“Não é da luz que carecemos. Milenarmente a grande estrela iluminou a terra e, afinal, nós pouco aprendemos a ver. O mundo necessita ser visto sob outra luz: a luz do luar, essa claridade que cai com respeito e delicadeza. Só o luar revela o lado feminino dos seres. Só a lua revela intimidade da nossa morada terrestre. Necessitamos não do nascer do Sol. Carecemos do nascer da Terra.”
– Mia Couto, no Epígrafe do livro “Contos do nascer da terra”. 6ª ed., Lisboa: Editorial Caminho, 2006, p. 7.
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Mia Couto, romancista moçambicano, defende em sua conferência um pensamento que crie pontes e não fortalezas. Vivemos em um tempo de acesso a tudo, mas confundimos ideias novas e informação recente: “Cada vez mais repetimos o que já fomos.”
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“Vivemos em um tempo de acesso a tudo, mas confundimos ideias novas e informação recente” – Mia Couto
“A vida tem fome de fronteiras. E não há o que lamentar, porque estas fronteiras naturais se imaginaram a si próprias para dar forma ao que somos”
– Mia Couto, em ‘Conferência’ do Fronteiras do Pensamento, 2012.
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“Cada vez mais repetimos o que já fomos.”
– Mia Couto, em ‘Conferência’ do Fronteiras do Pensamento, 2012.
“Não fomos feitos para caber numa receita puritana encomendada para domesticar e padronizar o mundo. O discurso do politicamente correto é um crime contra as nossas nações, contra originalidade e a diversidade dos nossos povos.”
– Mia Couto, em ‘Conferência’ do Fronteiras do Pensamento, 2012.
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“Crie pontes e não fortalezas”
– Mia Couto, em ‘Conferência’ do Fronteiras do Pensamento, 2012.
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Clique aqui a conferência, são apenas 18 minutos, vale a pena assistir!
Título: Mia Couto – Repensar o pensamento
Realização: Fronteiras do Pensamento
Ano: 2012
Duração: 18’46
Produção: Telos Cultural
Edição: Sonia Montaño
Finalização: Marcelo Allgayer
Tradução: Francesco Settineri e Marina Waquil
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Fonte: Fronteiras do Pensamento
Saiba mais sobre Mia Couto:
Mia Couto – o afinador de silêncios (biografia)
Mia Couto – fortuna crítica
Mia Couto – neste site (entrevistas, poemas, contos e crônicas)
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