Riachão ganhou álbum póstumo de inéditas “Onde eu cheguei, está chegado” e um site com acervo do sambista. Riachão é um retrato fiel da Bahia. Guardião charmoso do bairro do Garcia, o malandro Clementino Rodrigues foi eternizado pela espontaneidade, alegria e samba na ponta da língua e do pé. Ao longo de mais de 60 anos de carreira, foram cerca de 500 composições, diversas parcerias, shows e agora, um projeto de memória em homenagem ao seu legado, com o lançamento de seu quinto disco de estúdio, “Onde Eu Cheguei, Está Chegado”. O trabalho póstumo apresenta o registro de 10 composições até então não conhecidas pelo público na voz do Riachão, com convidados que partilham o amor e a admiração pelo gênero e pelo ícone baiano do samba.

Riachão nos deixou em 2020, aos 98 anos, mas, para a nossa sorte, ficou um disco póstumo. Onde Eu Cheguei, Está Chegado (2025) foi feito a várias mãos, mas mantendo a essência do mestre do samba. Riachão participou ativamente da criação deste projeto, previsto para ser uma comemoração ao seu centenário.
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Era, inclusive, para o disco ter levado o nome criado pelo próprio – Se Deus Quiser Eu Vou Chegar aos 100. Mas, ainda que infelizmente não tenhamos essa homenagem, ganhamos um presente com uma obra recheada de canções inéditas e participações especiais.

Riachão já havia gravado parte dos vocais, que foram aproveitados em quatro faixas em parceria com Criolo, Martinho da Vila, Roberto Barreto e seu neto, Taian, reforçando o caráter familiar e colaborativo do projeto. Outras faixas contam com interpretações de Teresa Cristina, Pedro Miranda, Roberto Mendes, Josyara e Juliana Ribeiro, em uma produção assinada por Caê Rolfsen e Paulinho Timor.
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Entre as canções, estão “Sou da Bahia”, “Tintin”, “Sua Vaidade Vai Ter Fim” e “Samba Quente”, que contam ainda com um time de 20 músicos tocando instrumentos de cordas, percussão e sopro, além de coros que dão o tom coletivo ao disco.

O álbum tematiza as reminiscências de infância, numa nostalgia comum a quem já está percorrendo o fim da jornada. O partido alto é exaltado em faixas como “Uma Vez na Janela”, com participação de Tereza Cristina, já o sincopado aparece na adorável “Tintim” – fazendo referência ao apelido que a mãe deu a Riachão ainda menino.
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“Tudo foi feito da maneira como ele gostaria, a começar pela seleção do repertório, iniciada pelo criador em parceria com os produtores. Na ausência do compositor, grandes artistas de diferentes gerações jogam luz sobre suas canções inéditas”, conta o jornalista Lucas Nobile.
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“É disco rico em detalhes e de natureza acintosamente popular. É samba da Bahia mais bonita que pode haver. Lá do alto – ao lado de seus pares Batatinha, Panela, Alcyvando Luz, Assis Valente, João Gilberto e Caymmi –, Riachão pode descansar com sua inseparável toalhinha pendurada no pescoço e abrir seu largo sorriso, pois seu legado, com este álbum, há de perdurar por mais de 100”, finaliza.

Riachão – foto: Antônio Brasiliano

Leia o Faixa a faixa, por Caê Rolfsen e Paulinho Timor 
“Sou da Bahia”: Traz o samba de roda para a discografia de Riachão – filho de pais do Recôncavo Baiano, da cidade de Santo Amaro –, tendo em vista que, em seus trabalhos anteriores, não havia sido registrado esse gênero. Exalta também o bairro do Garcia, onde Riachão nasceu e viveu até o fim de sua vida. Para abrilhantar ainda mais, a presença de Roberto Barreto e sua inconfundível guitarra baiana, acompanhada pelo violão sincopado de Caê Rolfsen como base e os tambores do Ogã Iuri Passos e demais percussões de Bruno Prado.
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“Tintin”: Em homenagem à sua mãe, Stephania Rodrigues, através desse samba sincopado, Riachão retrata suas memórias da infância, quando era chamado pelo apelido de Tintin entre seus familiares. Em um encontro atemporal entre a voz de Riachão, registrada a capella, e a voz de seu neto, Taian Paim, a gravação estende-se ainda como ponte do legado musical da obra de Riachão para as novas e futuras gerações musicais, representadas aqui pela participação de Murilo Tigrinho, músico de apenas 9 anos, na flauta. Por fim, a voz falada de Nega Duda traz vida à mãe de Riachão enquanto personagem que narra a letra do samba em primeira pessoa, acompanhada por Rodrigo Campos, no cavaco, e por Xeina Barros, Paulinho Timor e Caê Rolfsen na percussão.

“Uma vez na janela”: Esse é um dos sambas que Riachão mais gostava de cantar. Uma crônica do seu dia a dia. Traz uma fusão brasileira do samba carioca, com a voz da cantora Teresa Cristina e o toque do samba de partido Alto nos pandeiros; do samba de roda presente no interior brasileiro, marcado pelo timbre da viola de 10 cordas de Caê Rolfsen; e da música cubana, presente no arranjo e no solo de trompete de Paulo Viveiro. Representa assim o elo comum entre a música diaspórica brasileira e cubana, apreciada por Riachão desde sua visita a Cuba, por ocasião da exibição do filme Samba Riachão (2001), do cineasta Jorge Alfredo.
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“Sua vaidade vai ter fim”: Samba com a marca registrada de Riachão, é daqueles que já nascem clássicos. Com a cara dos sambas da década de 1960 e batucada em primeiro plano, a faixa conta com auxílio luxuoso de Fred Dantas (trombone) e Dudu Reis (cavaco e violão tenor), músicos que desde jovens acompanharam Riachão pelos palcos da vida. Pedro Miranda interpreta com maestria e muita lealdade o modo como o malandro cantava.

“Saudade”: Essa música era originalmente um tango, “Tango da Saudade”, e Riachão a interpretava nos palcos como um ator de teatro, andando de cá para lá e encantando o público com sua extrovertida presença. A partir da voz dele em gravação cantando à capela, surge uma versão que sampleia sambas antigos e dá uma linguagem atual para a canção. Canta com Criolo, que se emocionou durante a gravação ao relembrar momentos que passou ao lado de Riachão, a quem se refere como um de seus mestres musicais.
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“Sonho do mar”: Essa bela canção, entre as composições inéditas de Riachão, representa um gênero marcante na primeira fase da carreira do compositor: toada, executada à moda de viola, habitualmente cantada por ele entre as rodas soteropolitanas, acompanhada pela viola de 10 cordas de seu parceiro de longa data, o músico Sabiá. Para lembrar da ótima impressão que teve de Cuba, quando foi fazer seus shows por lá, esta releitura traz elementos da música latina e angolana, tendo inspirações em Ruy Mingas, Cesária Évora, entre outros. Martinho da Vila, grande amigo do mestre, ficou encantado com o arranjo de violões criados e interpretados pelo produtor musical Caê Rolfsen e se emocionou ao dividir a interpretação desta bela melodia em dueto com Riachão.
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“Samba quente”: Mais uma vez o samba de roda presente nesse trabalho, agora com arranjo, violão e voz de um dos nomes de maior referência nesse estilo musical, o mestre Roberto Mendes, que fez sua leitura e trouxe essa beleza para deleite de todos os ouvintes.

“Oh, Lua”: Novamente o samba de roda presente na obra de Riachão, agora com uma cantora da nova safra baiana, Josyara, emprestando todo seu talento nos violões e a doçura de sua voz inconfundível. Traz mais uma vez as raízes do samba do Recôncavo Baiano, com a batucada da musicista Victória dos Santos nos atabaques. A força feminina fica bem representada nessa faixa.
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“Morro do Garcia”: Samba em exaltação ao seu bairro, Garcia, lugar onde Riachão nasceu, foi criado e morou até os últimos momentos de sua vida. Samba-batucada com bastante coro, do jeito que ele gostava. Juliana Ribeiro, sambista, pesquisadora e muito amiga de Riachão, divide a voz com Enio Bernardes. Também se destaca o trombone do maestro Fred Dantas, figura que acompanhou Riachão durante cinco décadas – como ele mencionou na gravação, “Um ciclo que se fecha”.
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“Homenagem a Claudete Macedo”: Falar de Riachão é falar do samba da Bahia e, ao falar do samba da Bahia, é preciso lembrar da maioral: Claudete Macedo. A cantora Nega Duda, com sua voz imponente, é digna desta representação. A música também é dedicada à sua “segunda casa”, como ele costumava chamar a Cantina da Lua. A faixa fecha o álbum com o propósito de dar destaque a uma figura de muita luz e seu melhor amigo, Clarindo Silva. Na fala de Clarindo, ele relembra momentos vividos por eles em mais de 60 anos de amizade e também de como esses dois mestres da cultura brasileira ajudaram e ainda ajudam na revitalização do Centro Histórico de Salvador.

Capa do álbum ‘”Onde Eu Cheguei, Está Chegado”‘ • Riachão • Selo Ori Records • 2025

DISCO ‘ONDE EU CHEGUEI, ESTÁ CHEGADO’ • Riachão • Selo Ori Records • 2025
Canções/ compositor
1. Sou da Bahia (Riachão) | Riachão / Feat. Beto Barreto
2. Tintin (Riachão) | Riachão / Feat. Taian Paim
3. Uma vez janela (Riachão) | Teresa Cristina
4. Sua vaidade vai ter fim (Riachão) | Pedro Miranda
5. Saudade (Riachão) | Riachão / Feat. Criolo
6. Sonho do mar (Riachão) | Riachão / Feat. Martinho da Vila (Artista gentilmente cedido pela Sony Music)
7. Samba quente (Riachão) | Roberto Mendes
8. Oh, lua (Riachão) | Josyara (Artista gentilmente cedida pela Deckdisc)
9. Morro do Garcia (Riachão) | Enio Bernardes, Juiana Ribeiro e Fred Dantas
10. Homenagem a Claudete Macedo (Riachão) | Nega Duda / Feat. Clarindo Silva
– ficha técnica –
Faixa 1 – Riachão: voz; Beto Barreto: guitarra baiana; Bruno Prado: congas, caxixi, prato e faca e palmas; Caê Rolfsen: arranjo, violões, frigideira e palmas; Iuri Passos: atabaques Rum, Rumpi e Lé, sementes e palmas; Paulinho Timor: surdo, reco-reco e palmas; Angela Lopo, Tita Alves e Caê Rolfsen: coro | Faixa 2 – Riachão: voz; Taian Paim: voz; Tigrinho da Flauta: flauta solo; Alexandre Ribeiro: clarone e clarinete; Fred Dantas: trombone; Caê Rolfsen: arranjo e violão; Paulinho Timor: surdo, caixa de fósforo, tantan, tamborim e repique de anel; Rodrigo Campos: cavaquinho e repique; Xeina Barros: pandeiro e reco-reco | Faixa 3 – Teresa Cristina: voz; Paulinho Viveiro: trompete; Caê Rolfsen: arranjo, viola de 10 cordas, cavaquinho, violão 7 cordas, cuíca, garrafa e frigideira; Paulinho Timor: surdo e shaker; Xeina Barros: pandeiro; Caê, Anna Vis e Victoria dos Santos: coro | Faixa 4 – Pedro Miranda: voz; Luis Filipe de Lima: violão de 7 cordas; Fred Dantas: trombone; Dudu Reis: cavaquinho e violão tenor; Paulinho Timor: surdo, shaker e agogô; Xeina Barros: pandeiro; Caê, Anna Vis e Victoria dos Santos: coro; Caê Rolfsen: arranjo e tantan | Faixa 5 – Riachão: voz; Criolo: voz; Caê Rolfsen: arranjo, violão, frigideira e mpc; Emerson Bernardes: cavaquinho; Paulinho Timor: shaker, surdo, tantan e tamborim; Xeina Barros: pandeiro e agogô; Angela Lopo, Tita Alves e Caê Rolfsen: coro | Faixa 6 – Riachão: voz; Martinho da Vila: voz; Caê Rolfsen: arranjo, violões, caxixi e bongo; Bruno Prado: congas; Paulinho Timor: surdo e agogô | Faixa 7 – Roberto Mendes: voz e violão; Leonardo Mendes: violão e produção musical; João Mendes: violão e produção musical;
Gustavo Caribé: baixo; Sebastian Notine: percussão; Tedy Santana: percussão | Faixa 8 – Josyara: voz e violão; Victoria dos Santos: congas e palmas; Paulinho Timor: surdo e prato e faca; Arranjo coletivo | Faixa 9 – Enio Bernardes e Juliana Ribeiro: voz; Caê Rolfsen: arranjo; Rodrigo Carneiro: violão 7 cordas; Emerson Bernardes: cavaquinho; Fred Dantas: trombone; Paulinho Timor: arranjo, shaker, surdo, tantan e tamborim; Xeina Barros: pandeiro e agogô; Angela Lopo, Tita Alves e Caê Rolfsen: coro | Faixa 10 – Nega Duda: Voz; Caê Rolfsen: arranjo; Rodrigo Carneiro: violão 7 cordas; Emerson Bernardes: cavaquinho; Paulinho Timor: arranjo,shaker, surdo, tantan, tamborim e repique de anel; Xeina Barros: agogô, conga e pandeiro; Angela Lopo, Tita Alves e Caê Rolfsen: coro || Idealização: Riachão, Caê Rolfsen e Paulo Timor | Direção e produção musical: Caê Rolfsen e Paulo Timor | Coordenação de produção: Joana Giron | Produção executiva: Giro Planejamento Cultural / Joana Giron, Gabriela Rocha e Marina Guerra; e Ori Records / Caê Rolfsen, Lys Ventura e Francisco Belda || Gravação: Caê Rolfsen, na Ori MusicLab (São Paulo/SP) | Gravações e edições adicionais – Faixa “Samba Quente” – gravada por Léo Mendes em SP e João Mendes em Cachoeira-BA / Vozes de Clarindo Silva, Enio Bernardes, Juliana Ribeiro e Taian; Coros das faixas 1, 4, 5, 9 e 10; Flauta na faixa 2; Trombone nas faixas 2, 4 e 9; Violão tenor e cavaquinho na faixa 4 – gravado no estúdio Casa das Máquinas por Tadeu Mascarenhas e assistência de gravação de Uirá Cardoso / Vozes de Riachão autorizadas pela MM Rights Management / Voz de Martinho da Vila em “Sonho No Mar” gravada por Gabriel Lucchini e Celso Filho no Estúdio Fibra – Rio de Janeiro-RJ / Voz de Teresa Cristina em “Uma vez na janela” gravada por Daniel Gomes no Estúdio Save Music – Rio de Janeiro-RJ / Violão na faixa 4 gravado por Tuta Macedo no EmeStudio – Rio de Janeiro/RJ || Produção audiovisual – Apus Produtora de Conteúdo | Direção audiovisual: Claudia Chávez | Imagens: Jardel Souza e Marcelo Pinheiro | Edição e finalização: Marcelo Pinheiro | Edições adicionais da faixa 10 – Bruno Prado | Mixagem: Bernardo Goys, no Estúdio BG (faixas 4, 6 7, 8, 9 e 10 ) / Caê Rolfsen, na Ori Music Lab (faixas 1, 2, 3 e 5) | Masterização: Bernardo Goys e Caê Rolfsen​ || ID visual, capa e contracapa: André Salerno – D4G | Adaptação das peças (direção de arte): Camila Sales | Foto de capa e contracapa: Antonio Brasiliano | Pesquisa e produção de conteúdo do site acervo: André Carvalho | Criação do site acervo: Maria Pinheiro | Coordenação de comunicação: Joyce Melo e Joana Giron | Assessoria de imprensa: Marca Texto | Planejamento, produção de conteúdo e gestão de redes sociais: Amanda Lopes | Assessoria jurídica: Verônica Aquino || Agradecimentos: André Carvalho, André Salerno, Anna Vis, Clarindo Silva, Celso Filho, Lucas Nobile, Luís Filipe de Lima, Maria Pinheiro, Martinho da Vila, Silvana Ramalhete, Moema Franca, Artur Brandão, Dyogo Botelho, Vânia Abreu e a todos os familiares de Riachão | Realização: Giro Planejamento Cultural | Patrocínio: Natura Musical, Fazcultura, Secretaria da Fazenda, Secretaria de Cultura e Governo do Estado da Bahia | Selo: Ori Records | Distribuidora digital: Altafonte | Formato: CD | Ano: 2025 | Lançamento: 24 de janeiro | Ouça o álbum: clique aqui | ♩Letras e outras informações: clique aqui | ♩Assista os Doc’s: clique aqui.

Riachão – foto: Antônio Brasiliano

O SITE ACERVO
O site integra o projeto Onde eu cheguei, está chegado, realizado pela Giro Planejamento Cultural, com patrocínio da Natura Musical e do Governo do Estado da Bahia, e apresenta a vida e a obra do sambista baiano Riachão.
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O acervo pode ser acessado por meio das seções Linha do tempo, Discografia, Musicografia, Arquivo e Galeria. Além do acervo, o site apresenta as dez faixas do disco póstumo recém-lançado, acompanhado das letras e da ficha técnica de gravação de cada música, assim como os três minidocumentários produzidos pela Apus Filmes especialmente para este projeto.
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>> Siga: @riachaosambista
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Série: Discografia da Música Brasileira / MPB / Samba/ Canção / Álbum.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske

Revista Prosa Verso e Arte

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