No álbum ‘Batom Bacaba, a cantora Patricia Bastos apresenta um repertório baseado no batuque, no marabaixo e no cacicó, ritmos do Amapá.
.
Batom Bacaba é o título do sexto disco da cantora amapaense Patrícia Bastos, patrocinado pela Natura Musical, com direção musical de Dante Ozzetti. O disco apresenta os ritmos do Amapá como o batuque, o marabaixo e o cacicó, por meio das canções, algumas compostas exclusivamente para o álbum, outras garimpadas nos repertórios de compositores da região norte do país como Joãozinho Gomes e Paulinho Bastos e também dos paulistas Dante Ozzetti e Luiz Tatit, que ganharam arranjos especiais para esse trabalho. O álbum foi muito bem recebido e concorreu a grandes premiações da música, como o Latin Grammy. Patricia foi vencedora, em 2014, no 25° Prêmio da Música Brasileira, nas categorias ‘Melhor Cantora Regional’ e ‘Melhor Álbum Regional’ com o seu CD ‘Zulusa’, além de ter sido indicada na categoria Revelação.
Batom-Bacaba de Patricia Bastos, pelo poeta Joãozinho Gomes
Eis aqui o Batom-Bacaba da iárica cantora amapaense Patrícia Bastos, cosmético mitológico feito à base de música e poesia, supostamente usado por mitos femininos da misteriosa e encantadora região Amazônica. Privilégio da lara (mãe d’água), das Icamiabas (amazonas, guerreiras habitantes do interior da região do Rio Nhamundá…) e, de Naiá (vitória-régia). Porém, a partir de agora (após o milagre da arte, que tendo como matéria-prima o íárico canto de Patrícia Bastos aliado ao talento poético e musical de seus pares: músicos, compositores, poetas e arranjadores, tornou o mítico cosmético em CD homônimo, da ilustre amapaense que representa com os seus uirapuríssimos trinados e graça brasileira, a feminilidade amazônica de modo tão encantador quanto às mulheres mitológicas supracitadas); todos têm o privilégio e o direito de usufruírem quando, onde e como queiram deste cosmético mítico que ora se revela à humanidade. Batom-Bacaba não é um produto de embelezamento labial, físico, é um produto de embelezamento da alma, arte que se sobrepõe a estética facial, pois se propõe a adornar o Ser por dentro: e ao mesmo tempo orientá-lo, abrindo-o às sendas poéticas e musicais que o levaram a bem viver com os benefícios de uma obra artística rara, atemporal e verdadeira.
* Joãozinho Gomes (poeta – letrista – cantor)
DISCO ‘BATOM BACABA’ • Patricia Bastos • Selo Independente / Tratore • 2016
Canções / compositores
1. Loba boba (Zeca Baleiro e Joãozinho Gomes)
2. Luz de lampião (Nilson Chaves e Joãozinho Gomes)
3. O desenho da cidade (Dante Ozzetti e Luiz Tatit)
4. Mei mei (Joãozinho Gomes e Val Milhomem)
5. Brisa e brasa (Dante Ozzetti e Luiz Tatit)
6. Domingo de páscoa (Paulo Bastos)
7. Batom bacaba (Joãozinho Gomes e Enrico Di Miceli)
8. Horizonte (Dante Ozzetti e Luiz Tatit) | Participação especial: Ná Ozetti
9. O batom que não viu (Paulo Bastos)
10. Tudinha acesa (Dante Ozzetti e Joãozinho Gomes)
11. Mambo d’água (Ronaldo Silva e Renato Rosas)
12. Banto (Paulo Bastos)
13. Mameluca (Joãozinho Gomes e Val Milhomem)
– ficha técnica –
Patricia Bastos (voz – fx. 1-13) | Ná Ozetti (voz – fx. 8) | Dante Ozzetti (violões – fx. 2, 6, 11, 12; violão – fx. 3, 4, 5, 7, 8, 10; guitarra – fx. 3, 4, 10, 13) | Du Moreira (baixo elétrico – fx. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 13; sintetizador – fx. 1, 2, 7, 8, 13; efeitos – fx. 1, 2, 8, 9, 13)| Trio Manari – Marcio Jardim, Kleber Benigno e Nazaco Gomes (percussão – fx. 1, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11, 12, 13) | Vocal (fx. 9): Lala Tork, Luis Lopes, Dante Ozzetti, Elisa Monasterio, Bruno Mont’Alverne e Skipp Warm | Vocal (fx. 11): Dante Ozzetti e Skipp Warm | Naipe de cordas (fx. 1, 2, 3, 5, 7, 9, 12) – Violinos: Luis Amato, Cesar Miranda, Katia Spassova, Leandro da Silva Dias, Rodolfo Delgado Lota, Andreas Uhlemann / Cellos: Adriana Holtz, Vana Bock / Violas: Fabio Tagliaferri, Emerson Luiz || Direção musical: Dante Ozzetti | Arranjos de base e de cordas: Dante Ozzetti | Produção: Du Moreira e Dante Ozzetti || Gravado: no Estúdio FlapC4, por Luis Lopes / Técnico de gravação: Vitor Cabral Cesar / ‘Percussão’ gravada no Estúdio APCE Music, por Assis Figueiredo / ‘Cordas’ gravadas no Estudio YB, por José Luis Costa (Gato) || Mixagem: músicas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 mixadas por Ricardo Mosca / músicas 10, 11,12 e 13 mixadas por Luis Paulo Serafim || Masterização: Carlos Freitas, no Master Classic || Projeto gráfico e fotos: Gal Oppido | Assistente: Skipp Worm | Consultoria de imagem e produção de figurino: Claudia Lucena | Assessoria de imprensa: Debora Venturini | Coordenação do projeto: Andrea Costa | Registro do making of (projeto Batom Bacaba de Patricia Bastos) – Captação: Elisa Monasterio, Gal Oppido e Isabela Moreira | Edição e finalização: Elisa Monasterio e Isabela Moreira | Apoio/patrocínio: Natura Musical | Selo: Independente | Distribuição: Tratore | Cat.: 7898614909535 | Formato: CD / Digital | Ano: 2016 | Lançamento: 7 de outubro | #* Ouça o álbum: Spotify | Youtube | Deezer.
______
Mais sobre o disco
FERREIRA, Mauro. Patricia Bastos pinta Amazônia com os tons modernos de ‘Batom bacaba’. In: G1 / Globo, 29.9.3016. Disponível no link. (acessado em 16.7.2023).
MARIA, Julio. Patricia Bastos canta o Amapá no disco ‘Batom Bacaba’. In: Estadão, 2.10.2016. Disponível no link. (acessado em 16.7.2023)
LEIA TAMBÉM:
:: Patrícia Bastos celebra e ecoa a força da Amazônia com o single “Yárica”.
:: ‘Zulusa’, álbum de Patricia Bastos.
:: Enrico Di Miceli, Patricia Bastos e Joãozinho Gomes se unem em ‘Timbres e Temperos’.
Sobre | Patricia Bastos
Nascida em Macapá (AP), Patricia Bastos herdou da mãe, Oneide Bastos, a paixão pela música. Aos 17 anos, já estava nos palcos com a banda Brinds, e aos 22 anos partiu para carreira solo. O músico, compositor e arranjador Dante Ozzeti passou a produzir seus trabalhos, sempre valorizando a música amapaense, dando brilho e destaque aos ritmos do estado e criando pontes entre os artistas e compositores amapaenses e os paulistas.
.
Em 2010, Patricia lançou “Eu sou Caboca”. Com a produção musical de Dante Ozzetti, lançou “Zulusa” (2013), “Batom Bacaba” (2016) e, em 2021, “Timbres e Temperos”, com a companhia de Enrico di Miceli e Joãozinho Gomes, dois grandes artistas e compositores do Amapá. Agora ela prepara o álbum, “A Voz da Taba”, que será lançado em 2023.
.
Ao longo de sua carreira, Patricia recebeu o Prêmio Rumos Itaú Cultural (2010), o prêmio Pixinguinha FUNARTE (2009) e o 25° Prêmio da Música Brasileira (2014) nas categorias “Melhor Cantora Regional” e “Melhor Álbum Regional”, por seu CD “Zulusa”, além de ter sido indicada na categoria “Revelação”. Foi também indicada ao 18° Grammy Latino.
.
Cada vez mais atuante na cena musical, Patricia registra parcerias com Dante Ozzetti, Ná Ozzetti, Arismar do Espírito Santo, Marcelo Preto e muitos outros. Patricia lançou três singles: “Yárica” (Cristovão Bastos e Joãozinho Gomes), “Tudo Vem da Água”, com o cantor e compositor paraense Felipe Cordeiro, e “Kwa Yane Redawa – Esse é o nosso lugar: manifesto poético de filhos da Amazônia, a mãe do Brasil”, de Silvan Galvão, Nilson Chaves e Joãozinho Gomes.
>> Patricia Bastos na rede: Instagram | Facebook | Youtube | Spotify.
.
Série: Discografia da Música Brasileira / Canção popular / MPB.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske
Depois de estrear no CCSP, a peça-instalação 'A Bailarina Fantasma' retorna ao espaço intimista onde…
Single ‘Esperanto’ anuncia o álbum da poeta e letrista Lúcia Santos, que ainda tem Anastácia,…
Uma trilha viajante, vinda no rastro do tempo, pega o ouvido para passear na nova…
A cantora Jussara Silveira promove uma ponte musical entre Brasil e Cabo Verde, em seu…
“O avô na sala de estar: a prosa leve de Antonio Candido” mostra a intimidade…
DIVINDADES INCÓGNITAS Dizem que de divindades terrestres entre nós se encontram cada vez menos. Muitas…