Canção

Eliana Pittman celebra 80 e lança álbum ‘Nem lágrima nem dor’

Eliana Pittman celebra 80 anos com novo álbum dedicado ao repertório de Jorge Aragão “Nem lágrima nem dor” lançado em todas as plataformas digitais e em CD no dia 21 de março; Show de lançamento acontece nos dias 21 e 22 de março no Sesc Santana, em SP.
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Eliana Pittman, um dos maiores ícones da música brasileira, celebra seus 80 anos em 2025 com uma vitalidade artística impressionante. A cantora, conhecida por sua versatilidade e trajetória internacional, está mergulhada em novos projetos, incluindo sua aguardada biografia, um álbum de jazz e, em destaque, um trabalho inteiramente dedicado ao repertório de Jorge Aragão, mestre do samba e referência da geração Fundo de Quintal. Intitulado “Nem lágrima nem dor”, o novo trabalho será lançado em todas as plataformas digitais pela gravadora Nova Estação e em CD pela Companhia de Discos do Brasil no dia 21 de março e em LP no segundo semestre de 2025. O show de lançamento do álbum será nos dias 21 e 22 de março, às 20h, no SESC Santana, em SP.

Quando Eliana Pittman decide abraçar o repertório de Jorge Aragão, o que surge não é um disco de samba no sentido estrito. Sob a produção cuidadosa e criativa de Rodrigo Campos e metais de Thiago França, “Nem lágrima, nem dor” se torna uma releitura sofisticada e ousada, onde a voz vibrante e camaleônica de Eliana encontra arranjos que reimaginam clássicos com frescor e emoção. É Jorge Aragão, mas é também Eliana Pittman, um encontro de titãs, e Rodrigo Campos traduz essa conexão com um toque que é ao mesmo tempo íntimo e expansivo.
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Campos, conhecido por sua habilidade em criar arranjos que transcendem gêneros, aqui constrói um universo sonoro único, que flerta com o jazz, a bossa, o soul e a música popular brasileira. Ele honra o legado de Aragão enquanto oferece novas camadas para cada composição, como se cada faixa ganhasse uma nova alma.
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A jornada começa com “Lucidez” que ganha um arranjo pontuado por metais elegantes, enquanto Eliana transforma o lamento da canção em algo quase cinematográfico. Seguindo essa atmosfera, em “Eu e Você Sempre”, a simplicidade do violão aliada ao sax cria um ambiente íntimo e envolvente, destacando a doçura de sua voz.

“Novo Endereço” é conduzida por percussões e arranjos delicados, apresentando-se como uma confissão introspectiva que traduz intimidade e universalidade. Essa intensidade continua em “Loucuras de Uma Paixão”, onde o arranjo cinematográfico, com destaque para o sax tenor, amplifica o drama da música, revelando suspiros apaixonados em cada nota.
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Em “Tendência”, Rodrigo Campos imprime uma leveza à melodia, ressignificando o samba com delicadeza, enquanto a interpretação de Eliana ressalta a melancolia subjacente. Já “Minta Meu Sonho” explora uma estética contemporânea, onde sintetizadores e batidas eletrônicas criam um contraste intrigante com a entrega vocal de Eliana, que soa moderna e autêntica.
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“Além da Razão” traz uma atmosfera luminosa ao introduzir synth bass e guitarra que acompanham a voz precisa e emotiva de Eliana. Em “Do Fundo do Nosso Quintal”, a nostalgia e o calor que emana das recordações de toda roda de samba transformam a canção em uma celebração carismática e envolvente marcada pelo cavaquinho e a voz de Rodrigo Campos no coro.

Por outro lado, “Papel de Pão” é marcada por densidade e programações sutis que dialogam com uma linha de baixo marcante, criando uma narrativa quase falada que reflete a força da canção. Com essa faixa, Eliana imprime todo o peso de sua interpretação, encerrando a obra com uma força dramática que reverbera além da última nota.
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O álbum, longe de ser uma simples homenagem, transforma cada faixa em uma nova experiência, onde a genialidade de Jorge Aragão encontra a criatividade de Rodrigo Campos e a alma de Eliana Pittman. Mais do que isso, “Nem lágrima, nem dor” reafirma Eliana como uma artista em constante reinvenção, conectando-se com as novas gerações sem abrir mão da sofisticação que sempre marcou sua trajetória. Um trabalho imperdível para os amantes da música e uma celebração da longevidade criativa de uma artista única.

Capa do disco ‘Nem lágrima nem dor’ • Eliana Pittman •  Selo Nova Estação / Cia de Discos do Brasil • 2025

Disco ‘Nem lágrima nem dor’ • Eliana Pittman •  Selo Nova Estação / Cia de Discos do Brasil • 2025
Canções / compositores
1. Lucidez (Jorge Aragão e Cleber Augusto)
2. Eu e você sempre (Jorge Aragão e Flávio Cardoso)
3. Novo endereço (Jorge Aragão e Sombrinha)
4. Loucuras de uma paixão (Alcino Ferreira e Mauro Diniz)
5. Tendência (Jorge Aragão e Yvonne Lara)
6. Minta meu sonho (Jorge Aragão)
7. Além da razão (Sombrinha, Sombra e Luiz Carlos da Vila)
8. Do fundo do nosso quintal (Jorge Aragão e Alberto Souza)
9. Papel de pão (Christiano Fagundes)
– ficha técnica –
Voz: Eliana Pittman | Arranjos, violão, guitarras, teclados, synth bass, percussões, programações, cavaquinho e coro: Rodrigo Campos | Saxofones alto, tenor, barítono, soprano, flautas e arranjos de sopros: Thiago França | Baixo elétrico: Marcelo Cabral | Produzido por Rodrigo Campos | Produção executiva: Thiago Marques Luiz | Gravações, mixagem e masterização: Fred Pacheco | Projeto gráfico: Leandro Arraes | Direção de arte da capa: Paulo Henrique de Moura | Fotografia: Samuca Kim | Make e hair: André Florindo | Figurino: Apartamento 03 | Diretor artístico Companhia de Discos do Brasil: Paulo Henrique de Moura | Diretor artístico Nova Estação: Thiago Marques Luiz | Assessoria de imprensa: Paulo Henrique de Moura | Selo: Nova Estação / Companhia de Discos do Brasil | Formato: CD físico e digital | Ano: 2025 | Lançamento: 21 de março | ♪Ouça o álbum: clique aqui | ♩Compre o disco: clique aqui.

Eliana Pittman – foto: Samuca Kim

Serviço
Eliana Pittman canta Jorge Aragão, com participação de Rodrigo Campos
SESC Santana – Av. Luiz Dumont Villares, 579 – Santana, São Paulo – SP
Data: 21 e 22 de março 2025
Horário: 20h
Telefone: (11) 2971-8700
Ingressos online: clique aqui.
Mais informações: @sescsantana
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>> Siga: @eliana.pittman

Eliana Pittman – foto: Samuca Kim

Sobre Eliana Pittman
Eliana Pittman iniciou sua carreira em 1961, ao lado do saxofonista norte-americano Booker Pittman, seu padrasto, cantando standards do jazz e da bossa nova em boates no Rio de Janeiro. O avô de seu padrasto foi Booker T. Washington, fundador do conceituado Tuskegee Institute, a primeira universidade para negros nos Estados Unidos.
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Fez shows no Brasil e no exterior (75 países) e na década de 1970 emplacou vários sucessos, como “Das Duzentas para Lá”, “Abandono” (canção lançada por Eliana em 1974 e que Roberto Carlos regravou em 1979), “Vou pular neste carnaval”, “Quem vai querer”, “Sinhá Pureza”, “Mistura de Carimbó”. Pelo sucesso das últimas duas canções, recebeu o título de “Rainha do Carimbó”.
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No final dos anos 60, Geraldo Azevedo veio do Nordeste para o Rio a convite de Eliana para acompanhá-la no show “Positivamente Eliana”, e logo se tornou um dos maiores nomes da música brasileira.

Dona de um grande ecletismo musical e um notório virtuosismo vocal, Eliana se apresentou em muitos países do mundo (França, Alemanha, Suécia, Espanha, Itália, Portugal, Venezuela, México e Estados Unidos), tendo se apresentado, por exemplo, na lendária casa de shows Olympia em Paris e no programa do comediante Jerry Lewis. Também se apresentou ao lado do lendário showman Sammy Davis Jr. Além de cantora, é professora de música em uma escola do Rio de Janeiro.
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Eliana Pittman foi a única artista brasileira capa da revista Ebony (@ebonymagazine) em dezembro de 1965. A Ebony, é uma revista mensal norte-americana dedicada ao público negro e foi fundada por John Harold Johnson e publicada desde 1945. Sua fundação ao fim da II Guerra Mundial trouxe um novo status para os negros, que apesar de terem acabado de ajudar os Estados Unidos a ganhar a guerra, eram considerados como homens e mulheres invisíveis na sociedade americana, ignorados pela imprensa branca.
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Em 2007, Eliana foi convidada por Charles Möeller e Claudio Botelho para atuar no musical “7”, com texto de Möeller e trilha original de Botelho e Ed Motta. Ela dividia a cena com Alessandra Maestrini, Ida Gomes, Rogéria e Zezé Motta. O espetáculo estreou em 1º de setembro de 2007, no Teatro João Caetano (RJ) e foi um dos grandes vencedores do Prêmio Shell e do Prêmio APTR. O enorme sucesso da temporada fez o espetáculo reestrear em 27 setembro de 2008 no Teatro Carlos Gomes, também no Rio. Em 17 de abril de 2009, o espetáculo estreou em São Paulo, no Teatro Sérgio Cardoso, também com grande sucesso.

Após um hiato de 17 anos longe dos estúdios, foi anunciado em março 2019 que Eliana gravaria um novo disco, chamado “Hoje, Ontem e Sempre”, produzido por Thiago Marques Luiz. O disco contém canções como “Preciso Me Encontrar” (Candeia), “Drão” (Gilberto Gil) e “Onde Estará o Meu Amor” (Chico César), todas inéditas na voz de Eliana.
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Em 2020 foi lançado o disco “As Divas do Sambalanço” em LP e CD, dedicado exclusivamente ao gênero, em que Eliana divide as interpretações com Claudette Soares e Doris Monteiro.
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Foi uma das atrações musicais da cerimônia de entrega do Prêmio Sim à Igualdade Racial 2023, ao lado de MC Soffia, Linn da Quebrada, Kaê Guajajara e Liniker.
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No cinema Eliana fez diversas participações como nos filmes: “Der Goldene SchuB”, como a cantora Singer. Em 1971, fez “The Sandpit Generals” (Capitães de Areia), como Dalvah. Em 71 ainda, fez: “Die Lester Wilson”. Em 1977, estreou “La Menor” e em 1987, trabalhou em “Jubiabá”. Sua estreia na TV foi em 1995, na Rede Globo com a novela-seriado “Malhação”. Em 2005, na mesma emissora, fez a novela “América”. Em 2010 participou de “Tempos Modernos” e em 2013, de “Sangue Bom”. Na Netflix, Eliana viveu a personagem Elza Ferreira na série “Coisa mais linda” e também participou do sitcom “A sogra que te pariu” ao lado do humorista Rodrigo Sant’Anna.

Eliana Pittman – foto: Samuca Kim

Ao longo de sua carreira, gravou mais de vinte discos, muitos deles lançados em diversos países, e ganhou variados prêmios. Acabou de lançar pela Companhia de Discos do Brasil o CD “Canções de Elizeth”, fruto de uma série de lives em homenagem aos “100 anos de Elizeth Cardoso”, idealizadas por Thiago Marques Luiz e “Perolas Negras” ao lado das amigas Alaíde Costa e Zezé Motta também pela mesma gravadora. Atualmente está em turnê por todo o Brasil com dois shows: “Do Samba ao Carimbó”, com o repertório dos seus maiores sucessos nos dois ritmos que foram gravados por ela principalmente na fase em que passou pela gravadora RCA Victor nos anos 1970 e “Pérolas Negras”, no qual se apresenta ao lado das amigas Alaíde Costa e Zezé Motta cantando um repertório apenas de compositores negros passando por Milton Nascimento, Candeia, Jorge Ben, Jhonny Alf, Cartola, Martinho da VilaGilberto Gil, Tim Maia, Luiz Melodia, Djavan, Leci Brandão, Paulinho da Viola, Ataulfo Alves e outros.
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A cantora, conhecida por sua versatilidade e trajetória internacional, está mergulhada em novos projetos, incluindo sua aguardada biografia, um álbum de jazz e, em destaque, o trabalho inteiramente dedicado ao repertório de Jorge Aragão, mestre do samba e referência da geração Fundo de Quintal.

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Série: Discografia da Música Brasileira / Canção / Álbum.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske

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