Espetáculo reúne repertório do álbum “E o tempo agora quer voar” e do anterior “O que meus calos dizem sobre mim” de Alaíde Costa, e contará com a participação especial da cantora Claudette Soares. Na ocasião será lançada a versão em LP do álbum; Aos 88 anos e “no auge da carreira”, cantora apresenta canções inéditas de Caetano Veloso, Marisa Monte, Nando Reis, Rubel, Carlinhos Brown e Rashid escritas especialmente para ela. Os shows acontecerão dias 4 e 5 de outubro, no Sesc Pinheiros, em São Paulo.
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Alaíde Costa, uma das vozes mais icônicas da música brasileira, lança oficialmente o vinil de seu novo álbum “E o tempo agora quer voar” com dois shows especiais nos dias 4 e 5 de outubro, no Sesc Pinheiros, às 21h. O lançamento do vinil, pela Três Selos, marca mais um capítulo importante na trilogia iniciada em 2022 com o aclamado “O que meus calos dizem sobre mim”.
Aos 88 anos, Alaíde Costa vive o auge de sua carreira, após sete décadas de trajetória musical. O novo álbum, que traz canções de grandes nomes como Caetano Veloso, Marisa Monte, Nando Reis, Rubel e Emicida, reflete sobre o tempo e sua passagem, tanto em termos de vida quanto de carreira. O repertório, pensado especialmente para a inconfundível voz de Alaíde, será apresentado em primeira mão nesses shows com a participação especial de Claudette Soares, amiga de Alaíde há mais de 60 anos. A performance no Sesc Pinheiros, produzida e dirigida por Thiago Marques Luiz, promete ser um momento inesquecível para os fãs, celebrando a continuidade da carreira de uma das maiores artistas do Brasil.
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Sobre o disco
“E o tempo agora quer voar“, álbum de Alaíde Costa é um comentário a respeito do Tempo. Aquele deus que tudo cura. O que não espera, o que é implacável, o que traz as rugas e forma os calos. O mesmo deus que construiu, junto com a cantora e compositora carioca, década por década e canção por canção, uma carreira ativa de setenta anos – e contando. Mas que também decidiu que todas as glórias dessa árdua caminhada seriam dadas tardiamente à artista. Em dezembro, Alaíde Costa completa 89 anos de vida. E só agora, nos dois últimos anos, ela vive, como diz, “o auge da carreira”, “o melhor momento”, “o reconhecimento”. Leia mais aqui.
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“E o Tempo Agora Quer Voar” chega em vinil preto de 180g, capa gatefold de luxo acompanhada de um livreto especial com pesquisa do jornalista e crítico musical Leonardo Lichote. *envios previstos para novembro de 2024. Um lançamento Samba Rock Discos/Três Selos e distribuição Altafonte.
SERVIÇO
Lançamento do álbum “E o Tempo Agora Quer Voar” de Alaíde Costa
SESC Pinheiros (R. Pais Leme, 195 – Pinheiros, São Paulo/SP)
Dia 4 de outubro 2024 | sexta – 21h
Dia 5 de outubro 2024 | sábado – 21h
Ingressos: clique aqui.
Sobre Alaíde Costa
Era início da década de 1950 em Água Santa, bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, quando uma adolescente colava os ouvidos no aparelho de rádio, atenta, esperando a voz de Silvio Caldas entoar “Noturno em Tempo de Samba”. Ao ouvir os primeiros versos, parava para anotar a letra e memorizar a melodia. Quando aprendeu a canção, decidiu: iria ao programa de calouros de Ary Barroso, na Rádio Tupi, para apresentá-la.
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Não era a primeira vez de Alaíde Costa em um palco. Aos 11, seu irmão mais velho (Adilson, que se tornou jogador de futebol) a havia convencido a se apresentar em uma sessão para cantores amadores no circo montado no bairro, dizendo à garota tímida que, caso não fosse, a polícia iria buscá-la.
Dali em diante, a menina que gostava de cantarolar — mas achava que seria professora — passou a ser inscrita pelos vizinhos em toda oportunidade que aparecia, já que ganhava os prêmios. Aos 16, apaixonada pela canção cheia de climas interpretada por Caldas, resolveu ir se apresentar por conta própria. A escolha da música, a audição cuidadosa em casa e a interpretação lhe renderam nota máxima. “Aí tomei gostinho”, conta.
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Aos 88 anos, uma das maiores vozes da música brasileira é também uma artista que sempre se guiou pelo que quis fazer e pelo que acreditava fazer melhor, o que não foi fácil. “Ah, mas você é negra, tem que cantar uma coisa mais animadinha, sabe? Um sambinha”, ouvia. “Me recusei a entrar nessa porque não daria certo”, afirma, categórica. Seu primeiro álbum foi lançado dois anos antes de “Chega de Saudade” (1958), música que marca o início da bossa nova, mas só recentemente ela passou a ser reconhecida entre os grandes nomes do gênero — assim como Johnny Alf, precursor do estilo e, não por acaso, também negro. Durante a carreira, teve grandes parceiros musicais como o próprio Johnny Alf, Vinicius de Moraes, Tom Jobim, João Gilberto, Milton Nascimento, Oscar Castro Neves, entre outros.
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Apesar dos infortúnios, a cantora continua ativa, defendendo a Bossa Nova, colecionando reconhecimentos e celebrando novas parcerias. Em 2020, seu talento como intérprete lhe rendeu o Troféu Kikito de Melhor Atriz Coadjuvante, no Festival de Gramado. Alaíde se tornou a artista mais velha a ser laureada com o prêmio.
Em um show que homenageou João Gilberto em abril de 2023, em São Paulo, falou: “Vou fazer 88 anos, tenho 70 de carreira, e olha que loucura: as pessoas me descobriram agora!”. Alaíde nunca parou de cantar, nunca ficou sem gravar (são mais de 20 discos) ou se apresentar em shows. Alaíde é uma das poucas artistas vivas que passou por todos os formatos de mídia – desde o 78RPM, LP, K7, CD e agora o streaming. Nos últimos anos, parcerias deram novo vigor a uma carreira cheia de coerência artística. Em 2022, lançou “O que meus calos dizem sobre mim”, produzido por Emicida, Pupillo (Nação Zumbi) e Marcus Preto, álbum que terá segundo volume em 2024 — eleito o melhor lançamento fonográfico de MPB no 30º Prêmio da Música Brasileira, com a cantora aplaudida de pé por todo o Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
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Em maio de 2023, Alaíde se apresentou em Portugal com a Orquestra de Jazz do Algarve sendo um grande sucesso de crítica e público além mar. Além disso, se apresentou no Carnegie Hall em Nova Iorque em outubro de 2023, no show The Greatest Night Bossa Nova em comemoração aos 60 anos da Bossa Nova, no qual foi aplaudida de pé por mais de cinco minutos. Em novembro de 2023 foi agraciada com o Troféu Raça Negra como melhor cantora do ano.
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Em fevereiro de 2024 lançou o álbum “Pérolas Negras” ao lado das amigas Eliana Pittman e Zezé Motta no qual Alaíde transforma o sucesso de Salgadinho “Recado à minha amada” em uma bossa nova dos tempos modernos.
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Alaíde Costa lançou em 19 de julho o segundo disco da trilogia produzida por Emicida, Pupillo (Nação Zumbi) e Marcus Preto, intitulado “E o tempo agora quer voar”. Acabou de gravar, ao lado de Guilherme Arantes, o grande sucesso do compositor, “Meu mundo e nada mais”, que já está disponível em todas as plataformas digitais. Está em turnê por todo o Brasil com três shows: “E o tempo agora quer voar”, com o repertório do último disco, “Alaíde canta Domingo de Gal Costa e Caetano Veloso” e “Pérolas Negras”, no qual se apresenta ao lado das amigas Eliana Pittman e Zezé Motta.
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