Com mais de 30 anos de música, ele quer a perfeição de compor uma ciranda cirandinha
Por Tárik de Souza*
Ele está aposentado como cantor e compositor desde 1970, depois de trinta anos de profissão. Às 6 horas da manhã, o pequeno despertador de pulso toca pela primeira vez. Quinze minutos depois, Dorival Caymmi está na calçada da praia de Copacabana, escolhendo o roteiro diário de algumas hora de caminhada, prescritas pelo médico, “para manter o peso”: segue na direção de Ipanema, ou vai até a ponta do Leme. Ao meio-dia, o relógio soa de novo: deve ir à cidade cumprir seu expediente “não remunerado” de vice-presidente do conselho deliberativo de uma sociedade arrecadadora de direitos autorais, a SBACEM. Três horas mais tarde, volta a soar o despertador: “Preciso pegar o táxi de volta do centro, antes da hora do rush”. Novamente em casa, Caymmi cerca-se de livros, violão e telas. Lê um pouco de Drummond, Rilke, “um best seller para distrair”, que pode ser o “Aeroporto” de Arthur Hailey, e empunha o violão. De vez em quando mexe nas tintas. “Música é como quem estuda até alta madrugada, cansa, e aí eu fico pintando, porque na tela não tenho qualquer preocupação, pinto o que me ocorre.” Onze horas da noite, soa pela última vez o relógio, “me lembrando que preciso aproveitar o sono”.
Esta rotina sólida e pacata, porém, tem exceções. São os dias em que o senhor burguês e disciplinado de 58 anos, ex-escrituário, ex-revisor, ex-vendedor pracista, passa a ser Dorival Caymmi de pouco mais de setenta composições, quase a metade de sucessos, e pelo menos vinte obras-primas da canção brasileira. Esses momentos são tão raros quanto variados: às vezes um convite para inaugurar um banco, uma aparição na TV, sempre com um pagamento que ele considere bom, e faz questão de não revelar.
Mas há ocasiões, como a da sua atual temporada na boate Flag, do Rio, em que se contenta com os mesmos 3.000 cruzeiros por dia oferecido há dois anos por outra casa noturna – e que ele recusou. Está “com vontade de cantar”, como diz, e mesmo um acompanhante jovem como o pianista Luís Carlos Vinhas pode espantar-se com a força atualizada do baiano hibernado: “Eu toco as harmonias mais loucas do jazz moderno, e cabe tudo dentro da música dele”.
Tárik de Souza – Quando sente que deve voltar a se apresentar em público?
Caymmi – Não depende da avaliação do artista na praça, do comércio da arte: estando à vontade, eu vou. Padeci muito da organização artística na fase do rádio, que era muito protocolar, muito cronometrada. Trabalhei desta forma vinte anos e me pus à vontade quando disse para mim mesmo: hoje vou ser o Caymmi por conta própria. Então fiquei nesse “dolce far niente” da vida de artista, mas sem a condição específica do sujeito que já tem muito dinheiro e não quer trabalhar. Eu sou artista da classe média dos artistas: nem o rico, nem o teso.
Tárik de Souza – Suas últimas apresentações têm sido em boates. Por que?
Caymmi – É um bom ambiente, um intimismo gostoso, aquela envolvência com o público. Já me convidaram para fazer teatro, essas temporadas musicais que alguns compositores têm feito. Mas esse negócio de palco e platéia, ribalta, eu acho que não sou muito teatral, sabe? Na boate eu posso experimentar novas canções, porque gosto de testar sempre as reações do povo primeiro, para ver se a música está no ponto.
Tárik de Souza – Mas o público de boate é uma boa amostra de mercado?
Caymmi – É. Com “Maracangalha”, por exemplo, em 1955, a reação foi praticamente a mesma na boate Michel, em São Paulo, quando apareci com a música, e depois num show em São Cristóvão, no Rio. Na boa há uma coisa muito boa, que é a variação de idades: tem meu público de cinquenta anos e tem os jovens que também aparecem e se manifestam.
Tárik de Souza – E qual tem sido a reação a músicas novas no show atual?
Caymmi – Até agora boa. Eu estou testando a “Francisca Santos das Flores”, que na primeira parte se assemelha a um fado e eu canto com um leve sotaque português. Nas primeiras noites houve uns “ai, jisus”, que eu acho muito engraçado, é uma participação do público. Mas em geral as pessoas, como estão muito próximas, sentem liberdade de se manifestar e a “Francisca” tem recebido elogios.
Tárik de Souza – Como nasceu a música?
Caymmi – Foi feita em outubro, num dia só. Começava-se a falar de coisas de Portugal, a volta de dom Pedro, aquela atmosfera meio galante que envolveu a vida do imperador. E eu fiz uma canção como uma comida antiga, alguma coisa da Bahia e de Portugal, o amante tímido, a muralha separando. A ideia surgiu e eu chamei minha mulher Stella e falei: “Olha, fiz uma canção agora mesmo”. Ela respondeu: “Ah, sim. Depois você me mostra que eu não tenho tempo agora”. (Isso é comum entre nós.) Aí fui cantando para outras pessoas, o Jorge Amado, na Bahia, achou linda, e a canção vai indo.
Tárik de Souza – Há outras canções novas no show?
Caymmi – Tem um sambazinho, que eu estou acabando, burilando. Não tem título, porque eu só ponho título depois. É um samba que dá uma ideia de coisa quebrada, porque eu coloquei mais um compasso no quaternário e fica a impressão de suspense, como se a letra não fosse encaixar na música. É: “Cansei esperando por ela, cansei/ chorei escorando a cabela, chore./ Não há lugar melhor para chorar/ que cancela/ quando não vem trem”. Nessa última frase, o samba faz que desequilibra e isso dá um balanço maior.
Tárik de Souza – Seu ritmo de trabalho tem diminuído nos últimos tempos?
Caymmi – À minha maneira, estou sempre compondo. Não me admiro, por exemplo, do sistema de Chico Buarque de Hollanda ou do sistema de Vinicius de Moraes. O Vinicius tem capacidade de fazer um samba por semana com o Toquinho. O Chico Buarque é espantoso: sempre com uma ideia nova. Eu faço música aos pedacinhos. Tenho um retalho aqui no bolso, de uma, depois largo, começo outra coisa. Fiz “Das rosas”, uma valsa, há muito tempo, inspirado numa visão que tive numa estrada de Portugal, em Caldas da Rainha. Depois fui ver papai na Bahia e brincando com a empregada fiz um sambinha “nada como ser rosa na vida”. Emendei uma coisa na outra e acabou dando certo. Eu pego uma canção e deixo ir rolando, devagarinho, ruminando, ruminando.
Tárik de Souza – Em 1969 você dizia ter três valsas “no forno”. Quando saem?
Caymmi – Tenho ideia de juntas as três valsas, mas ainda não encontrei as letras que quero. São três andamentos em que eu quero colocar uma letra, um assunto só para três estados de espírito de uma pessoa, três tempos de valsa. Esse é meu assunto, mas ainda não consegui. É muito difícil.
Tárik de Souza – Por que a fixação por valsas?
Caymmi – Sabe o que é? Aquelas impressões da valsa que vêm da infância. Aquele toque à vienense, da valsa dançada, lírica, aberta. Depois, a valsa encerra um andamento tão singelo… é sintético mesmo. O tempo da valsa, aquele “pom pa pa pom”. É de uma constância que não complica. Porque eu sou mesmo é extremamente sambeiro. Por dentro, eu gosto do agitado, do sincopado, da música. Mas não posso negar que o tempo de valsa é realmente o mais consistente, o que impulsiona melhor uma canção para resistir, para ficar no ouvido, ser assobiada, não sabe? Pra atingir massa…
Tárik de Souza – E você pensa nisso quando compõe?
Caymmi – Penso em tudo isso. Aí é a dificuldade. Na hora de misturar esse negócio é que a cabeça tem que resolver essas coisas todas.
Tárik de Souza – Quais as inovações que existem em suas músicas?
Caymmi – Acontece que eu prefiro sempre a harmonia alterada, porque descobri, depois que fiz muita coisa de orelhada, que a harmonia realmente pode ser essas harmonias exóticas… Como é mesmo o nome? (Dirige-se ao pianista Luís Carlos Vinhas) Ah… são sétimas, nonas, inversão de acordes…
Tárik de Souza – Mas você faz isso sem saber a técnica?
Caymmi – Deve ser instintivo, porque desde pequeno acho que o som deve ter outra beleza, além do acorde perfeito. Foi assim que tive sorte na música. Mas sofri críticas. Papai dizia que não estava certo, porque meu arpejo, a maneira que eu puxava as cordas do violão não levava os dedos certos. Eu puxava as cordas de uma raspada só, com um dedo, o que tecnicamente era considerado errado.
Tárik de Souza – Que resultados obtinha com isso?
Caymmi – Nesse sistema, embora errado, consegui tirar os acordes que sentia instintivamente. Dava um som diferente mesmo tocando as músicas consideradas de forma perfeita.
Tárik de Souza – Nunca procurou saber como surgiu essa tendência?
Caymmi – Depois, naturalmente, como autodidata à procura de um erudição, eu fui me encontrar em Debussy, Ravel, Mussorgsky, Bach, Grieg, com aquelas harmonias tão estranhas. Tudo isso vim a encontrar depois. E vi que tinha uma certa razão, né?
Tárik de Souza – Depois você não recebeu influência desses autores?
Caymmi – Não. Meus amigos músicos e homens de letras diziam: “Caymmi, não estude que você vai se perder”. Perde o espontâneo e fica um homem assim, talvez medíocre. Aceitei os conselhos e mantive meu negócio nesse terra-a-terra com violão.
Tárik de Souza – Qual é sua formação de violão?
Caymmi – Fiquei exatamente no mínimo: o método Canhoto e umas posições que meu tio Alcides “Ceci” Soares, irmão de mamãe, me ensinou. Lá em casa, aliás, meu pai tocava piano, bandolim e violão e mamãe cantava. Nenhum deles profissionalmente, ela era prenda domésticas e ele funcionário da Recebedoria de Rendas.
Tárik de Souza – Como descobriu um caminho musical?
Caymmi – Minha primeira música foi uma toadazinha, “No sertão”, uma coisa sentimental, típica dos dezessete anos. Era “Lá no sertão/ nasce a vida e a alegria do coração”. Muito bobinha. Mas quando fui passar um verão, de férias, em Itapoã, encontrei o som do pescador, do mar. Aquele tipo que aparece por exemplo em “a jangada saiiiu com Chico Ferreira e Bento”. Aquele som do homem sem voz brilhante, em resumo, o grito. Aí fui sentindo nesse momento que estava fazendo a canção. Tinha dezenove para vinte anos e na época Itapoã era uma vila de pescadores, canoas paradas, casas cobertas de palha de coqueiro, redes secando. Alugava-se uma casa e o veranista ficava naquele convívio simples com o pescador. Ainda me dou com o Aurelino, pescador filho do Carapeba, um cara bravo, que me inspirou o João Valentão.
Tárik de Souza – Entre os pescadores não havia cantores ou compositores?
Caymmi – Não. Só se cantava perto da festa de Reis. Eles corriam à casa dos veranistas pedindo dinheiro com o lenço para montar o bumba-meu-boi, terno de reis, ou pedindo comida: “A dona da casa é boa de dar/ garrafa de vinho/ doce de araçá”.
Tárik de Souza – Que achavam os pescadores de suas músicas?
Caymmi – O Aurelino já ouviu algumas, eles acham engraçado… Em geral eu ouvia canções de trabalho, sentia aqueles problemas e ia urdindo canções. Mas “O mar” foi feita em 1937, depois de um acidente feio com pescadores. Procurei transferir para a canção aquele clima.
Tárik de Souza – Além disso, você foi influenciado pelo jazz ou algum músico brasileiro da época?
Caymmi – Não, eu apenas sou apreciador de jazz. Em princípio, na linha de pianistas como Jelly Roll Morton, Fats Waller. Toda essa época de jazz eu ouvia ainda na Bahia, em vitrola, sem saber do que se tratava, mas gostava muito de jazz band. Música brasileira eu não tinha preferência, porque era uma delícia ouvir aqueles discos com Sílvio Caldas, Chico Alves, George Fernandes, chegados do Rio.
Tárik de Souza – Seus sambas são marcados pelo som da Bahia. Que diferença eles tem do samba carioca?
Caymmi – Nos contatos com a vida musical do povo baiano, nos festejos, consegui tirar, por instinto, uma fórmula pessoal, em torno do samba de rua. Esse tipo de corridinho, mexidinho de “quando você se requebrar caia por cima de mim”, sabe? Aquele jogo de palavras com música, uma maneira muito local, condicionada naquele ambiente negro, mestiçado, do azeite-de-dendê, das festas da Conceição da Praia, da Ribeira. Isso aliado à voz do povo, sem alto-falante, aquele tipo de som puro, solto, era uma música em bruto. Já o samba carioca tem uma forma especial, uma malícia de ritmo que obedece a um sincopado que nada tem a ver com o remelexo do samba baiano.
Tárik de Souza – Sua impostação de voz foi influenciada por algum cantor da época?
Caymmi – Sempre achava diferente minha maneira de falar e cantar. Um amigo que tinha vocação para lírico me levou ao curso que ele frequentava, da dona Amanda Costa Pinto, na Bahia, em 1935, e eles disseram que meu timbre era de baixo cantante. Lá aprendi a usar a voz, saber respirar, inspirar, valorizar as palavras, noções que depois eu tentei aperfeiçoar sozinho.
Tárik de Souza – E sua maneira de dançar enquanto canta, esses requebros?
Caymmi – Ah… Bem, isso deve ser baianidadezinha, coisa das baianas, sabe?
Tárik de Souza – Como explica esta força atual da Bahia? No Rio, já foi pejorativo ser baiano.
Caymmi – É, sempre fizeram piadas. Mas, se você verificar, um dos primeiros cantores brasileiros chamava-se Baiano e sempre houve no teatro, como o quadro do “português com a mulata”, o da Bahia. Aquelas companhias teatrais que observavam os dengues, trejeitos e traziam para o palco.
Tárik de Souza – Em que a Bahia se destaca culturalmente?
Caymmi – Parece que ela conservou um pouco daquela… e não digo estagnar que é um termo perigoso, mas ela estacionou num estado puro. Uma burguesia misturada, de fim de colônia, fim de escravatura. Sobrou para a intimidade das famílias com seus carinhos, seus trajes, a mulata, a mucama, a vendedeira… Tudo isso passou a participar da vida interna das famílias, abastadas ou não, e essa participação gerou uma fórmula muito particular deles… deles quer dizer, nossa.
Tárik de Souza – Você sente alguma identificação musical com outros baianos, como João Gilberto e Caetano Veloso?
Caymmi – Não sei se seria uma identificação. Com o Caetano, por exemplo, acho que a semelhança está na independência dele na música brasileira, de não fazer canções padronizadas e correr o risco. Já o João Gilberto é o homem das criações totais. O que eu posso dizer é que eu gostaria de ter gravado minhas músicas como ele cantou. Aquela maneira à meia-voz, quase como um instrumento, um trombone afinadíssimo. É um tipo de canto sem artifícios. Imagine que uma vez ele chegou a me telefonar para perguntar se estava certa sua interpretação de “Saudades da Bahia”.
Tárik de Souza – E o antibaianismo que começa a aparecer nos últimos tempos?
Caymmi – Se está acontecendo isso, que eu não estou prestando atenção, é porque já houve um excesso. Então, é preciso tratar o povo muito direitinho, porque, se eles enjoarem, aquilo é definitivo. Não sou cortejador de massas, mas adoro a opinião do povo. Faço especificamente para que o povo goste e respeite.
Tárik de Souza – Além do sucesso popular, você é apontado como um dos influenciadores da bossa-nova.
Caymmi – Talvez, pelo menos naquela fase em que os autores se voltaram para temas regionais. Mas, ao mesmo tempo que eu, surgiram também dois homens importantes que tocavam uma música muito estudada, os violinistas Garoto e Laurindo de Almeida. Eles faziam coisas na linha harmônica avançada desses rapazes de hoje.
Tárik de Souza – Você se considera um autor ligado ao folclore? Qual sua posição na música popular brasileira hoje?
Caymmi – No princípio do rádio havia divisões muito rígidas. Os cantores românticos, como o Chico Alves e o Sílvio Caldas; a brejeira, que era a Cármen Miranda; os folcloristas, que eram George Fernandes, o Waldemar Henriques. Eu fiquei sendo o “das canções praieiras”. Tinha até dois quartos de hora diários, na Rádio Tupi do Rio, com esse nome, um programa que eu já tinha feito na Bahia sem sucesso. Minha sorte foi não existir antes ninguém nessa linha. Hoje, depois das várias fases que eu passei (há uma que os críticos chamam de “carioca”, meus sambas-canções como “Sábado em copacabana”), eu me sinto com a mesma disponibilidade. A hora que me vier uma lembrança do que ocorreu naquele panorama do mar, do pescador, eu posso fazer uma canção. Se vier uma lembrança amorosos por um ângulo novo, posso fazer uma canção romântica. Se vier uma coisa buliçosa, uma piada, uma coisa engraçada, eu posso fazer um samba assim corridinho, agitadinho. Me sinto um cantor fora de escolas, cantando as coisas da rua como qualquer um desses que se encontram na esquina.
Tárik de Souza – E as cenas atuais, você não procura retratar imagens novas?
Caymmi – Não deixo de analisar esta fase, a nova formação do povo. A música que eu fiz quando meus olhos eram pequenos e a que eu faço eles estando grandes agora. Os apelos, as palavras, o vocabulário, estou muito atento a tudo isso. É capaz de uma hora dessas sair uma canção assim com a fisionomia deles.
Tárik de Souza – Que outras preocupações você tem quando compõe?
Caymmi – Em “Francisca Santos das Flores” há o refrão “dona Chica-ca/ dimirou-se-se”, que é uma coisa que está dentro de mim há anos. Tenho ânsia de ser o autor do mais puro, do mais simples. Parto para encontrar a forma mais doce de dizer as palavras e música de uma canção, num estribilho que você segure na cabeça, que trauteie, que assovie. Meu sonho é chegar a essa perfeição de ser o autor de uma “ciranda, cirandinha”, uma coisa que se perca no meio do povo.
——
* Entrevista publicada originalmente na revista Veja, 17 de maio de 1972 – Edição 193.
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