Espetáculo "Chef Psi - Como Comer Como Como" (ensaio) - foto: Matheus José Maria
A peça Chef Psi – Como Comer Como Como propõe uma reflexão sobre os impactos culturais e sociais na relação da mulher com a alimentação. Idealizado e protagonizado por Maíra Maciel, sob direção de Tati Caltabiano, a peça é inspirada nas experiências pessoais da atriz, que convive com anorexia nervosa desde a adolescência.
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A obra explora as pressões sociais e as complexidades da relação entre corpo e desejo, mostrando como a alimentação influencia a identidade feminina. A atriz Maíra Maciel tem vivência como psiquiatra e psicanalista e enriquece a narrativa da peça, trazendo à tona histórias de pacientes que enfrentam pressões relacionadas à imagem corporal. O espetáculo tem como referência a cultura japonesa e se inspira em técnicas das artes clássicas japonesas na preparação corporal.
A peça Chef Psi – Como Comer Como Como propõe uma reflexão sobre a conexão entre fome, alimentação e identidade, com foco na trajetória das mulheres. Idealizada e protagonizada por Maíra Maciel, e dirigida por Tati Caltabiano, do Coletivo Petit Comité, a peça é inspirada nas experiências pessoais da atriz, que convive com anorexia nervosa desde a adolescência. Sua vivência como psiquiatra e psicanalista enriquece a narrativa, trazendo à tona histórias de pacientes que enfrentam pressões relacionadas à imagem corporal. A estreia será no dia 6 de dezembro, no Sesc Belenzinho, com curta temporada até 15 de dezembro, em apresentações às sextas e sábados às 21h30 e nos domingos às 18h30.
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“Quando Maíra me apresentou o texto, o que podemos chamar de um primeiro tratamento, ali já estava apontado uma obsessão da Chef Psi pela cultura japonesa como um ideal de perfeição: a culinária, o zen, os rituais de harakiri, os samurais. A proposta de encenação então parte daí, da pesquisa dessas referências e de como trazê-las para o corpo e para a cena. Mergulhamos em um treinamento de educação corporal japonesa com a preparadora corporal Renata Asato e fomos nos aproximando de uma proposta mais ritualística, entendendo também como a anorexia está relacionada ao controle, ao minimalismo e ao perfeccionismo.” explica Caltabiano, destacando a relação do propósito do espetáculo de ampliar o olhar para questões sociais e culturais em relação à comida.
“A peça aborda os transtornos alimentares de forma tanto metafórica quanto literal, expondo desde uma perspectiva de quem vive de dentro o problema, mais do que como uma crítica de fora. Mostra, a partir da experiência da mulher anoréxica, os efeitos devastadores de uma cultura que objetifica a mulher e que coloca sempre a referência do corpo magro como o ideal, os limites mortíferos em que esse ideal pode subjugar muitas mulheres”, afirma Maíra Maciel.
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O espetáculo explora uma cultura que exalta o controle e a magreza, onde a alimentação se torna uma arena de disputas internas e sociais. Ao abordar temas como objetificação e silenciamento feminino, o espetáculo critica os ideais impostos que aprisionam mulheres e impactam profundamente suas relações com o corpo e o desejo.
A personagem Chef Psi utiliza o ato de ‘cortar’ – tanto alimentos quanto discursos – como metáfora, desafiando e questionando as narrativas opressivas que moldam sua identidade. Ao criar um prato, ela compartilha com o público sua “culinária das emoções,” navegando entre controle e excesso para refletir a tensão entre corpo e mente.
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Inspirada pelo Teatro Nô, uma forma clássica de arte japonesa que valoriza a precisão dos movimentos, a montagem combina momentos de formalidade e ritualização com lapsos de descontrole, refletindo a luta da personagem pela busca da perfeição. Com preparação corporal de Renata Asato, a peça incorpora técnicas de educação corporal japonesa na exploração dos conflitos internos da protagonista.
A montagem é um convite para refletir sobre os impactos da cultura de controle e perfeição na saúde das mulheres. Com uma equipe de criação predominantemente feminina, a produção se apresenta como um manifesto pela liberdade do corpo e da expressão subjetiva, trazendo à cena o que muitas vezes é ignorado e silenciado.
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“Espero que as pessoas possam sair tocadas e sensibilizadas com esse sacrifício ao qual muitas mulheres se submetem, e que possam refletir sobre a complexidade da relação com a comida, o corpo, a cultura das dietas, restrições alimentares e nutrição que vivemos hoje e também uma crítica à gourmetização da comida e do consumo em volta disso”, conclui Maciel.
FICHA TÉCNICA
Idealização, dramaturgia e atuação: Maíra Maciel. Direção artística: Tati Caltabiano. Assistente de direção e preparação corporal: Renata Asato. Preparação vocal: Natália Nery. Figurino: Éder Lopes. Concepção de cenário: Tati Caltabiano e Zé Valdir Albuquerque. Cenotécnico: Zé Valdir Albuquerque. Iluminação: Marisa Bentivegna. Operadora de luz: Marina Gatti Animação: André Passos. Vídeo Mapping e paisagem sonora: Lana Scott. Designer gráfico: Leo Akio Produção geral: Tati Caltabiano. Co-produção: Gustavo Sanna – Complementar Produções. Realização: Coletivo Petit Comité. IG: @chefpsi
SERVIÇO
Espetáculo Chef Psi – Como comer como como no Sesc Belenzinho
Temporada: De 6 a 15 de dezembro – Sextas e sábados às 21h30 e domingos às 18h30
Duração: 60 minutos.
Ingressos: R$ 50,00 (inteira), R$ 25,00 (meia-entrada) e R$ 15,00 (credencial plena)
Sesc Belenzinho – R. Padre Adelino, 1000 – Belenzinho, São Paulo/SP
Transporte Público
Metrô Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m)
Sesc Belenzinho nas redes – Linktree @sescbelenzinho / IG @sescbelenzinho
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