AGENDA CULTURAL

Exposição “Entre a Terra e a Eternidade” no Espaço Cultural Correios, Niterói–RJ

Movimento Vozes do Mundo inaugura exposição “Entre a Terra e a Eternidade” para celebrar a força e ancestralidade das mulheres indígenas em Niterói. A exposição resgata e reinventa saberes ancestrais por meio da arte e trabalhos que evocam memórias coletivas, resistência cultural e os ciclos de transformação que atravessam gerações.
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O Movimento Vozes do Mundo dá continuidade ao seu Programa Artístico de 2025 com a abertura da exposição “Entre a Terra e a Eternidade”, que estreia no dia 15 de março, no Espaço Cultural Correios Niterói, e segue até 26 de abril de 2025. A mostra coletiva celebra a força, a memória e a espiritualidade das mulheres indígenas, reunindo obras de dez artistas que resgatam e reinventam saberes ancestrais por meio da arte.

As artistas Ana Maria KaririCamila CanelaCamila SolCarolina PotiguaraEmiliana MarajoaraEva TupinambáKaolin MaxakaliMandacaru KarajáMaria Karajá e Tapixi Guajajara apresentam trabalhos que evocam memórias coletivas, resistência cultural e os ciclos de transformação que atravessam gerações. A exposição é concebida como um espaço de valorização, onde arte, história e luta se entrelaçam para convidar o público a refletir sobre a relação com os povos originários e seus territórios.
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“Nessa segunda amostra do Vozes do Mundo, que busca ser um movimento plural e singular, destacamos a força e a resistência das mulheres indígenas. Aqui, a arte e a cultura se tornam ferramentas poderosas de diálogo e transformação social, amplificando suas vozes e reafirmando a importância de seus saberes. Acreditamos no potencial da arte para questionar, inspirar e reimaginar realidades.” afirma Mariana Bahia, fundadora do movimento. “Nosso objetivo – e falo em nome de toda a nossa equipe – é criar um espaço de reflexão coletiva, conectando apoiadores de diversas áreas para fortalecer um entendimento sensível e profundo sobre a preservação da memória.”

Programação Cultural
Além da mostra, o evento oferece oficinas e atividades que aprofundam a experiência do público: Oficina Escritas da Terra: O grafismo indígena como releituras do amanhã.  Conduzida por Carolina Potiguara e Tapixi Guajajara, a atividade explora o grafismo como instrumento de identidade, comunicação e resistência, conectando os participantes às formas de expressão ancestrais. Em Contos Amazônicos, a arte-educadora Emiliana Marajoara conduz uma experiência sensorial que resgata a tradição oral da Amazônia. A artista narra lendas como Matinta PereraUirapuru e Luapê Jaçaña, utilizando instrumentos tradicionais, como chocalhos e apitos, para criar uma ambientação que transporta o público para o universo das encantarias. Essa exposição é mais do que um evento artístico — é um convite à escuta, ao respeito e à conexão com as vozes ancestrais que seguem ecoando pela eternidade.

Camila Canela | Vozes do Mundo apresenta “Entre a Terra e a Eternidade”

SERVIÇO
“Exposição Entre a Terra e a eternidade”
Período/data: 15 de março a 26 de abril de 2025
Visitação: Terça a sexta, das 11h às 18h; sábado, das 13h às 18h
Gratuito
Local: Espaço Cultural Correios Niterói
Endereço: Av. Visconde do Rio Branco, 481 – centro, Niterói–RJ
Redes sociais e contato: @vozesdomundo_
E-mail: vozesdomundo.contato@gmail.com
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FICHA TÉCNICA
. Curadoria: Mariana Bahia
Produção: Sarah Chrispino, Mariana Marques, Emanuel Barbosa
Produção cênica: Gabriela Moussa
Expografia: NAVÁ Design e Arte
Pesquisa cultural: Eva Tupinambá
. Assessoria de imprensa: LEAD Comunicação / Flávia Tenório e Karollayne Dias

Mais sobre as artistas 
Ana Maria Kariri
Indígena da etnia Kariri da Paraíba. Escritora, Professora, mediadora de leitura, contadora de histórias e coordenadora cultural do Coletivo Tuxaua rede desaberes indígenas e Cultura popular.

Camila Canela
Camila Kahhykwyú Canela é indígena em diáspora, da etnia Apanjêkra Canela, assim denominada por seu povo. Formada em Ciências Sociais pela UFF-RJ e tem especialização em Arte Contemporânea e Educação pela UFT-TO. É multi-artista, ativista e seu último mural foi vencedor do edital “Sem justiça climática não hádemocracia” da Escola de Ativismo, importante organização brasileira. Suas obras encontram-se em coleções em todo o Brasil, incluindo o acervo da galerista Karla Osório. E de colecionadores internacionais em Honduras, França e Arábia Saudita.

Camila Sol
É uma artista visual mineira, graduada em Serviço Social pela UMEG e graduando em Design na PUC – Rio. Taróloga e professora de desenho e pintura para crianças. Suas pesquisas e práticas vêm sendo experienciadas através do seu contato com a natureza e a conexão com a espiritualidade. Através de sua relação e contato com a terra e água recebe os acessos a sua ancestralidade. Camila é indígena puri, e está em seu processo de retomada juntamente com a aldeia maracanã e seus processos criativos. Em seu trabalho busca a relação com o lado selvagem como forma de externalizar as imagens presentes em suas memórias.

Carolina Potiguara
Indígena da etnia potiguara da Paraíba, arte educadora, contadora de história e oficineira; historiadora pela UFF e mestre em Línguas indígenas pela UFRJ; membro do Conselho Gestor de políticas Indígenas (REDE CEDIND RJ), da Rede de Comunicação de Mulheres Indígenas (RedeGrumim).

Emiliana Marajoara
Contadora de Histórias, escritora. Arte Educadora pelo Instituto de Arte Tear/RJ. Bacharel em Direito e Atriz pelo Serviço de Teatro da UFPA. Técnica Circense pela Escola Nacional de Circo do RJ. Especialista em Línguas Indígenas Brasileiras -Departamento de Antropologia/UFRJ.

Eva Tupinambá
É uma artista multimídia brasileira. Suas obras surgem de seu interesse e pesquisa transdisciplinar na linguagem e na incorporação da memória coletiva, assim como seu arquivamento em artefatos e objetos culturais. Como artista multimídia, ela combina esculturas, instalações, projeções de vídeo, para questionar um processo de abstração do espectador e suas implicações em um diálogo social. Os muitos corpos de trabalho de Rocha surgem da performance e se espalham por diferentes materiais e formas pessoais que servem à sua linguagem dramática. Seu trabalho provoca o espectador a participar da obra como espectador, voyeur ou cúmplice.

Kaolin Maxakali
É indígena em contexto urbano, tendo vivido a maioria da sua vida em favelas do RJ. Mãe, artesã, fotógrafa e artista plástico, tentando sempre capturar e eternizar momentos e sentimentos, em fotografias e desenhos ou peças produzidas por ela.

Mandacaru Karajá
Conhecida como Mandacaru Karajá nasceu na cidade de Santana, no estado do Amapá, atualmente mora no Rio de Janeiro, no Bairro de Santa Teresa, com seu mestre marido artista plástico Domingos Cardoso e seus três filhos. Cursando licenciatura em artes visuais pela Estácio. Autodidata, já comercializei meus trabalhos para diversas partes do mundo. Dedico-me apenas quatro anos de pintura.

Maria Karajá
Artista jovem da etnia Karajá, Maria explora temas como identidade, resistência e a conexão com a natureza, através da pintura. Tem se aprofundado no estudo de gênero e linguagem digital, buscando novas formas de dialogar com o público e ampliar a representação indígena nas plataformas digitais @zahytata_ Seu trabalho é um reflexo da busca por visibilidade, diversidade e a preservação das tradições de seu povo no contexto atual.

Tapixi Guajajara
Artista multidisciplinar indígena do povo Guajajara, natural do Maranhão e residente no Rio de Janeiro há 18 anos. Atua como cantora, pintora, artista visual, artesã, palestrante e figurante, trazendo em sua produção a força da ancestralidade e a expressão da cultura indígena. Sua arte transita entre diferentes linguagens, explorando o grafismo, a oralidade e as narrativas visuais como formas de resistência e valorização de sua identidade.

Revista Prosa Verso e Arte

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