O álbum homônimo de Cristovão Bastos e Rogério Caetano, presta homenagem ao violonista Raphael Rabello.
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“Um belíssimo convite pra se navegar pelas águas mais profundas da música brasileira guiados por dois dos seus melhores timoneiros.” – João Camarero
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O álbum homônimo de Cristovão Bastos e Rogério Caetano, promove o encontro de dois grandes mestres em seus instrumentos – o piano e o violão 7 cordas aço -, em canções assinadas pelos dois e por outros compositores. O disco está nas plataformas digitais, pelo selo Biscoito Fino.
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Cristovão Bastos, compositor, arranjador e pianista carioca, parceiro de grandes nomes, como Chico Buarque com quem compôs “Todo o sentimento” e “Tua cantiga“, com Aldir Blanc tem mais de uma dezena de composições, entre as quais, “Resposta ao tempo“ e “Suave veneno”, possuiu ainda composições com outros inúmeros parceiros, entre eles, Paulo César Pinheiro, Paulinho da Viola, Elton Medeiros, Abel Silva, Luciana Rabello, Maurício Carrilho, Hermínio Bello de Carvalho, Roque Ferreira, Roberto Dídio e outros mais. Cristovão, criou e assinou arranjos para discos e shows de Nana Caymmi, Edu Lobo, Chico Buarque, Paulinho da Viola, Miúcha, Elza Soares, Emílio Santiago, Fafá de Belém, Gal Costa, Amélia Rabello, Nelson Gonçalves, Ângela Maria, entre outros. Em seus mais de 50 anos de carreira, Cristovão recebeu 11 prêmios. Lançou dois discos solo, o primeiro “Avenida Brasil“ , em 1997 e o segundo “Curtindo a gafieira“, em 2008, contendo composições suas.
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Rogério Caetano, violinista e compositor brasiliense, é um premiado virtuose e referência do violão de 7 cordas de aço, com uma linguagem revolucionária, representa uma nova escola desse instrumento. Rogério, tem oito álbuns na discografia, entre projetos solo e parcerias. Já gravou com artistas como Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Beth Carvalho, Caetano Veloso, Monarco, D. Ivone Lara, Maria Bethania, Nana Caymmi, Ivan Lins, Yamandú Costa, Hamilton de Holanda, entre vários outros. Vem difundindo sua arte no Brasil e exterior realizando concertos e workshops em países como Alemanha, França, Itália, Espanha, Áustria, Portugal, Holanda, Bélgica, EUA, China, Índia, Israel, Turquia, África do Sul, e Equador.
Os dois se conheceram na Escola de Música de Brasília, durante um curso de verão no qual ambos davam aulas, e acabaram tocando juntos pela primeira vez. “A gente teve uma empatia muito grande, tanto musical quanto pessoal. A partir disso, a gente sempre esteve próximo, em contato. Temos uma amizade grande, respeito e admiração mútua”, conta Rogério.
Tempos depois, Rogério faria um projeto chamado Rogério Caetano convida, que acabou se tornando um álbum ao vivo, e Cristovão era um dos convidados. Quando Rogério começou a circular com o álbum, Cristovão, mais uma vez, era um dos convidados para dividir o palco. “Dessa forma, a gente começou a desenvolver um repertorio e amadurecer. Fizemos várias viagens juntos e o nosso trabalho em duo começou a tomar forma”, ressalta o violonista.
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Cristovão e Caetano com esse álbum prestam homenagem ao violonista e compositor Raphael Rabello, um mestre do violão de 7 cordas e um dos grandes violonistas brasileiros. “Raphael Rabello é minha principal referência. É minha inspiração para esse trabalho que faço, ele e o Dino Sete Cordas. O meu trabalho mantém o som característico fundamentado pelo Dino, mas com esse espírito de solista do Rafael Rabelo”, diz o violonista Rogério Caetano.
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João Camarero, violonista e amigo da dupla, assim definiu esse belíssimo trabalho:
“Na incessante busca pela sonoridade ideal, Dino 7 Cordas (Horondino José da Silva – 1918/2006) experimentou diversas combinações de cordas feitas de diferentes materiais. Tradicionalmente se usa cordas de aço ou nylon. No caso do violão de sete cordas brasileiro, Dino chegou numa equação que julgou ideal: as duas primas de nylon, e da corda sol pra baixo, aço. Mas não qualquer aço, uma corda bem específica que lhe oferecia a sonoridade “seca” e percussiva que ele tanto buscava. Ah, e a sétima corda era uma corda feita pra violoncelo. E assim nasce a sonoridade do sete cordas de aço genuinamente brasileira. Curiosamente, reflete também a amálgama de cores da música popular brasileira através da combinação de elementos tão distintos.
O piano brasileiro também tem textura, cheiro, sabor – estas, não através do instrumento em si, mas da linguagem, do sotaque. Como emular tantos elementos percussivos, tantas peculiaridades rítmicas num instrumento que teoricamente não foi feito pra “batucar”? Essas e outras questões começaram a ser resolvidas através das mãos de Chiquinha, Nazareth, Radamés, Jobim… e Cristovão Bastos, que carrega em si o que nossa música tem de mais fino, belo e sofisticado.
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Esse disco proporciona o encontro histórico de dois ícones em seus instrumentos: o revolucionário Rogério Caetano, trazendo as sete de aço pra linha de frente. Conduz, de forma brilhante, a expansão do legado do 7 cordas de aço. Ao seu lado, o gigante Cristovão Bastos. Como bem ilustrou Mauricio Carrilho, Cristovão é uma espécie de Midas – tudo o que toca, vira ouro. As onze faixas autorais contêm a fina flor da produção atual no universo do Choro. Um belíssimo convite pra se navegar pelas águas mais profundas da música brasileira guiados por dois dos seus melhores timoneiros.”
Álbum ‘CRISTOVÃO BASTOS E ROGÉRIO CAETANO’ • Cristovão Bastos e Rogério Caetano • Selo Biscoito Fino • 2020
– Música / compositores
1. Um chorinho em Cochabamba (Rogério Caetano e Eduardo Neves)
2. Polca de Jequitibá (Cristovão Bastos e Maurício Carrilho)
3. Choro saudoso (Cristovão Bastos e Paulo César Pinheiro)
4. Obrigado Rapha (Rogério Caetano)
5. Forró das palmas (Rogério Caetano)
6. Milena (Rogério Caetano)
7. Sem palavras (Cristovão Bastos)
8. Choro pro Waldir (Cristovão Bastos e Paulinho da Viola)
9. Criançada reunida (Rogério Caetano)
10. Acreditei nos beijos dela (Cristovão Bastos e Paulinho da Viola)
11. O galo fugiu (Cristovão Bastos)
– ficha técnica –
Cristovão Bastos (piano) | Rogério Caetano (violão 7 cordas de aço) | Produção musical e arranjos: Cristovão Bastos e Rogério Caetano | Produção: Diego do Valle, Rafael Freire e Mariana Matos | Engenheiro de som (gravação): Lucas Ariel e Jeronimo Orselli | Mixagem: Lucas Ariel, Diego do Valle e Rogério Caetano | Masterização: André Dias | Fotos: Gabriela Perez | Arte: Branca Escobar | Texto (encarte): João Camarero | Selo: Biscoito Fino | Ano: 2020 | Lançamento: 24 de julho | *Gravado no estúdio Biscoito Fino, em Fevereiro de 2020 | #* Ouça o álbum no canal ‘oficial de Cristovão Bastos’ no youtube ou em outras plataformas digitais, clicando no link.
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