O ator Gilson de Barros estreia sua última criação, no Futuros – Arte e Tecnologia, e fecha a temporada apresentando as três peças da Trilogia Grande Sertão: Veredas. A direção é de Amir Haddad.
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Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, editado em 1956. O romance, que revolucionou a literatura brasileira, já teve adaptação para o cinema e a TV, e atribui ao sertão mineiro dimensão universal e metafísica.
A trilogia começou a ganhar vida com a peça “Riobaldo” em março de 2020, no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Rio de Janeiro. Após uma breve temporada interrompida pela pandemia, o projeto manteve-se vivo pelo ator e diretor, e foi um dos pioneiros em apresentações virtuais. Em 2021, o espetáculo voltou aos palcos com temporadas no Rio de Janeiro em locais como a Casa de Cultura Laura Alvim e o Teatro Gláucio Gil. Em 2022, a peça percorreu o Brasil, começando por São Paulo e passando por Belo Horizonte e cidades do Circuito Guimarães Rosa.
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A segunda parte, “No Meio do Redemunho”, estreou no Rio de Janeiro em abril de 2023 e fez turnê por São Paulo e interior. Voltou a Belo Horizonte e se apresentou em outras capitais, como Porto Alegre e Florianópolis, sempre com uma recepção calorosa do público.
Em junho de 2024, expandiu seus horizontes para Portugal e Colômbia, levando a grandiosidade da obra ao público internacional.
A terceira peça, “O Julgamento de Zé Bebelo”, estreou em outubro de 2024 em São Paulo e fez temporada também em Belo Horizonte, chegando pela primeira vez ao Rio de Janeiro no Futuros – Arte e Tecnologia.
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Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura apresentam: TRILOGIA GRANDE SERTÃO VEREDAS. Tradução da obra de João Guimarães Rosa para a linguagem do teatro.
SINOPSES – TRÊS PEÇAS DA TRILOGIA GRANDE SERTÃO VEREDA
RIOBALDO
Personagem central do romance Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, o ex-jagunço Riobaldo relembra seus três grandes amores: Diadorim, Nhorinhá e Otacília. O incompreendido amor por Diadorim, o amigo que lhe apresentou a vida de jagunço e lhe abriu as portas do conhecimento da natureza e do humano, levando-o ao pacto fáustico; o amor carnal e sem julgamentos pela prostituta Nhorinhá; e o amor purificador por Otacília, a esposa, que o resgatou do pacto fáustico e o converteu num ‘homem de bem’.
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NO MEIO DO REDEMUNHO
Riobaldo, um ex-jagunço, hoje um velho fazendeiro, conversa com um interlocutor (o público). Nesse encontro, cheio de filosofia, ele conta passagens sua vida e reflete sobre a dialética: bem e mal. Na juventude, por amor a Diadorim, e para conseguir coragem e força, fez o que julga ser um pacto Fáustico. Durante a narrativa, o personagem se vale de várias histórias populares, para questionar: “o diabo existe?”.
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O JULGAMENTO DE ZÉ BEBELO
“O Julgamento de Zé Bebelo” retrata um dos momentos mais emblemáticos de “Grande Sertão: Veredas”, onde um chefe jagunço, ao ser derrotado, exige um julgamento justo, desafiando as tradições violentas do sertão. Guimarães Rosa pelo olhar de Amir Haddad e Gilson de Barros
FICHA TÉCNICA DAS TRÊS PEÇAS
Texto: Do livro Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa | Recorte e atuação: Gilson de Barros | Direção: Amir Haddad | Cenário e direção de arte: José Dias | Figurinos: Karlla de Luca | Iluminação: Aurélio de Simoni | Programação visual: Guilherme Rocha e Pedro Azamor | Fotos e vídeos: Renato Mangolin | Técnicos: Mikey Vieira e Pedro Azamor | Produção executiva: Marília Tapajóz | Assessoria de imprensa: Julio Luz / e Futuros – Arte e Tecnologia | Realização: Barros Produções Artísticas Ltda.
SERVIÇO
TRILOGIA GRANDE SERTÃO VEREDAS
Estreia: 24 de janeiro
O Julgamento de Zé Bebelo
De 24 de Janeiro a 9 de Fevereiro 2025, de sexta a domingo, às 19h.
Experiência da Trilogia completa
De 14 a 23 de fevereiro, de sexta a domingo, às 19h
– Riobaldo: sextas, 14 e 21 de fevereiro
– No Meio do Redemunho: sábados, 15 e 22 de fevereiro
– O Julgamento de Zé Bebelo: domingos, 16 e 23 de fevereiro
Local: Futuros – Arte e Tecnologia
Endereço: Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo, Rio de Janeiro/RJ
Classificação: 16 anos
Lotação: 63 lugares
Duração: 70min
Ingressos: R$ 60 (Inteira) | R$ 30 (meia-entrada) | R$ 39*(desconto GIRO 35%)
Compras online, Sympla: clique aqui.
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*Para validar o desconto, selecione a opção Giro MetrôRio e insira os 8 dígitos do seu cartão Giro (desconsidere os zeros no início do cartão) no campo ‘cupom promocional’ ou ‘código de desconto’. Regulamento: Válido para compra de até 2 ingressos. O desconto de 35% será aplicado no valor total do ingresso. Ao fazer o cadastro no ambiente Giro, aguarde até 48h úteis para validação do desconto. Será obrigatória a apresentação do cartão Giro, junto ao ingresso físico na entrada do Teatro para comprovação do desconto. Não cumulativo a outras promoções.
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**O Futuros – Arte e Tecnologia pratica meia entrada para estudantes, idosos, professores da rede municipal de ensino, pessoas portadoras de deficiência física e profissionais da classe artística. Além do documento de identificação com foto, deverá ser apresentado um documento comprobatório: carteira de estudante válida, documento de matrícula do semestre ou contracheque do mês (professores) e DRT ou SBAT (Artistas).
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***O espetáculo começa RIGOROSAMENTE no horário marcado e não será permitida a entrada após o inicio, não havendo troca de ingressos e/ou devolução do dinheiro.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
Estreia de “O Julgamento de Zé Bebelo”
De 24 de Janeiro a 9 de Fevereiro 2025
Sessões dias 24, 25, 26 e 31 de Janeiro, e 1, 2, 7, 8 e 9 de fevereiro
Sexta a domingo, às 19h
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Experiência completa da Trilogia Grande Sertão: Veredas
De 14 a 23 de fevereiro
– “Riobaldo”
Sessões dias 14 e 21 de Fevereiro.
Sextas, às 19h
– “No meio do Redemunho”
Sessões dias 15 e 22 de Fevereiro
Sábados, às 19h.
– “O Julgamento de Zé Bebelo”
Sessões dias 16 e 23 de Fevereiro.
Domingos, às 19h
MAIS SOBRE TRILOGIA GRANDE SERTÃO VEREDAS
• Tradução da obra de João Guimarães Rosa para a linguagem do teatro.
• Indicado ao Prêmio Shell Rio 2023 – categoria Melhor Ator – peça Riobaldo
• Indicado ao Prêmio Shell Rio 2023 – categoria Melhor Dramaturgia – peça Riobaldo
• Prêmio Arcanjo de Teatro 2024 – Categoria Especial – Trilogia
• Selo de Qualidade” O Teatro Me Representa” – 2024 – Categoria Melhor Ator – peça Riobaldo.
• Selo de Qualidade” O Teatro Me Representa” – 2024 – Categoria Melhor Ator – peça No Meio do Redemunho.
• Selo de Qualidade” O Teatro Me Representa” – 2024 – Categoria Melhor Espetáculo – peça Riobaldo.
• Selo de Qualidade” O Teatro Me Representa” – 2024 – Categoria Melhor Espetáculo – peça No Meio do Redemunho.
Guimarães Rosa pelo olhar de Amir Haddad e Gilson de Barros:
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Amir Haddad – @amirhaddadreal
Li as duas primeiras páginas do ‘Grande Sertão’ várias vezes até perceber que aquela ‘língua’ tinha tudo a ver comigo. O resto da narrativa devorei em segundos, segundo minhas sensações. Aprendi a ler, aprendi a língua, lendo este romance portentoso no original. Entendi! Não era uma tradução, era um livro brasileiro, escrito na ‘língua’ brasileira. Até hoje me orgulho de ser conterrâneo e contemporâneo de Guimarães Rosa. E tenho certeza de que qualquer leitor estrangeiro que ler o livro traduzido jamais lerá o que eu li. Assim como jamais saberei o que lê um inglês quando lê Shakespeare. Os realmente grandes são intraduzíveis.
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Gilson de Barros – @gilsondebarrosator
Há alguns anos venho estudando a obra de Guimarães Rosa, com ênfase no livro Grande Sertão: Veredas. Interpretar Riobaldo tem sido meu trabalho e minha dedicação. A cada releitura do livro, cada temporada da peça, a cada curso que participo, vou aumentando a compreensão da obra. O objetivo é traduzir a prosa Roseana para a linguagem do teatro. Pretensioso, eu sei. Mas, não imagino outra forma de enfrentar essa obra-prima, repleta de brasilidade. Por fim, registro a honra de estar no palco com o suporte de João Guimarães Rosa, Amir Haddad, Aurélio de Simoni e todos os colegas envolvidos nessa montagem. Evoé!.