MÚSICA

Dado Magnelli lança álbum ‘Violeta’

Saxofonista e compositor Dado Magnelli lança álbum ‘Violeta’ e mostra seu ‘jazz-brasileiro’. Projeto foi primeiramente lançado no Japão, onde o músico fez turnê no começo de 2024. Além da mistura de ritmos, característica do trabalho, a gravação chega em formato de fita ‘K7’. Show de lançamento dia 27 de outubro, no Bar JazzB, em São Paulo.
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A cor violeta é uma das mais fascinantes e ricas em significados. Além de representar a criatividade, também é usada para trazer equilíbrio e harmonia a um ambiente, por exemplo. Ou ainda para criar toque de mistério e espiritualidade. É também uma forma boa de dar uma identidade a um projeto musical como uma gravação. São alguns dos motivos que fizeram o saxofonista, flautista, compositor e arranjador paulista Dado Magnelli colocar esse nome no 7º álbum ‘Violeta’, lançado pelo selo CD Baby. A novidade é que, além das plataformas, o lançamento será em fita K7.

Dado explica: “Ao mesmo tempo, violeta é um nome que carrega a alegria e a tristeza, juntos. O álbum traz ambos os sentimentos. Diria que há também uma carga emocional forte, foi período de muita inspiração/emoções, decorrentes do nascimento de meu filho”. Demonstrando essa diversidade, o roteiro vai de chorinho (Banho de espuma) a valsa (Violeta), passando por afoxê (Ele chegou) e fox/choro (Lua de mel).
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A fita K7 (ou cassete), quando apareceu nos anos 1960, foi uma revolução, difundindo a possibilidade de se gravar e reproduzir som. Recursos tecnológicos foram sendo incorporados ao longo do tempo tornando a qualidade melhor (como o Low Noise e o Cromo). No final dos anos 1970 com a invenção do Walkman, um reprodutor K7 compacto de bolso com fones de ouvido, houve a explosão desse tipo de som. O aparecimento do CD fez a fita perder espaço nos anos 1990, mas ela foi voltando, como item de colecionador e agora parece que para ficar. Vários artistas pelo mundo têm lançado nesse formato.

O álbum Violeta é definido por Dado Magnelli: “De certa forma, sigo uma estética semelhante do ponto de vista de sonoridade. O Brasil é muito rico em termos de ritmos, isso me inspira. Fora a inspiração que vem do mundo. O importante é não se fechar. O diferencial do último CD, é que este gravei em forma de quarteto. Chego com a música mas a partir disso faço questão que todos participem, opinando e criando caminhos”. A banda é Daniel Grajew (piano), Felipe Gianei (baixo) e Douglas Alonso (bateria/agogô).
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Dado conta sobre a experiência recente de ter viajado ao Japão e a forma como o povo japonês recebe e incentiva a música que ele faz. “Desde o lançamento do disco Minha Cidade (2010), notei pelas estatísticas dos distribuidores digitais que na Ásia minha música é 10 vezes mais ouvida do que no Brasil. Desde então, venho tentando encontrar uma forma de ir fazer shows. Em 2024, finalmente consegui e me estimulou a registrar estas músicas que estavam em meu caderno. Foi uma experiência transformadora. Me estimulou a me tornar mais ativo na criação artística, apesar das grandes dificuldades que enfrentamos!”

A capa do disco, com obra da artista visual Cris Burger é outro ponto que Magnelli gosta de destacar: “Faz anos que sonho com a idéia de fazer uma capa com uma obra dela. É uma artista visual que admiro. É um tesouro escondido. Uma artista brilhante, conhecida por poucos. Sou um deles”.

Dado Magnelli – foto: Marina Magnelli

O ‘jazz brasileiro’ de Dado Magnelli
Dado Magnelli é apelido e nome artístico desse paulistano que começou cedo na música. Aos três anos já fazia aulas de piano. Mais tarde veio a flauta transversal e o saxofone e, por este último foi estudar na Manhattan School of Music (Nova York/EUA/1998-2003). Nesse período tocou com vários músicos, entre eles, o lendário pianista brasileiro, radicado nos EUA, Dom Salvador. No Brasil, atuou em bandas de Paulinho da Viola, Carlinhos Brown, Fátima Guedes, Mariana Aydar e Céu. Tem 7 discos, entre eles Whisky com Guaraná (2002), Zanzando (2014) e Feito a Mão (2016).
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Jazz brasileiro, ou a mistura de ritmos brasileiros com jazz, é como Dado define seu som: “Quando voltei ao Brasil fiz um estudo aprofundado de percussão que já havia começado em Nova York. Dei continuidade com minha participação na Escola de Samba Vai Vai e posteriormente com o estudo de bateria. Além disso, pratico piano. Tudo isso ajuda a desenvolver uma linguagem de improvisação.”

Capa da fita K7 do álbum ‘Violeta’ • Dado Magnelli • Selo CD Baby • 2024

DISCO ‘VIOLETA’ • Dado Magnelli • Selo Independente / Distribuição CD Baby • 2024
Canções / compositor
Lado A
1. Carrinho de bebê (Dado Magnelli)
2. Sol tropical (Dado Magnelli)
3. Banho de espuma (Dado Magnelli)
4. Apaixonado (Dado Magnelli)
5. Ele chegou! (Dado Magnelli)
6. Kazoku To (Dado Magnelli)
Lado B
7. Bamba no samba (Dado Magnelli)
8. 3 na Bici (Dado Magnelli)
9. Saudades (Dado Magnelli)
10. Lua de mel (Dado Magnelli)
11. Violeta (Dado Magnelli)
– ficha Técnica –
Dado Magnelli (sax, flauta e clarinete) | Daniel Grajew (piano) | Felipe Gianei (baixo) | Douglas Alonso (bateria e agogô) | Produção musical e arranjos: Dado Magnelli | Engenheiro de gravação: Ricardo Cassis – São Paulo/SP | Engenheiro de mixagem e masterização: Beto Mendonça – São Paulo/SP | Capa – ilustração e desenho: Cris Burger | Fotos: Marina Magnelli | Assessoria de imprensa: Tambores Comunicações | Selo: Independente | Distribuição: CD Baby | Formato: CD digital / Fita K7 | Ano: 2024 | Lançamento: 20 de abril | | Ouça o álbum: Spotify | Youtube | Apple Music.
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>> Siga: @magnellidado | dado.art.br

Dado Magnelli – foto: Marina Magnelli

SERVIÇO
Show Dado Magnelli & Banda – lançamento do álbum “Violeta”
Dado Magnelli (sax, flauta e clarinete), Daniel Grajew (piano), Felipe Gianei (baixo) e Douglas Alonso (bateria/agogô)
Onde: Bar JazzB (Rua General Jardim, 43, São Paulo/SP)
Data: 27 de outubro 2024 | domingo – 14h
Ingressos: R$ 35, (área interna) e R$ 22, (externa)
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Série: Discografia da Música Brasileira / Jazz-brasileiro /  álbum.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske

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