quinta-feira, dezembro 19, 2024

Carlos Drummond de Andrade lê “O verbo no infinito” de Vinicius de Moraes

O verbo no infinito
Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar
.
Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então sorrir
E então sorrir para poder chorar.
.
E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito
.
E esquecer tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito…
.
– Vinicius de Moraes (Rio de Janeiro, 1962), do “Livro de sonetos”. 1967.

Veja aqui Carlos Drummond de Andrade lendo “O verbo no infinito”, de Vinicius de Moraes:

Saiba mais sobre Vinicius de Moraes
Vinicius de Moraes – a última entrevista
Vinicius de Moraes – entrevistado por Clarice Lispector
Vinicius de Moraes – o poeta não tem fim
Vinicius de Moraes – o poetinha
Vinicius de Moraes (poemas e crônicas neste site)

Saiba mais sobre Drummond:
Carlos Drummond de Andrade – antologia poética
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