Grupo Sobrevento estreia Cadê o Sobrevento?: Vinte Anos Depois no Sesc Pompeia

Grupo Sobrevento estreia ‘Cadê o Sobrevento?: Vinte Anos Depois’ no Sesc Pompeia. Temporada acontece de 7 de setembro a 1º de outubro; encenação é voltada para público de todas as idades e traz texto inédito criado especialmente pelo argentino Horácio Tignanelli, um dos maiores nomes da dramaturgia para crianças e do Teatro de Bonecos da América Latina; Espetáculo volta a reunir artistas como Arrigo Barnabé (direção musical), João Pimenta (figurino) e Telumi Hellen (cenografia).
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Reconhecido internacionalmente como um dos mais destacados grupos brasileiros de Teatro de Animação, o Grupo Sobrevento estreia Cadê o Sobrevento?: Vinte Anos depois. A temporada acontece no Teatro do Sesc Pompeia (R. Clélia, 93, Lapa, São Paulo, SP), de 7 de setembro a 1º de outubro de 2023, sextas e sábados às 20h, e domingos e feriados às 17h. Os ingressos custam R$ 8, R$ 12,50 a R$25.

SINOPSE CURTA
Há 20 anos, o famoso Grupo de Teatro de Bonecos Sobrevento, conhecido pelo espetáculo “Cadê Meu Herói?”, desapareceu sem deixar vestígios. Grafites e protestos no país exigem respostas. No mesmo castelo que servia de cenário para o espetáculo de antigamente, uma baronesa aprisiona a sua filha, que busca explorar o mundo exterior ao completar 18 anos. Enfrentando monstros e heróis, a história revela as mudanças no Sobrevento, no seu Teatro e no mundo, passados vinte anos.

MONTAGEM
A encenação traz texto inédito, criado especialmente para o grupo pelo argentino Horácio Tignanelli, um dos maiores nomes da dramaturgia para crianças e do Teatro de Bonecos da América Latina.
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O espetáculo, que teve a orientação presencial do mestre chinês Yeung Fai (quinta geração de uma família especializada no Teatro de Fantoches do sudeste chinês), revela uma técnica de manipulação virtuosística e malabarística, em que os bonecos dão cambalhotas, estrelas, saltos mortais e são capazes de realizar ações muito delicadas e surpreendentes, como dançar com um leque, lutar e, até mesmo, servir um chá. Do lado de fora do castelo que serve de cenário à montagem, um telão amplia todos os detalhes da manipulação, mostrando a sutileza dos movimentos dos bonecos, alcançados por meio de um longo treinamento, iniciado em 1998, somado a toda a sem-cerimônia que o antropofágico Teatro brasileiro gosta de cultivar.
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A equipe é praticamente a mesma dos espetáculos mais recentes do Sobrevento – direção de Luiz André Cherubini, dramaturgia de Horácio Tignanelli, cenografia de Telumi Hellen, direção musical e músicas de Arrigo Barnabé, figurinos de João Pimenta, iluminação de Renato Machado e escultura dos bonecos de Agnaldo Souza e Mandy.
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No elenco estão os atores-manipuladores Agnaldo Souza, Luiz André Cherubini, Maurício Santana e Sandra Vargas. Haverá, também, intervenções gravadas em vídeos com a participação de artistas envolvidos no processo.

UMA DRAMATURGIA QUE ESPELHE AS MUDANÇAS DO NOSSO TEMPO
O texto mostra, de forma crítica e muito bem-humorada, as personagens apresentadas no espetáculo Cadê o meu Herói? (do mesmo autor) e traça um paralelo entre o que aconteceu com elas, com o Teatro e com o mundo, em um intervalo de 20 anos. E apesar de tantas mudanças, ou graças a elas, nos damos conta de que, mais do que nunca, precisamos do bom e novo diálogo para resolver os velhos problemas.
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O projeto é realizado pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio do Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

A LUVA CHINESA
A origem da arte dos bonecos de luva chineses perde-se no tempo e remonta, possivelmente, ao século XVI. Toda a movimentação dos bonecos demanda um longo treinamento que o Sobrevento desenvolve há mais de vinte anos. Nesta técnica, os bonecos podem fazer ações surpreendentes tais como ser jogados para o alto e retomados na mão; lançar flechas; servir e tomar chá; colocar óculos; manejar espadas, lanças e alabardas; lutar; vestir e desvestir roupas, entre muitas outras possibilidades.

Espetáculo ‘Cadê o Sobrevento?: Vinte Anos Depois’. Grupo Sobrevento – foto © Marco Aurélio Olímpio

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GRUPO SOBREVENTO
Fundado em 1986, o SOBREVENTO é um grupo profissional de Teatro que mantém um repertório de espetáculos e que se dedica à pesquisa, teórica e prática, da animação de bonecos, formas e objetos . Desde sua fundação, o Grupo mantém um trabalho estável e ininterrupto e tem-se apresentado em mais de uma centena de cidades de 23 estados brasileiros. O SOBREVENTO esteve, também, no Peru (1988), Chile (1996, 2002, 2009, 2010 e 2017), Espanha (1997, 1999, 2000, 2001, 2004, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2014 e 2018), Colômbia (1998 e 2002), Escócia (2000), Irlanda (2000), Argentina (2001), Angola (2004), Irã (2010), México (2010), Suécia (2011), Estônia (2011), Inglaterra (2013), França (2017), Eslováquia (2018), China (2017 e 2019) e Índia (2020), representando o Brasil em alguns dos mais importantes Festivais Internacionais de Teatro e de Teatro de Bonecos.
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Os mais recentes espetáculos do Sobrevento foram Mozart Moments (1991), Beckett (1992), O Theatro de Brinquedo (1993), Ubu! (1996), Cadê o meu Herói? (1998), O Anjo e a Princesa (1999), Brasil para Brasileiro Ver (1999), Submundo (2002), O Cabaré dos Quase- Vivos (2006), O Copo de Leite (2007), Orlando Furioso (2008), Meu Jardim (2010), Bailarina (2010), A Cortina da Babá (2011), São Manuel Bueno, Mártir (2013), Sala de Estar (2013), Eu Tenho uma História (2014), Só (2015), Terra (2016), Escombros (2017), Noite (2019), O Amigo Fiel (2019), Pérsia (2022) e Pra Lá de Teerã (2022).

SINOPSE
No enredo, o mistério do desaparecimento, há vinte anos, do Grupo de Teatro de Bonecos Sobrevento, que se tornou mundialmente famoso pelo espetáculo Cadê Meu Herói?, e que teria simplesmente sumido, sem deixar vestígios. Pichações e grafites espalhados pelo país somam-se à indignação de personalidades do meio teatral que cobram respostas das autoridades competentes. No mesmo castelo que servia de cenário para o espetáculo de antigamente, uma baronesa aprisiona a sua filha, por medo dos perigos do mundo além dos muros, quando ela, que completa seus 18 anos, insiste em partir. Povoado de monstros e paladinos que impedirão qualquer tentativa de resgate da donzela, a peça constitui uma aventura divertida e debochada sobre as mudanças do mundo e do próprio Sobrevento e seu Teatro, passados vinte anos.

Espetáculo ‘Cadê o Sobrevento?: Vinte Anos Depois’. Grupo Sobrevento – foto © Marco Aurélio Olímpio

FICHA TÉCNICA
Criação: Grupo Sobrevento | Direção: Luiz André Cherubini | Atores-manipuladores: Agnaldo Souza, Luiz André Cherubini, Maurício Santana e Sandra Vargas | Dramaturgia: Horácio Tignanelli | Assessoria de manipulação Luva Chinesa: Yeung Fai | Cenografia: Telumi Hellen | Cenotecnia: Casa Malagueta (Equipe: Giorgia Massetani, Júlia Leandro, Igor B Gomes, Dandhara Shoyama, João Chiodo, Shampzzs e Alício Silva) | Direção musical e músicas: Arrigo Barnabé | Figurinos: João Pimenta | Iluminação: Renato Machado | Técnico de iluminação: Marcelo Amaral | Escultura bonecos: Agnaldo Souza e Mandy | Bonecos e adereços: Agnaldo Souza | Figurinos bonecos: J. E. Tico | Assistência figurinos bonecos: Bernardo Puyol | Operação de som e vídeo: Lupe Cherubini | Direção de produção: Sandra Vargas | Produção executiva: Maurício Santana | Assistente de produção: Laura Vargas Cherubini | Assessoria de imprensa: Canal Aberto – Márcia marques, Caroline Zeferino e Daniele Valério | Programação visual: Marcos Corrêa / Ato Gráfico | Fotos: Marco Aurélio Olímpio | Vídeo: Icarus Filmes
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SERVIÇO
Cadê o Sobrevento?: Vinte Anos depois, do Grupo Sobrevento
De 7 de setembro a 1º de outubro de 2023
Temporada: sextas e sábados às 20h, e domingos e feriados às 17h
Local: Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93 – Pompeia – São Paulo/SP
Ingressos: R$ 8 (credencial plena), R$ 12,50 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino); e R$ 25 (inteira).
Classificação indicativa: para todas as idades
Duração: 50 minutos
Acessibilidade: sessões com intérprete de libras nos dias 7, 16, 23 e 30 de setembro
Ingressos à venda online a partir do dia 29/8, às 17h, e nas bilheterias a partir do dia 30/8, às 17h

Revista Prosa Verso e Arte

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