Através dos encontros e confrontos entre três gerações de mulheres, a peça joga luz sobre questões como homofobia e lutas históricas feministas
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“A Menina Escorrendo dos Olhos da Mãe”, texto de Daniela Pereira de Carvalho (autora de “Renato Russo”, “A hora do boi”, “Uma revolução dos Bichos”, entre outros), investiga um tema universal e atemporal: a relação entre mães e filhas. A peça faz um recorte sobre a relação entre três gerações de mulheres, atravessada por questões urgentes como a homofobia, as lutas históricas feministas e a construção de um novo lugar para a mulher na sociedade contemporânea.
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A direção é de Leonardo Netto, vencedor dos Prêmios Cesgranrio (Melhor Texto Nacional Inédito e Melhor Ator) e APTR (Melhor Autor) por “3 Maneiras de Tocar no Assunto”. No elenco, Guida Vianna (recentemente vencedora dos Prêmios APTR, Cesgranrio e FITA de Melhor Atriz por seu trabalho em “Agosto”) e Silvia Buarque (no ar nas séries “Impuros”, no Star+, e “Betinho: No Fio da Navalha”, no Globoplay).
Este espetáculo é uma produção da atriz Silvia Buarque: “Escrevo pra contar que me dei conta, com essa peça, de que sou uma veterana. Dani (Pereira de Carvalho, autora) gostou de mim ainda na sua adolescência, ao me assistir em duas peças nos anos 90 — eu, ainda uma jovem de 20 e poucos anos. Tempos depois, durante a pandemia, Dani me convidou pra ler a peça com ela por Zoom. Me encantei com o texto e decidi produzir, coisa de veterana mesmo, rs. A nós se juntou a Guida (Vianna) que me faz lembrar que ainda tenho muito a aprender. E veio o Leo (Netto, diretor), também para ensinar. Estou no céu!”
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“A Menina Escorrendo dos Olhos da Mãe” se propõe a explorar as delicadezas e as dificuldades desse relacionamento tão nuclear quanto primitivo.
“Gosto de dramaturgia e estou muito feliz em estar montando um texto brasileiro de uma autora contemporânea. O tema ‘mãe e filha’ é universal e atemporal. As relações afetivas simbióticas envolvem um tanto de afeto e outro tanto de conflito. ‘A menina escorrendo dos olhos da mãe’ trata de três gerações de mulheres em seus encontros e desencontros. Isso me chama para o teatro, me chama para o palco, me chama para atuar.”, conta Guida Vianna.
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“É um espetáculo de ator. Quero dizer, é um espetáculo sem pirotecnias, sem grandes distrações para a plateia. Temos duas ótimas atrizes, um ótimo texto e o espetáculo é todo construído em cima desses dois elementos. Tudo está a serviço dessas duas atrizes e de transmitir este texto. Esse é o tipo de teatro que eu mais gosto, focado no trabalho do ator, e esse é o meu grande prazer em dirigir este espetáculo, que tem me dado muitas alegrias durante o seu processo de criação.”
O cenário de Ronald Teixeira traz o chão coberto por folhas secas, evocando uma suspensão no tempo. Entre cadeiras de madeira de diferentes épocas, as atrizes interagem com uma cadeira de bebê que fará as vezes de um bar. No alto, sobre elenco e plateia, há molduras aéreas de janelas. Os figurinos, também de Ronald Teixeira, acompanham os tons terrosos do cenário. A luz é de Paulo Cesar Medeiros, a direção de movimento de Marcia Rubin e a trilha sonora de Leonardo Netto.
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Tão relevante quanto investigar a relação atávica entre mães e filhas, é jogar luz sobre como a sociedade está lindando com a comunidade LGBTQIAPN+.
Cerca de 20 milhões de brasileiras e brasileiros (10% da população), se identificam como pessoas LGBTQIAPN+, de acordo com a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). Cerca de 92,5% dessas pessoas relataram o aumento da violência contra a população LGBTQIAPN+, segundo pesquisa da organização de mídia Gênero e Número, com o apoio da Fundação Ford.
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Ainda segundo a pesquisa, esses dados estão atrelados à última eleição presidencial do Brasil, em 2018. De lá para cá, 51% das pessoas LGBTQIAPN+ relataram ter sofrido algum tipo de violência motivada pela sua orientação sexual ou identidade de gênero. Destas, 94% sofreram violência verbal. Em 13% das ocorrências as pessoas sofreram também violência física.
SINOPSE
Duas mães. Duas filhas. Três gerações. Duas viagens. E um segredo. A peça faz um recorte sobre a relação entre três gerações de mulheres, atravessada por questões urgentes como a homofobia, as lutas históricas feministas e a construção de um novo lugar para a mulher na sociedade contemporânea.
FICHA TÉCNICA
Autora: Daniela Pereira de Carvalho | Direção: Leonardo Netto | Elenco: Guida Vianna e Silvia Buarque | Direção de movimento: Marcia Rubin | Cenário: Ronald Teixeira | Figurino: Ronald Teixeira | Iluminação: Paulo Cesar Medeiros | Trilha Sonora: Leonardo Netto | Cenógrafo assistente: Pedro Stamford | Assessoria de imprensa: JS Pontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany | Assessoria de mídias digitais: Rafael Teixeira | Programação visual: Gilberto Filho | Fotografo: Nil Caniné | Produtora de figurino: Fernanda Vieira | Costureira de figurino: Liza Machado | Operador de luz: Lucas JP Santos | Operador de som: Gabriel Fomm | Produção executiva: Augusto Vieira e Bárbara Montes Claros | Produção: Silvia Buarque | Diretor de produção: Celso Lemos | Realização: Sesc SP
SERVIÇO
Espetáculo: A Menina Escorrendo dos Olhos da Mãe
com Guida Vianna e Silvia Buarque
Temporada: De 20 de Junho até 27 de Julho (2024)
Horário: Quinta a Sábado às 20h.
Onde: Sesc Pinheiros (Rua Paes Leme, 195, Pinheiros, São Paulo/SP)
Duração: 75 minutos
Classificação: 14 anos.
Capacidade: 100 lugares.
Acessibilidade: Sim
Ingressos: R$ 40,00 (inteira) | R$ 20,00 (meia) | R$ 12,00 (credencial plena) clique aqui.
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