“A verve do compositor César é uma das mais sólidas e interessantes da música brasileira atual. Ele é um cronista do nosso tempo, alguém que parece pairar sobre os fatos de modo a adquirir a impressionante isenção com que escrutina os modos e maneirismos da gente, seja no plano coletivo, seja no plano individual. Ele pode fazer isso com canções que falam direto ao coração como um raio ou usar de sutilezas líricas que soam espantosas”. Carlos Eduardo Lima
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“César Lacerda é uma arma contra toda a atrocidade. Sua candura não é inocente, é sábia. Ele deita por sobre nós inteligência profunda: afeto e esperança”. Valter Hugo Mãe
César Lacerda é considerado por diversos críticos especializados como um dos principais cancionistas brasileiros surgidos na geração dos anos 2010. Esta percepção se baseia em fatos, afinal, nos últimos dez anos, desde o Lançamento do seu primeiro disco (“Porquê da Voz” – 2013), César vem colecionando êxitos: como compositor, está presente em mais de sessenta álbuns, interpretado por artistas como Maria Bethânia, Gal Costa, Zezé Motta, Lenine, Maria Gadú, Filipe Catto e Ceumar; tem parcerias musicais com compositores de grande expressão como Ronaldo Bastos, Chico César, Paulo Miklos e Jorge Mautner; e em nome próprio, já se apresentou em mais de uma dezena de países (como Alemanha, Portugal, Espanha, Chile, Itália, Holanda, Uruguai, entre outros), sempre em espaços e festivais de grande relevância. Ainda além, já teve canções de sua autoria em novelas, como “Amor de Mãe” e “Todas as Flores” da Rede Globo; filmes, como “Pai em Dobro” da Netflix; e seriados, como “NCIS: Los Angeles” da CBS. Por fim, como diretor artístico, já esteve à frente da produção de uma dezena de discos e singles, como “Espiral”, disco que celebra os vinte anos de carreira fonográfica de Ceumar, e “Tenho Saudade Mas Já Passou”, disco de Luiza Brina, presente na lista de melhores lançamentos de 2019 pela APCA.
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Em 2023, César Lacerda comemora dez anos de carreira fonográfica. Neste período, entre os registros realizados pelo cantautor (até agora, são 5 discos, 1 EP e 3 singles), e nos projetos de outros artistas, algo em torno de 150 fonogramas foram lançados com suas canções. A efeméride, portanto, permite ao artista revisitar o seu elogiado repertório. Em “Década” (YB Music & Selo Circus), Lacerda realiza um recorte em sua extensa safra autoral, cantando canções dos seus discos e outras que ficaram conhecidas nas vozes de grandes intérpretes (como “Minha Mãe”, parceria de Lacerda com Jorge Mautner, eternizada nas vozes de Gal Costa e Maria Bethânia; “Espiral”, parceria de César com Ceumar; e “Faz Parar”, parceria de César Lacerda e Romulo Fróes, ícone no repertório de Filipe Catto). No novo disco, treze canções são apresentadas ao público no formato íntimo em que foram compostas: voz e violão. Duas delas são inéditas: “Faz o teu” e “O amor fincou raízes por aqui”.
No palco, todavia, o recorte será mais amplo e público terá a oportunidade de ouvir também César Lacerda revisitar canções de sucesso como “Felicidade É Só Querer”, “Isso Também Vai Passar” e “Casa” – músicas de Lacerda que contam com milhões de plays nas plataformas de streaming. Essa travessia pelo seu próprio cancioneiro permitirá à sua audiência vislumbrar por onde anda a sensibilidade do compositor que pretende comemorar ainda muitas outras décadas.
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O espetáculo “Década” conta com direção de Filipe Catto, direção musical e roteiro de César Lacerda, produção geral de Guto Ruocco.
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“César é um cancionista, um cultor desse encontro de melodia e palavra. Sua musicalidade é sempre beleza e invenção”. Leonardo Lichote
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“César Lacerda é “um dos artistas brasileiros mais interessantes surgidos nos anos 2010”. Mauro Ferreira
DISCO ‘DÉCADA’ • César Lacerda • Selo Circus Produções e YB Music • 2024
Canções/ compositores
1. Faz parar (César Lacerda e Romulo Fróes)
2. Touro indomável (César Lacerda e Francisco Vervloet)
3. Desejos de um Leão (César Lacerda e Uiu Lopes)
4. Minha mãe (César Lacerda e Jorge Mautner)
5. O fazedor dos rios (César Lacerda, Luiz Gabriel Lopes e Luiza Brina)
6. Desculpa (César Lacerda e Nina Fernandes)
7. O amor fincou raízes por aqui (César Lacerda)
8. Faz parar (César Lacerda e Romulo Fróes)
9. Touro indomável (César Lacerda e Francisco Vervloet)
10. Lute contra mim (César Lacerda)
11. Espiral (Ceumar e César Lacerda)
12. Oriki (César Lacerda e Flavio Tris)
13. Porquê da voz (César Lacerda)
– ficha técnica –
César Lacerda (voz e violão) | Concepção: Filipe Catto | Direção artística: César Lacerda | Produção musical: César Lacerda e Carlos ‘Cacá’ Lima | Gravado nos dias 5 e 6 de junho de 2023 nos estúdios YB Music, São Paulo, por Carlos ‘Cacá’ Lima e Pedro Vinci | Edição: Fernando Rischbieter e Pedro Vinci | Mixagem: Pedro Vinci nos estúdios YB Music, São Paulo | Masterização: Pedro Vinci e Carlos ‘Cacá’ Lima nos estúdios YB Music, São Paulo | Arte e design gráfico: Tiago Macedo | Fotos: Lou Alves | YB Music – A&R – YB Music: Maurício Tagliari | Label manager – YB Music: Benoni Hubmaier | Este LP é uma realização: Circus Produções | Direção geral: Guto Ruocco | Produção executiva: Cristina Maluli | Assessoria de imprensa: Rogério Cavalcante / Circus Produções | Selo: Circus Produções Culturais e Fonográficas | Distribuição digital: YB Music | Formato: CD Digital/ LP e CD físico | Ano: 2024 | Lançamento: 25 de agosto | ♪Ouça o álbum: clique aqui.
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CÉSAR LACERDA E A QUEDA DO CÉU
por Marcos Lacerda
A canção brasileira é uma esfinge, talvez seja o nosso enigma maior, o óbvio-oculto que nos permite sonhar em sermos aquilo que somos apenas como potência. Na canção, como linguagem artística, forma de pensamento, ou jogo lúdico dos afetos, nós conseguimos realizar o Brasil como lugar possível para a afirmação de um modo de ser do mundo que só pode se dar através de nós, brasileiros, ou melhor, através da nossa canção.
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É impossível, para mim, não pensar nestes termos a obra de César Lacerda, cantor e compositor mineiro, nascido em Diamantina, que já morou em Belo Horizonte, em seguida, na cidade do Rio de Janeiro e hoje está radicado em São Paulo. E o sentido mesmo de um álbum como este: Década (YB Music), que faz um apanhado geral da sua obra, concentrada na sua voz e no seu violão. O disco estará disponível em todas as plataformas de streaming no dia 25 de agosto e o LP, que sai pelo selo Circus, tem previsão de lançamento para o mês de setembro de 2023
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Minas Gerais e as duas cidades são ponta de lança da canção popular. O Rio como o lugar da gênese do samba, do desenvolvimento de uma indústria cultural voltada para a canção, e de condensação de tudo isso em Tom Jobim e na Bossa Nova. Minas como o tópos metafísico da voz e poesia infinitas de Milton Nascimento, um nome que, por si só, carrega toda uma tradição da palavra, do som e da voz. São Paulo como instância da vanguarda, do experimento formal, do gosto pelo descompasso, pelo atrito, pela dissonância.
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Série: Discografia da Música Brasileira / MPB / Canção / Álbum.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske
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A série, é uma adaptação da obra prima de Gabriel García Márquez “Cem Anos de…
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