‘Eu Sou um Monstro’ prorroga temporada no Teatro Vivo. Criado a partir de um acontecimento da vida do artista Francis Bacon, o trabalho mescla teatro, performance, vídeo e artes plásticas para propiciar uma experiência única ao espectador
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Na véspera da estreia de uma importante exposição, um artista encontra seu namorado morto e deixa o corpo no mesmo lugar, para não atrapalhar o grande dia. A história, com ares de filme de mistério, aconteceu com o pintor anglo-irlandês Francis Bacon (1909–1992) e inspirou Fause Haten a criar a performance “Eu Sou um Monstro”, que prorroga sua temporada em São Paulo, de 6 a 28 de julho, no Teatro Vivo. O espetáculo estreou em abril de 2024 no Sesc Pompeia.
Tudo começou a partir da palavra. Haten, que transita entre as diversas artes, ficou muito impressionado com esse relato e escreveu um conto ficcional. Em um determinado momento, surgiu a ideia de transportar a narrativa para o teatro – foi quando começou a fazer leituras individuais para amigos atores e diretores de teatro. Nessas leituras sempre gravadas e roteirizadas depois, foi performando de improviso todo o restante da obra.
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“Eu Sou um Monstro” alcançou seu formato final e fez uma temporada na Casa Rosa Salvador, em 2022. Na prática, o universo desenvolvido pelo conto foi expandido para se tornar esse teatro-performance site specific, ou seja, que pode ser adaptado e alterado por cada espaço onde é encenado.
Sobre a encenação
Fause Haten quer levar o público a uma vivência singular. Tudo aquilo que é, pode não ser. E tudo aquilo que deveria ser, talvez não seja. Todas as expectativas da rotina de um espetáculo teatral como a chegada, a entrada e o fim podem ser subvertidas e a mágica do teatro se fará por outras vias. “Talvez as projeções de imagens do espetáculo aconteçam dentro da cabeça do espectador. ‘Eu Sou um Monstro’ se apresenta como teatro, mas poderia ser uma exposição ou uma performance de artes visuais. Mas o trabalho é mais do que isso”, comenta o artista.
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Como estilista, Fause extrapola ao também performar seus desfiles. Como ator, cria seus textos, cenários e figurinos. As artes plásticas também estão presentes na cena ou nos seus processos de criação. Neste trabalho, em particular, tudo está amalgamado, as artes cênicas, visuais e a moda estão presentes.
As obras visuais presentes no espetáculo são fotos-performances elaboradas com o rosto de Fause acrescido de diferentes materiais, como fitas, cordões e adesivos. Essas imagens provocam distorções em busca de um “novo” rosto ou da revelação de um interior desconhecido.
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Neste jogo, o artista coloca na mesa as inquietações de um artista a respeito da arte. “Quando eu li ‘Os anormais’, de Michel Foucault, que estabelece uma relação entre o exame psiquiátrico e o direito penal, partindo da análise de grandes casos de monstruosidade criminal, vi várias frases que se eu tirasse a palavra monstro e colocasse artista, o sentido se manteria. Então, estou assumindo que sim, somos monstros: deixamos as pessoas sem ar e fazemos coisas inimagináveis. Eu sou um artista e quero redesenhar o mundo!”, defende.
Sobre Fause Haten
Fause Haten é um artista reconhecido pela sua trajetória na moda. Desde 2006, abriu seus horizontes para o campo das artes, iniciando pelos estudos em artes cênicas no Teatro Escola Célia Helena, onde se formou em 2010.
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Participou de vários trabalhos como ator, entre os quais destacamos “A Feia Lulu” (2014) e “Lili Marlene Um Anti Musical” (2017), em que escreveu, dirigiu e atuou. Entrando pela porta do teatro, foi se reconhecendo também como performer e acabou chegando nas artes visuais.
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Sua pesquisa, sempre muito relacionada ao corpo, parte do seu próprio como matéria-prima principal. O seu ponto de partida é a sua habilidade em fazer imagens e na construção escultórica a partir de tecidos, fios, linhas e pedrarias.
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O seu ponto de chegada tem sido a construção de uma nova realidade. Suas plataformas de expressão são a performance, vídeo, fotografia, escultura, pintura têxtil e pintura a óleo.
SINOPSE
Escrita a partir de um acontecimento na vida do artista Francis Bacon (1909/1992) e seu namorado George Dyer, o performer pretende submeter seu público a experiência de sentir um ser idolatrado se transformar em um Monstro dentro delas. O sentimento de admiração e aversão colocados em confronto.
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FICHA TÉCNICA
Fause Haten – Diretor, Ator e Autor | Caetano Vilela – Designer de Luz | Associação SÙ de Cultura e Educação – Gestão e Produção | Bruno Lemos – Fotografia | Canal Aberto – Márcia Marques e Daniele Valério – Assessoria de Imprensa
SERVIÇO
Espetáculo ‘Eu Sou um Monstro’
De 6 a 28 de julho 2024, sábados às 20h e domingos às 18h.
Teatro VIVO – Espaço Convivência – Avenida Doutor Chucri Zaidan, 2460 Morumbi, São Paulo
Ingresso: R$100 (inteira), R$50 (meia-entrada)
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Recomendação de idade: 14 anos
Capacidade: 30 lugares Duração: 50 minutos
Para informações sobre outras programações, nos acompanhe: @teatrovivosp
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> Siga: @fausehaten | @associacaosu | @teatrovivosp | @vivo.cultura
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