Pela primeira vez, Canções Brasileiras, único disco solo de Novelli, é lançado no Brasil. Em 1984 o álbum saiu somente na França, pelo pequeno selo independente Maracatu. A obra do músico e compositor pernambucano, conhecido por sua colaboração com grandes nomes da música brasileira, esta disponível em formato LP desde fevereiro (2024), pelo projeto Rocinante Três Selos.
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Novelli passou os anos 70 trabalhando com artistas como Tom Jobim, Edu Lobo, Milton Nascimento, Chico Buarque, João Donato, Marcos Valle, Djavan, Airto Moreira, Naná Vasconcelos, família Caymmi, Miúcha, Christina Buarque e Francis Hime, entre muitos outros. Além disso, marcou presença em vários LPs coletivos, como Beto Guedes, Danilo Caymmi, Novelli, Toninho Horta (1973) e Naná, Nelson Angelo, Novelli (1975).
Canções Brasileiras foi gravado no Studio Sextan em Paris, o mesmo estúdio que abrigou Alceu Valença em seu icônico Saudade de Pernambuco (1979). As quatro primeiras canções do disco são uma parceria de Novelli com Cacaso, poeta mineiro singular da chamada “geração mimeógrafo”, que ilustrava o cenário cultural/marginal brasileiro paralelamente ao panorama de repressão política imposto pelo regime militar
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Teia de Aranha, tema de abertura, traz Novelli se expressando por meios de construção, abordagem e fraseados pouco ortodoxos, que são exclusivamente seus. Profunda solidão é um autorretrato de Cacaso, escrevendo e fumando seu cigarro de palha. A instrumental Andorinha originalmente tinha letra, “maravilhosa” segundo Novelli, mas acabou sendo gravada somente com o piano. Valsa para Bill Evans segue um caminho similar. Sem Fim, gravada originalmente no disco de 1979 de Nana Caymmi, mostra Novelli em tom de lamento, acompanhado pelo acordeom de Richard Galliano.
No Lado B, a influência de Milton Nascimento, Lô Borges e do Clube da Esquina é evidente. Minas Geraes, que foi faixa de encerramento do disco Geraes de Milton Nascimento, em 1976, é parceria de Novelli com Ronaldo Bastos, assim como Janela aberta. Fim de abril é coautoria com Marcio Borges.
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Esta reedição pela Rocinante Três Selos traz ainda uma novidade: três canções extras gravadas por Novelli na década de 80, incluindo a inédita Um bocadinho. Triste Baía da Guanabara, que foi gravada por Djavan em seu álbum Alumbramento (1979), e Alvorada, parceria de Novelli com Carlinhos Vergueiro que foi gravada por Ana de Hollanda em seu disco homônimo de 1980, completam o bônus.
A reedição pela Rocinante Três Selos em vinil azul 180g tem capa simples, envelope com letras e texto do jornalista e escritor Bento Araujo, autor da série de livros Lindo Sonho Delirante. Os exemplares estarão disponíveis, a partir de 22 de fevereiro, exclusivamente no e-commerce do projeto.
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Novelli oferece em Canções Brasileiras uma jornada encantadora, que convida os ouvintes a fecharem os olhos e se perderem em uma viagem sonora que acalenta o coração e desafia a corrida implacável do tempo.
DISCOS ‘CANÇÕES BRASILEIRAS’ • Novelli • LP • Selo Rocinante Três Selos • 2024
Canções / compositores
A1. Teia de aranha (Novelli, Cacaso)
A2. Sem fim (Novelli, Cacaso)
A3. Profunda solidão (Novelli, Cacaso)
A4. Andorinha (Novelli, Cacaso)
A5. Valsa para Bill Evans (Novelli)
A6. Triste Baía da Guanabara* (Novelli, Cacaso) / faixa bônus
Lado B
B1. Fabio Novellinho (Novelli)
B2. Minas Geraes (Novelli, Ronaldo Bastos)
B3. Janela aberta (Novelli, Ronaldo Bastos)
B4. Fim de abril (Novelli, Marcio Borges)
B5. Um bocadinho (Novelli, Cacaso) / faixa bônus ** Inédita
B6. Alvorada* (Novelli, Carlinhos Vergueiro) / faixa bônus
– ficha técnica –
Faixa 1A: Novelli (voz, baixo elétrico); Nene (bateria e arranjo); Marianne Bitran (flauta); Michel Graillier (piano e órgão); Denis Leloup (trombone) | Faixa A2: Novelli (voz); Richard Galliano (acordeon) | Faixa A3: Novelli (voz, baixo); Nene (bateria e arranjo); Marianne Bitran (flauta); Michel Graillier (piano) | Faixa A4: Novelli (piano) | Faixa A5: Novelli (voz); Jean-Luc Dionnet (baixo); Marianne Bitran (flauta solo); Michel Graillier (piano) | Faixa A6*: Djavan (voz); Novelli (contrabaixo, percussão); Eduardo Souto Neto (piano, arranjo, regência); Luiz Avellar (piano elétrico); Mauro Senise (sax); Leo Gandelman (sax); Victor Assis Brasil (sax); Copinha (flauta); Jorginho da Flauta (flauta); Ricardo Pontes (flauta); Jayme Araújo (flauta); Serginho Trombone (trombone); Bidinho Spínola (trompete); Paulinho trompete (trompete); Paulinho Braga (bateria); Chico Batera (percussão); Cordas: Spalla – Giancarlo Pareschi; Violinos – Andréa Bueno Salinas, Cesar Augusto Miranda, Jorge Faini, Alfredo Vidal, Adolpho Pissarenko, José Alves da Silva, Walter Hack, Carlos Eduardo Hack, José Dias de Lana, Jorge Kundert Ranevsky; Violas – Arlindo Figueiredo Penteado, Frederick Stephany, Nathercia Teixeira da Silva, Maurício S. Loures; Viola 12 cordas – Ary Piassarollo / *Do LP Alumbramento/Djavan (EMI/1979) | Faixa B1: Novelli (voz); Jean-Charles Capon (cello solo); Thoninho Ramos (violão e arranjo) | Faixa B2: Novelli (voz, baixo e piano); Nene (percussão) | Faixa B3: Novelli (voz, baixo); Richard Galliano (acordeon); Jean-Charles Capon (cello); Nene (bateria e arranjo); Marianne Bitran (flauta); Thoninho Ramos (violão); Michel Graillier (piano); Faixa B4: Novelli (voz, órgão); Richard Galliano (acordeon); Jean-Charles Capon (cello); Nene (bateria e arranjo); Marianne Bitran (flauta); Thoninho Ramos (violão); Michel Graillier (piano) | Faixa B5: … | Faixa B6*: Ana de Hollanda (voz); Edson José Alves (Violão e arranjo); Amilson Godoy (piano); Gabriel Jorge Bahlis (contrabaixo); Do LP ‘Ana de Hollanda’/Ana de Hollanda (Eldorado, 1980) || Gravado no Studio Sextan em Paris – França | Engenheiros de som: Hervé Martin e Jean-Paul Debard | Engenheiro de mixagem: Jean-Paul Debard e Nene | Design logo: Laurence Chapellier | Foto: Cafi (Carlos da Silva Assunção Filho, 1950-2019) | Traduções: Delys Pires e Frédéric Pages | Direção de produção: Philippe Moreau | Produção: Maracatu | Faixas bônus – informações adicionais: Faixa A6*: Mariozinho Rocha (direção de produção); Eduardo Souto Neto (produção executiva); Mairton, Toninho e Guilherme Reis (técnicos de gravação); Franklin e Nivaldo Duarte (técnicos de mixagem); Osmar Furtado (corte) | Faixa B6*: Antônio de Vincenzo (direção de produção); Aluízio Falcão (direção artística); Flávio A. Barreira (técnico de gravação e mixagem) || (2024) Edição Rocinante/Três Selos –Coordenação geral: João Noronha, Sylvio Fraga e Wladymir Jasinski | A&R: Márcio Rocha, Rafael Cortes | Coordenação gráfica: Mateus Mondini | Coordenação técnica: Pepê Monnerat | Coordenação de prensagem: Vinicius Crivellaro | Licenciamento: Daniel Moura e Joe Lima | Texto e edição de conteúdo: Bento Araújo | Direção de arte: Bloco Gráfico | Design: Pedro Caldara | Masterização: Sérgio Lima Nascimento (La Macchina Del Tempo) | Restauração de tapes: Ricardo Calafate e Edu Costa|| Assessoria de imprensa: Tathianna Nunes – Pantim Comunicação | Selo: Rocinante Três Selos | Cat. R3-012 | Formato: LP – vinil | Ano: 2024 | Lançamento: 22 de fevereiro | ♪Ouça o álbum: clique aqui | ♩Compre o LP: clique aqui.
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Canções Brasileiras – Novelli
Por Bento Araujo
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Desde 1959, quando João Gilberto lançou Chega de Saudade, que a bossa nova se tornou uma realidade mais estruturada. Foram três anos para a febre se instaurar também no exterior, a partir da apresentação de grandes nomes do gênero no Carnegie Hall, em Nova York. Para muitos, 1962 foi o ano da bossa.
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Foi justamente naquele ano que Novelli passou uma temporada de cinco meses trabalhando no Rio de Janeiro. Ainda menor de idade e sem poder ter acesso às casas noturnas, o garoto pernambucano frequentava esporadicamente o Beco das Garrafas, tentando aprender algo com o fervilhante cenário da bossa nova. Sabendo que precisava se aprimorar, voltou ao Recife, sua cidade natal e decidiu se dedicar ao estudo do contrabaixo. Autodidata, foi inventando a sua própria maneira de tocar.
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Djair de Barros e Silva nasceu na capital pernambucana em 20 de janeiro de 1945. Aos 11 anos de idade se mudou para Garanhuns, onde foi cantar num grupo de baile. Anos depois voltou ao Recife e aprendeu a tocar contrabaixo utilizando o instrumento de um amigo, que o batizou de Novelli, uma adaptação para o italiano do nome da nova onda do cinema francês, a Nouvelle Vague.
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Em 1965 vai morar definitivamente no Rio e passa a tocar e gravar com alguns de seus ídolos: Luiz Eça, Dom Salvador, Edison Machado, Helvius Vilela e Mário Castro Neves — além de gravar com “combos fantasmas” como o Conjunto Jovem Brasa, que em 1966 lançou o LP Jovem Braza Apresenta Samba Jovem. Esses conjuntos eram apostas das grandes gravadoras para conquistar o público jovem, que consumia LPs com versões para os sucessos das paradas, sem se preocupar, ou mesmo ser informado, sobre quem estava tocando nos discos.
Novelli também se torna compositor e divide os créditos de “Pelas ruas do Recife” com os irmãos Marcos e Paulo Sérgio Valle. A canção está em Viola Enluarada, de Marcos Valle, e abre o LP homônimo da dupla Cynara e Cybele — ambos lançados em 1968. Com Wagner Tiso ele escreve “O Viandante”, defendida pela cantora Lucelena no IV Festival da Música Popular Brasileira da TV Record. Novamente com Paulo Sérgio Valle compõe “O brilho da faca”, tema que aparece numa série de álbuns do período, em regravações do Paulo Moura Hepteto, Momento Quatro, Luiz Claudio e Geraldo Vespar. O próprio Novelli grava a canção acompanhado do Trio 3D na compilação Musicanossa, nome também de um novo coletivo artístico criado no apartamento dos irmãos Valle. Em parceria com Taiguara ele lança “Rei forte”, no disco O Vencedor de Festivais, lançado pelo uruguaio ainda em 1968. No ano seguinte, também com Taiguara e com os irmãos Valle, emplaca “Frevo novo”, que Marcos Valle lança em seu Mustang Cor de Sangue e que Taiguara lança em seu álbum Hoje. Em 1970 pinta a parceria entre Novelli e Luiz Eça, uma bela homenagem a Milton Nascimento com o nome de “3 minutos para um aviso importante”. A canção é um dos destaques do disco Piano e Cordas Volume II, de Eça.
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Quando chega 1971 surge também um novo grupo no pedaço, A Tribo, formado por Joyce, Nelson Angelo, Naná Vasconcelos, Toninho Horta e Novelli. Aparecem em um compacto de Joyce e na lendária compilação underground Posições, ao lado do Módulo 1000, Som Imaginário e Equipe Mercado. Foi essa coletânea de quatro novas bandas da Odeon que inspirou o formato utilizado em Beto Guedes, Danilo Caymmi, Novelli, Toninho Horta — LP lançado pelo mesmo selo em 1973. Todos colaboram com dois temas, com exceção de Novelli, que emplaca três canções: “Viva eu”, “Meio a meio” e “Luiza”. Entre esses dois LPs, Novelli ainda gravou com Gal Costa, Egberto Gismonti, Antonio Carlos e Jocafi, Marcos Valle, Dory Caymmi e Sarah Vaughan. Já durante o restante da década de 70 participou de centenas de gravações com a nata da música brasileira: Tom Jobim, Edu Lobo, Milton Nascimento, Chico Buarque, João Donato, Djavan, Airto Moreira, Helvius Vilela, Cristina Buarque e Francis Hime, entre muitos outros. A parceria entre Miucha e Novelli foi longeva e produtiva. O pernambucano produziu o disco de 1980 da cantora e participou com destaque dos dois álbuns que ela lançou ao lado de Tom Jobim, em 1977 e 1979.
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A fase internacional de sua carreira é finalmente estabelecida em 1975 com o lançamento de Nana, Nelson Angelo, Novelli, pelo selo francês Saravah, de propriedade de Pierre Barouh. A receita apresentada chamou atenção: xote, maracatu e baião inseridos na linguagem contemporânea do fusion, subgênero do jazz que se tornara popular em todo o planeta naquela altura. A partir daí Novelli continuou aparecendo nas prateleiras de lojas de discos do mundo todo, em álbuns direcionados ao mercado internacional de Airto Moreira e Milton Nascimento. Como colaborador de Bituca, compondo e tocando contrabaixo, enfileirou uma série de participações em álbuns icônicos como Milagre dos Peixes (1973), Minas (1975), Geraes (1976) e Clube da Esquina 2 (1978) — este último coproduzido por ele.
Pulamos para 1984. O cantor, compositor e ator francês Bernard Lavilliers está de passagem pelo Rio de Janeiro e escreve uma letra de música para o amigo Novelli. Aproveita e o convida para uma temporada na França, com hospedagem e passagens incluídas. Lá o pernambucano passou um período morando na casa do baterista gaúcho Nenê, que também estava consolidando uma carreira internacional. É aí que Novelli conhece Philippe Moreau, que trabalhava vendendo música brasileira na FNAC. Através dos contatos do francês, consegue um financiamento para o primeiro e único disco solo de sua carreira: Canções Brasileiras.
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Philippe se tornou o produtor do disco e Nenê foi o baterista, percussionista, arranjador e padrinho do LP, que praticamente nasceu em sua residência. O envolvimento era tanto que Nenê também cuidou da mixagem. Canções Brasileiras foi registrado em Paris, no Studio Sextan, o mesmo estúdio onde Alceu Valença havia gravado seu Saudade de Pernambuco, em 1979.
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Os quatro primeiros temas de Canções Brasileiras eram uma parceria de Novelli com Antônio Carlos Ferreira Brito, o Cacaso, poeta mineiro singular da chamada “geração mimeógrafo” — que ilustrava o cenário cultural/marginal brasileiro paralelamente ao panorama de repressão política imposto pelo regime militar. Cacaso compôs letras em parceria com Edu Lobo, Djavan, Elton Medeiros, Nando Carneiro, Francis Hime e Danilo Caymmi, entre outros, mas jamais ficou tão contente e agradecido como aconteceu com Novelli. Quando se encontraram novamente no Brasil, após o lançamento do álbum, Cacaso abraçou e beijou Novelli efusivamente: “Eu nunca estive tão feliz na minha vida! Nunca ninguém gravou quatro músicas de minha autoria em um só disco,” exclamou o poeta e letrista.
Cacaso descrevia Novelli como ninguém, como consta na letra de “Sem fim”, a primeira parceria deles e a segunda música deste LP: “Quando eu me larguei / Lá de onde eu vim / Chão de sol a sol / Ramo de alecrim / Paletó de brim / Tempo tão veloz / Não chamei meu pai / Minha mãe não viu / Desgarrei de nós / Quando dei por mim / Um sertão sem fim / Pelo meu redor / Coração não deixe de bater”. A voz, em tom de lamento, é acompanhada pelo acordeom de Richard Galliano. “Sem fim” havia aparecido originalmente no disco de 1979 de Nana Caymmi, álbum homônimo que abre com a canção de Novelli e Cacaso. A parceria de Novelli com Nana e com a família Caymmi foi bela e duradoura. Em 1988, “Sem fim” foi regravada por Milton Nascimento no álbum Miltons, com o acompanhamento de Herbie Hancock no piano.
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“Teia de aranha”, o tema de abertura, traz Novelli se expressando por meios de construção, abordagem e fraseados pouco ortodoxos, que são exclusivamente seus. “Profunda solidão” é um autorretrato de Cacaso, visitando o sertão de Goiás, escrevendo e fumando seu cigarro de palha. A instrumental “Andorinha” originalmente tinha letra, “maravilhosa” segundo Novelli, mas Nenê o convenceu que o resultado ficaria melhor somente com o piano. “Valsa para Bill Evans” segue um caminho similar.
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No lado B a influência de Milton Nascimento, Lô Borges e do Clube da Esquina fica ainda mais evidente, principalmente porque duas canções são parcerias de Novelli com Ronaldo Bastos (“Minas Geraes” e “Janela aberta”), além de uma coautoria com Marcio Borges (“Fim de abril”). “Minas Geraes” havia sido a faixa de encerramento do disco Geraes, lançado por Milton Nascimento em 1976.
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A capa de Canções Brasileiras também segue a cartilha dos mineiros e foi clicada por Cafi, o lendário fotógrafo oficial do Clube da Esquina. Novelli aparece sem camisa, olhando para o lado, segurando um coco. Ao fundo, um painel com cores do círculo cromático que possuem alta luminosidade e tons pastéis.
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Essa é a primeira vez que Canções Brasileiras é lançado no Brasil, já que em 1984 o disco saiu somente na França, pelo pequeno selo independente Maracatu. Esta reedição contém três canções extras gravadas por Novelli ainda na década de 80 — a inédita “Um bocadinho”, “Triste Baía da Guanabara” que foi gravada por Djavan em seu álbum Alumbramento (1979) e “Alvorada”, parceria de Novelli com Carlinhos Vergueiro que foi gravada por Ana de Hollanda em seu disco homônimo de 1980.
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Se os músicos de jazz exigem a coisa mais difícil que qualquer artista pode exigir do seu público, a atenção, Novelli não exige nada, apenas oferece sua arte à contemplação — mas isso não significa que sua música foi projetada para ser ouvida casualmente. Tudo o que ele escreve e toca é de uma beleza encantadora, singular. São canções brasileiras para ouvir de olhos fechados, esquecendo a corrida do tempo, tão veloz. São músicas que fazem com que o coração não deixe de bater.
Canções Brasileiras – Novelli
Por Bento Araujo
Projeto Rocinante Três Selos
A paixão pelo vinil une três grandes nomes do mercado nacional em uma colaboração inédita. A fábrica Rocinante, localizada em Petrópolis, agora prensará uma seleção exclusiva de discos a partir de novembro, em uma parceria com a Três Selos. Esta curadoria, licenciada pela própria Rocinante, conta também com a contribuição da Tropicália Discos, uma loja icônica do Rio de Janeiro com mais de 20 anos de expertise na divulgação da música brasileira.
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Essas referências do mercado se unem para apresentar com excelência algumas das obras mais marcantes da música brasileira, incluindo nomes consagrados como Chico César, Gilberto Gil, Pabllo Vittar,Hermeto Pascoal, Novelli, Tulipa Ruiz, Céu, Baiana System, Barão Vermelho, Anelis Assumpção, Dona Onete, Alceu Valença. Com um projeto gráfico inovador e utilizando as melhores prensas de vinil do país, essa parceria promete elevar ainda mais a música brasileira, celebrando sua riqueza e diversidade em cada lançamento.
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Série: Discografia da Música Brasileira / Memória discográfica / Memória Musical Brasileira / MPB / Jazz / Canção / Álbum.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske
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