Badi Assad apresenta Ilha. Perto de comemorar 35 anos de carreira, viajando pelo mundo com sua música, a violonista, cantora e compositora acaba de lançar disco com parcerias com Chico César, Alzira E, Dani Black entre outros artistas
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“One woman band” (Uma mulher banda). Foi dessa forma que a imprensa Norte-americana carinhosamente apelidou Badi Assad, diante de seu virtuosismo ao misturar sua voz, seu violão e percussão em suas composições. Não por acaso, a Guitar Player a escolheu entre os 100 melhores artistas do mundo e Classical Guitar considerou-a, junto com artistas como AniDiFranco, Ben Harper e Tom Morello, um dos 10 jovens talentos que revolucionariam o uso dos violões nos anos 1990. E é no caldeirão de som da Badi, que a mistura, de forma sempre inusitada, combina música popular com erudita, música experimental com tradicional, rock com baião, batida ritmada com arpejos, há quase 35 anos.
Nesse momento, a artista viaja pelo Brasil e pelo mundo, divulgando seu mais recente lançamento, Ilha, álbum em que traz parcerias com grandes nomes da música popular Brasileira. “São reflexões e sentimentos sobre o lugar de onde viemos, sobre as energias opostas e complementares feminina e masculina, sobre ter encontrado um lugar seguro, representado por uma Ilha”, explica Badi.
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O disco é composto por seis canções inéditas e duas recém lançadas, a autoral “Eterno” e a composta em parceria com Lucina, “Fruto”. “Do silêncio veio o som”, “Traga-me”, “Ilha das Flores”, “Olhos d’água” e “Palavra” foram compostas em parceria com Chico César, Alzira E e Lívia Mattos. “Ilha do Amar”, além de trazer Dani Black como parceiro na composição, ele também participa como convidado especial na voz e violão.
Batizada como Mariângela Assad Simão, nasceu em 1966, em São João da Boa Vista (interior de São Paulo), mudando em seguida para o Rio de Janeiro, onde ficou até os 12 anos. Seus pais, Jorge e Angelina, decidiram mudar-se com a família para o Rio em 1969, para proporcionar aos seus irmãos Sérgio e Odair, aulas de violão clássico. Em meados dos anos 1980, já como Duo Assad, eles ganharam reconhecimento e popularidade internacionais.
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Badi seguiu os passos dos irmãos. Aprendeu piano ainda criança, mas já aos 14 anos, conquistava o primeiro prêmio como violonista. E então são 19 álbuns ao longo da carreira, sendo que um deles, o Wonderland (2006), selecionado entre os 100 melhores da BBC de Londres e um dos 30 melhores da Amazon.
Em 1998 Badi se mudou para os Estados Unidos para investir em sua carreira e lançou ‘Chameleon’, com repertório composto majoritariamente por suas músicas, em parceria com o ex-integrante da banda ‘Megadeth’, Jeff Scott Young. O álbum foi um sucesso internacional e sua música ‘Waves’ ficou entre as dez mais tocadas durante semanas na Espanha, assim como foi escolhida para integrar a trilha do filme ‘It runs in the family’ (com Michael e Kirk Douglas).
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Logo após esse lançamento, Badi descobriu uma incapacidade motora (distonia focal) que a impossibilitou completamente de tocar violão por quase 2 anos. Em período sabático, dedicado à sua reabilitação, Badi virou referência no assunto, sendo uma das primeiras (e poucas) pessoas a se recuperar da distonia no mundo. Depois da recuperação, retornou à cena musical, ao lado dos conceituados guitarristas de jazz Larry Coryell e John Abercrombie, no projeto ‘Three Guitars’, lançado pela Chesky Records.
Com o nascimento de Sofia, sua filha, em 2007, Badi mergulhou no universo das crianças, compondo a trilha trilha da peça teatral infantil ‘Convocadores de Estrelas’, do grupo ‘Seres de Luz’, emprestou sua voz para ‘Barulhinho Ruim’, música tema da personagem Bel, criada especialmente para a reestreia de Vila Sésamo, na TV Cultura (BR) e voltou a compor para a grande tela, quando a cineasta Denise Zmekhol a convidou, ao lado de Naná Vasconcelos, para compor a trilha do documentário ‘Children of the Amazon’, narrando o impacto que as famílias nativas sofreram na ocasião da construção da rodovia Transamazônica, no coração da floresta.
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Com ‘Amor e Outras Manias Crônicas’ (2012), Badi conquistou o prêmio de ‘Melhor Compositora pela APCA’ (Associação Paulista dos Críticos de Arte) e sua canção ‘Pega no Coco’ ganhou o 1º lugar no prestigiado ‘USA International Songwriting Competition’. Paralelamente Badi foi incluída na lista dos 70 mestres da história Brasileira do violão, sendo uma entre as três mulheres, assim como a única representante feminina de sua geração, pela Rolling Stones/BR.
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Em 2015, Badi foi convidada para trabalhar com a organização, sediada em Chicago, GATC (Genesis at the Crossroads), que tem como foco principal a construção da paz mundial. Com eles Badi integra, como violonista e vocalista, o grupo multicultural Saffron Caravan, ao lado do vocalista marroquino Aaron Besoussan, do virtuoso alaudista israelense-árabe, Haytham Safia e do percussionista venezuelano Javier Saumme. Além disso, ela atua como palestrante nas mesas redondas promovidas pela GTCA sobre artes e transformação de conflitos, assim como é responsável pelo programa de música para o Genesis Academy Summer Institute, um programa educacional de treinamento de liderança e construção da paz para jovens internacionais de áreas de conflito.
DISCO ‘ILHA’ • Badi Assad • Selo Independente • 2022
Canções / compositores
1. Ilha das flores (Badi Assad e Lívia Mattos)
2. Do silêncio veio o som (Badi Assad e Chico César)
3. Fruto (Badi Assad e Lucina)
4. Palavra (Badi Assad)
5. Ilha do mar (Badi Assad e Dani Black) | Participação especial Dani Black
6. Traga-me (Badi Assad e Alzira E.)
7. Olhos d’água (Badi Assad e Lívia Mattos)
8. Eterno (Badi Assad)
– ficha técnica –
Badi Assad (voz – fx. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8; vocais – fx. 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8; violão – fx. 1, 3, 6, 7; violões – fx. 2, 4) | Thomas Harres (bateria – fx. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8; percussão – fx. 1, 3, 4, 5, 6, 7, 8) | Gil Duarte (trombones – fx. 1, 3, 4, 5; flautas – fx. 1, 3, 5) | Marcio Arantes (samples – fx. 1, 2, 5, 7; baixo – fx. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8; guitarras – fx. 2, 3, 5, 8; violão 7 cordas – fx. 4; violão – fx. 8; vocais – fx. 2, 4, 5, 7) | Alê Ribeiro (clarone e clarinetes – fx. 6) | Participação Especial: Dani Black (voz, vocais e violão – fx. 5) || Produção musical e arranjos: Márcio Arantes | Gravado no Estúdio Audiorama, por Márcio Arantes e Vitor Paranhos, entre Abril e Agosto de 2021 | Mixagem: Gustavo Lenza, no Estúdio La Nave | Masterização: Carlos Freitas, no Estúdio Classic Master | Edições adicionais: Fernando Rischbieter, no Estúdio Matraca | Fotos: Gal Oppido | Assessoria de imprensa: Débora Venturini | Selo: Independente | Distribuição: Onerpm | Formato: CD / Digital | Ano: 2022 | Lançamento: 1 de julho | #* Ouça o álbum: clique aqui
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>> Badi Assad na rede: Instagram | Facebook | Youtube | Linkme.bio
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Série: Discografia da Música Brasileira / Canção popular / MPB / álbum.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske
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