Ao longo dos últimos anos a tecnologia assumiu um papel importante em nossas vidas, influenciando no modo que agimos e pensamos.
Recentemente, todo esse aparato tecnológico foi usado como ferramenta para preservação cultural do povo indígena Kaxinawá.
A etnia Huni Kuin (ou Kaxinawá) desenvolveu um jogo eletrônico, que pode ser baixado gratuitamente, possibilitando uma experiência de intercâmbio de conhecimentos e memórias indígenas.
Isso mesmo, a comunidade indígena localizada no Acre, Brasil, montou uma equipe de programadores, artistas e antropólogos para criar seu próprio videogame. O projeto se chama Huni Kuin: os caminhos da jiboia e trata-se de um jogo de plataforma de cinco fases, onde cada fase conta uma antiga história do povo Huni Kuin. Para baixar clique aqui >> observação: leia as instruções antes de baixar.
A proposta é propiciar uma imersão no universo Huni Kuin, em que os jogadores possam entrar em contato com saberes indígenas – como os cantos, grafismos, histórias, mitos e rituais deste povo – possibilitando uma circulação destes conhecimentos por uma rede mais ampla.
“Um casal de gêmeos kaxinawá foram concebidos pela jiboia Yube em sonhos e herdaram seus poderes especiais. Um jovem caçador e uma pequena artesã, ao longo do jogo, passarão por uma série de desafios para se tornarem, respectivamente, um curandeiro (mukaya) e uma mestra dos desenhos (kene). Nesta jornada, eles adquirirão habilidades e conhecimentos de seus ancestrais, dos animais, das plantas e dos espíritos; entrarão em comunicação com os seres visíveis e invisíveis da floresta (yuxin), para se tornarem, enfim, seres humanos verdadeiros (Huni Kuin).”
MENESES, Guilherme Pinho. Saberes em jogo: a criação do videogame Huni Kuin: Yube Baitana. GIS – Gesto, Imagem e Som. In: Revista de Antropologia, São Paulo, v. 2, n.1, p.83-109, maio 2017. Disponível no link. (acessado em 6.1.2023).
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