Monólogo "Parem de Falar Mal da Rotina", com Elisa Lucinda - foto: Daniel Barboza
Comemorando vinte e dois anos de estrada, o espetáculo “Parem de Falar Mal da Rotina” é um fenômeno de público e crítica que abraça plateias e admiradores no Brasil e no exterior. Elisa Lucinda faz 4 únicas apresentações de seu monólogo, de 20 a 23 de fevereiro, no Teatro-D-Jaraguá, em São Paulo
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Na peça, dirigida por Geovana Pires, a atriz e autora Elisa Lucinda trata o cotidiano como espaço de estreia e criatividade, e não como uma repetição. Para tanto, desfila sua poesia e suas encantadoras histórias cênicas para revelar ao espectador os nossos óbvios, onde o público se vê. O resultado traz uma experiência na qual, por pouco mais de duas horas, o espectador ouve elogios à rotina, e é convidado a uma auto-observação de nossa dramaturgia diária.
A chave, da qual parte a autora, é simples, porém fundamental: a rotina é feita de um conjunto de escolhas. Toda geografia de nossos atos cotidianos é desenhada por nossos desejos e decisões diante das opções, portanto, nós somos os responsáveis pelo que chamaremos de rotina e ninguém é culpado deste desenho. Só nós mesmos. Depois de nos levar a rir e chorar de nós mesmos, a sequência de cenas nos leva a crer no poder que temos, cada um, de atuar nessa rotina, de modo a otimizá-la, melhorá-la, trazê-la para mais perto dos nossos sonhos. Em verdade, nós temos o poder da mudança, nós somos os diretores, atores, autores, roteiristas e produtores das nossas próprias vidas.
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“A peça nasceu das inúmeras lições que a natureza nos ensina todo dia a toda gente, mas, às vezes, alunos distraídos que somos, não vemos o lindo óbvio que ela nos oferece e as dicas que ela pode nos dar na condução de nossa vida diária”, conta a atriz e autora do espetáculo Elisa Lucinda, e continua: “ A linguagem desenvolvida nesta obra “engana” o público, pois, seu arcabouço de condução coloquial leva o espectador a achar que tudo é improviso, mas, tudo é fruto da interação com a plateia que o espetáculo propõe, como deselitizar a poesia”
Junto com a Geovana Pires, Elisa Lucinda criou a Casa Poema, que assina o espetáculo. A linguagem desenvolvida nesta obra “engana” o público, pois, seu arcabouço de condução coloquial leva o espectador a achar que tudo é improviso, mas com as surpresas cênicas e algumas repetições de cena, acaba-se concluindo que tudo ali é marcado, ensaiado, ainda que muitos improvisos aconteçam realmente, fruto da interação com a plateia que o espetáculo propõe.
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Deselitizando a poesia, Elisa fala o texto poético como quem conversa com o público, emociona e diverte com suas palavras gente de zero a cem anos, de todo o tipo e lugar. A experiência assemelha-se a uma espécie de autoajuda inteligente, uma aula de cidadania através da educação emociona.
Comemorando vinte e dois anos de estrada, o espetáculo abraça plateias e admiradores no Brasil e no exterior, com sucesso de público e crítica. A cerimônia de repeti-lo todos os dias especializou sua criadora na arte de estreá-lo diariamente. A escolha dessa linguagem de roteiro aparentemente imprevisível para quem vê, produziu um outro fenômeno que é a repetição do público.
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Ao final, Lucinda pergunta quantas pessoas já viram a peça. Geralmente a resposta positiva vem de 30 a 40% do público, que quer ver de novo uma, duas, três, oito, quinze, trinta vezes. Ele quer ouvir de novo aquilo que não refletiu direito da primeira vez, ou quer experimentar aquela sensação num outro dia. É muita informação. Sem contar que cada qual quer que seu pai, sua irmã, seu primo, seu novo amor, seu amigo que ainda não viu, veja. E não basta só indicar. Cada um quer trazer o amigo pessoalmente, levá-lo, assistir suas reações.
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Talvez o público não espere nunca que essa peça pare, pois está sempre disposto a estar presente nas próximas temporadas lotando os teatros, fazendo confusão de acesso de pessoas na porta. Como o espetáculo já atingiu sua maioridade, não é incomum que apareçam espectadores que foram acompanhados dos pais dentro da barriga, ou bebês ainda, e que hoje, adultos, voltam com esses pais e trazem novos amigos. De alguma maneira, a receita dessa obra leva uma comunicação transversal a toda a população brasileira e, por que não, mundial.
FICHA TÉCNICA
Texto e atuação: Elisa Lucinda | Direção: Geovana Pires | Direção de produção: Rafael Lydio | Cenografia: Gisele Licht | Figurinos: Christina Cordeiro | Iluminação: Djalma Amaral | Operador de Lluz: Geovana Pires | Camareiro/contrarregra: Eduardo Brandão | Designer de conteúdo: Daniel Barboza | Fotos/divulgação: Daniel Barboza | Realização: Casa Poema | Produção: Paragogí Cultural
SERVIÇO
Espetáculo: “Parem de Falar Mal da Rotina”, com Elisa Lucinda
Temporada: de 20 a 23 de fevereiro 2025, quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h
Valor/ingressos: R$ 150,00 (inteira) R$ 75,00 (meia)
Ingressos online: sympla
Duração: 120 min.
Indicação etária: 12 anos
Gênero: Comédia
Teatro-D-Jaraguá (Rua Martins Fontes, 71, Centro 01050-000, Anhangabaú – São Paulo/SP) | Tel.: 11-2802-7075
Mais informações: @teatrodjaragua
Assessoria de imprensa: Flavia Fusco Comunicação
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