Hugo Pilger - foto: Aloizio Jordão
O disco do violoncelista Hugo Pilger apresenta a obra completa para violoncelo, até o presente [2016] do compositor, violista e maestro mineiro Ernani Aguiar. Realizado com quatro violoncelos diferentes, acompanhados de arcos de autores diversos e com montagens específicas, o álbum se preocupou em preservar o timbre de cada voz. Foram necessários 72 takes para gravar as 30 faixas que o compõem, tornando sua produção uma maratona, que começou com o estudo de cada parte em seu respectivo instrumento até o momento da gravação, seguido de uma mixagem e de uma masterização minuciosas. O CD ‘Hugo Pilger interpreta Ernani Aguiar’, lançado em maio de 2016, em formato físico, e digital com distribuição da Tratore.
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Na apresentação do CD, Hugo Pilger diz que os resultados do projeto vão além do registro sonoro. O repertório do instrumento recebeu duas novas obras para violoncelo solo (Meloritmias nº 10 e Threnus fratri meo Aloysio), uma versão para três violoncelos (Música a Três) e duas para quatro violoncelos (Quatro Momentos nº 3 e Violoncelada). “Este legado por si só é incalculável”, declarou.
– por André Cardoso*
A relação de Ernani Aguiar com o violoncelo nos remete ao início da década de 1970, quando o compositor teve acesso ao instrumento que pertenceu ao avô, o músico e poeta petropolitano Reynaldo Chaves (1895-1957). A convivência de Ernani com o avô foi breve, pouco mais de seis anos, mas deixou marcas que podem ser percebidas no grande número de obras dedicadas ao instrumento. Podemos perceber também que outras tantas pessoas foram importantes ao longo de sua trajetória de vida e se relacionam com sua obra.
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Foi praticando de forma autodidata o instrumento herdado do avô que Ernani desenvolveu parte de sua atividade profissional na juventude, tocando em bailes e casamentos. Certamente a formação como violinista e violista, iniciada em 1967 com a insigne mestra Paulina D’Ambrosio (1890-1976), muito contribuiu para a compreensão do idioma do violoncelo. Em 1969, iniciou os estudos de composição com o maestro César Guerra-Peixe (1914-1993), petropolitano em quem Reynaldo Chaves teve forte e benéfica influência. Foi o avô de Ernani o responsável por Guerra-Peixe haver se tornado compositor, segundo depoimento do próprio, ao incentivá-lo insistentemente na década de 1930 a prosseguir nos estudos.
Sob a orientação de Guerra-Peixe e seguindo a trilha proposta por seu professor na série de Melopeias para flauta solo, Ernani deu início à série de Meloritmias em 1972, com uma composição para o mesmo instrumento. No ano seguinte, partiu para a Itália, onde estudou no Conservatório Cherubini, em Florença. Lá nasceu a segunda obra da série e a primeira dedicada ao violoncelo, a MELORITMIAS Nº 2, de 1975.
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Após retornar ao Brasil, Ernani foi convidado a ingressar no Trio de Cordas da Prefeitura de Petrópolis, que se apresentava nas escolas para alunos da rede municipal. O curioso é que, mesmo tendo estudado na Itália com o grande violinista Roberto Michelucci (1922-2010), foi como violoncelista que Ernani atuou no Trio de Cordas.
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A aventura no naipe errado durou pouco, pois ao mesmo tempo desenvolveu sólida carreira como regente. Foi na condição de maestro da Orquestra de Câmara do Colégio Marista São José do Rio de Janeiro, tradicional instituição de ensino onde o autor destas linhas era aluno na mesma época, que Ernani criou a série de QUATRO MOMENTOS para cordas. O de Nº 3, composto em 1979 e aqui gravado em transcrição de Hugo Pilger, tornou-se uma das mais executadas composições para cordas do repertório brasileiro, um verdadeiro hit, ao lado de obras como o Prelúdio da Bachianas Brasileiras nº 4 de Villa-Lobos, o Ponteio de Cláudio Santoro ou o Mourão de Guerra-Peixe. Note-se que, na versão original, o violoncelo aparece com destaque no primeiro movimento, com um solo a ele dedicado. Não podemos deixar de perceber também a filiação à estética nacionalista adotada por seu professor de composição.
Ainda no terreno das transcrições temos a MÚSICA A TRÊS, escrita originalmente para três violinos em 1982 e que ao longo dos anos assumiu diferentes formações instrumentais, desde trio para violino, marimba e percussão, passando por duas clarinetas e fagote até orquestra de cordas, esta sob o título de Instantes I.
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Os SEIS DUETOS PARA VIOLONCELOS surgem em 1985. Estamos aqui no terreno das miniaturas musicais, onde os instrumentistas têm à disposição uma grande variedade de recursos expressivos, funcionando quase como uma série de estudos em duo.
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A figura de Guerra-Peixe se faz notar novamente no PONTEANDO, uma transcriçãofeita em 1989 pelo próprio autor para o primeiro movimento da Meloritmias nº 5, originalmente escrita em 1987 para viola solo. O título remete ao toque do violeiro nas cordas da viola, conhecido como ponteio ou ponteado.
A primeira obra original para conjunto de violoncelos surge em 1993. A formação e a sonoridade do conjunto nos remetem à obra de Villa-Lobos. Mas aqui estamos muito distantes das texturas polifônicas encontradas nas Bachianas Brasileiras. Escrita por encomenda do Rio Cello Ensemble e seu líder, o violoncelista inglês David Chew, a obra foi estreada no mesmo ano na The United Reformed Church, (Hornsea/Inglaterra) e aqui é apresentada em transcrição de Hugo Pilger para quatro violoncelos. Estamos aparentemente diante de um caso de hibridismo cultural. Mas as referências musicais que surgem no segundo movimento da VIOLONCELADA são, antes, reminiscências de juventude, como integrante da Banda Escocesa do Colégio Estadual D. Pedro II, em Petrópolis, fundada por seu pai Wolney Aguiar, onde Ernani tocava gaita de foles.
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Uma nova encomenda, desta vez do Allegri Cello Ensemble, fez surgir a MÚSICA PARA 4 VIOLONCELOS, de 1997. Na obra, estreada no mesmo ano na Maison des Arts de Laon (França), encontramos novamente a reverência ao mestre Guerra-Peixe, especialmente no último movimento, o RASQUEADO.
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A importância do violoncelo na obra de Ernani Aguiar é reafirmada com a composição de mais três peças para o instrumento solo. A MELORITMIAS Nº 9 foi escrita em 2008 e seria a última da série, não fosse o projeto do violoncelista Hugo Pilger de gravar toda a obra de Ernani para o instrumento, o que motivou a composição da MELORITMIAS Nº 10, em 2015. Já, THRENUS FRATRI MEO ALOYSIO é uma homenagem póstuma ao violoncelista e pesquisador Aloysio José Viegas (1941-2015), dileto amigo com quem Ernani dividia a paixão pela música mineira do período colonial.
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Não podemos deixar de mencionar o extraordinário trabalho realizado pelo violoncelista Hugo Pilger, que assumiu a missão de registrar a extensa obra para violoncelo de Ernani Aguiar, se desdobrando literalmente em muitos. Fica aqui um exemplo de interação entre um compositor e seu intérprete, quando as obras ganham maior relevo. Ganha também o ouvinte, que poderá penetrar mais profundamente e com maior propriedade na obra para violoncelo de Ernani Aguiar pelas mãos do violoncelista Hugo Pilger.
— *André Cardoso / Presidente da Academia Brasileira de Música / Diretor Artístico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro Professor da Escola de Música da UFRJ —
“Admiro o trabalho de Ernani Aguiar de longa data e tive o privilégio de dividir o palco com ele muitas vezes, além da oportunidade de realizar algumas primeiras audições de suas obras. Foi numa conversa informal com o compositor que a ideia deste disco surgiu e confesso que foi um dos trabalhos que mais prazer até hoje me trouxe. Os resultados deste projeto vão além da presente gravação. O repertório do instrumento recebeu duas novas obras para violoncelo solo (Meloritmias nº 10 e Threnus fratri meo Aloysio), uma versão para três violoncelos (Música a Três) e duas para quatro violoncelos (Quatro Momentos nº 3 e Violoncelada), e este legado por si só é incalculável.” – Hugo Pilger.
Disco ‘Hugo Pilger interpreta Ernani Aguiar’ • Hugo Pilger • Selo Independente • 2016
Músicas / compositor
Música para 4 Violoncelos (1997) | Ernani Aguiar
1. I – Divertimento
2. II – Canto de Crepúsculo
3. III – Rasqueado
Ponteando (1989)
4. Fluente
Seis Duetos para Violoncelos (1985) | Ernani Aguiar
5. Dueto nº 1 – Allegro
6. Dueto nº 2 – Allegro
7. Dueto nº 3 – Moderato
8. Dueto nº 4 – Allegro
9. Dueto nº 5 – Allegro Vivace
10. Dueto nº 6 – Vivace
Meloritmias nº 2 (1975) | Ernani Aguiar
11. I – Moderato
12. II – Tranqüilo
13. III – Vivace
Quatro Momentos nº 3* (1979) | Ernani Aguiar / (*Vrs. p/ 4 cellos realizada por Hugo Pilger)
14. I – Tempo de Maracatu 0
15. II – Tempo de Cabocolinhos
16. III – Canto
17. IV – Marcha
Meloritmias nº 9 (2008) | Ernani Aguiar
18. I – Prelúdio
19. II – Quase Serenata
20. III – Choro
Música a Três** (1982) | Ernani Aguiar / (**Vrs. p/ 3 cellos realizada por Hugo Pilger)
21. I – Molto Allegro
22. II – Lento
23. III – Vivo
Meloritmias nº 10 (2015) | Ernani Aguiar
24. I – Allegro
25. II – Calmo
26. III – Allegro
Violoncelada* (1993) | Ernani Aguiar / (*Vrs p/ 4 cellos realizada por Hugo Pilger)
27. I – Em louvor aos Santos Reis
28. II – Bagpipes and drums
29. III – Frêvioloncelando
Threnus Fratri meo Aloysio (2015)
30. Tristemente
– ficha técnica –
Hugo Pilger – violoncelos | Idealização do projeto: Hugo Pilger | Direção artística e musical: Hugo Pilger | Produção executiva: Maria de Fátima Nunes Pilger | Texto encarte: André Cardoso | Revisão do texto: Maria de Fátima Nunes Pilger | Tradução do encarte: Priscilla Murphy | Ilustrações: Alexandre Rivero | Projeto gráfico: Sergio Richiden | Gravado, mixado e masterizado por Alexandre Hang, no AF Studio House, Rio de Janeiro | Assistente de estúdio: Victor Donin de Faria | Gravado no AF Studio House, Rio de Janeiro, nos dias 22, 23, 25, 26, 27 e 28 de janeiro de 2016 || Instrumentos: GAGLIANO – Todas as faixas como Violoncelo Solo e Violoncelo I: Violoncelo: Giovanni Gagliano (atribuído a), Nápoles, 1805; Corda Lá: Larsen Magnacore médium; Corda Ré: Larsen Magnacore médium; Corda Sol: Larsen Magnacore médium; Corda Dó: Larsen Magnacore médium; Arco: Eugène Sartory, Paris [s.d.]; Foto: Túlio Lima | HOFMANN – Violoncelo II em Música a Três, Música para 4 Violoncelos, Quatro Momentos nº 3 e Violoncelada: Violoncelo: Anton Hofmann, Viena, 1871; Corda Lá: Pirastro Passione médium; Corda Ré: Pirastro Passione médium; Corda Sol: Larsen Magnacore médium; Corda Dó: Larsen Magnacore médium; Arco: Alfred Lamy, Paris, 1890; Foto: Hugo Pilger | RICHARD – Violoncelo III em Música para 4 Violoncelos, Quatro Momentos nº 3 e Violoncelada: Violoncelo: François Richard, Mirecourt, 1860; Corda Lá: Larsen Soloist medium; Corda Ré: Larsen Soloist médium; Corda Sol: Larsen Soloist médium; Corda Dó: Pirastro Obligato médium; Arco: Floriano Renato Rupf, Domingos Martins-ES, 2004; Foto: Túlio Lima | COLLIN-MEZIN – Violoncelo II em Seis Duetos, Violoncelo III em Música a Três e Violoncelo IV em Música para 4 Violoncelos, Quatro Momentos nº 3 e Violoncelada: Violoncelo: Charles Jean Baptiste Collin-Mezin, Paris, 1900; Corda Lá: Jargar Superior forte; Corda Ré: Jargar Superior forte; Corda Sol: Thomastik-Infield Spirocore heavy; Corda Dó: Thomastik-Infield Spirocore heavy; Arco: Domingos Fazzio, Santiago, 2011; Foto: Túlio Lima || Agradecimentos: Academia Brasileira de Música (ABM) e seus funcionários: – Alessandro de Morais – Carlos Monteiro Braga – Ericsson Cavalcanti – Rafael Nogueira Barcellos – Sylvio Soares e Valéria Peixoto / Adriana Maria da Silva; Alexandre de Faria; Alexandre Hang; Alexandre Rivero; André Cardoso; Danielly Souza; Gisela Marchiori; Heloísa Ferreira de Faria; Túlio Lima || Agradecimento especial: Ao maestro e compositor Ernani Aguiar, por ter acolhido o presente projeto de forma inspiradora e apaixonada. | Selo: Independente | Distribuição digital: Tratore | Cat.: HP001 | Formato: CD digital / físico | Ano: 2016 | Lançamento: 3 de maio | ♪Ouça o álbum: clique aqui / Spotify | ♩Compre o disco: clique aqui.
———————–PREMIO E INDICAÇÕES
• Prêmio Açorianos de Música 2016 [Porto Alegre/RS]: 2 categorias – Melhor Intérprete Erudito e Álbum Erudito.
Ernani Aguiar (Cidadão Ouro-pretano, 1950) é atualmente, um dos musicistas de maior atividade no País, como compositor, regente, pesquisador e professor. Depois dos estudos realizados no Brasil, sob orientação de Paulina D’Ambrosio (violino e viola), César Guerra-Peixe (composição), Carlos Alberto Pinto Fonseca (regência) e Santino Parpinelli (música de câmara), seguiu para a Itália onde estudou no Conservatório Statale Luigi Cherubini da Cidade de Firenze (Florença) com Roberto Michelucci (violino), Annibale Gianuario (regência), Franco Rossi (música de câmara) e Mario Fabbri (história e estética da música). Seus principais estudos de aperfeiçoamento foram realizados em Bologna com Franco Ferrara e depois em Ravenna, com Adone Zecchi, e Giuseppe Montanari, quando, nos três cursos de verão que participou foi um dos alunos a regerem no concerto final. Estudou ainda com Sergiu Celibidache em Munique (Alemanha). Atuou até 1990 como violinista e violista concertista e camerista sempre ao lado de sua carreira de compositor e regente. Foi o único regente não europeu e o primeiro estrangeiro após dois séculos a reger o Grande Coral da Catedral de Firenze e na mesma cidade obteve o título de Maestro de Capela recebido na Igreja de Santa Maria a Peretola. Foi maestro assistente de todos os conjuntos da Rádio MEC em 1980 e 1981. Em 1982 até 1985 foi coordenador dos Projetos Orquestra e Espiral do Instituto Nacional de Música da Funarte. Em 1989 recebeu a Medalha Cidade de Tiradentes Bi-Centenário da Inconfidência e no ano seguinte o título de Cidadão Benemérito do Estado do Rio de Janeiro, na ALERJ. Em 2005 recebeu também, da mesma Câmara, a Medalha Tiradentes. Como compositor é autor de obras para coral, voz, orquestra e toda a gama instrumental, destacando-se a ópera O menino maluquinho sobre libreto de Ziraldo e Gessy de Salles, as cantatas de Natal e de Páscoa, os polêmicos Cantos Sacros para Orixás, quatro Missas e a Sinfonietta Nº 2 Carnaval estreada na Alemanha, quando o público exigiu o bis de três dos quatro movimentos. É o autor da música coral brasileira mais apresentada nos Estados Unidos: Salmo 150, obra que já foi gravada várias vezes na Europa, América e Ásia. Também sua composição intitulada Quatro Momentos Nº 3 é a música brasileira para orquestra de cordas mais tocada desde 1984. Seu Catálogo de Obras foi editado pela Academia Brasileira de Música em 2005. Já existem sete dezenas de CDs que incluem músicas suas, gravados em sete países sendo que suas músicas já foram apresentadas em, praticamente, todos os países da Europa e da América e também na Ásia. É um dos regentes brasileiros mais atuantes e mais dedicados à música brasileira, já tendo regido músicas de mais de uma centena de compositores brasileiros, de todas as épocas e tendências, sendo mais de 100 em primeira audição mundial e sessenta e sete obras de compositores brasileiros do período colonial em primeira audição contemporânea. Também regeu mais de duas centenas de obras de autores estrangeiros, igualmente de todas as épocas e tendências, em primeira audição no Brasil. Já regeu cinquenta e seis orquestras permanentes e trinta e oito eventuais, bem como quarenta e sete corais permanentes e vinte e seis eventuais. Ainda como regente gravou à frente de solistas, dos corais e da Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFRJ, a última ópera de Carlos Gomes: Colombo. Tal gravação obteve todos os prêmios da discografia brasileira, como SHARP e APCA e com ela, a UFRJ foi a primeira universidade latino-americana a gravar uma ópera. Em 2007, gravou com os mesmos grupos o famoso Réquiem do Padre mestre José Maurício Nunes Garcia. Por sua dedicação à obra de Carlos Gomes, a Câmara Municipal de Campinas concedeu-lhe a Medalha Carlos Gomes. É professor de regência orquestral da Escola de Música da UFRJ desde 1992. Foi professor de regência orquestral da UNIRIO de 1987 a 2001. Ministra cursos de regência em festivais e cursos de férias no Brasil e também no exterior. Como pesquisador, dedica-se à música brasileira do período colonial, resgatando, levantando partituras desconhecidas, revisando e finalmente apresentando obras que são retiradas de um injusto silêncio secular. Dois de seus CDs, como regente de música colonial brasileira intitulados Novenas e Responsórios Fúnebres com obras do Pe. José Maurício, obtiveram, duas vezes, o prêmio Açorianos da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Também por sua atividade como pesquisador, recebeu da Sociedade Brasileira de Musicologia o Prêmio SBM 2000. Foi eleito membro titular da Academia Brasileira de Música, sodalício máximo da arte musical no Brasil, em 1993 onde ocupa a Cadeira Nº 4 cujo patrono é o compositor mineiro Lobo de Mesquita.
Principais composições
Ópera O menino maluquinho (1993), Cantata de Natal (1981), Cantata de Páscoa (2002), Cantata O menino maluquinho (1989), Cantos Sacros para Orixás (1994), Te Deum (2000), três séries de Momentos para orquestra de cordas, cinco sinfonietas, quatro missas, Concertino para flautim e orquestra de cordas (2008), Concertino para cavaquinho e orquestra de cordas (2011), Concertino para violino, violoncelo e orquestra de cordas (2014), motetos e peças não religiosas para coro a capela, além de música de câmara para grupos instrumentais diversos.
Hugo Pilger – Doutor em Música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Hugo Pilger (Porto Alegre-RS, 1969) iniciou seus estudos de violoncelo na Fundarte (Fundação de Artes de Montenegro-RS) com Milton Bock. Em 1987, passou a estudar no Rio de Janeiro com Marcio Malard, e em 1994 na classe do professor Alceu Reis, formou-se com nota máxima no curso de Bacharelado em Instrumento Violoncelo da UNIRIO, instituição na qual concluiu seu Mestrado em Música em 2012 e Doutorado em Música em 2015. Como solista, se apresentou à frente de várias orquestras, dentre elas: Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, Orquestra de Câmara da Cidade de Curitiba, Orquestra Sinfônica da Bahia, Orquestra Petrobras Sinfônica, Orquestra Ouro Preto, Orquestra Sinfônica Nacional, Orquestra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Realizou turnês em diversos países da Europa, América do Sul e do Norte. Em 2006 Hugo Pilger fez a estreia no Brasil da importante obra para violoncelo e orquestra Tout un Monde Lointain do compositor francês Henri Dutilleux, e, em 2009 a estreia sul-americana do concerto para violoncelo e orquestra Pro et Contra, do compositor estoniano Arvo Pärt. Das obras que lhe foram especialmente dedicadas, destacam-se: Sonata nº 2 para Violoncelo Solo de David Ashbridge, Orégano de Ricardo Tacuchian, Meloritmias nº 10 de Ernani Aguiar, Serenata pro Pilger de Maurício Carrilho, Reflexões sobre a Ostra e o Vento de Wagner Tiso, O Golpe de Felipe Radicetti, Esferas de Paulo Francisco Paes, Concerto para violoncelo e orquestra (2013) de Ernst Mahle e Sortilégios de Marcos Lucas. É membro do Trio Porto Alegre e professor da classe de violoncelo da UNIRIO. Destacam-se, dentro de sua discografia, o CD Hugo Pilger interpreta Ernani Aguiar (“Melhor Intérprete Erudito” e “Melhor Álbum Erudito” no Prêmio Açorianos de Música 2015/2016 de Porto Alegre-RS) e o CD duplo, DVD e Blu-Ray gravado com a pianista Lúcia Barrenechea, intitulado Presença de Villa-Lobos na Música Brasileira para Violoncelo e Piano, que contém o primeiro registro do violoncelo que pertenceu ao compositor Heitor Villa-Lobos, um Martin Diehl de 1779, projeto finalista do Prêmio da Música Brasileira de (2015. Em 2017 lançou o CD Ernst Mahle, a integral para violoncelo e piano gravado com o pianista Guilherme Sauerbronn (“Melhor Intérprete” para Hugo Pilger, “Melhor Compositor” e “Melhor Álbum Erudito” no Prêmio Açorianos de Música 2017/2018 e o com a pianista Lúcia Barrenechea, o volume II do Presença de Villa-Lobos na Música Brasileira para Violoncelo e Piano, projeto indicado ao Prêmio Açorianos de Música 2016/2017 como “Melhor Álbum Erudito” e “Melhor Intérprete Erudito” para Hugo Pilger. Recebeu o Prêmio Profissionais da Música 2018 na categoria “Instrumentista Erudito”. É autor do livro Heitor Villa-Lobos, o violoncelo e seu idiomatismo.
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“Ouvi cuidadosamente sua interpretação e a descobri cheia de qualidades…”
– Henri Dutilleux
:: CD-DVD: ‘Presença de Villa-Lobos na Música Brasileira para Violoncelo e Piano – Vol. 1’
:: Álbum ‘Presença de Villa-Lobos na música brasileira para violoncelo e piano – Vol. 2
:: Álbum ‘Ernst Mahle – A integral para violoncelo e piano’ | Hugo Pilger e Guilherme Sauerbronn
:: Álbum ‘Claudio Santoro: a obra integral para violoncelo e piano | Hugo Pilger e Ney Fialkow
———— Site Hugo Pilger
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