sexta-feira, novembro 22, 2024

BNDES aporta R$ 10 mi, e teatro mais antigo do Espírito Santo começa a ser restaurado

Obras do Theatro Carlos Gomes começaram no dia 15 de junho (2023). Superintendente de Desenvolvimento Social e Gestão Pública do BNDES, Ana Costa, acompanhou.
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Com aporte de R$ 10 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Theatro Carlos Gomes, mais antigo equipamento do tipo no Espírito Santo, iniciou nesta quinta-feira, 15, obras de reforma e restauro. Construído na década de 20 do século passado e tombado pelo Conselho Estadual de Cultura há 40 anos, o teatro foi uma das propostas selecionadas pelo Resgatando a História, iniciativa do BNDES que une investimentos públicos e privados para apoio ao patrimônio histórico brasileiro.
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Além dos R$ 10 milhões do Banco, a EDP será a parceira da iniciativa, dobrando os recursos investidos. Com os R$ 20 milhões, as obras iniciadass hoje contemplarão tratamento acústico, climatização, novas instalações, modernização dos sistemas hidráulico e elétrico, instalação de equipamentos de segurança e de acessibilidade aos diferentes níveis do teatro, inclusive o palco, além do restauro dos elementos arquitetônicos e ornamentais e da abertura de um café para o público no foyer externo.
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“É um orgulho para o BNDES fazer parte do esforço de reabertura do mais antigo e importante teatro do Espírito Santo. Entendemos o apoio ao patrimônio histórico brasileiro como estratégico, por trazer benefícios para a economia local, para a atividade turística e para o desenvolvimento sustentável”, disse a superintendente de Desenvolvimento Social e Gestão Pública do BNDES, Ana Cristina Costa. Ela participou da cerimônia de início das obras nesta quinta-feira, em Vitória, ao lado do governador do Estado, Renato Casagrande, e do diretor presidente da EDP Brasil, João Manuel Veríssimo.

Além do restauro, o projeto lançado hoje prevê ações complementares de divulgação, educação patrimonial e ação formativa cultural para estudantes e professores de escolas públicas e privadas, por meio de visitas guiadas por monitores capacitados, palestras, distribuição de material explicativo e exibição de vídeo sobre a história e a restauração do teatro. A ação educativa será desenvolvida em conjunto com a Secretaria Estadual de Educação, como forma de ampliar a divulgação aumentando o número de participantes ao projeto.
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Também estão previstas a instalação de um espaço expositivo museográfico no interior da edificação e a publicação de um catálogo sobre a história e o processo de restauro do Theatro Carlos Gomes. Durante a fase de implantação, estima-se que sejam gerados 380 empregos diretos.
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Resgatando a História – O BNDES é um dos principais apoiadores do patrimônio histórico nacional. Ao longo dos últimos 25 anos, investiu R$ 900 milhões em projetos de restauro, preservação e revitalização de mais de 400 monumentos, sítios, edificações históricas e bens móveis de valor nacional localizados em todas as regiões do País, além de ações para a preservação do acervo memorial brasileiro. Apenas com a Iniciativa Resgatando a História, por meio do qual o Banco dobra os recursos investidos por parceiros privados, estão sendo beneficiados 29 projetos, com R$ 292,2 milhões do BNDES.

Presidente do Instituto Modus Vivendi — responsável pelo projeto do Theatro Carlos Gomes —, Erika Kunkel ressaltou a importância da iniciativa para o Espírito Santo: “Em dois anos, o Resgatando a História já fechou um aporte de R$ 35 milhões para a cultura capixaba, com outras iniciativas, além desse suporte maravilhoso para o teatro, que voltará a ser o principal palco do Estado, com um papel importante tanto para a cultura quanto para o turismo”, disse, durante a solenidade de início das obras.

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Obras de restauro do Theatro Carlos Gomes – crédito: Governo do ES

SOBRE O TEATRO CARLOS GOMES
O Teatro Carlos Gomes foi inaugurado em 1927 e projetado por André Carloni. Funcionava também para a exibição de filmes, como sala de cinema, além de ter recebido importantes peças de teatro, como “Liberdade Liberdade” em 1969. Localizado no centro de Vitória/ES.
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O Teatro Carlos Gomes é uma construção do século XX. Foi projetado em 1925 e construído entre 1925 e 1927. Seu projeto inicial é de autoria de André Carloni, italiano de Bolonha radicado no Espírito Santo desde 1890. Sua construção utilizou a técnica de cimento armado, e aproveitou as colunas de ferro fundido do antigo Teatro Melpômene para sustentar os camarotes. O projeto do teatro baseou-se no modelo italiano de “teatro em ferradura”, tipologia usada, por exemplo, no Teatro Solís, em Montevidéu, entre outros. Essa tipologia caracteriza-se por uma série de galerias superpostas em torno de uma plateia. Diante dela, está o palco, inserido em uma caixa que abriga os mecanismos cênicos e dispositivos de iluminação. O arquétipo do modelo dessa tipologia é o Teatro Alla Scalla, de Milão, segundo Hermanny.
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O teatro foi vendido ao governo do Estado em 1934, na administração de João Punaro Bley. A partir daí, teve seu uso restringido quase exclusivamente à função de cinema. A função de teatro só viria a ser retomada no final da década de 1960, quando o edifício sofreu obras de restauro, que contemplaram a adequação do palco e do proscênio, o que permitiu as encenações teatrais. Essa reforma também contemplou a transformação dos camarotes, a colocação de um lustre ao modo de candelabro no centro do teto, e a repintura dos painéis do teto, executada pelo pintor Homero Massena. A pintura do painel por Homero Massena é fundamentada na vida do compositor Carlos Gomes. Na pintura, o nome do compositor brasileiro aparece ao lado dos três compositores que o inspiraram: Wagner, Bach e Verdi.
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SECULT – Secretaria da Cultura do Estado do Espírito Santo
Nome atribuído: Teatro Carlos Gomes
Localização: Praça Costa Pereira – Centro – Vitória-ES
Tipo de bem: Bem tombado.


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