Mulheres de Utopias – Show-Manifesto defende o amor como a revolução necessária para tornar o mundo melhor. Espetáculo reverbera as vozes de artistas como Dolores Duran, Dona Ivone Lara, Violeta Parra, Rita Lee, Cesária Évora, Liniker, Cecília Meireles, Wisława Szymborska, além de mulheres históricas como Marielle Franco, Margarida Alves, Dorothy Stang e das próprias artistas do coletivo de mulheres do Teatro de Utopias
Com o objetivo de sobreviver e resistir de modo coletivo e poético, em um mundo brutal e assustador, as mulheres do Teatro de Utopias criaram o “Mulheres de Utopias – Show-Manifesto”. O espetáculo faz curta temporada na sede do grupo, localizada na Vila Romana, Zona Oeste de São Paulo, nos dias 6, 13 e 27 de abril 2025, aos domingos, às 18h.
.
O trabalho coletivo e processual tem direção geral, criação e atuação das artistas Ana Maria Quintal, Egla Monteiro, Eliane Liberato, Érika Malavazzi e Nenê Cintra, que também assina a direção musical.
A proposta é reverberar as vozes de pensadoras, lideranças ancestrais e artistas, como Dona Ivone Lara, Violeta Parra, Dolores Duran, Wisława Szymborska (poeta polonesa), Cecília Meireles, Cesária Évora (cantora caboverdiana), Margarida Alves, Dorothy Stang, Marielle Franco, Koko Eremu (mulher ancestral Makuxi), além das vozes das integrantes do grupo, com suas músicas autorais, textos e testemunhos vivos.
.
Dessa forma, as atrizes e músicas expressam suas visões e sentimentos de mundo por meio de canções, depoimentos, poesias, danças e imagens. Elas defendem a grande Mãe-Terra, celebram a existência e o amor, evocam ancestralidades e enaltecem as lutas por igualdade e justiça social.
“Nós mulheres nos colocamos no mundo de forma amorosa, por isso acreditamos que o amor é sempre uma possibilidade revolucionária. Acho que não há outra. Os homens sempre governaram o mundo de maneira beligerante e nem preciso dizer no que isso deu, porque estamos sentindo as consequências dessa escolha brutal e ignóbil. Ao falarmos de amor, não estamos falando de amor romântico, inventado pelo capital e pelo patriarcado, queremos esse sentimento ligado ao social, ao humanitário, amor de humanidade, todas as pessoas juntas, parceiras na mesma luta”, defende Egla.
.
“Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum.”
(Trecho de A Carta da Terra – parte da dramaturgia de Mulheres de Utopias)
“Além de fornecer combustível para a luta por um mundo melhor, o grupo busca recuperar memórias sonoras que possam arrebatar, embriagar, provocar e consolar a todos e todas presentes nesse ato coletivo, para que compartilhem saudades, ouçam palavras, melodias e reflitam sobre assuntos que povoam o nosso imaginário”, destaca Ana Maria Quintal.
“Mulheres de Utopias” é estruturado em seis blocos temáticos: Terra, Celebração da Vida, Zeitgeist (Espírito do Tempo), Ancestralidade, Amor e Mulher. Cada um deles reúne músicas sobre esses assuntos e que exprimem as urgências dos nossos tempos, constituindo-se como parte da dramaturgia do espetáculo.
Algumas das canções que se destacam no trabalho são “Marielle – Mulher Semente” (Nenê Cintra), “Funeral de Um Lavrador” (Chico Buarque), “Volver a Los Diecisiete” (Violeta Parra), “A Palo Seco” (Belchior), “Maria da Vila Matilde” (Douglas Germano), “Psiu” (Liniker) e “Mulheres de Utopias” (Egla Monteiro).
.
“Construímos a dramaturgia a partir das escolhas das canções para falar de tudo aquilo que nos tocava, como a crise climática, a violência racial e de gênero, as desigualdades sociais, o clima de horror instaurado sobre o mundo, e também a vontade de celebrar a aventura grandiosa que é a vida, a amizade, o amor, os encontros e a eterna esperança de um mundo bom e justo para todas as pessoas. Na verdade, estamos em processo criativo desde 2019, sempre atualizando a obra a partir de novas urgências”, comenta Egla.
.
Assim, nesse palco-território ocupado por mulheres, ecoam palavras do passado, do presente e do futuro para lançar uma força inspiradora sobre um mundo de quase desesperança. São vozes comprometidas com um devir afirmativo, criativo, alegre, potente e amoroso.
Sinopse
Manifesto musical-cênico-poético no qual as mulheres reafirmam as lutas de ontem, de hoje e de amanhã, enquanto sonham e tecem futuros de amor e esperança.
Ficha Técnica
Criação, direção geral e atuação das Mulheres de Utopias: Ana Maria Quintal, Egla Monteiro, Eliane Liberato, Érika Malavazzi e Nenê Cintra | Direção musical: Nenê Cintra | Interlocução para direção cênica: Camila Andrade | Interlocução para figurino e cenografia: Tereza Monteiro | Interlocução para ambiência cênica: Alícia Peres | Orientação para construção de estandartes: Silvana Marcondes | Operação de Som: Vivi Barbosa | Fotografia: Gaia Maria, João Sampaio | Luz: Camila Andrade, Egla Monteiro, Marcelo Massucci, Alexandre Garcia | Operação de luz e projeção: Alexandre Garcia | Coordenação geral de produção: Egla Monteiro | Equipe Utopias: Egla Monteiro, Marcelo Massucci, Alexandre Garcia | Assessoria de imprensa: Canal Aberto Comunicação / Márcia Marques | Realização e produção: Casa Teatro de Utopias / Teatro de Utopias | @mulheresdeutopias / @casateatrodeutopias
Serviço
Mulheres de Utopias – Show-Manifesto
Data: 6, 13 e 27 de abril 2025, domingos, às 18h
Local: Casa Teatro de Utopias – Rua Duílio, 46 – Vila Romana, São Paulo/SP
Informações: 11 941093191
Ingresso: Colaborativo | Valores: R$60, R$40 e R$20
Link de compra: clique aqui.
Ou na bilheteria nos dias do espetáculo
Duração: 75 minutos Classificação: A partir de 14 anos
Casa Teatro de Utopias dispõe de: Acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida, vaga para cadeirante e para acompanhante, acessibilidade para pessoas cegas, assento para pessoas obesas, gestantes e idosas, bebedouro acessível, sanitário acessível, sala climatizada e café.
