domingo, dezembro 22, 2024

Amor e morte na página dezessete – Marina Colasanti

No dia em que Selena saiu no jornal, não ganhou foto na primeira página. Quinze linhas somente, no canto esquerdo. Mas foi lá dentro, na página dezessete, abaixo do título, que o marido a viu com seu decote, o rosto meio escondido na mão, chorando por outro homem.
A foto havia sido tirada ao lado do picadeiro. Viam-se atrás da cabeça dela um pedaço da lona, o alto das grades. Rodeada de gente, Selena não percebera que estava sendo fotografada, havia tantas luzes ali. Nem pensara que sairia no dia seguinte na página 17 e que o marido a veria. Ou pensara, mas como um problema a resolver em outra hora, envergonhada quase de que esse pensamento surgisse quando só lhe cabia pensar no outro, no outro que ali estava, à seus pés.
“Como conseguem chegar tão depressa?!”, perguntara-se admirado o dono do circo, ele que só conseguia deslocar suas gentes lentamente. E correra para alcançar as camionetes de TV, antes mesmo que acabassem de estacionar entre os trailers e abrissem as portas. Apresentou-se ao primeiro que saltou. Um erro. Nem esse nem o segundo que saltou, a quem também se apresentou, tinham qualquer importância, carregadores de equipamentos, nenhum deles se lembraria dele no futuro, na hora de dar uma notícia sobre o Gran Circus; o repórter, cadê o repórter? A repórter já estava lá dentro empurrando o microfone diante do rosto desfeito de Selena, tentando arrancar-lhe qualquer coisa que durasse pelo menos dois minutos, qualquer coisa mais que aquele olhar escondido pelas pálpebras inchadas, que aquele balbuciar quase incoerente.
Assim mesmo a matéria saiu no noticiário do dia seguinte, na hora do almoço. Não deu para jogar no horário nobre, à noite – tivesse acontecido na seção matinê teria caído como uma luva, mas as coisas teimam em acontecer depois das vinte horas e no dia seguinte já parecem frias.
Essa, porém, ainda estava quente quando foi servida com o arroz e o feijão para todo o bairro de Selena.
Ela, Selena, não tinha voltado para casa, não tinha vindo dormir. Tinha passado a noite entre pessoas que não conhecia, rostos que se dirigiam a ela, que faziam perguntas exigindo respostas quando ela nem bem ouvia, vozes e presenças que a conduziam de uma sala a outra. Uma noite sem feitio, sem nada que a ligasse a todas as noites anteriores da sua vida, encharcada de café e copos d’água, sem que a deixassem sozinha por um minuto, embora só disso ela precisasse, ficar sozinha e tomar sua alma entre as mãos. Mas não, a noite inteira sente-se, venha, beba isso que vai lhe fazer bem, data de nascimento, carteira, assine, por favor, outra vez, siga por aqui. E salas e salas e corredores e lâmpadas no alto. Depois um último corredor e um carro, já começava o dia, e ela tinha dito não, não, para a minha casa não, e tinha pedido que a deixassem na casa de uma amiga, porque não podia chegar no bairro àquela hora, com aquele vestido.

“Esse vestido, Selena, só para sair comigo”, havia dito o marido no dia em que Selena saíra do quarto com o decote emoldurado na estampa viva, os quadris moldados de vermelho. “Mesmo assim…”, e observara seu caminhar até o sofá, à procura de uma restrição possível para opor ao seu desejo. “Mesmo assim, está muito curto.”
Selena displicente, afivelando as sandálias altas, “Não tem bainha para descer”. E, cruzando as pernas, “Gostou não?”
As pernas de Selena expostas, coxas esmagadas contra o couro sintético do sofá. Estão colando, pensara o marido, imaginando-as úmidas sobre o assento.
Era mentira que tivesse mandado a costureira fazer o vestido com um pano de liquidação, como havia dito ao marido. Mas não podia contar que havia sido dado pelo amante. Como poderia?
Nem ia deixar de receber o presente, um agrado, como dissera ele pagando na caixa a roupa que a havia mandado escolher. Para sair comigo, acrescentara tocando-lhe a cintura.
Pequenas mentiras. Às vezes não pequenas. Às vezes nem mentiras. Palavras, nada mais do que isso, palavras que ela organizava à seu modo. Não era grave. Grave teria sido magoar qualquer dos dois. Pois se gostava de ambos. Grave teria sido magoar a si mesma.
No princípio, talvez, um pouco de mágoa a habitava, uma quase dor, por não poder dizer ao marido “tenho um amor”, e partilhar com ele sua emoção, por se sentir obrigada a resistir, embora pouco, quando tudo o que queria era a entrega. E o medo, medo de ser descoberta, medo ainda maior de ser arrastada por seu desejo em alguma direção que não pudesse controlar. Mas tão bom ter o amante todo ardências, que logo qualquer outro sentimento desaparecera. E agora, passados tantos anos, tão assentada ela no querer dos dois, surpreendia-se quase de que não vivessem todos juntos na mesma casa, partilhando a mesa além da cama.
Selena nem se lembrava como havia chegado até a arena, se descendo ou rolando do alto da arquibancada, se passando por cima das pessoas ou se levada por elas. De repente estava ali, na beira do grupo compacto que se havia fechado de imediato ao redor do fato como uma parede de bailarinas, palhaços, espectadores. E logo estava no meio do círculo, ela e o homem dos alamares no casaco, que a segurava pelo braço, que vociferava, que talvez a sacudisse, ou era ela que com seu tremor sacudia a mão dele. Os holofotes acesos. Acesos nos seus olhos, e as lágrimas lascando em estrelas toda aquela luz, todos aqueles rostos. Depois a TV, as rijas serpentes dos cabos pelo chão, ao redor dos pés, a moça insistindo. E a luz ainda mais forte.
Na delegacia, também, havia luz em seus olhos. O que queriam, o que procuravam entre suas pálpebras? Sou uma mulher casada, repetia. Tenho marido. Me deixem ir. Mas não, isso ela dizia para si mesma, isso ela repetia calada pela angústia, como uma ladainha, em busca do seu refúgio, tenho marido, tenho. A eles, em resposta a tanto que queriam saber, só soube dar seu endereço, que nem era preciso dar, estava na bolsa, e como é que a bolsa fora parar na delegacia se ela não se lembrava de carregar bolsa alguma ao atirar-se do alto da arquibancada? Tinha telefone também. E eles ligaram.
O homem atendeu. Alô, disse, e era o mesmo homem de sempre, aquele que os vizinhos conheciam, seu Jonas da casa três, um pouco rude mas respeitador, marido da dona Selena. Atendeu com a voz de dono com que um homem atende ao telefone da própria casa. Alô. E era ainda ele, Jonas, como sempre havia se conhecido. Bastou porém ouvir a resposta do lado de lá, para que a ameaça o alcançasse como um dardo. Delegacia? Não era um presságio, era a realidade do medo que lhe tomava os joelhos, o peito. E, à medida que o outro falava, conciso, indo logo ao essencial, Jonas sentiu que deixava de ser o Jonas que sempre havia acreditado ser, tornando-se alguém que ainda não conhecia. Sem que o interlocutor pudesse perceber, uma metamorfose se operava do lado de cá da linha, e esse homem, Jonas, de fone na mão, via-se despido da sua segurança como a serpente é despida da pele, e nu, com sua branca carne viva, já não era o marido respeitado e invejado pela vizinhança, mas alguém de quem se rir pelas costas; não era o macho que sempre havia esgotado as vontades da sua fêmea, mas apenas um homem que gozava. Expulso da serenidade, Jonas encontrou-se ao desabrigo. Sei, respondeu depois de um longo silêncio que o outro, de lá, tentava quebrar para ter certeza de ter sido entendido. Sei, repetiu. E, pela primeira vez, sabia.
O cara não vem, o policial disse para o outro desligando. Tinha falado com Jonas na frente de Selena sem constrangimento, como se ela não ouvisse ou como se o que tinha a dizer ao marido não fosse constrangedor para ela. Não era. Falassem alto à vontade. A relação dela com Jonas não estava ali. Não estava do outro lado da linha. Seu marido, o companheiro seu, a esperava adiante em algum momento, árduo momento em que teriam que se encontrar. Mas aquela mesma relação que ela projetava para o futuro estava inteira ali, no seu mudo repetir tenho marido, na vontade de que ele viesse, a levasse para casa, a tirasse daquele lugar. Jonas! invocou de novo sufocada em choro, me ajuda.

Seu marido, dona, disse o policial como se tivesse lido seu pensamento, não vem.
Vinte e sete anos de casados, o peso dele afundando a cama de um lado, o suor encardindo os colarinhos. Não é suor, dizia ele, é poeira lá do serviço. Vinte e sete anos de sexo, luz acesa, e carne assada aos domingos. Homem que sentava à mesa para comer e deitava em cima dela para gozar. Tudo com fartura. Um bom marido, Jonas, ciumento, meio bruto, mas bom. E dela.
Jonas botou o fone no gancho e apagou a luz. O nome de Selena subiu por dentro dele como um vômito, esbarrou nos dentes trancados, na boca dura, fez-se insulto, cuspe, soluço. Passou a noite assim, sentado no sofá, de cuecas, chorando no escuro. E falando com Selena, brigando com Selena, sacudindo-a pelos braços, rasgando-lhe a roupa, dando-lhe tapas na cara, fodendo-a como se fode uma prostituta, e implorando, perguntando por que, por que se ele não lhe deixava faltar nada. Chegou a dar tiro, nela, nos dois, a surpreendê-los na cama, a peitá-los na entrada do motel. Passou a noite culpando-os, culpando-se, ferindo-se nas palavras. Sentiu frio, enrolou-se numa toalha do banheiro, os pés continuaram gelados, encolheu os pés sobre o sofá. Aquecido no nicho morno e úmido da toalha abraçou seu próprio corpo, teve pena de si. Por fim, adormeceu.
É bom que durma Jonas, porque sua provação não acabou. Amanhã a foto de Selena sairá no jornal, na página dezessete do jornal que alguém lerá no ônibus, alguém do bairro, e que todos no bairro irão correndo comprar na banca, gulosos da história de Selena, do seu retrato. E antes mesmo que cheguem os repórteres o telefone chamará, tirando-o do limbo quente do sono, e será um amigo, um parente querendo confortá-lo, que ainda estará falando quando a campainha da porta tocar, alertando Jonas para o duro dia que se arma à sua frente. Dia em que, isso ele ainda não sabe, Selena em prantos será atirada pelo noticiário das 12h30 na sua mesa que ninguém pensou em arrumar para o almoço.
Só uma hora, havia dito a amiga, embora a manhã já estivesse clara. Só para relaxar. E Selena, sozinha enfim, esforçava-se para dormir, para livrar-se do peso que a oprimia inteira, esquecer-se de si no corpo estendido. Mas a cama era estreita, o travesseiro hostil, e a luz que entrava pela janela sem cortinas vetava qualquer tentativa de fuga. Continuou deitada, porém, olhos fechados. Pensassem na sala que ela dormia, falassem em voz baixa. Ausente para os outros, sentindo de leve as tábuas do estrado através do colchonete, podia afinal regressar à sua vida, recuperar Daniel, e refazer o percurso daquela noite tentando escapar às suas próprias palavras, tentando impedir que Daniel as ouvisse.
Juntos há vinte e cinco anos. Era isso que estavam comemorando. Um vestido novo, um jantar, e o circo. Assim era Daniel, sempre pronto a se divertir, a comemorar, como um menino. Bodas de prata, a cada ano um presente, uma tarde especial para selar a data do primeiro encontro, para dizer-lhe, uma vez mais, que era dela o seu coração. Sem nunca lhe exigir nada, sobretudo não o fim do seu casamento, e não porque a quisesse casada com outro, ele que solteiro podia acolher uma mulher. Mas porque sabia amá-la como ela era, com Jonas e o seu jeito de querer Jonas, com uma casa que não podiam partilhar, com seus horários apertados, sua necessidade de escamotear os presentes, de inventar histórias para justificar as ausências.
Encontravam-se duas vezes por semana. A princípio só no motel, porque o desejo abrasava, e em qualquer outro lugar temiam ser vistos. Depois, com o tempo, desgastaram-se os temores, parecia tão natural que se amassem. E então um barzinho, uma churrascaria longe do bairro. E um cinema, dançar. Daniel, pensou Selena cobrindo os braços com a colcha, era onde ela remoçava. E mais uma vez o definiu, agora naquilo que seria sua memória, alegre, amoroso, sempre inventando moda. E sentiu seu corpo nas mãos dele, e sentiu os pés dele encostando nos seus debaixo da mesa, das mesas tantas daqueles vinte e cinco anos. E teve vontade de chorar, mas não chorou.
– Foi tudo muito rápido – repetiu o dono do circo ao repórter do tablóide que pelo telefone lhe fazia as mesmas perguntas já feitas anteriormente pelos outros todos. Sentado no trailer da administração, sem casaco de alamares, sem botas, era apenas mais um homem de jeans.
– Não houve tempo de tomar qualquer atitude. A segurança estava atenta, mas não deu para salvar o homem. Ninguém podia imaginar…
– Sim, é claro que estavam armados, num circo contamos com muito imprevisto, nunca uma coisa assim, isso nunca aconteceu em circo nenhum, e com toda aquela gente de pé, aos gritos, os seguranças não podiam atirar, imagine acertar alguém…
– Lá vem o senhor insistindo nisso. Não, eu já lhe disse antes e repito. Não há perigo nenhum para os espectadores, nunca houve.
– Como, nem ontem à noite? Ontem à noite, meu amigo, não foi questão de perigo. Foi uma fatalidade, uma loucura, uma coisa que ninguém podia evitar.
Eu podia ter evitado. Mas como é que eu ia imaginar uma coisa dessas, me diz, como? Na sala da amiga, Selena, sentada, embola o lenço nas mãos enquanto junta forças para voltar para casa, para saltar de um táxi diante da porta e tocar a campainha, para esperar que Jonas abra, que por caridade abra. E isso que Selena quer fazer agora, ir para casa, tomar um banho, trocar de roupa. Mudará de idéia depois, mas por enquanto é o que ela quer. E porque ainda não tem coragem, e porque sabe que depois, com Jonas, terá que se controlar, falar de uma outra maneira sobre o que aconteceu, vai repetindo para a amiga uma vez mais aquilo tudo que lhe contou ao chegar, mais pausadamente agora. Que ela estava tão feliz, Daniel mexendo com ela por causa do decote – a mão de Selena sobe, pousa no colo descoberto mexendo, que aquilo era um perigo, que não a queria na rua sozinha bonitona daquele jeito, bonitona, tinha dito assim mesmo, e ela, naquela idade, tinha se sentido como se fosse verdade, bonitona, os outros homens todos do restaurante reparando. Tinha sido sempre assim com ele, desde a primeira vez, aquele jeito brincalhão de falar…
No início mesmo da frase, Selena percebe, com súbita culpa, que se referiu a Daniel no passado, como se cedo o estivesse abandonando. Hesita, entre trair-lhe a morte ou tentar mantê-lo vivo falando dele no presente. Mas o passado já venceu. Selena parou por instantes. Olha as mãos, as unhas que tinha feito para a ocasião, agora tão sem sentido, unhas vermelhas numa hora dessas. E revê a própria mão sobre a mesa segurando a de Daniel. Tinham tomado cerveja, é verdade, mais que de costume, mas restaurante é assim mesmo, demora para chegar a comida, a pessoa fica bebendo, Daniel nunca tinha sido de muita bebida. E o que tinha demais beber um pouquinho além da conta, se era uma noite de festa e depois ainda iam ao circo?

Falei aquilo com ele, não foi por mal, não foi. Selena abaixa a cabeça, cobre os olhos com o lenço ainda meio embolado, os olhos secos, como se o lenço pudesse atrair as lágrimas e aliviá-la. Estava lindo o circo, aquela gente toda, a música, o barulho, o cheiro quente das feras. Desde menina que ela não ia, e sempre tinha gostado tanto, sempre tinha tido tanta vontade. Mas Jonas não gosta dessas coisas, você sabe o jeito do Jonas, foi por isso que Daniel quis me levar, pra me agradar, ele sempre fez tudo pra me agradar. Agora, as lágrimas vêm e Selena nem se lembra do lenço.
Sempre fez tudo. Tinha o mágico, circo sem mágico nem parece circo, Daniel ficou imitando, fingindo que tirava os papeizinhos do ingresso de dentro da manga, dizendo para Selena que na bolsa dela tinha um pombo. Daniel ria tanto dos palhaços. Teve cavalos, aquela coisa toda de trapézio. E chegou a hora das feras. Demoraram para armar as grades em volta do picadeiro, dois cachorros amestrados distraíam o público, o bater dos ferros encobria a música. E então estava pronto.
O domador entrou primeiro. Chegou esvoaçando uma capa de cetim, parou no meio do picadeiro, um assistente veio por trás, tirou a capa. No instante em que a capa se abriu, o domador estalou o chicote no ar. Selena teve a impressão de que ele estava nu, só o cinto largo rodeando-lhe os quadris e a tira de couro atravessada no peito. A sunga era quase da mesma cor da pele.
Os leões entraram um de cada vez pelo corredor gradeado. De cabeça baixa, os flancos nervosos, as patas macias avançando cautelosas sobre a serragem. Alguns rosnavam, quase correndo, ávidos, debandando na saída ao estalar do chicote. Eram cinco.
No silêncio da sala, que só sua voz interrompe, Selena ouve outra vez os gritos do domador organizando as feras em seus lugares, estalando o chicote quando elas erguem as garras ameaçadoras. Lembra-se do seu olhar, dela, Selena, acariciando as cicatrizes que marcam as coxas dele abaixo da sunga. Mas isso não conta para a amiga. Para a amiga repete o que Daniel disse para ela, que ia comprar pipocas, e ela ainda falou que não, não fazia questão, logo agora, e ele já se esgueirava entre as pessoas, com licença, e ela como podia adivinhar?, ela voltou a olhar para o picadeiro.
Sim, ela tinha dito antes para ele, mas no mesmo jogo de amor e ficção com que ele a tinha chamado de bonitona no restaurante, ela tinha dito para ele, olhando o domador e vendo como as feras lhe obedeciam a contragosto, ferozes, ela tinha dito, em tom faceiro e desafiador tinha sim, tinha perguntado se por amor a ela ele seria capaz de também enfrentar feras.
Olhava para o domador quando ouviu o primeiro grito. As pessoas na frente dela se levantaram de um salto, gritando, tirando-lhe a visão, todos se levantavam, ela também, mais para ver o que acontecia do que por espanto. E foi assim, por entre ombros e cabeças, que ela viu Daniel já no fim do corredor gradeado e inutilmente gritou gritou enquanto ele avançava no picadeiro.

— Marina Colasanti, no livro “Um espinho de marfim e outras histórias” . Porto Alegre: L&PM, 1999

Saiba mais sobre Marina Colasanti:
:: Marina Colasanti (contos, poemas, crônicas e entrevistas)


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