Poeta lendário da Tropicália, Capinan é celebrado em show com Macalé e Renato Braz
.
Um dos membros lendários do tropicalismo, o poeta baiano José Carlos Capinan participa em São Paulo do show em sua homenagem no Sesc 24 de Maio, em 26/5 (domingo), às 18h. Com a presença do poeta no palco, “Cancioneiro Geral – Tributo a Capinan” vai ser conduzido pelo cantor Renato Braz e contará com a participação especial de Jards Macalé, parceiro do letrista em canções como “Movimento dos barcos”, “Gotham City” e “A Arte de não Morrer”. Sua principal intérprete, Maria Bethânia gravou uma mensagem para o espetáculo, celebrando o autor “lírico, político, guerreiro” de canções definidoras de seu tempo.
No roteiro, clássicos de Capinan com diversos parceiros, como “Viramundo”, “Ponteio”, “Soy Loco por Ti, América”, “Papel Machê”, “Clarice”, “Yáyá Massemba”, “Moça Bonita”, “Movimento dos Barcos” e “Meu Amor me Agarra & Geme & Treme & Chora & Mata”, entre outros. O espetáculo será um raro momento de encontro com um dos mais importantes poetas do país, integrante do álbum Tropicalia ou Panis et Circencis (1968) e vencedor do Festival de 1967 com “Ponteio” (c/ Edu Lobo).
.
Os poemas de Capinan se tornaram pilares de beleza de músicas de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Edu Lobo, Paulinho da Viola, Jards Macalé, Geraldo Azevedo, João Bosco, Tom Zé, Sueli Costa, Fagner e Roberto Mendes, entre outros. As vozes de Bethânia, Marília Medalha, Gal Costa, Elis Regina, Clara Nunes e Nara Leão ajudaram a projetar seus versos de amor e revolução.
Antes do sucesso alcançado com “Ponteio”, no festival de 1967, o livro “Inquisitorial” (1966) virou um marco da poesia participante durante a ditadura militar. Na década de 1960, Capinan foi uma das mentes do Centro Popular de Cultura (CPC) e do movimento tropicalista, no qual se destacou com “Miserere Nobis”, “Soy Loco por Ti, América” (ambas com Gil) e “Clarice” (com Caetano).
.
Depois da Tropicália, sua poética assumiu novas caras e cores nas parcerias com Macalé e Paulinho da Viola, preservando o impulso de invenção e subversão da linguagem. Aos 83 anos, Capinan lança em maio o conjunto de sua obra poética no livro “Cancioneiro Geral” (Círculo de Poemas), apresentado por Maria Bethânia.
.
Com Jards Macalé e Renato Braz, além da mensagem gravada por Bethânia, o show em seu tributo pretende celebrar essa imensa contribuição à música popular e à travessia corajosa de períodos sombrios da história. Com a participação dos músicos Sizão Machado, Bré e Alexandre Rodrigues.
.
Durante sua passagem por São Paulo, José Carlos Capinan também lançará seu livro “Cancioneiro Geral”, organizado por Claudio Leal e Leonardo Gandolfi, na livraria Megafauna, em 24/5, às 19 horas.
SERVIÇO
Show ‘Cancioneiro Geral – Tributo a Capinan’
26 de maio | Domingo | às 18h
Sesc 24 de Maio (R. 24 de Maio, 109 – República, São Paulo – SP)
Ingressos à venda online a partir do dia 14/5, às 17h, e nas bilheterias a partir do dia 15/5, às 17h.
– ficha técnica –
Renato Braz – voz, violão e percussão | Participação especial: Jards Macalé | *Gravação de Maria Bethânia | Alexandre Rodrigues – flautas, clarinete e saxofone | Sizão Machado – contrabaixo | Bré – percussão | Carla Ponsi – voz | Karine Telles – voz | Beatriz Id – voz | Assessoria de imprensa: Rogério Cavalcante / Circus Produções | Produção: Guto Ruocco/ Circus Produções
LANÇAMENTO DO LIVRO / BATE-PAPO
Cancioneiro geral [1962-2023] / José Carlos Capinan
Data: 24 de maio | às 19h
Local: Livraria Megafauna (Av. Ipiranga, 200 – loja 53 República, São Paulo/ SP)
Bate-papo com José Carlos Capinan, Leonardo Gandolfi e Claudio Leal.
Mediação: Marina Wisnik.
Abertura e encerramento: com canções por Renato Braz
Título: Cancioneiro geral [1962-2023]
Autor: José Carlos Capinan
Organização: Claudio Leal e Leonardo Gandolfi
Apresentação: Maria Bethânia
Posfácio: Claudio Leal
Textos críticos: José Guilherme Merquior, Ênio Silveira, Gilberto Gil e Luiz Carlos Maciel
Editora: Círculo de Poemas
Edição/ ano: 2024
Páginas: 392
ISBN-10: 6584574229
ISBN-13: 978-6584574229
* Compre o livro: clique aqui. / ou Amazon.
Sinopse: Grande parte de nossa melhor poesia chega ao público pelas ondas do rádio. Do samba ao rap, da bossa nova aos vários ramos e gerações da MPB, temos chamado de letristas alguns dos grandes poetas da língua portuguesa, que muitas vezes não chegam a reunir suas palavras em livros. Nessa longa tradição, o nome de José Carlos Capinan ― ou simplesmente Capinan ― é uma presença das mais significativas. Desde os anos da Tropicália, seus versos são musicados por parceiros como Edu Lobo, Fagner, Gilberto Gil, Jards Macalé e Paulinho da Viola, cantados por vozes como as de Gal Costa, Caetano Veloso, Elis Regina, João Bosco e Maria Bethânia, regravados por gerações de artistas e, acima de tudo, cantarolados por milhões de ouvintes, que talvez não saibam que devem ao poeta baiano as letras de “Soy loco por ti, América” ou “Papel machê”, entre centenas de outros grandes sucessos que sabemos de cor. Em paralelo às parcerias musicais, Capinan também esteve sintonizado com outros caminhos da poesia de sua época, tendo publicado diversos livros em que sua rara e combativa sensibilidade social se expressa tão intensamente quanto nos discos. Como afirma Maria Bethânia, na orelha desta edição, “Capinan escrevendo é lírico, político, guerreiro, autor raro, brilhante, vivendo na carne cada verso, cada rima, cada expressão”. Cancioneiro geral [1962-2023], organizado por Claudio Leal e Leonardo Gandolfi, abarca mais de sessenta anos de trabalho artístico de Capinan, reunindo todos os seus livros de poesia, além de poemas esparsos e uma vasta seleção das canções escritas pelo poeta entre 1965 e 2023, seguidos de um posfácio do jornalista Claudio Leal e textos críticos assinados por José Guilherme Merquior, Ênio Silveira, Gilberto Gil e Luiz Carlos Maciel.
.
>> Siga: @josecarloscapinan / @jose.carlos.capinan | @circulodepoemas | @circusproducoesoficial
.
.
.
Velha D+ reflete sobre feminismo e etarismo. Montagem gaúcha tem direção de Bob Bahlis, atuação…
No dia em que celebramos o Dia Nacional da Umbanda, 15 de Novembro, o cantor…
Depois de estrear no CCSP, a peça-instalação 'A Bailarina Fantasma' retorna ao espaço intimista onde…
Single ‘Esperanto’ anuncia o álbum da poeta e letrista Lúcia Santos, que ainda tem Anastácia,…
Uma trilha viajante, vinda no rastro do tempo, pega o ouvido para passear na nova…
A cantora Jussara Silveira promove uma ponte musical entre Brasil e Cabo Verde, em seu…