Filpo Ribeiro lança álbum ‘Arribação’

Filpo Ribeiro lança álbum ‘Arribação’, um tributo à cultura instrumental brasileira e suas sonoridades únicas. Juntam-se a Filpo Ribeiro nesta jornada musical, Alisson Lima e Lincoln Pontes, além dos convidados especiais Nicolas Krassik, Teco Cardoso e Zé Pitoco
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Filpo Ribeiro trabalha há mais de 20 anos executando e pesquisando instrumentos da tradição popular brasileira como rabeca, viola caipira, marimbau e violão. Também atua como produtor musical e construtor/luthier de rabecas e marimbaus. É um dos criadores do grupo Jovens Fandangueiros do Itacuruçá, da Ilha do Cardoso (Cananéia/SP). Durante dois anos trabalhou junto ao grupo Paranapanema pesquisando e executando repertório baseado no samba paulista, congadas e batuques de umbigada. Nesse mesmo período estudou na Universidade Livre de Música (atual EMESP – Tom Jobim) e na Faculdade Alcântara Machado (FAAM).
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Participou de shows e gravações com artistas como Sebastião Biano, Oswaldinho do Acordeon, Nelson da Rabeca, Naná Vasconcelos, Mestre Luiz Paixão, Zeca Baleiro, Siba, Ná Ozzetti, Ceumar, Comadre Fulozinha, Banda de Pífanos de Caruaru, Cia Cabelo de Maria, Tião Carvalho, Socorro Lira, Di Freitas e Kátya Teixeira. Em 2012 gravou o programa Ensaio (TV Cultura) com o projeto solo de Sebastião Biano, da Banda de Pífanos de Caruaru.

Em outras áreas artísticas, atuou nas performances musicais Audição, da artista Cinthia Marcelle, em 2012, na mostra O interior está no exterior, com curadoria do suíço Hans Ulrich Obrist, na icônica Casa de Vidro de Lina Bo Bardi; e também na performance Mbamba Mazurek, da artista polonesa Iza Tarasewicz apresentada na 32ª Bienal de São Paulo, em setembro de 2016.
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Foi fundador e integrante do grupo Pé de Mulambo, ao lado dos músicos Guluga (Recife/PE) e Rone Gomes (Olinda/PE), cujo trabalho reuniu composições próprias e temas tradicionais relacionados ao universo da rabeca brasileira e da viola de dez cordas. Com eles, lançou dois CDs: Segura Essa Munganga aí, Menino!, (2011), e Giro Solto (2013), assinando a direção musical ao lado de Marcos Alma (ambos pelo Selo Cooperativa de Música/Tratore). O primeiro disco foipremiado no mesmo ano pelo edital ProAC (Programa de Ação Cultural) da Secretaria de Estado da Cultura e, em 2012, foi finalista do 23º Prêmio da Música Brasileira 2012 na categoria “Melhor grupo – música regional”. Em 2014 deu sequência na pesquisa da rabeca e viola brasileira criando o grupo Filpo Ribeiro e a Feira do Rolo, realizando shows e oficinas ligadas à cultura popular, forró e o universo dos dois instrumentos. Em 2016, o CD Sebastião Biano e seu terno Esquenta muié foi finalista do 27º Prêmio da Música Brasileira como melhor álbum instrumental.

Com seu grupo Filpo e a Feira lançou o CD Contos de beira d’água (2017), aprovado pelo edital ProAc, realizando shows de lançamento por diversas cidades do Estado de São Paulo. Em junho de 2018 realizaram shows em Stuttgart, Alemanha, participando do Festival Forró de domingo, ao lado de Oswaldinho do Acordeon.
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Em outubro de 2018 e dezembro de 2019 excursionou pelo Japão realizando uma série de apresentações, gravações e oficinas ao lado do maestro Michio O’Hara (cravo), nas cidades de Tóquio, Nagoya, Osaka, Komaki, Yokkaichi, Kasugai e Obu, divulgando a música da rabeca, desde a tradição medieval até a sua presença na música brasileira. Realizou também apresentações solo acompanhado pela percussionista Honami Kikawa e pelo violonista Yasuhisa Takada; além de participações com os grupo Forró Legal, Pífano Tóquio; e com o duo formado pela cantora Mio Matsuda (Kyoto) e a pianista Mika Mori (residente em Nova Iorque).

Em 2022 foi convidado para o Festival Galícia Fiddle, em Vigo, Espanha, para realizar concertos, ao lado de Alisson Lima, e ministrar workshops sobre a rabeca brasileira.
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Com seu projeto solo de música instrumental Arribação foi contemplado pela 6ª Edição do Edital de Apoio a Música para a Cidade de São Paulo, realizando em 2023 a gravação do CD Arribação, e uma série de shows e workshops na capital.
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Prêmio Grão de Música – Em 2019 Filpo Ribeiro foi um músicos dos contemplados pelo Prêmio Grão de Música juntamente com Rolando Boldrin, Marlui Miranda, Alessandra Leão, Josyara, Geovana, entre outros.
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Prêmio Inezita Barroso – Em março de 2020 foi premiado pela 4ª Edição do Prêmio Inezita Barroso, oferecido pela Comissão de Educação e Cultura (CEC) da Assembleia Legislativa de São Paulo. As indicações contemplaram personalidades apontadas por parlamentares e pela sociedade civil, tendo como critério a música caipira de raiz. No caso, o trabalhos de pesquisa e difusão de Filpo junto a cultura do fandango caiçara do Estado de São Paulo.

Lincoln Pontes, Filpo Ribeiro e Alisson Lima – foto @daisy_aserena

ARRIBAÇÃO – FILPO RIBEIRO
“Arribação” show e álbum instrumental do músico e pesquisador, Filpo Ribeiro, com Alisson Lima nas percussões e cavaquinho e Lincoln Pontes nas violas de 7 e 11 cordas, violão e cavaquinho. Este trabalho explora os timbres e sonoridades peculiares da cultura popular brasileira, mas ainda pouco conhecidos, como a rabeca, o marimbau, a viola de 10 cordas e o pífano.
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Passados alguns anos executando projetos voltados para a canção, em 2018, Filpo foi convidado para realizar concertos, gravações e oficinas ao lado do cravista Michio Ohara, no Japão. Surgiram então outros convites para apresentações solo por diversas cidades. Esse novo formato o fez olhar com mais atenção para as possibilidades de seus instrumentos, resultando em novas composições, além de arranjos instrumentais para algumas de suas canções. Deste processo surgiu o repertório do CD “Arribação” lançado em 27 de setembro de 2023.

Como são escassos os registros e pesquisas comprometidos com a manutenção e divulgação dessa sonoridade, o CD e o show Arribação possibilitam que instrumentos tradicionais como a rabeca, o marimbau, pífano e a viola caipira, consigam ocupar novos espaços no cenário musical nacional e internacional, promovendo trocas de saberes, instigando a curiosidade e, principalmente, lhe atribuindo a sua devida importância.
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A sabedoria popular presente na cultura nordestina, caipira e caiçara, e a relação destas comunidades com a natureza e o ambiente à sua volta, influenciam diretamente este trabalho através de elementos como a oralidade, conhecimento empírico e o improviso (não só musical). Isso se evidencia nos processos de composição, arranjo e no próprio ofício de artesão, dado que Filpo é construtor de rabecas e marimbaus.
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O trabalho possui arranjos inspirados na simplicidade e na sutileza dos temas instrumentais presentes na música tradicional. No contexto dessas matrizes, tais arranjos são lapidados e
maturados ao longo de anos; no caso de “Arribação”, são músicas autorais, compostas especificamente para estes instrumentos. Consequentemente, as apresentações deste projeto podem estabelecer um rico diálogo ao introduzir elementos da cultura popular nas salas de concertos e teatros, normalmente restritos à música erudita, e ao mesmo tempo trazer a música instrumental para os terreiros, feiras e quintais, palcos das manifestações tradicionais.

Capa do álbum ‘Arribação’ • Filpo Ribeiro • Selo Independente – distribuição Tratore • 2023

DISCO ‘ARRIBAÇÃO’ • Filpo Ribeiro • Selo Independente / distribuição Tratore • 2023
Músicas / compositores
1. Casa de Reza (Filpo Ribeiro e Nilton Júnior) / Chegada (Filpo Ribeiro)
2. Forró pro Ju (Filpo Ribeiro)
3. Ibyrá (Filpo Ribeiro)
4. Quatro cantos (Filpo Ribeiro)
5. Caicó (Heitor Villa-Lobos e Teca Calazans)
6. Toque de afinação (Filpo Ribeiro)
7. Xoro sem C (Filpo Ribeiro)
8. Arribação (Filpo Ribeiro)
9. Moendo cana (Filpo Ribeiro)
10. Balança, mas não cai (Filpo Ribeiro)
11. Curimataú (Filpo Ribeiro)
12. Enquanto a Thais não volta (Filpo Ribeiro)
– ficha técnica –
Filpo Ribeiro (rabeca – fx. 1, 2, 3, 6, 7, 9, 10, 12; pífanos – fx. 1; viola de 11 cordas – fx. 1, 4; mirambau – fx. 5, 8, 11) | Lincoln Pontes (violão de 7 cordas – fx. 1, 3, 10; cavaquinho – fx. 2, 7, 9, 10, 12; viola dinâmica de 7 cordas – fx. 5, 7; viola de 11 cordas – fx. 8, 11) | Alisson Lima (caixa do divino – fx. 1; gizo – fx. 1; pandereta – fx. 1; pandeiro – fx. 2, 3, 6, 7, 9, 10, 11, 12; vasos – fx. 4; ferros – fx. 4; triângulo – fx. 4, 8; cavaquinho – fx. 5; reco de concha – fx. 8, zabumba – fx. 8; caxixi – fx. 8; caracachá – fx. 8; reco – fx. 10; ganzá – fx. 10, 11; tamborim – fx. 10) | Participações especiaisNicolas Krassik (violino – fx. 2) | Teco Cardoso (flautas e pífanos – fx. 3) | Zé Pitoco (clarinete – fx. 7) | Produção musical: Filpo Ribeiro | Produção executiva: Elisa Carvalho e Filpo Ribeiro | Gravação: Marcos Alma (Estúdio Nheengatu) | Edição e mixagem: Marcos Alma e Filpo Ribeiro | Masterização: Marcos Alma (Estúdio Nheengatu) | Fotos: Daisy Serena | Concepção gráfica: Juliana Santos | Gravado em São Paulo no estúdio Nheengatu em abril de 2023 || As rabecas e marimbau usadas nas gravações foram confeccionadas por Filpo Ribeiro | Assessoria de imprensa: Moisés Santana / Tambores Comunicações | * Projeto contemplado pela 6ª Edição do Edital de Apoio a Música para a cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura | Selo: Independente | Distribuição: Tratore | Formato: CD / Digital | Ano: 2023 | Lançamento: 27 de setembro | #* Ouça o álbum: clique aqui
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>> Filpo Ribeiro na rede: Instagram | Facebook | Youtube | Linktree

 

SOBRE OS ARTISTAS LINCOLN PONTES E ALISSON LIMA

Lincoln Pontes @daisy_aserena

Lincoln Pontes – Formado em Violão Popular no Conservatório Musical Beethoven, estudou Composição na Universidade Julio Mesquita Filho – Unesp. Estudou Harmonia com a pianista e arranjadora Sílvia Góes. Realizou o curso de Técnica Avançada para Cavaquinho com o Professor Marcelo Cândido, na Emesp. Estudante do primeiro ano do curso Prática Instrumental Avançada para Cavaquinho, na Emesp. É membro e um dos fundadores do grupo Baião Lascado, presente na cena musical paulista. Já passou por Casa de Francisca, Teatro Artur de Azevedo, Teatro Décio de Almeida Prado, Teatro Cassilda Becker, Casa Barbosa, Al Janiah, Paço do Frevo, Poço das Artes, SESIs, Sesc Instrumental Brasil e outras unidades do SESC. Ex-membro e um dos fundadores do quarteto Fios de Choro. Tem experiência como músico de teatro e espetáculos, tendo trabalhado como instrumentista e diretor musical no Teatro VentoForte , Trupiscada e Cia São Jorge de variedades. Acompanhou Cássio Scapin e Laila Garin na Jornada do Patrimônio 2019. Idealizador do Projeto Dois Cavacos e Um Pandeiro, que visa expandir a cultura cavaquinística recebendo diversos convidados cavaquinistas. Criador do Dicionário de Acordes para Cavaquinho. Já se apresentou ao lado de Tião Carvalho, Ana Maria Carvalho, Edmílson do Pife, Luiz Paixão, Filpo Ribeiro, Cosme Vieira, Rafael Toledo, Henrique Araújo, Marcelo Pretto, Lincoln Antônio, Jonathan Silva, Juçara Marçal, Marcos César entre outros.

Alisson Lima @daisy_aserena

Alisson Lima – Bailarino e músico, iniciou sua carreira em Recife (PE) aos 14 anos, tendo vivências em danças de matrizes populares e capoeira. Participou do curso de formação em Dança Contemporânea e Clássica no Grupo Experimental. Realizou de diversos espetáculos e coreografou outros. Desenvolveu cinco trabalhos solos de dança, cujas temáticas perpassam o universo das manifestações populares brasileiras. Foi vicecampeão (2010) e campeão (2011) no Concurso de Passista de Frevo de Recife (PE); recebeu prêmio de melhor solo e bailarino no Festival Internacional de Dança Encut (2013). Integrou comissões julgadoras de concursos e festivais de dança no Brasil, assim como a curadoria do Festidança (2019). Ministrou cursos de frevo, capoeira e danças brasileiras em universidades e centros culturais nacionais e do exterior. Ministrou aulas de dança na Escola Municipal de Frevo do Recife, de 2009 a 2011, e vem realizando diversos cursos livres de frevo, capoeira e danças brasileiras em universidades e centros culturais nacionais e do exterior; dentre eles, a Universidade Federal de Ouro Preto; a Universidade del Valle (Colômbia); o curso de pós-graduação da Faculdade Rudolf Steiner (São Paulo/SP); e em unidades do SESC, em São Paulo e Minas Gerais. Atualmente, ministra aulas de danças populares brasileiras no Instituto Brincante. Atua desde 2011 como músico, percussionista, na banda do multiartista Antônio Nóbrega, com quem também é bailarino; é integrante da banda do multi-instrumentista Zé Pitoco e do grupo Filpo e a Feira. Integra os projetos Forró Picadinho, do compositor Danilo Moraes; e o projeto Rendez-Vous, do músico francês Nicolas Krassik.
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Série: Discografia da Música Brasileira / MPB / Música instrumental / Álbum.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske

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