Luciana Rabello, Pedrinho Amorim, Celsinho Silva, Julião Pinheiro e Guido Tornaghi fazem uma homenagem a Jacob do Bandolim️. Participação especial: Maycon Julio no bandolim. São 55 anos da ausência do mestre, um dos grandes músicos do choro. São de sua autoria clássicos como Vibrações, Doce de Coco (ganhou letra de Hermínio Bello de Carvalho), Noites Cariocas, Assanhado e Receita de Samba. Jacob alcançou popularidade ao montar o conjunto Época de Ouro no início da década de 60, que permanece em atividade até hoje.
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Show “Jacob do Bandolim – homenagem ao Mestre”, Casa do Choro – Rio de Janeiro, 14 de agosto, 18h.
SERVIÇO
Jacob do Bandolim – Homenagem ao Mestre
Data: 14 de agosto (2024)
Horário: 19h
Casa do Choro – Auditório Radamés Gnattali
Endereço: Rua da Carioca, 38 – Centro – Rio de Janeiro/RJ
Ingressos: R$ 30 (meia-entrada) e R$ 60 (inteira)
Capacidade: 100 lugares
Ingressos: clique aqui.
* Casa do Choro: Site / @casadochoro
Jacob do Bandolim (Jacob Pick Bittencourt) | Bandolinista∙ Compositor
Não havia músicos na família de Jacob. Seu primeiro instrumento foi um violino, que ganhou aos 12 anos. Sem intimidade com o arco, usava um grampo como palheta. Depois de arrebentar algumas cordas, trocou o violino pelo bandolim, que tem a mesma afinação, aprendendo a tocar praticamente sozinho. Aos 15 anos já se apresentava no rádio, tocando também violão, cavaquinho, guitarra portuguesa e a violinha – um instrumento desenvolvido por ele a partir do violão tenor.
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Sua primeira gravação acontece em 1941, a convite de Ataulfo Alves, com quem registra pela primeira vez Leva Meu Samba e Ai Que Saudades da Amélia. A estreia como solista se dá em 1947, quando grava em 78 rpm seu choro Treme-treme e a valsa Glória, de Bomfiglio de Oliveira. Essencialmente autodidata, em 1948 Jacob decide se aprofundar em escrita e teoria musical com o professor e compositor Dalton Vogeler. Essa necessidade de estudar surge quando Radamés Gnattali lhe dedica a suite Retratos, peça complexa para bandolim, regional e orquestra, em cujos movimentos Radamés homenageia quatro compositores que considera fundamentais na formação de nossa música instrumental: Pixinguinha, Ernesto Nazareth, Anacleto de Medeiros e Chiquinha Gonzaga.
De 1951 a 1961 Jacob seria acompanhado pelo Regional do Canhoto em seus LPs. Em 1961, cria seu conjunto definitivo, inicialmente chamado Jacob e seu Regional, depois Jacob e seus Chorões e, por fim, Conjunto Época de Ouro – com Dino Sete Cordas, César Faria, Carlos Leite, Gilberto d’Ávila, Jorginho do Pandeiro e Jonas. Em 1968, Jacob e o Época de Ouro realizam, ao lado de Elizeth Cardoso e Zimbo Trio, um show memorável no Teatro São Caetano (do qual resultaram 3 LPs) apresentando um repertório que passava dos clássicos do choro aos da bossa nova e da canção brasileira. Foi o último registro público de Jacob, que viria a falecer pouco depois.
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Durante sua carreira, Jacob escreveu e gravou mais de cem composições, catalogadas no site do Instituto Jacob do Bandolim: choros, sambas, modinhas, frevos e valsas que compõem hoje o repertório clássico do choro: Noites cariocas, Vibrações, Treme-treme, Santa Morena, Doce de coco, O Voo da mosca, Biruta e Receita de samba e tantas outras. Como arranjador, muito do que escreveu ficou incorporado às composições originais dos compositores – caso de Brejeiro, de Ernesto Nazareth, e de Ingênuo, de Pixinguinha e Benedito Lacerda. Seu canto do cisne como instrumentista e arranjador foi o LP Vibrações, gravado logo após o período de estudos desencadeado pela suite Retratos. Jacob soube extrair conhecimentos de instrumentação e arranjo de Radamés e transpô-los para a formação do Época de Ouro num disco que mesclava composições próprias com obras de dois de seus ídolos, Pixinguinha e Nazareth. Estudioso, pesquisador e colecionador metódico do choro, desde suas origens, Jacob foi um divisor de águas na história da música instrumental brasileira.
Fonte: Enciclopédia Ilustrada do Choro no Séc. XIX / Casa do Choro
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