música brasileira. Esse projeto é um presente para a nossa história musical”, conclui Thiago Marques Luiz, produtor do álbum.
Lançamento em Vinil
No segundo semestre de 2025, “Uma Estrela Para Dalva” também chegará ao formato vinil, com uma seleção especial de 12 faixas, mantendo viva a tradição da música brasileira e proporcionando uma experiência única para os colecionadores e amantes do LP. Com esse tributo, Alaíde Costa reafirma sua relevância artística e contribui para a preservação da memória musical do Brasil, trazendo Dalva de Oliveira para novas gerações.

Dalva de Oliveira – A Voz Sentimental do Brasil
Dalva de Oliveira, uma das maiores intérpretes da música popular brasileira, deixou uma marca indelével na história cultural do país. Dona de uma voz poderosa, que transitava entre o contralto e o soprano, Dalva foi aclamada como a “Rainha da Voz” e tornou-se referência nos anos 1940, 1950 e 1960. Nascida Vicentina de Paula Oliveira, em 5 de maio de 1917, em Rio Claro-SP, ela enfrentou desafios desde a infância para trilhar o caminho que a consagraria como estrela.
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Filha mais velha de Mário de Oliveira e Alice do Espírito Santo, Dalva perdeu o pai ainda criança e viu sua mãe, dona Alice, lutar para sustentar os quatro filhos. Aos oito anos, foi colocada em um internato em São Paulo, onde iniciou seus estudos de piano, órgão e canto. Porém, após uma grave infecção nos olhos, precisou sair da instituição, levando a família a buscar novos recomeços.
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Sua paixão pela música floresceu quando trabalhava como faxineira em uma escola de dança, onde improvisava melodias ao piano após o expediente. Observada por um maestro, Dalva foi convidada a integrar uma trupe musical, percorrendo cidades do interior até ganhar o apelido de “Estrela Dalva” — uma referência à doçura de sua voz.
O sucesso como a voz do Trio de Ouro – No Rio de Janeiro, Dalva iniciou sua carreira em emissoras de rádio, destacando-se por sua interpretação emocional e técnica vocal apurada. Em 1937, uniu-se ao compositor Herivelto Martins e ao cantor Nilo Chagas para formar o icônico Trio de Ouro. Com sucessos como “Praça Onze” e “Ave Maria no Morro”, o trio tornou-se referência no rádio e no disco, consolidando a trajetória de Dalva como uma das maiores cantoras de sua geração.
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A carreira solo e o auge – Após a dissolução do Trio de Ouro em 1949, Dalva embarcou em uma carreira solo de grande sucesso. Em 1950, lançou “Tudo Acabado”, que marcou o início de uma série de hits que abordavam sua vida pessoal e as polêmicas envolvendo o término de seu casamento com Herivelto Martins. Canções como “Que Será”, “Errei Sim” e “Bandeira Branca” tornaram-se clássicos eternos, reafirmando sua posição como uma das maiores artistas do Brasil.
Reconhecimento internacional – Dalva também levou a música brasileira ao exterior, apresentando-se em países como Inglaterra, onde cantou na coroação da Rainha Elizabeth II. Suas gravações com o maestro Roberto Inglês em Londres abriram portas para a difusão da música popular brasileira no cenário internacional.
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O legado – Dalva de Oliveira faleceu em 1972, mas sua obra continua sendo celebrada. Homenagens como a minissérie “Dalva e Herivelto, uma canção de amor” (2010) e o livro “Minhas Duas Estrelas”, escrito por seu filho Pery Ribeiro, mantêm viva a memória de sua trajetória. Em 2017, seu centenário foi comemorado com shows, exposições e o lançamento de uma biografia. Dalva permanece como símbolo de superação e talento, tendo sua voz eternizada em gravações que continuam emocionando gerações. Sua história é a prova de que a arte transcende o tempo, consolidando-se como um legado imortal da música brasileira.

Single ‘Há um Deus’ • Alaíde Costa • Selo Deck • 2025
Canção/compositores
1. Há um Deus, de Lupicínio Rodrigues, Felipe Valente e Jairo Souza
– ficha técnica –
Alaíde Costa – voz | Vitor Araújo – piano e arranjo | Produção: Thiago Marques Luiz | Foto: Murilo Alvesso | Capa: Leandro Arraes | Figurino: Apartamento03 | Assessoria de imprensa: Paulo Henrique de Moura | Selo: Deck | Formato: single digital | Ano: 2025 | Lançamento: 4 de abril | ♪Ouça o single: clique aqui.

SERVIÇO
Show de pré-lançamento
Alaíde Costa apresentará “Uma Estrela Para Dalva” ao vivo em São Paulo
Com participações de Zé Manoel, Filó Machado e Roberto Sion (dia 5) e André Mehmari e Edson Cordeiro (dia 6).
Data/horário: 5 de abril | 21h e 6 de abril | 18h
Onde: SESC Pompeia – Rua Clélia, 93 – Água Branca – São Paulo/SP
Tel: (11) 3871.7700
Preços: R$60 (inteira), R$30 (Meia entrada) e R$ 18 (credencial plena)
Ingressos online Sesc SP: clique aqui.
Mais informações: @sescpompeia

Sobre Alaíde Costa
Era início da década de 1950 em Água Santa, bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, quando uma adolescente colava os ouvidos no aparelho de rádio, atenta, esperando a voz de Silvio Caldas entoar “Noturno em Tempo de Samba”. Ao ouvir os primeiros versos, parava para anotar a letra e memorizar a melodia. Quando aprendeu a canção, decidiu: iria ao programa de calouros de Ary Barroso, na Rádio Tupi, para apresentá-la.
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Não era a primeira vez de Alaíde Costa em um palco. Aos 11, seu irmão mais velho (Adilson, que se tornou jogador de futebol) a havia convencido a se apresentar em uma sessão para cantores amadores no circo montado no bairro, dizendo à garota tímida que, caso não fosse, a polícia iria buscá-la.
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Dali em diante, a menina que gostava de cantarolar — mas achava que seria professora — passou a ser inscrita pelos vizinhos em toda oportunidade que aparecia, já que ganhava os prêmios. Aos 16, apaixonada pela canção cheia de climas interpretada por Caldas, resolveu ir se apresentar por conta própria. A escolha da música, a audição cuidadosa em casa e a interpretação lhe renderam nota máxima. “Aí tomei gostinho”, conta.
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Aos 89 anos, uma das maiores vozes da música brasileira é também uma artista que sempre se guiou pelo que quis fazer e pelo que acreditava fazer melhor, o que não foi fácil. “Ah, mas você é negra, tem que cantar uma coisa mais animadinha, sabe? Um sambinha”, ouvia. “Me recusei a entrar nessa porque não daria certo”, afirma, categórica. Seu primeiro álbum foi lançado dois anos antes de “Chega de Saudade” (1958), música que marca o início da bossa nova, mas só recentemente ela passou a ser reconhecida entre os grandes nomes do gênero — assim como Johnny Alf, precursor do estilo e, não por acaso, também negro. Durante a carreira, teve grandes parceiros musicais como o próprio Johnny Alf, Vinicius de Moraes, Tom Jobim, João Gilberto, Milton Nascimento, Oscar Castro Neves, entre outros.
Apesar dos infortúnios, a cantora continua ativa, defendendo a Bossa Nova, colecionando reconhecimentos e celebrando novas parcerias. Em 2020, seu talento como intérprete lhe rendeu o Troféu Kikito de Melhor Atriz Coadjuvante, no Festival de Gramado. Alaíde se tornou a artista mais velha a ser laureada com o prêmio.
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Em um show que homenageou João Gilberto em abril de 2023, em São Paulo, falou: “Vou fazer 88 anos, tenho 70 de carreira, e olha que loucura: as pessoas me descobriram agora!”. Alaíde nunca parou de cantar, nunca ficou sem gravar (são mais de 20 discos) ou se apresentar em shows. Alaíde é uma das poucas artistas vivas que passou por todos os formatos de mídia – desde o 78RPM, LP, K7, CD e agora o streaming. Nos últimos anos, parcerias deram novo vigor a uma carreira cheia de coerência artística. Em 2022, lançou “O que meus calos dizem sobre mim”, produzido por Emicida, Pupillo (Nação Zumbi) e Marcus Preto, álbum que terá segundo volume em 2024 — eleito o melhor lançamento fonográfico de MPB no 30º Prêmio da Música Brasileira, com a cantora aplaudida de pé por todo o Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
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Em maio de 2023, Alaíde se apresentou em Portugal com a Orquestra de Jazz do Algarve sendo um grande sucesso de crítica e público além mar. Além disso, se apresentou no Carnegie Hall em Nova Iorque em outubro de 2023, no show The Greatest Night Bossa Nova em comemoração aos 60 anos da Bossa Nova, no qual foi aplaudida de pé por mais de cinco minutos. Em novembro de 2023 foi agraciada com o Troféu Raça Negra como melhor cantora do ano.
Em fevereiro de 2024 lançou o álbum “Pérolas Negras” ao lado das amigas Eliana Pittman e Zezé Motta no qual Alaíde transforma o sucesso de Salgadinho “Recado à minha amada” em uma bossa nova dos tempos modernos.
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Alaíde Costa lançou em julho de 2024 o segundo disco da trilogia produzida por Emicida, Pupillo (Nação Zumbi) e Marcus Preto, intitulado “E o tempo agora quer voar”. Está em turnê por todo o Brasil com quatro shows: “E o tempo agora quer voar”, com o repertório do último disco, “Alaíde canta Domingo de Gal Costa e Caetano Veloso”, “A Dama da Canção” e “Pérolas Negras”, no qual se apresenta ao lado das amigas Eliana Pittman e Zezé Motta.
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Em 2025 lança um álbum em homenagem à intérprete Dalva de Oliveira pela gravadora Deck com produção de Thiago Marques Luiz, empresário e produtor que acompanha Alaíde desde 2004, e participações especiais de nomes como Maria Bethânia, Roberto Menescal e Edson Cordeiro. Mais sobre Alaíde Costa aqui.
Discografia de Alaíde Costa:
1959 – Gosto de Você – RCA Victor
1960 – Canta Suavemente – RCA Victor
1961 – Joia Moderna – RCA Victor
1963 – Afinal – Audiofidelity
1965 – Alaíde Costa – Som Maior
1973 – Alaíde Costa & Oscar Castro Neves – Odeon
1975 – Alaíde Costa – Odeon
1976 – Coração – Odeon
1982 – Águas Vivas – Alaíde Canta Hermínio Bello de Carvalho – Vento de Raio
1987 – Falando de Amor – Auvidis
1988 – Amiga de Verdade – Pan Produções
1995 – Alaíde Costa e João Carlos Assis Brasil – Movieplay
2001 – Rasguei minha Fantasia – Jam Music
2005 – Tudo que o Tempo me Deixou – Lua Music
2006 – Voz & Piano – Alaíde Costa & João Carlos Assis Brasil – Lua Music
2008 – Amor Amigo – Alaíde Costa canta Milton – Lua Music
2011 – Alaíde Canta Johnny Alf: Em Tom de Canção – Lua Music
2011 – Alaíde Costa & Fátima Guedes Ao Vivo – Joia Moderna
2014 – Canções de Alaíde – Nova Estação
2015 – Alegria é guardada em cofres, catedrais – Alaíde Costa & Toninho Horta – Independente
2015 – Porcelana – Alaíde Costa e Gonzaga Leal – Independente
2018 – 60 anos de bossa nova – Alaíde Costa & Claudette Soares – Kuarup
2020 – O Anel – Alaíde Costa canta José Miguel Wisnik – Selo Sesc
2021 – Canções de amores paulistas – Alaíde Costa & Eduardo Santhana – MCK Discos
2022 – O que meus calos dizem sobre mim – Samba Rock Discos
2022 – Harmonias que soam e ressoam – Independente
2024 – Pérolas Negras com Eliana Pittman e Zezé Motta – Companhia de Discos do Brasil
2024 – E o tempo agora quer voar – Samba Rock Discos
2025 – Uma Estrela para Dalva – Deck
DVD:
2018 – A dama da canção: Alaíde Costa – Nova Estação
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Série: Discografia da Música Brasileira / MPB / Canção / Single.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske