Espetáculo O Pássaro na Gaiola reflete sobre racismo e patriarcado em estreia no Teatro Estúdio. A protagonista, inspirada por figuras como Ruby Bridges, que foi a primeira criança negra a ingressar em uma escola primária branca no sul dos EUA em 1961, e Maya Angelou, a primeira mulher a aparecer em uma moeda de dólar americana, encontra força para reescrever sua história em um contexto de racismo e patriarcado.
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Dirigida e produzida por Arlindo Lopes, com dramaturgia de César Mello e protagonizada por Renata Vilela, O Pássaro na Gaiola estreia no dia 31 de agosto, sábado, às 20h, no Teatro Estúdio. A temporada segue até 22 de setembro, com sessões aos sábados, às 20h, e domingos às 17h.
A pesquisa para O Pássaro na Gaiola tem como foco Ruby, uma personagem fictícia inspirada em Ruby Bridges. Através dessa personagem, o público é conduzido pelas histórias da atriz protagonista, Renata Vilela, e de Maya Angelou. Ao combinar elementos fictícios com fatos reais, o objetivo do espetáculo é mergulhar no subconsciente de diversas mulheres que, mesmo enfrentando a dor, conseguiram superar seus traumas.
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“Essa peça nasceu de uma vontade de contar histórias próximas às minhas experiências de vida. Sempre penso que a inquietação do artista é uma abertura para portais que criam um novo olhar para o mundo, e claro juntamente com histórias de mulheres que provocaram mudanças sociais, políticas e ideológicas só me faz vislumbrar um mundo de mais justiça, cura e redenção. Precisamos nos orgulhar e nos encontrar com histórias que elevam o nível da humanidade”, relata Renata Vilela.
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O espetáculo narra a trajetória de Ruby, uma escritora que visita seu passado, enfrentando as memórias que a moldaram. Ela revive momentos cruciais de sua vida, com a oportunidade de reescrever sua própria história. Em um cenário dominado pelo racismo e patriarcado, Ruby se une a outras mulheres na busca por afirmar-se como uma figura forte e independente.
A história se passa vinte anos após a morte do Reverendo Martin Luther King, em 1987, onde Ruby recebe a notícia do falecimento de James Baldwin, mentor de Maya Angelou, desencadeando nela uma onda de lembranças e nostalgia. Essa perda faz a protagonista retomar sua trajetória e refletir sobre a vida de Maya Angelou, sua maior mentora e referência.
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Com isso, vemos uma prisão metafórica que aprisiona mulheres negras desde a infância, marcada pelo medo, pela rejeição e pela crença de que a cor da pele é um obstáculo à felicidade. No entanto, também retrata o processo de enfrentamento e superação desses medos, a reconstrução pessoal, as conquistas e a possibilidade de recomeçar.
“O texto reflete as histórias que ouço de Renata, seu início no balé clássico, suas experiências na dança contemporânea, sua vida de atriz, suas lembranças da infância, sua relação e experiências como filha, esposa, amiga e suas batalhas como mulher negra dentro dessa estrutura social racista, branca e excludente. É um exercício de tentar entender as diversas violências a que ela foi e está sujeita, mas também seu poder de resiliência, suas vitórias e sua garra em continuar evoluindo como mulher e artista”, conclui César Mello.
Sobre a obra
O objetivo da peça é discutir novas perspectivas sobre o mundo em que vivemos, explorando como mulheres negras e brancas estão ocupando espaços historicamente segregados. A narrativa destaca mulheres empoderadas que, com sua coragem, se tornam figuras de destaque como ativistas de direitos humanos, artistas, escritoras, pensadoras e empresárias. O espetáculo é contemplado no Edital Cultura Negra da Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura da Cidade de São Paulo e ProAC Cultura Negra.
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“Que meninas e mulheres como Ruby Bridges, Maya Angelou e Carolina Maria de Jesus possam sempre inspirar um novo mundo, mais justo, amoroso e corajoso”, comenta Arlindo Lopes.
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A obra aborda sobre a liberdade, autodescoberta e empoderamento, revelando o que está à frente e por trás dos processos de reconstrução sociais, políticos e humanos. As trajetórias de figuras como Maya Angelou, Ruby Bridges, Carolina Maria de Jesus, entre outras, nos convidam a reconhecer o potencial dentro de uma existência subjetiva. Contar essas histórias amplia a compreensão de senso de responsabilidade diante das transformações profundas necessárias para superar injustiças históricas.
FICHA TÉCNICA
Dramaturgia: César Mello. Direção e produção: Arlindo Lopes. Elenco: Renata Vilela. Assistência de direção e preparação corporal: Vanessa Pascale. Figurinos: Tereza Nabuco. Cenário: Teca Fichinski. Iluminação: Daniell
SERVIÇO
Espetáculo Pássaro na Gaiola
Estreia dia 31 de agosto de 2024, sábado, às 20h, e domingo às 17h no Teatro Estúdio.
Temporada: 31 de agosto até 22 de setembro
Classificação: 14 Anos
Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia entrada)
Vendas online: clique aqui.
Teatro Estúdio
Endereço: Rua Conselheiro Nébias, 891 – Campos Elíseos – São Paulo/SP
Capacidade: 113 lugares.
Sobre César Mello – Dramaturgia
Tem uma carreira sólida no teatro, cinema e televisão, com ênfase em musicais da Broadway e séries da Netflix. Já esteve em cinco novelas da Rede Globo, Viver a Vida, Lado a Lado, Sangue Bom, Babilônia e A Lei do Amor. César atuou em várias produções de destaque, incluindo o musical Uma Linda Mulher, as séries Sintonia e O Negociador, e os filmes Terapia da Vingança e O Sequestro do Voo 375.
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Sobre Arlindo Lopes – Diretor e Produtor
Atuou em peças como Um Homem Chamado Shakespeare e O Jardim Secreto. Ele produziu e atuou no monólogo Leonilson e no musical A Ver Estrelas, ganhando o Prêmio Zilka Sallaberry de Melhor Direção. Arlindo também atuou em Transpotting, que recebeu o Prêmio Shell de Direção. Dirigiu As Aventuras do Menino Iogue, vencedor de 11 prêmios CBTIJ e Botequim Cultural, seguido por Ombela, que ganhou 9 categorias do Prêmio CBTIJ, também foi produtor e diretor do musical infantil Menino Mandela.
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Sobre Renata Vilela – Atriz
Renata é atriz, cantora e bailarina, com atuações em TV, cinema e teatro. Esteve na série Beleza Fatal da HBO Max e na peça Kafka e a Boneca Viajante. Atuou em séries como O Coro, Assédio, Spectrus, e Segunda Chamada, além dos filmes Nada a Perder 1 e 2. No teatro, interpretou musicais como O Rei Leão, Cats e Cartola.
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