Casuarina celebra 23 anos de estrada com o álbum “Retrato”, que chega às plataformas dia 8 de novembro, com as participações de Zeca Pagodinho, Péricles e Marina Iris
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Depois da homenagem a Rolando Boldrin (2022), o grupo Casuarina promove uma viagem musical ao começo de sua carreira, iniciada em 2001, no álbum “Retrato”, que chega às plataformas digitais dia 8 de novembro, via Biscoito Fino. O trabalho resgata a boa e velha prática da pesquisa de repertório, redescobrindo sucessos esquecidos e pérolas pouco exploradas por seus intérpretes e autores originais. Agora na formação de trio, o grupo carioca reuniu sambas que marcaram época e foram importantes para cada de seus integrantes, numa costura a seis mãos do repertório final.
Décimo primeiro na discografia do Casuarina, “Retrato” conta a participação de três convidados que entendem do riscado: Marina Iris, Péricles e Zeca Pagodinho. A cantora carioca e o mestre Zeca gravaram dois sambas garimpados pelo trio: “Cataclisma” e “Velhos Tempos”, respectivamente.
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Selecionado por Gabriel Azevedo (voz, pandeiro, percussão), “Cataclisma” é de autoria de Catoni e Valquir, dois compositores da Baixada Fluminense. “Quando ouvi este samba pela primeira vez fiquei impactado pela letra, que é muito atual e tem forte conteúdo político. Além da letra forte, a pegada melódica lembra um canto de capoeira, cheio de ancestralidade”, conta Gabriel. O convite para Marina Iris participar nesta faixa foi uma consequência natural. “Pensamos em uma cantora negra, uma mulher forte, com histórico político, e a Marina tem todas essas características. A escolha casou perfeitamente”, finaliza o vocalista do Casuarina.
Ícone do samba de São Paulo, Péricles imprimiu o vozeirão e a elegância característicos na versão de “Coração Feliz”, do repertório de Beth Carvalho. “Malandro sou eu”, outro clássico gravado pela madrinha do samba, entrou na lista de Rafael Freire e permaneceu no álbum: “Essa música me remete ao final da década de 1990, quando o pagode invadiu a Zona Sul. Passei a frequentar as rodas de samba da região ainda moleque, com 16 anos, ao lado de amigos de colégio que viriam a ser colegas de ofício. Sempre tive vontade de gravá-la”.
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Outro achado de “Retrato” é “Amarguras”, parceria de Zeca Pagodinho e Cláudio Camunguelo, originalmente gravada pelo Fundo de Quintal. “Cem Anos de Liberdade”, clássico samba-enredo da Mangueira, ganhou arranjo delicado, que foge da estética habitual do estilo. Bebendo na fonte de Jovelina Pérola Negra, o Casuarina foi buscar o samba “Catatau”, de aguçada crítica social, além de extremamente atual.
Já “Retrato cantado de um amor “(J. Roberto / Adilson Bispo) foi selecionada por João Fernando (arranjos, bandolim, violão tenor, cavaco e vocais): “É um samba belíssimo, eternizado pelo cantor Reinaldo, que dialoga com o segmento do pagode. Insisti para que entrasse no disco, sempre achei que ficaria bonito na voz do Gabriel. Fiz o arranjo pensando em valorizar a melodia, e a gravação ficou incrível: acredito que seja um dos destaques do novo álbum”.
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“Retrato” celebra a maturidade do Casuarina, que completa 23 anos de trajetória fazendo o que mais gosta: resgatando canções esquecidas e rememorando grandes sucessos.
Sobre o Casuarina
O grupo nasceu em 2001, em meio ao processo de revitalização do bairro da Lapa, no Rio de Janeiro. Foi ali, nos bailes da vida, que o projeto Casuarina teve início, revirando o baú da música popular brasileira.
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O começo de carreira culminou na gravação do primeiro disco do grupo, “Casuarina” (2005), indicado ao Prêmio da Música Brasileira e ganhador do extinto Prêmio Rival, concedido pela tradicional casa de shows carioca. Depois de lançar dois trabalhos de grande sucesso – “MTV Apresenta: Casuarina” (2010) e “10 anos de Lapa” (2012) -, além de projetos autorais como “Certidão” (2007), “Trilhos/Terra Firme” (2011) e “7 (2017), o Casuarina prestou homenagem ao saudoso Rolando Boldrin em 2022, com o álbum “O samba está na moda”.
DISCO ‘RETRATO’ • Casuarina • Selo Biscoito Fino • 2024
Canções / compositores
1. Coração feliz (Adilson Bispo, Marquinho PQD e Gerson Do Vale) | Participação especial Péricles
2. Amarguras (Zeca Pagodinho e Claudio Camunguelo)
3. Cataclisma (Catoni e Valquir) | Participação especial Marina Iris
4. Catatau (Guará)
5. Velhos tempos (Luiz Grande e Romildo) | Participação especial Zeca Pagodinho
6. Retrato cantado de um amor (Adilson Bispo e Zé Roberto)
7. Malandro sou eu (Arlindo Cruz, Franco e Sombrinha)
8. Cem anos de liberdade (Alvinho, Jurandir e Hélio Turco)
– ficha técnica –
Casuarina é: Gabriel Azevedo (voz, pandeiro, percussão) | João Fernando (arranjos, bandolim, violão tenor, cavaco, vocais) | Rafael Freire (cavaco, vocais) | Músicos convidados: Gabriel Guinther (bateria) | João Faria (baixo) | Mafram do Maracanã (percussão) | Pedro Holanda (violão de 7 cordas) | Fabiano Salek (percussão – fx. 8) | Fábio Queiroz (banjo – fx. 1, 2, 4, 6) | Coro: Elisa Addor, Beatriz Coimbra, Pedro Holanda | Participação especial: Péricles (voz – fx. 1) | Marina Iris (voz – fx. 3) | Zeca Pagodinho (voz – fx. 5) | Produção: Casuarina | Gravação, mixagem e masterização: Lucas Ariel nos estúdios da Biscoito Fino – Rio de Janeiro/RJ | Assistente de estúdio: Wallace Ferreira | Fotos de capa e divulgação: Jorge Bispo | Design de capa: Leliene Rosa | Figurino: Joanna Ribas | Assessoria de imprensa: Belinha Almendra / Coringa Comunicação | Selo: Biscoito Fino | Formato: CD digital | Ano: 2024 | Lançamento: 8 de novembro | ♪Ouça o álbum: clique aqui.
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>> Siga: @casuarinaoficial | @biscoitofino
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Série: Discografia da Música Brasileira / MPB / Canção / Samba / álbum.
Publicado por ©Elfi Kürten Fenske
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