“O Cacaso foi sujeito a vários surtos de criatividade, absolutamente diferentes e não necessariamente concomitantes. Ele era uma figura artística e intelectual singularíssima, uma figura não só importante pelo que fez, mas também pelo que fomentou.”
– Geraldo Carneiro, poeta, membro da ABL
Indefinição
pois assim é a poesia:
esta chama tão distante mas tão perto de
estar fria
– Cacaso, no livro ‘Lero-lero’.
A FONTE
Fonte da saudade
toda essa água tão limpinha
toda canção que ninguém fez
coisa sem porquê e sem destino
não avisa quando vem
quando vai…
passou a vida inteira
a fonte não secou
pra que lugar, me diga
foi o meu amor, ah!
passou a noite inteira
essa noite serenou
o meu bem dormiu comigo
e a gente acordou
fonte da saudade
onde deságua tão limpinha
toda canção
que ninguém fez
coisa sem porquê e sem destino
não avisa quando vem
quando vai
deságua…
– Cacaso, no livro ‘Beijo na boca e outros poemas’. São Paulo: Brasiliense, 1985.
§
EM TEMPO DE NOTÍCIA
………Para Ovidio Carlos de Brito
Deitado ao frio espero
a transição que já vem:
Galo rompendo luas
galopando entre marcas
que não ousam assentar.
Onde a noite me recolhe
em silente nostalgia
mando notícia dos meus:
A família se dissolve
e transborda mansamente,
dispersante além do frasco:
Insônia ramo partido
medo, tortura, asco.
A cada passo uma pena
a cada traço uma cena
desafia os meus olhos
nem duo de contrição.
E vou de mim despedindo,
aceno ao largo, na volta,
em mim mesmo que prescrevo
sinuosa afeição.
Sou mapa e não me desvendo,
sou ilha e não me abraço.
Sou chama na saliência
deste incontido amor.
Peixe parindo rios,
cristal de minha ambição
que se recua a si mesmo
entre vísceras latentes
retidas no alçapão.
Terra de peixe: magia.
Sangue de peixe: noção.
Não era sangue nem terra
adubo de fina hera
e alga também não era
convergindo na feição.
Não era sangue e tingia
não era amor e doía
pungia no coração.
Que sombra já me pressente
e me nomeia até mesmo
onde não mando cartão?
Indago apontamentos
e me censuro e cerco
o que de mim esvoaça
sem formas de contenção.
Estou partindo: para onde?
Viajo pelo deserto
e sinto que vou morrer.
E sinto voar a pena
ao longo de meus cabelos.
Agora estou livre e deito
numa planície minada.
Entre rios cresce a chama
buscando uniformidade,
uma orquídea entre as ramas.
Em meus olhos cravejados
constroí o peixe o retiro:
Fluir além das escamas.
.
Rio,1964
– Cacaso, no livro ‘A Palavra Cerzida’. Rio de Janeiro: José Álvaro Editor, 1967.
O MITO
As palavras me evitam.
Reduzido em gesto, destilo
carne.
Tão próximo do mundo
te compreendo, alma,
e conhecer me atesta a musical
traição:
Fundir semblante e voo
livre de nome e existência.
Meu braço é meu poema.
Duração furgaz ou o impenetrável
escarlate,
póstumamente sobrevivo.
.
Rio 1965
– Cacaso, no livro ‘A Palavra Cerzida’. Rio de Janeiro: José Álvaro Editor, 1967.
§
MADRIGAL PARA CECÍLIA MEIRELES
Quando na brisa dormias,
não teu leito, teu lugar,
eu indaguei-te Cecília:
Que sabe o vento do mar?
Os anjos que enternecias
romperam liras ao mar.
Que sabem os anjos Cecília,
de tua rota lunar?
Muitas tranças arredias,
um só extremo ao chegar:
Teu nome sugere ilha,
teu canto: um longo mar.
Por onde as ondas fundias
a face deixou de estar.
Vida tão curta, Cecília
pra que então tanto mar?
Que música mais tranquila,
quem se dispos a cantar?
São tuas falas, Cecília,
a barco tragando o mar.
Que céu escuro havia
há tanto por te espreitar?
Que alma se perderia
na noite de teu olhar?
Sabemos pouco, Cecília,
temos pouco a contar:
Tua doce ladainha,
a fria estrela polar
a tarde tem funesta trilha,
a trilha por terminar
precipita a profecia:
Tão curta a vida, Cecília,
tão longa a rota do mar.
Em te saber andorinha
cravei tua imagem no ar.
Estamos quites, Cecília:
Joguei a estátua no mar.
A face é mais sombria
quanto mais se ensimesmar:
Tão curta a vida, Cecília,
tão negra a rota do mar.
Que anjos e pedrarias,
para erguer um altar?
Escuta o coral, Cecília:
O céu mandou te chamar.
Os anjos com tantas liras
precisam do teu cantar.
Com tua doce ladainha
(vida curta, longo mar)
proclames a maravilha.
– Cacaso, no livro ‘A Palavra Cerzida’. Rio de Janeiro: José Álvaro Editor, 1967.
§
MADRIGAL PARA UM AMOR
“A maior pena que eu tenho,
punhal de prata,
não é de me ver morrendo,
mas de saber quem me mata.”
– Cecília Meireles
Luz da Noite Liz da Noite
meu destino é te adorar.
Serei cavalo marinho
quando a lua semi fátua
emergir de meu canteiro
e tu tiveres saído
em meus trajes de luar.
Serei concha privativa,
turmalina, carruagem,
Mas só se tu, Luz da noite,
teu delírio nesta margem
já quiseres desaguar.
(Não te faças tão ingrata
meu bem! Quedo ferido
e meus olhos são cantatas
que suplicam não me mates
em adunco anzol de prata!)
E quando nós nos amamos
em nossa vítrea viagem
de geada e de serragem
pelo meio continente!
Luz da noite Lis da Noite
meu destino é te seguir.
Meu inábil clavicórdio
soluça pela raiz,
e já pareces tão farta
que nem sequer onde filtra
meu lado bom te conduz:
Minha amiga vou fremindo
embebido em tua luz.
.
Rio, 1964
– Cacaso, no livro ‘A Palavra Cerzida’. Rio de Janeiro: José Álvaro Editor, 1967.
§
NOTURNO MADURO
Nesta hora os deuses pensam.
O tempo se desenvolve
a partir da integração.
O mundo aguarda: Que será?
Vêm os planos, a aspiração,
e a descoberta tristíssima
do nada. No sangue
a noite tornou-se um vício.
Este mergulho na treva
ainda é meu consolo.
Vida, que sei de ti?
Talvez nada, talvez nem isso…
Janelas espiam seios
e Raquel ainda é virgem
Na elaboração do eterno
nem a morte se atreve
Num quarto longe do mundo
sou um homem,
dolorosamente
.
Rio, 1965
– Cacaso, no livro ‘A Palavra Cerzida’. Rio de Janeiro: José Álvaro Editor, 1967.
§
POEMAS BRANCOS
I
Com essas mesmas palavras
vejo a varanda secando
suas penugens ao sol. Vejo ainda
quanto é inútil o ser e o não-ser:
Minha perplexidade desiste de tudo
e mastiga violentamente
os primeiros sons
da
manhã.
II
Retorno da natureza
esta branca nostalgia.
Viajo pela matéria
de braços com satanás:
Ó anjo anunciador, levai-me ao passado
onde desmancharei a vida futura,
onde serei sinistro como
o coito
dos girassóis.
III
Com essas mesmas palavras
dirijo a revolta dos deuses.
Aqui plantei um violino,
refiz donzelas, dei de beber aos planetas.
Ó realidade,
há séculos eu te procuro!
Nas regiões do dia e da noite
sou uma lâmina que respira.
O tempo amordaçado
me espera.
IV
Quero a palavra que traduza
a medicina dos anjos,
a virgindade anterior ao pensamento.
Quero a nuvem que habita,
não
sua forma profanada.
Desta pirâmide
assistirei o absoluto desfolhar-se
como as grinaldas da tarde.
V
Minha morada é o silêncio.
Esta notícia que levo
já não diz que houve lutas
entre o bem e o mal.
Sete trombetas proclamaram
a união das sementes:
Essas bodas que iniciam
os tempos de danação.
Tanto remorso me engasga.
Adeus, mundo, eu não sou daqui.
.
Rio, 1966
– Cacaso, no livro ‘A Palavra Cerzida’. Rio de Janeiro: José Álvaro Editor, 1967.
§
CHUVA
“Chove e eu penso: haverá coisa mais viúva
que a saudade possuir olhos de chuva
e eu ter o coração de girassol?”
– Cassiano Ricardo
Mais chove. E se chover soubesse
da enorme paz que me empresta,
não mais o sol, ainda que me desse
a luz essencial de sua festa.
Não mais cintila a luz que me aquece,
eu que me exponho em cada fresta.
Parte de dentro a razão: calor e prece
esta chuva é tudo que me resta.
Cismo na sala o queixo rente
e raras frutas dão notícia deste vento.
Mais chove. E a solidão furtivamente
em gotas flui também no pensamento.
Quem sabe não serei parte da chuva,
líquida noiva transformada em viúva?
– Cacaso, no livro ‘A Palavra Cerzida’. Rio de Janeiro: José Álvaro Editor, 1967.
§
EXPLICAÇÃO DO AMOR
O amor em seu próprio corpo
recebe os cacos que lança:
Diálogo de briga ou rinha
em tom de magia branca.
O amor, o dos amantes
é sangue da cor de crista:
Coagula insensívelmente
nas polifaces de um prisma.
O amor nunca barganha,
que trocar não é seu fraco:
Recebe sempre entornado
como a concha de um prato.
Amor não mata: previne
o que vem depois do susto:
Modela o aço e o braço
que vão suportar o muro.
O amor desconhece amor
sem ter crueza por gosto:
contempla-se diante do espelho
sem nunca ver o outro rosto.
.
Rio, 1963
– Cacaso, no livro ‘Lero-lero’. Coleção ‘Ás de coletes’. Rio de Janeiro: Editora 7Letras; São Paulo: Cosac & Naif, 2002.
§
MEDITAÇÃO
Com meu amor eu me envolvo felizmente.
Mas também me des
envolvo
Infelizmente?
– Cacaso, no livro ‘Lero-lero’. Coleção ‘Ás de coletes’. Rio de Janeiro: Editora 7Letras; São Paulo: Cosac & Naif, 2002.
§
AH!
Ah, se pelo menos o pensamento não sangrasse!
Ah, se pelo menos o coração não tivesse memória!
Como seria menos linda e mais suave
minha história.
– Cacaso, no livro ‘Beijo na boca e outros poemas’. São Paulo: Brasiliense, 1985.
§
E COM VOCÊS A MODERNIDADE
Meu verso é profundamente romântico.
Choram cavaquinhos luares se derramam e vai
por aí a longa sombra de rumores ciganos.
Ai que saudade que tenho de meus negros
verdes anos!
– Cacaso, no livro ‘Beijo na boca’. Rio de Janeiro: Vida de Artista, 1975.
§
MEIO-TERMO
Ah como tenho me enganado
como tenho me matado
por ter demais confiado
nas evidências do amor
Como tenho andado certo
como tenho andado errado
por seu carinho inseguro
por meu caminho deserto
Como tenho me encontrado
como tenho descoberto
a sombra leve da morte
passando sempre por perto
E o sentimento mais breve
rola no ar e descreve
a eterna cicatriz
mais uma vez
mais de uma vez
quase que eu fui feliz
A barra do amor
é que ele é meio ermo
a barra da morte
é que ela não tem meio termo
– Cacaso, no livro ‘Mar Marinheiro’. Rio de Janeiro: [s.n.] 1982.
§
REFÉM
Eu sempre quis requebrar
só me faltou poesia
eu nunca soube rimar
mas sempre tive ousadia
nunca joguei o destino
e nem matei a família
a minha sorte na vida
se escreve com C cedilha
Eu nunca tive ideal
nunca avancei o sinal
nem profanei minha filha
Eu me perdi muito além
sendo meu próprio refém
na solidão de uma ilha
Eu sempre quis acertar
só me faltou pontaria
eu nunca soube cantar
mas sempre tive mania
nunca brinquei carnaval
e nem saí da folia
nunca pulei a fogueira
e nem dancei a quadrilha
Eu nunca amei a ninguém
nunca devi um vintém
nem encontrei minha trilha
Eu me perdi muito além
sendo meu próprio refém
na solidão de uma ilha
– Cacaso, no livro ‘Mar Marinheiro’. Rio de Janeiro: [s.n.] 1982.
§
Hora do recreio
O coração em frangalhos o poeta é
levado a optar entre dois amores.
As duas não pode ser pois ambas não deixariam
uma só é impossível pois há os olhos da outra
e nenhuma é um verso que não é deste poema
Por hoje basta. Amanhã volto a pensar neste problema.
– Cacaso, no livro ‘Beijo na Boca’. Rio de Janeiro: Vida de Artista, 1975.
Cacaso [Antonio Carlos Ferreira de Brito, Uberaba, MG, 13.3.1944 – Rio de Janeiro, RJ, 27.12.1987]. Letrista. Poeta. Escritor. Ensaísta. Filho de Carlos Ferreira de Brito e Wanda Aparecida Lóes de Brito. Mineiro, nasceu em Uberaba e passou a infância em Alfredo de Castilho e Barretos, interior de São Paulo. Aos 11 anos, foi morar no Rio de Janeiro. Aos 12, chegou a ser matéria de jornal, por causa de suas caricaturas de políticos e personagens da vida pública, prática que cultivaria por toda a vida. Costumava ilustrar seus poemas, crônicas e letras de músicas com nanquim e lápis de cera. Estudou violão clássico. Cursou Direito e formou-se em Filosofia pela UFRJ. Fez pós-graduação na USP. Lecionou teoria literária e literatura brasileira na PUC e na Escola de Comunicação da UFRJ. Foi também crítico e ensaísta. Teve dois filhos: Pedro de Brito, do primeiro casamento com a antropóloga, professora e pesquisadora Leilah Landim Assumpção de Brito, e Paula, do segundo casamento com a cantora Rosa Emília Machado Dias. Pedro de Brito (jornalista), assim como o pai, seguiu a carreira de poeta, tendo publicado alguns poemas no Jornal de Letras e Artes. Como jornalista, Pedro de Brito, especializou-se na área de música, tendo atuado em vários jornais: Jornal do Brasil, O Estado de São Paulo, Gazeta Mercantil e no jornal O Dia, assinando Pedro Landim. Em 1967, José Álvaro Editor publicou de Cacaso (ainda usando o nome Antônio Carlos de Brito), “A palavra cerzida”, seu primeiro livro de poemas, que já havia sido publicado nas principais antologias da nova poesia brasileira. Publicou artigos em vários jornais, entre eles, Jornal do Brasil, Folha de São Paulo, Jornal Movimento e Jornal Opinião. Publicou os livros de poesias “Grupo escolar” (1974), “Beijo na boca” (1975), “Segunda classe”, em parceria com Luís Olavo Fontes (1975), “Na corda bamba” (1978), “3 poetas” (c/ Eudoro Augusto e Letícia Moreira de Souza – Centro di Estudios Brasilenos – Lima, Peru, 1979), “Mar de mineiro” (1982) e a coletânea “Beijo na boca e outros poemas” (1985). Pouco antes de falecer, vitimado por um infarto do miocárdio, estava trabalhando junto com Edu Lobo e Ruy Guerra em um roteiro sobre Canudos. Anos depois, em 1997, Edu Lobo, em homenagem ao poeta, incluiu uma das parcerias de ambos, “Canudos”, no filme homônimo de Sérgio Rezende. Em 1997, foi editada pela UNICAMP/UFRJ uma coletânea de seus ensaios, poemas inéditos, crônicas e artigos publicados em jornais intitulada “Não quero prosa”, com seleção e organização de Vilma Arêas e lançada na Bienal do Livro no Rio de Janeiro. Compôs em parceria com Nelson Ângelo o musical “Táxi”, ainda inédito. No ano 2000, a editora Sette Letras reeditou “Beijo na boca”. Dois anos depois, em 2002, foi publicado pela Editora Sette Letras e Cosac & Naify, a antologia “Lero lero”, sua obra poética reunida, incluindo sete livros seus e ainda parte de um material que estava inédito (poemas e desenhos). O livro fez parte da coleção “Às de colete” e foi lançado na Livraria da Travessa, no Rio de Janeiro. Ainda em 2002, os jornalistas Renato Fagundes e Paulo Mussoi produziram o filme de animação digital “Cidadelas”, baseado em poemas sobre Canudos (‘Auto de Canudos’) deixados pelo poeta e nunca publicados, além de desenhos sobre o mesmo tema. A trilha sonora do curta-metragem foi composta por Igor Araújo, com base nos poemas de Cacaso. Em novembro de 2004 foi relançado o livro “Na corda bamba”, desta vez com ilustrações do cineasta e amigo José Joaquim Salles. As ilustrações eram para ser entregues para a primeira edição em 1978, mas só ficaram prontas 26 anos mais tarde. O convite para o que Joaquim Salles ilustrasse o livro foi feito no ano de 1975, quando Cacaso, em Paris, visitou o ex-colega de faculdade de Filosofia, que por esta época encontrava-se exilado na França. Como as ilustações não ficaram prontas a tempo, o livro foi publicado com ilustrações do filho Pedro Landim, então com sete anos. Na reedição do “Na corda bamba” o ilustrador José Joaquim Salles contou com a colaboração do próprio filho, o designer gráfico Tomás. Sobre as novas ilustrações José Joaquim relatou: “Se Cacaso fosse vivo, provavelmente usaria o computador para compor e divulgar sua poesia. Tenho certeza de que estaria ao meu lado fazendo um livro com esta nova ferramenta”. Sua obra de letrista foi objeto de dissertação de mestrado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O poeta deixou mais de 20 cadernos, muitos deles em forma de diários, com poemas, fotos e ilustrações. No ano de 2007 foi lançado o volume “Cacaso: Poeta da Canção”, com o texto da tese de doutorado de José Francisco Cavalcante, pela Universidade de São Paulo (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada). No na o de 2012, a pedido do jornal New York Time, o musicólogo Ricardo Cravo Albin escolheu os dez maiores poetas da MPB, sendo seu nome um dos selecionados.
fonte: Dicionário MPB.
:: A Palavra Cerzida. Rio de Janeiro: José Álvaro Editor, 1967.
:: Grupo escolar. Rio de Janeiro: Frenesi, 1974.
:: Beijo na boca. Rio de Janeiro: Vida de Artista, 1975.
:: Segunda classe. Cacaso e Luis Olavo Fontes, 1975.
:: Na corda bamba. 1978.
:: Mar de mineiro. Rio de Janeiro: [s.n.] 1982.
:: Beijo na boca e Outros poemas. São Paulo: Brasiliense, 1985.
:: Cacaso. Na corda bamba. [desenhos de José Joaquim de Salles e Tomás Salles; prefacio de Heloisa Buarque de Hollanda]. Rio de Janeiro: Bem-Te-Vi, 2004
:: Lero-lero. Cacaso. Coleção ‘Ás de coletes’. Rio de Janeiro: Editora 7Letras; São Paulo: Cosac & Naif, 2002.
:: Cacaso. Não quero prosa [organização Vilma Âreas]. Campinas: Unicamp; Rio de Janeiro: UFRJ, 1997.
:: Cacaso. Coleção Remate de Males 2 – Rebate de Pares. [organização Berta Waldman. Iumna Maria Simon]. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem, 1981.
Antologias
:: Destino – Poesia [autores: Ítalo Moriconi, Paulo Leminski, Ana Cristina Cesar, Cacaso (antonio Carlos De Brito), Waly Salomão]. Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 2010; 2ª ed., 2016.
AZEVEDO, Carlito. ‘Apresentação’. Revista Inimigo Rumor – Especial Cacaso, Rio de Janeiro, no. 8, p.3–4, maio, 2000.
FILHO MARTINELLI, Nelson. A obra de Cacaso: aberta a militar?. Mafuá, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, n. 12, 2010. Disponível no link. (acessado em 26.12.2019)
HOLLANDA, Heloisa Buarque de (Org.). 26 Poetas Hoje. Rio de Janeiro: Aeroplano, 1998.
PEREIRA, Carlos Alberto Messeder. Retrato de época: poesia marginal anos 70. Rio de Janeiro: FUNARTE, 1981.
SOARES, Débora Racy. Poesia na corda bamba: o xis do poema (reflexões sobre Beijo na Boca de Cacaso). Ipotesi, Juiz de Fora, v. 12, n. 2, p. 107 – 114, jul./dez. 2008. Disponível no link. (acessado em 26.12.2019).
SÜSSEKIND, Flora. Literatura e vida literária: polêmicas, diários e retratos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.
Filho de uma família rural e destinado a trabalhar com criação de gado, Antonio Carlos de Brito encontrou na poesia um sentido para a vida transformando-se em Cacaso. O artista multifacetado, que incendiou a juventude carioca em aulas e discussões sobre a arte, mudou a poesia brasileira sendo um dos precursores do movimento marginal. Irônico e perspicaz, Cacaso foi responsável por reunir um grande número de artistas e intelectuais em projetos e parcerias, deixando um indiscutível legado literário e musical.
Direção e roteiro: José Joaquim Salles
Co-direção: PH Souza
Trilha sonora: Francis Hime
Ano: 2016
Duração: 88 min.
Produtora: Cafeína Produções
Co-produção: Canal Brasil
Assista Aqui: Canal Curta
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