JANDIRA – em busca do bonde perdido – texto de Jandira Martini (1945-2024) é uma declaração de amor à vida. A atriz e dramaturga, conhecida na intimidade pelo seu senso de humor e fina ironia, lança um olhar bem-humorado e poético sobre a finitude, rindo de si mesma e celebrando a paixão pelo próprio ofício.
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Em encenação vigorosa de Marcos Caruso, Isabel Teixeira passeia pelas memórias mais marcantes de Jandira, evocando desde as descobertas da infância, passando pelos blocos carnavalescos da cidade de Santos – sua terra natal – até os desafios pessoais e a vida dedicada ao teatro.
Isabel Teixeira, atualmente no ar na novela das 19h Volta Por Cima, de Claudia Souto, na TV Globo, vai conciliar a rotina de gravações com nova temporada da peça Jandira – em busca do bonde perdido, de Jandira Martini (1945-2024) e direção de Marcos Caruso. Ambos foram convidados para este projeto pelos produtores Fernando Cardoso e Roberto Monteiro, sócios na Mesa2 Produções.
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A peça, que vem de temporadas de sucesso no Rio e em São Paulo em 2024, volta em cartaz no Tucarena, no dia 31 de janeiro, sexta-feira, às 21h. A temporada segue até 23 de fevereiro, com sessões às sextas, às 21h, sábados, às 19h, e domingos, às 17h.
Inspirada em sua própria jornada pessoal e dedicação ao teatro, a atriz e dramaturga Jandira Martini escreveu seu último texto. E é ela própria quem define: “Auto ficção? Sem dúvida. Um stand-up? Seria, se fosse cômico. E cômico não chega a ser. Nem trágico. Um monólogo sobre uma situação imprevista, surpreendente. Uma atriz que se revela, diante de seu público, ao narrar, com humor, sua inesperada e assustadora experiência.”
A peça convida o público a um passeio pelas memórias mais marcantes da autora através de um texto direto, enxuto e coloquial, evocando desde as descobertas da infância, passando pelos blocos carnavalescos da cidade de Santos – sua terra natal – até os desafios pessoais e a vida dedicada ao teatro.
“Uma corajosa exposição. Uma improvável abertura de sentimentos de uma das pessoas mais fechadas que conheci. Uma peça que fala de uma dor de todos nós, com um grau elevado de bom humor e poesia. O convite da Mesa2 e dos filhos de Jandira Martini me permite continuar ao lado dela num ciclo iniciado em 1984 que resultou em muitas peças de teatro, roteiros de cinema, novelas e séries para TV. Uma escrita vitoriosa. Um grande acerto foi convidar Bel Teixeira. Bel respira e transpira Teatro. Bel é Jandira.”, celebra Marcos Caruso, diretor.
Ao que retribui Isabel Teixeira: “Caruso (o diretor) e Jandira (a autora) são atores que escrevem. A cada dia vivido nos ensaios dessa peça, percebo que a parceria de uma vida continua e que eles ainda estão escrevendo juntos e se divertindo com isso. E agora (como atriz) faço parte dessa escrita, assim como toda a equipe da peça, celebrando a vida de uma atriz, a cena, o teatro, a vida.”
Em seus momentos mais desafiadores, a personagem/narradora busca socorro nas palavras e pensamentos de Molière, Machado de Assis, Oscar Wilde, Shakespeare e outros deuses da escrita, sua grande paixão.
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“Como lidar com uma condição que te atravessa e, a princípio, é impossível aceitar? A escrita, aqui, é um fluxo que conduz ao entendimento pessoal e transborda na cena para quem quiser ouvir. ‘Talvez valha a pena’, escreve Jandira. E eu digo e quero repetir todas as noites para o público: ‘talvez valha a pena’. Jandira é uma atriz/autora que escreve com humor, força e coragem para entender o que está passando, mas que o faz (como sempre, durante toda uma vida) com a leveza e simplicidade de quem consegue encaixar as palavras no coração.”, reflete Isabel Teixeira.
SINOPSE
Autoficção? Sem dúvida. Um stand-up? Seria, se fosse cômico. E cômico não chega a ser. Numa declaração de amor à vida e ao teatro, Jandira lança um olhar bem-humorado e poético sobre sua própria existência.
FICHA TÉCNICA
Texto: Jandira Martini. Direção: Marcos Caruso. Elenco: Isabel Teixeira. Direção de movimento: Renata Melo. Trilha sonora: Aline Meyer. Arranjos e produção musical: Marcelo Pellegrini. Figurino: Fabio Namatame. Iluminação: Beto Bruel e Sarah Salgado. Fotos: Flora Negri e Roberto Setton. Produção executiva: Silvia Rezende. Direção de produção: Roberto Monteiro e Fernando Cardoso. Realização: Mesa2 Produções. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli.
SERVIÇO
Espetáculo: Jandira – em busca do bonde perdido
Reestreia dia 31 de janeiro, sexta-feira, às 21h.
Temporada: De 31 de janeiro a 23 de fevereiro 2025
Dias/horários: Sextas, às 21h, sábados, às 19h e domingos, às 17h
Ingressos: R$100 e R$50 (meia)
Vendas online Sympla ou na bilheteria de 3ª a dom das 15h até as 20h
Duração: 70 minutos. Gênero: biografia. Classificação: 12 anos.
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Onde: Teatro Tucarena
Endereço: Rua Monte Alegre, 1024 (Entrada pela Rua Bartira) / Perdizes – SP Tel: (11) 3177-5555
Capacidade: 288 pessoas.
JANDIRA MARTINI – autora
Famosa por suas atuações marcantes no teatro e na televisão brasileiros, Jandira Martini é também reconhecida como autora teatral de sucesso. Pelo espetáculo “O Eclipse”, dirigido por Jô Soares, Jandira ganhou o prêmio APCA de melhor texto em 2008.
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A carreira como atriz começou no teatro, no final dos anos 1960, com “Joana D’Arc entre as Chamas”. Nos palcos, a trajetória de Jandira soma mais de 20 peças, entre elas, “Sua Excelência o Candidato” (atriz e autora), “Porca Miséria” (atriz e autora), “Operação Abafa” (atriz e autora), “O Eclipse” (atriz e autora) e o monólogo “Prof! Profa!”.
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Na TV Manchete, foi autora e atriz da novela “Ana Raio e Zé Trovão”. No SBT, atuou em “Éramos Seis” e “Sangue do Meu Sangue”. Na Rede Globo, integrou o elenco das novelas “Sassaricando”, “O Clone”, “Caminho das Índias”, “Salve Jorge”, “Morde e Assopra” e das minisséries “Os Maias” e “A Casa das Sete Mulheres”.
ISABEL TEIXEIRA – atriz
Diretora, dramaturga, pesquisadora e atriz formada pela EAD. Foi integrante-fundadora da Cia. Livre de Teatro, junto à qual realizou trabalhos como atriz em TODA NUDEZ SERÁ CASTIGADAe UM BONDE CHAMADO DESEJO – indicada ao prêmio Shell de melhor atriz 2002 (ambas sob a direção de Cibele Forjaz). Na mesma companhia, em 2005, coordenou o projeto ARENA CONTA ARENA 50 ANOS, ganhador dos prêmios Shell e APCA do mesmo ano.
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Atuou nas peças GAIVOTA, TEMA PARA UM CONTO CURTO, dir. de Enrique Diaz; RAINHA[(S)], DUAS ATRIZES EM BUSCA DE UM CORAÇÃO (prêmio Shell de melhor atriz em 2009) dir. de Cibele Forjaz; O LIVRO DE ÍTENS DO PACIENTE ESTEVÃO, dir. de Felipe Hirsch.
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Foi assistente de Regina Braga no espetáculo TOTATIANDO, com Zélia Duncan em 2011. Em 2013, dirigiu a peça DESARTICULAÇÕES, monólogo realizado por Regina Braga com texto de Sylvia Molloy. Também em 2013 dirigiu o show TUDO ESCLARECIDO, com Zélia Duncan; traduziu e dirigiu a Turma 63 da EAD na peça ELEUTHERIA, de S. Beckett. Entre 2014 e 2015 estreou PUZZLE (a, b, c e d), sob a dir. de Felipe Hirsch. Entre 2013 e 2020 Atuou no espetáculo E SE ELAS FOSSEM PARA MOSCOU? (indicada como melhor atriz para os prêmios Questão de Crítica, Cesgranrio e APTR), dir. de Christiane Jatahy. Esta peça foi vista em países como Canadá, França, Portugal, Espanha, Bélgica, Croácia, Alemanha e Estados Unidos, cumprindo turnê até janeiro de 2020.
Entre 2014 e 2015 dirigiu o espetáculo, ANIMAIS NA PISTA, de Michelle Ferreira e o espetáculo AGORA EU VOU FICAR BONITA, com Regina Braga e Celso Sim, roteiro de Regina Braga e Drauzio Varella. Em 2016 dirigiu a peça FIM DE JOGO, de Samuel Beckett, com Renato Borghi. Codirigiu a peça A TRAGÉDIA DA AMÉRICA LATINA, sob a dir. de Felipe Hirsch. Dirigiu a peça LOVLOVLOV, Peça Única em Cinco Choques, com texto de Isabel Teixeira, Diego Marchioro e Fernando de Proença. Em 2017 dirigiu a peça A MULHER QUE DIGITA, de Carla Kinzo.
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Como integrante da Cia. Vértice de Teatro, foi convidada pelo teatro Odeon de Paris e pelo Le Centquatre-Paris para atuar no espetáculo ÍTACA, de Christiane Jatahy, que estreou em Paris em abril de 2018 e cumpriu turné mundial até 2019. Em julho de 2019, dirige o novo show de Zélia Duncan, TUDO É UM, estreia nacional no Sesc Pinheiros. Em 2019 dirigiu a peça SÃO PAULO, roteiro de Regina Braga, recentemente em cartaz. Em 2019, escreveu e dirigiu a peça PEOPLE vs PEOPLE, com Fernando de Proença e Diego Marchioro, que estreou em novembro de 2019 em Curitiba e ainda cumpre temporada.
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Escreveu o Podcast em três capítulos: PEOPLE vs TESLA, para a Rumo de Cultura de Curitiba, que estreou em novembro de 2020, nas principais plataformas. Integrou o elenco da série DESALMA, de Ana Paula Maia, direção de Carlos Manga Junior (temporada 1-2019 e temporada 2 – 2021); da novela AMOR DE MÃE, de Manuela Dias, direção de José Luiz Villamarim (2020)
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Em 2024 integra o elenco da próxima novela de Cláudia Souto, na TV Globo, VOLTA POR CIMA, direção de André Câmara. No teatro, dirige a Cia Munguzá no projeto LINHAS (dramaturgia do grupo sob sua coordenação); atua na peça MARTINI, EM BUSCA DO BONDE PERDIDO; e colabora na dramaturgia de O FIGURANTE, que escreve com Mateus Solano (atuação) e Miguel Thiré (direção).
MARCOS CARUSO – diretor
Atuou em mais de 35 peças teatrais de sucessos longevos no Brasil assim como em Portugal, uma dezena de vezes. Em 2017, recebeu 7 prêmios de Melhor Ator, entre eles Shell, APTR e Cesgranrio por “O Escândalo Philippe Dussaert”.
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É autor de 10 textos, entre eles o fenômeno “Trair e Coçar É Só Começar”, que completou 34 anos em cartaz em 2019, sendo interrompido apenas pela pandemia. A peça integrou várias edições do Guinness Book como recordista da temporada mais longa, já foi adaptada para o cinema com direção de Moacyr Góes, e para a TV em série de duas temporadas com roteiro do próprio Caruso, exibida pelo canal Multishow.
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Por “Sua Excelência, o Candidato” ganhou o Prêmio Molière de Melhor Autor, e em 1993 os Prêmios Shell e Mambembe por “Porca Miséria”.
Dirigiu as peças “S.O.S. Brasil” e “Brasil S.A.”, ambas de autoria do empresário Antônio Ermírio de Moraes (1928-2014). Dirigiu ainda “Família Lyons”, de Nicky Silver, indicada aos Prêmios Shell e Cesgranrio, com “Rogerio Fróes e Suzana Faini” à frente do elenco; e “Selfie”, peça de enorme sucesso com Mateus Solano e Miguel Thiré que, depois de longas temporadas no Rio e em São Paulo, também excursionou por Portugal.
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Na TV, atuou em mais de 30 produções, entre elas as novelas “Avenida Brasil”, “Éramos Seis”, “A Regra do Jogo”, “Mulheres Apaixonadas”, “Páginas da Vida”, “Cordel Encantado”, “Joia Rara”, a nova versão da “Escolinha do Professor Raimundo” (como Seu Peru, personagem de Orlando Drummond na versão original); as séries “Chapa Quente”, “O Canto da Sereia”, entre outras tantas, na TV Globo. Escreveu as novelas “Braço de Ferro” e “Ana Raio e Zé Trovão” (a primeira e única novela itinerante da teledramaturgia brasileira, exibida na extinta TV Manchete), e dirigiu o programa “Fala Dercy”, no SBT, com Dercy Gonçalves. Recentemente, viveu o vilão Sergio Aranha na novela “Elas Por Elas”, de Alessandro Marson e Thereza Falcão, na TV Globo.
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No cinema, atuou em mais de 10 filmes, entre eles “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Andre Klotzel; “Polaroides Urbanas”, de Miguel Falabella; “Irma Vap – o retorno”, de Carla Camurati; “Obra Prima”, de Daniel Filho; “Operações Especiais”, de Tomás Portella; e “O Escaravelho do Diabo”, de Carlo Milani. Escreveu quatro roteiros, entre eles “O Casamento de Romeu e Julieta”, dirigido por Bruno Barreto.