Chegando em 2025 aos 50 anos de sua fundação, o Grupo Corpo celebra a trajetória que transformou o universo da dança contemporânea no Brasil.
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Em agosto, estreia novo balé com música original de Clarice Assad e inaugura parceria coreográfica de Rodrigo Pederneiras com Cassi Abranches – agora também coreógrafa residente da companhia.
Também chegarão ao público um livro e um documentário sobre a história da companhia mineira. O Corpo vai contar, ainda, com a parceria da Africa Creative, uma das agências mais criativas e inovadoras do mundo.
“Éramos presunçosos. Quando nossos pais cederam a casa em que morávamos, em Belo Horizonte, para que se tornasse a sede da companhia, achávamos que ia dar certo”, graceja Paulo Pederneiras, diretor artístico do Grupo Corpo. Paulo rememora o dia 22 de janeiro de 1975, na lembrança da fundação oficial do mais importante grupo de dança contemporânea do país. No ano seguinte, o sucesso do primeiro balé do Corpo – Maria, Maria, coreografia de Oscar Araiz, música original de Milton Nascimento e Fernando Brant – já apontava: ia dar certo, sim.
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Compositores de trilha original para a companhia (alguns colaboraram em mais de um balé): Milton Nascimento & Fernando Brant, Marco Antonio Araújo, Marco Antonio Guimarães & Uakti, José Miguel Wisnik, Philip Glass, Tom Zé & Gilberto Assis, João Bosco, Arnaldo Antunes, Caetano Veloso, Lenine, + 2 (Moreno, Domenico, Kassin), Samuel Rosa, Metá Metá, Gilberto Gil e agora Clarice Assad.
Cinquenta anos depois, alinham-se 43 obras criadas e montadas, com apresentações em 259 cidades de 41 países, além do Brasil. Ao longo da sua trajetória, encomendaram música original a duas dezenas de compositores, e dançaram obras do popular e do clássico. E não há dúvidas de que o Grupo Corpo mudou o panorama da dança no Brasil e tornou-se um embaixador cultural do país nos quatro cantos do planeta, da Tailândia aos EUA, da Rússia ao Canadá.
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O Corpo ampliou e consolidou o público de dança no Brasil. É o resultado da originalidade e da poesia do vocabulário coreográfico construído por Rodrigo Pederneiras, com um elenco impecável, e da extrema qualidade, cuidado e ousadia da direção de arte – cenografia, figurinos, iluminação. Sua brasilidade profunda e incontestável deságua na linguagem universal da grande arte.
2025
A festa de 2025 tem novo balé, naturalmente, que estreia em agosto, com música especialmente composta pela brasileiro-americana Clarice Assad – primeira mulher convidada a criar trilha para a companhia. Também esse ano, oficializa-se a presença de Cassi Abranches como coreógrafa residente, ao lado de Rodrigo Pederneiras. “A proposta de ter dois coreógrafos residentes trabalhando na mesma obra é pouco comum”, explica Paulo. “Serão visões diferentes da mesma trilha, criadas separadamente e depois combinadas”.
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Rodrigo, que completa 70 anos no dia 23 de janeiro de 2025, é sem dúvida um dos maiores coreógrafos brasileiros, mundialmente respeitado, responsável pela sólida construção da identidade coreográfica do Corpo. “Está sendo uma delícia trabalhar a quatro mãos”, diz, completando: “a Cassi é muito pé no chão”. E Cassi, paulistana que atuou como bailarina no Grupo de 2001 a 2013, considera o convite uma “volta para casa”. Desde 2009, porém, já coreografava – e assinou em 2015, para a companhia, a Suíte Branca, quando já coreografava para companhias brasileiras e estrangeiras.
A retrospectiva destes 50 anos também será feita em forma de documentário (direção de Janaína Patrocínio) e livro (elaborado pelo Estúdio Campo e publicado pela editora BEI, que vai reunir as extraordinárias fotos de José Luiz Pederneiras produzidas ao longo de décadas para os espetáculos da companhia).
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Neste ano, estabelece-se uma parceria muito especial: a agência Africa Creative (@africaoficial) encampou a campanha do cinquentenário, com direito a logomarca especial e iniciativas paralelas ao longo do ano.
Educação, formação, participação
Indubitável patrimônio cultural do Brasil, o Grupo Corpo sempre trabalhou pela formação de jovens e de público através de seu Corpo Cidadão, organização sem fins lucrativos que funciona desde o ano 2000 e dirigida por Miriam Pederneiras, outra dos irmãos fundadores, e da Corpo Escola de Dança, criada também há 50 anos.
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Em outro viés de formação e participação, dois programas estão ativos. Há 10 anos, funciona um bem-sucedido programa de doação incentivada para pessoas físicas (Amigos do Corpo, que oferece abatimento no imposto de renda) e inaugurou, em 2022, os Patronos do Corpo, que reúne figuras de destaque na vida nacional, com doações diretas e mais robustas. São formas de aproximação do público e maneiras de mobilizar a sociedade, trazendo um aporte financeiro importante.
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Assessoria de imprensa: Luciana Medeiros (nacional) / Paula Catunda (Rio de Janeiro) / Ângela Azevedo (Minas Gerais)