sábado, novembro 23, 2024

Concertos da Osesp com Nuno Coelho e André Hencleeday e FIP Jazz com Filipe Raposo

Osesp e Coro – De quinta (19/out) a sábado (21/out), regente e solista portugueses encontram corpos artísticos da casa para apresentar a estreia latino-americana da obra Inferno; ainda no sábado, a série Festa Internacional do Piano recebe o também português Filipe Raposo
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Dando continuidade à Temporada 2023 – Sem Fronteiras, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp toca de quinta (19/out) a sábado (21/out) na Sala São Paulo com o Coro da Osesp e o Coro Acadêmico e uma dupla de convidados portugueses. Sob o comando do regente Nuno Coelho e com o multinstrumentista André Hencleeday, nossos músicos fazem a estreia latino-americana de Inferno, de Nuno da Rocha, uma das encomendas desta Temporada. O repertório inclui, ainda, a Sinfonia nº 36 de Mozart e As Travessuras de Till Eulenspiegel, de Richard Strauss. Vale lembrar que a apresentação da Osesp de sexta (20/out), às 20h30, terá transmissão digital no canal da Orquestra no YouTube.

Também no sábado (21/out), teremos o penúltimo recital da Festa Internacional do Piano – FIP Jazz deste ano, com o pianista português Filipe Raposo, que apresentará diversas composições de sua autoria. Os ingressos estão disponíveis no [osesp.byinti.com]site. (Originalmente, este concerto contaria também com a presença do israelense Uriel Herman — é junto a ele que Filipe Raposo desenvolveu o projeto “Dois Pianos, Um Universo”, que seria apresentado na noite de sábado. A participação de Uriel, que viria de Tel Aviv, não se fez possível devido à guerra que assola sua região e à impossibilidade de ele deixar o país.)
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Tendo estreado mundialmente em 5 de maio de 2020, em Lisboa, Inferno é uma composição para multi-instrumentista, coro e orquestra, do português Nuno da Rocha (1986-). Foi encomendada em colaboração entre a Fundação Osesp e a Fundação Calouste Gulbenkian, de Lisboa, como parte do projeto SP-LX – Nova Música. Na obra, um homem, sem saber por quê, aproxima-se das portas e, em seguida, entra no Inferno. Na estranheza de sua existência, vê-se a si próprio como nunca tinha se visto.

Sinfonia nº 36 foi escrita em apenas três dias, na cidade de Linz, Alemanha, e teve sua estreia mundial em 4 de novembro de 1783, pela Orquestra Ballhaus, sob regência do próprio Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). Naquele ano, o compositor fez uma viagem para Salzburgo para visitar seu pai e irmã, acompanhado de sua esposa Constanze. No caminho de retorno à Viena, Mozart soube que, em Ebelsberg, cidade vizinha a Linz, haveria a récita de uma ópera “à qual toda Linz iria”. Ali, foram recebidos pelo conde de Thun, membro da mesma família de mecenas de Mozart em Viena, que fez questão de hospedá-los afetuosamente. Em contrapartida, Mozart aceitou completar o programa do concerto que a orquestra do conde apresentaria: “como não tenho nenhuma sinfonia em mãos, estou escrevendo uma nova a todo vapor”.
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As Travessuras de Till Eulenspiegel foi baseada no personagem irreverente, burlesco e trapaceiro da cultura oral alemã, e remonta à Idade Média. Inspirado em uma pessoa real que talvez teria vivido no século XIV, Till zomba principalmente das figuras de autoridade, revelando a hipocrisia social. É interessante que seu nome, Eulenspiegel, seja uma junção das palavras alemãs para “coruja”, um símbolo associado às bruxas e ao desconhecido, e “espelho”, aquilo que nos mostra quem verdadeiramente somos. A figura traça paralelos com Pedro Malasartes, personagem de origem medieval da cultura ibérica e que também achincalha o status quo. Curiosamente, Strauss não ofereceu ao público um programa definido da peça na estreia, em 5 de novembro de 1895, deixando que “os alegres habitantes de Colônia adivinhassem o que o malandro lhes aprontou por meio dos truques musicais”. Posteriormente, o compositor forneceu informações baseadas nas anotações de sua partitura.

Festa Internacional do Piano – FIP Jazz e Clássica tem o patrocínio do Bradesco, copatrocínio da igc e apoio do Mattos Filho, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Fundação Osesp, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Ministério da Cultura e Governo Federal – União e Reconstrução.
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A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp
Fundada em 1954, desde 2005 é administrada pela Fundação Osesp. Thierry Fischer tornou-se Diretor Musical e Regente Titular em 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, por Marin Alsop, que agora é Regente de Honra. Seus antecessores foram Yan Pascal Tortelier, John Neschling, Eleazar de Carvalho, Bruno Roccella e Souza Lima. Em 2016, a Orquestra esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê na China. Em 2018, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky, recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira. Em outubro de 2022, a Osesp estreou no Carnegie Hall, em Nova York, realizando dois programas – o primeiro como convidada da série oficial de assinaturas da casa, o segundo com o elogiado projeto Floresta Villa-Lobos.

Coro da Osesp
Criado em 1994, o grupo aborda diferentes períodos e estilos, com ênfase nos séculos XX e XXI e nas criações de compositores brasileiros. Gravou álbuns pelo Selo Digital Osesp, Biscoito Fino e Naxos. Entre 1995 e 2015, teve Naomi Munakata como Coordenadora e Regente. De 2017 a 2019, a italiana Valentina Peleggi assumiu a regência, tendo William Coelho como Maestro Preparador — posição que ele mantém desde então. Em 2020, o Coro se apresentou no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, sob regência de Marin Alsop, repetindo o feito em 2021, em filme virtual com Yo-Yo Ma e artistas de outros sete países. Em 2022, fez turnê com a Osesp nos Estados Unidos, apresentando-se, novamente liderados por Alsop, no Music Center at Strathmore, em North Bethesda, e em dois concertos no Carnegie Hall, em Nova York. Na Temporada 2024, o grupo celebra seus 30 anos, com programação especial.
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Coro Acadêmico da Osesp
Criado em 2013 com o objetivo de formar profissionalmente jovens cantores, o Coro Acadêmico é composto pelos alunos da Classe de Canto da Academia de Música da Osesp, sob direção de Marcos Thadeu. Oferece experiência de prática coral, conhecimento de repertório sinfônico para coro e orientação em técnica vocal, prosódia e dicção, além da vivência no cotidiano de um coro profissional, fazendo apresentações junto ao Coro da Osesp. Em 2021, a Classe foi reconhecida pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo como Curso Técnico em Canto, com o Diploma Técnico Profissionalizante de Nível Médio, válido em todo o território nacional.

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Nuno Coelho – foto © Andrej Grilc | André Hencleeday – foto © Pedro Jafuno | Filipe Raposo – foto © António Marinho da Silva

Nuno Coelho
Nascido no Porto (Portugal), Nuno Coelho é regente titular e diretor artístico da Orquestra Sinfônica do Principado de Astúrias e também regente convidado da Orquestra Gulbenkian, atualmente envolvido em projeto que marca o centenário de José Saramago, a partir da releitura feita pelo romancista sobre a ópera Don Giovanni, de Mozart. Nesta temporada, estreia junto à Royal Concertgebouw e à Filarmônica de Tampere, além de retornar às Sinfônicas da Antuérpia e de Tenerife e de realizar turnê com a Orquestra Jovem Nacional da Espanha. Dentre as distinções acumuladas ao longo de sua carreira, destacam-se a Competição Internacional de Regência de Cadaqués (Espanha, 2017) e o primeiro lugar no Prêmio Neeme Järvi, do Festival Gstaad Menuhin (Alemanha, 2015). Nuno Coelho também foi bolsista Dudamel Fellows em conjunto com a Filarmônica de Los Angeles entre 2018-19. Nascido em Porto em 1989, estudou violino em Klagenfurt e Bruxelas, e regência em Zurique, com Johannes Schlaefli.
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André Hencleeday
André Hencleeday é performer e compositor sediado em Lisboa (Portugal), onde nasceu, em 1988. Concluiu o curso de Piano no Conservatório Nacional de Lisboa e mais tarde a Licenciatura em Composição na Escola Superior de Música dessa mesma cidade. Apresenta-se e grava regularmente com grupos de música improvisada, trabalhando em parceria com o músico Ernesto Rodrigues. Foi assistente de Miguel Azguime na sala de concertos O’Culto da Ajuda. No contexto da exposição “Desenho Sem Fim”, de Rui Chafes, realizou um concerto de encerramento com o projeto “Candura”, que divide com Pedro Coragem. Estreou como solista na peça Inferno, de Nuno da Rocha, em 2020, com o Coro e a Orquestra da Fundação Calouste Gulbenkian.
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Filipe Raposo
O português Filipe Raposo é pianista, compositor e orquestrador. Iniciou os seus estudos pianísticos no Conservatório Nacional de Lisboa. Tem colaborado com inúmeras orquestras europeias, apresentando se a solo ou com diferentes formações em festivais internacionais.

PROGRAMAS 
TEMPORADA OSESP: NUNO COELHO E ANDRÉ HENCLEEDAY
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
CORO DA OSESP
CORO ACADÊMICO DA OSESP
NUNO COELHO regente
ANDRÉ HENCLEEDAY multi-instrumentista
Nuno DA ROCHA | Inferno – Concerto para Multi-instrumentista, Coro e Orquestra [Coencomenda SP-LX Nova Música]
Wolfgang A. MOZART | Sinfonia nº 36 em Dó Maior, KV 425 – Linz
Richard STRAUSS | As Travessuras de Till Eulenspiegel, Op. 28

FESTA INTERNACIONAL DO PIANO – FIP JAZZ: FILIPE RAPOSO (PIANO)
FILIPE RAPOSO piano e composições
No Princípio era a Noite
Lascaux Cave
Umbra Hominis Lineis Circunducta (O Delinear da sombra humana)
A Sombra de Peter Schlemihl
Noir
A Um Deus Desconhecido
Mefistófeles
Entrudo
No Princípio era o Fogo
Ritos e Encantamentos

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SERVIÇO
19 de outubro, quinta-feira, às 20h30
20 de outubro, sexta-feira, às 20h30 – Concerto Digital
21 de outubro, sábado, às 16h30
21 de outubro, sábado, às 20h30 [FIP Jazz]
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 7 anos
Ingressos: Entre R$ 39,60 e R$ 258,00 [Osesp]; entre R$ 39,60 e R$ 100,00 [FIP Jazz]
Bilheteria (INTI): neste link
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.
Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners.
Estacionamento: R$ 28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$ 16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos.

*Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo, mediante comprovação.


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