Com narração de Matheus Nachtergaele e direção de Eduardo Escorel, documentário ‘Antonio Candido – anotações finais’, baseado nos últimos dois cadernos de anotações deixados inéditos pelo crítico literário chega ao Canal Brasil
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Nesta quinta, 20 de fevereiro, às 20h, o Canal Brasil estreia o longa-metragem “Antonio Candido – Anotações Finais”, de Eduardo Escorel. A narrativa mergulha em textos escritos entre 2015 e 2017 pelo célebre acadêmico e crítico literário nos seus últimos anos de vida (1918-2017). Os textos fazem parte de uma coletânea de 74 cadernos inéditos que ele deixou guardados.
Temas como gostos literários, musicais e cinematográficos, memórias de sua infância em Minas Gerais, notícias de jornal e crises políticas da época aparecem em suas escritas. O documentário tem narração de Matheus Nachtergaele.
Para o narrador do filme o ator paulista Matheus Nachtergaele. “Foi um desafio bonito botar a voz em um projeto tão pessoal do Eduardo Escorel como esse de narrar os últimos diários de vida de um mestre revolucionário, mas sereno que é Antonio Candido”, relembra. “Era preciso uma melancolia, mas não uma tristeza. Era preciso uma paixão educada, como é o retratado”, complementa. Ele conclui dizendo: “É um filme com a melancolia do fim de uma vida, mas com o otimismo de quem acredita no Brasil, ainda”.
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O filme teve sua estreia no 29º É Tudo Verdade, um dos principais eventos dedicados ao documentário na América Latina.
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SERVIÇO
Antonio Candido – Anotações Finais – Inédito
Direção Eduardo Escorel | Documentário | 88 min | 2024
Exibição: Canal Brasil
Data/Estreia: 20 de fevereiro 2025 | às 20h
Classificação: 12 anos
Sinopse: Além da essencial obra publicada, quando morreu aos 98 anos, Antonio Candido deixou 74 cadernos inéditos. Baseado nos dois últimos, Antonio Candido, anotações finais inclui comentários escritos entre 2015 e 2017. Temas recorrentes, entre vários outros, são os sinais de fragilidade física, notícias de jornal ou acompanhadas pela televisão – como a crise política da época –, preferências literárias, musicais e cinematográficas, evocações dos antepassados, menções à infância no sudoeste de Minas Gerais e lembranças de Gilda, sua mulher. O vasto acervo de fotografias do casal, além de imagens de arquivo e gravações originais, complementam o texto, dando acesso às reflexões de Antonio Candido frente à iminência do fim.
FICHA TÉCNICA
Direção e roteiro: Eduardo Escorel | Narrador: Matheus Nachtergaele | Montagem: Laís Lifschitz e Eduardo Escorel | Direção de fotografia e fotos: Carlos Ebert e Guilherme Maranhão | Edição de som e mixagem: João Jabace e Luis Rodrigues | Produtores: Zita Carvalhosa, Patrick Leblanc e Eduardo Escorel | Produção: Superfilmes – Cinefilmes | Coprodução: SescTV | Produção associada: Afinal Filmes | Patrocínio: Itaú | Apoio no desenvolvimento: Lei Aldir Blanc / ProAC | Duração: 87 min. | Ano de produção: 2024 | Distribuição: Bretz Filmes | Classificação indicativa: 12 anos | Assessoria de imprensa: Julia Bruce / Palavra Assessoria | Saiba mais em: @canalbrasil
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Sobre Antonio Candido
A obra de Antonio Candido (1918-2017), um dos intelectuais mais destacados do Brasil, é equiparável à de Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda, Caio Prado Jr. e Celso Furtado. Crítico literário, historiador e teórico da literatura, Antonio Candido foi também professor e orientador de várias gerações de alunos nas cadeiras de Ciências Sociais e de Teoria Literária e Literatura Comparada, na Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da USP. Socialista desde jovem, manteve-se fiel a essa orientação política, tendo sido fundador do PT – Partido dos Trabalhadores, em 1980. É autor de cerca de duas dezenas de livros entre os quais Formação da literatura brasileira, momentos decisivos 1750 – 1880 e Os Parceiros do Rio Bonito, ambos publicados em 1959. Em 2004, foi publicado O Albatroz e o Chinês, seu último livro.
Sobre Eduardo Escorel
Eduardo Escorel dirigiu, entre outros, “Antonio Candido, anotações finais” (2024), “1968 – Um ano na vida” (2023), “SARS-CoV-2 / O Tempo da Pandemia” (2021, codireção de Lauro Escorel), “1937 – 45 Imagens do Estado Novo” (2015) e “Paulo Moura – Alma brasileira” (2013). Realizou seu primeiro documentário – “Bethânia Bem de Perto” – como fotógrafo, co-diretor e montador, em 1966, seguido de “Visão de Juazeiro”, em 1970. Dirigiu “Lição de amor”, seu primeiro longa-metragem de ficção, em 1975, seguido de “Ato de violência”, em 1979 e “O Cavalinho azul”, em 1984. Montou, entre outros, “Terra em Transe” (1967), “Macunaíma” (1969), “Cabra marcado para morrer” (1984), “Santiago” (com Letícia Serpa, 2006) e “No intenso agora” (com Laís Lifschitz, 2016). Publicou Adivinhadores de água, editado pela Cosac Naify, em 2005. Escreve coluna no site da revista piauí desde 2009.