Pife Muderno e Edu Lobo - foto: Marian Starosta
O tributo a Edu Lobo do grupo Carlos Malta e Pife Muderno conta com as participações de Hermeto Pascoal, Jacques Morelenbaum, Matu Miranda e do próprio Edu Lobo. O álbum ‘Edu Pife’ reúne 13 canções do compositor, lançamento Biscoito Fino
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“Conheço o Pife Muderno há muitos anos e sempre fui encantado pelo trabalho que eles fazem. Fiquei muito contente com o carinho que recebo deles e pelo orgulho enorme que tenho, ao ouvir os arranjos que foram feitos com as minhas canções.” Edu Lobo
Chega às plataformas o tributo do grupo Carlos Malta e Pife Muderno, um dos mais importantes e longevos da nossa música instrumental, ao compositor, multi-instrumentista, arranjador e cantor Edu Lobo. O álbum “EDU PIFE” reúne 13 canções (em 12 faixas) garimpadas da rica obra do compositor.
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O multi-instrumentista, arranjador e compositor Carlos Malta, fundador do Pife Muderno, mergulhou na discografia de Edu Lobo, desde o primeiro compacto lançado em 1962 (quando Edu tinha 19 anos), para conceber a direção musical e os arranjos para a refinada e ampla obra de Edu, que traz elementos da música popular brasileira, bossa nova, jazz e referências da cultura popular do Nordeste. Malta escreveu os arranjos no estúdio da Biscoito Fino, gravando junto a banda, extraindo de cada tema a essência brasileira e universal da obra de Edu Lobo, um carioca com raízes pernambucanas.
O álbum, que marca ainda os 30 anos do Pife Muderno, conta com as presenças especiais de Hermeto Pascoal (voz no copo, percussão corporal e escaleta, em “Vento Bravo”; Jacques Morelenbaum (violoncelo em “Repente”), além do próprio Edu Lobo, que faz um dueto em vocalises com o talentoso cantor da nova geração Matu Miranda, nos clássicos “Zanzibar”, “Casa Forte” e “Água verde”.
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Edu Lobo e Carlos Malta comungam de uma profunda e sincera admiração mútua. Gênios que se reconhecem, se conectam e se inspiram. Não por coincidência, ambos possuem um “sotaque brasileiro” inconfundível e marcante, em toda a sua obra.
A música de Edu faz parte do DNA musical de Malta, que estudava a flauta tocando com seus discos. Os álbuns “Cantiga de longe”, “Missa breve”, “Limite das águas” e o “Grande Circo Místico”, são as fontes de inspiração para as releituras do Pife Muderno.
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Fundado por Carlos Malta em 1994, no Rio de Janeiro, o Pife Muderno tem uma formação ousada e minimalista: dois flautistas e quatro percussionistas. Malta uniu-se a músicos excepcionais e trouxe os elementos da tradição para conviverem com linguagens contemporâneas, do jazz a ritmos brasileiros. o Pife Muderno traz em sua paleta sonora, timbres surpreendentes, seja na percussão ou nos sopros, revelando em cada canção todo o entrosamento e criatividade do grupo.
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Andrea Ernest Dias nas flautas (picolo, soprano, alto e baixo) e pífanos, é a “parelha” de Carlos Malta, que também toca o saxofone soprano e triângulo. O naipe de percussão é formado por Marcos Suzano (pandeiros e cuíca), Bernardo Aguiar (Pandeiros, sementes), Durval Pereira (zabumba, reco-reco, pandeiro) e Fofo Black (caixa, pratos, berimbau), que estreia no grupo e traz a força sonora do Maranhão, enriquecendo ainda mais a sonoridade do Pife.
Por Carlos Malta
“Eu tinha apenas 7 anos quando, de repente, fui tomado por um sentimento, uma emoção que nunca havia experimentado. Assistia ao Festival da Canção, 1967, e o jovem Edu Lobo tocava sua viola e cantava seu “Ponteio” contando “era 1 era 2 era 100, era o mundo chegando e ninguém…”. A cada verso eu viajava com o violeiro e seu cantador, criador de melodias que vêm da nascente mais pura da música do Brasil e do planeta. “Ponteio” é para mim um mapa de vida, carta náutica para navegar nos mares bravios da missão de ser músico. Edu é meu mestre e timoneiro desde então, trazendo em sua obra a estética sonora dos grandes compositores-arranjadores, revelando sonoridades, estilos e instrumentos-instrumentistas. Seus discos são verdadeiras aulas de arte musical, popular e erudita, tradicional e moderna.
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“Quem me dera agora eu tivesse a viola pra cantar, Ponteio!” virou um mantra em minha vida, e eu só troquei a viola pela flauta. Aliás, a flauta é quem emula o ponteado da viola nessa música emblemática. Além de surgir em vários outros momentos marcantes, como uma porta-voz na obra de Edu Lobo.
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Hermeto Pascoal estava junto com Edu em 67, e aquela flauta marcou minha alma. Que sorte encontrar meus guias musicais com 7 anos de vida! A Música me levou a encontrá-los em palcos e estúdios: com Hermeto num ciclo de 12 anos, e com Edu desde 1997, em diversos projetos, incluindo a comemoração dos seus 70 anos, e agora com a maior homenagem que eu poderia fazer a ele, Edu Todo. E seguimos um ciclo em aberto, de amizade e parceria… Ô sorte! Homenagear meu mestre é agradecer por tudo o que ele cria e realiza em sua admirável trajetória de beleza e música linda!
DISCO ‘EDU PIFE – tributo a Edu Lobo’ • grupo Carlos Malta e Pife Muderno • Selo Biscoito Fino • 2025
Canções / compositores
1. Abertura do circo (Edu Lobo)
2. Uma vez um caso (Edu Lobo e Cacaso) / Viola fora de moda (Edu Lobo e Capinan)
3. Zanzibar (Edu Lobo) | Feat: Edu Lobo e Matu Miranda
4. Vento bravo (Edu Lobo e Paulo César Pinheiro) | Feat: Hermeto Pascoal
5. Água verde (Edu Lobo e Ruy Guerra) | Feat: Edu Lobo e Matu Miranda
6. Repente (Edu Lobo e Capinan) | Feat: Jaques Morelenbaum
7. Lero-lero (Edu Lobo e Cacaso)
8. Casa forte (Edu Lobo) | Feat: Edu Lobo e Matu Miranda
9. A História de Lilly Braun (Edu Lobo e Chico Buarque)
10. Bate boca (Edu Lobo)
11. Na carreira (Edu Lobo e Chico Buarque)
12. Frevo diabo (Edu Lobo e Chico Buarque)
– ficha técnica –
Andrea Ernest Dias (flautas, piccolo, soprano, alto e baixo) | Carlos Malta (flautas, pífanos ‘parelha’, sax soprano e triângulo) | Marcos Suzano (pandeiros e cuíca) | Bernardo Aguiar (bateria, pandeiros, sementes) | Durval Pereira (zabumba, reco-reco, pandeiro) | Fofo Black (caixa, pratos, berimbau) || Músicos convidados: Edu Lobo (vocalise – fx. 3, 5, 8) | Matu Miranda (vocalise – fx. 3, 5, 8) | Hermeto Pascoal ((voz no copo, percussão corporal e escaleta – fx. 4) | Jaques Morelenbaum (violoncelo – fx. 6) | Curadoria, direção musical e arranjos: Carlos Malta | Realização: Maltavento Produções Artísticas | Produção executiva e direção artística: Daniele Yanes | Técnico de gravação: Lucas Ariel | Gravado no Estúdio Biscoito Fino | Mixagem: Lucas Ariel, Carlos Malta e Marcos Suzano | Masterização: Lucas Ariel | Capa: Leliene Rosa | Fotos: Maria Mazzillo e Marian Starosta | Assessoria de imprensa: Belinha Almendra / Coringa Comunicação | Selo: Biscoito Fino | Formato: CD digital | Ano: 2025 | Lançamento: 11 de fevereiro | ♪Ouça o álbum: clique aqui | ♩Assista o clipe Zanzibar’: clique aqui.
>> Siga: @pife_muderno | @andreaernestdias | @carlos_malta_oficial | @ritmoaguiarbernardo | @suzanosan | @fofoblackoficial | @durvalpereiraz | @biscoitofino | @oficialedulobo
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Série: Discografia Brasileira / Música instrumental / álbum.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske
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