terça-feira, novembro 5, 2024

José Medeiros – o olhar humanista do ‘poeta da luz’

José Medeiros viajou por quase todo o país inventariando – com uma câmera na mão – a cultura, as paisagens e as gentes do Brasil. Hoje seu acervo, com cerca de 20 mil imagens, entre negativos e fotos em papel, se encontra no Instituto Moreira Salles.

* Matéria corrigida em 5 de agosto de 2021.
Havíamos incluído, equivocadamente, fotos de dois fotógrafos homônimos na postagem original e, uma vez que a pretensão desse ensaio é trazer o olhar de José Medeiros, fotógrafo piauiense (1921-1990), as demais fotos foram retiradas.

Ao fotógrafo José Medeiros – colecionador de histórias, fotógrafo contemporâneo, nossas sinceras desculpas pelo equívoco. Para conhecer o trabalho dele indicamos o seu site e instagram.

“Fotografar, é colocar na mesma linha, a cabeça, o olho e o coração.”
– Henri Cartier-Bresson

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© José Medeiros – Jorge Amado nas ruas de Salvador/BA, em 1959 – Coleção José Medeiros/Acervo Instituto Moreira Salles
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© José Medeiros – Haroldo Costa à frente do elenco de “Orfeu da Conceição”, 1956. Teatro Municipal, Cinelândia, Rio de Janeiro, RJ | Coleção José Medeiros/Acervo Instituto Moreira Salles
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© José Medeiros – Oscar Niemeyer, Tom Jobim, Vinicius de Moraes e sua mulher Lila Bôscoli nos bastidores da estreia de “Orfeu da Conceição”, 1956. Teatro Municipal, Cinelândia, Rio de Janeiro, RJ. | Coleção José Medeiros/Acervo Instituto Moreira Salles
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© José Medeiros – Luiz Carlos Prestes e Graciliano Ramos, c.1949 | Coleção José Medeiros/Acervo Instituto Moreira Salles
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© José Medeiros. Vaqueiros du Nordeste, s.d. Acervo Instituto Moreira Salles
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© José Medeiros. Mercedes Batista et Valter Ribeiro. Rio de Janeiro, Brasil, 1960. Instituto Moreira Salles
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© José Medeiros, Jockey Club, Rio de Janeiro, vers 1950 Instituto Moreira Salles
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© José Medeiros – A Pedra da Gávea, o Morro Dois Irmãos e as praias de Ipanema e Leblon (RJ), 1952 – Coleção José Medeiros/Acervo Instituto Moreira Salles
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© José Medeiros – Circo. Rio de Janeiro. dec. 1950 – Coleção José Medeiros/Acervo Instituto Moreira Salles
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© José Medeiros – Teatro Experimental do Negro. Arinda Serafim e Marina Gonçalves, ensaiando o papel da “velha nativa” em O imperador Jones
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© José Medeiros – Índio Xavante, 1949 – Serra do Roncador, MT | Coleção José Medeiros/Acervo Instituto Moreira Salles
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© José Medeiros – Índio Juruna, 1949. Parque Indígena do Xingu, MT | Coleção José Medeiros/Acervo Instituto Moreira Salles
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© José Medeiros – Índio Caiapó, 1957. Sul do Pará | Coleção José Medeiros/Acervo Instituto Moreira Salles
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© José Medeiros – Índio Caiapó, 1957 | Coleção José Medeiros/Acervo Instituto Moreira Salles
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© José Medeiros – Índio Xavante, 1969. Serra do Roncador, MT | Coleção José Medeiros/Acervo Instituto Moreira Salles
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© José Medeiros – Ritual de iniciação das filhas-de-santo. Bahia, Brasil, 1951. Acervo Instituto Moreira Salles
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© José Medeiros – Iniciação de uma Filha de Santo num Terreiro de Candomblé, 1957. Acervo Instituto Moreira Salles
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José Medeiros com índio Xavante – Serra do Roncador, MT. Acervo Instituto Moreira Salles

BREVE BIOGRAFIA DE JOSÉ MEDEIROS
José Araújo de Medeiros (Teresina PI 1921 – L’Aquila, Itália, 1990). Fotógrafo. Começa a fotografar por volta de 1937 como amador, em sua cidade natal. Em 1939, transfere-se com a família para o Rio de Janeiro, onde trabalha como funcionário público na Companhia de Correios e Telégrafos e no Departamento Nacional do Café. Paralelamente, retrata artistas em um estúdio montado em casa e atua como freelancer para as revistas Tabu e Rio. Em 1946, o fotógrafo francês Jean Manzon (1915 – 1990) o convida para integrar a equipe da revista O Cruzeiro, onde permanece até 1962.

Publica, em 1957, o livro Candomblé, o primeiro a documentar a religião afro-brasileira. Com Flávio Damm (1928) mantém a agência fotográfica Imagem, de 1962 a 1965. Depois, passa a trabalhar como diretor de fotografia de cinema, além de dirigir curtas-metragens e o longa Parceiros da Aventura, 1979. Assina a direção de fotografia de obras clássicas do cinema nacional como A Falecida, 1965, de Leon Hirszman (1937 – 1987); Xica da Silva, 1976, de Cacá Diegues (1940); e Memórias do Cárcere, 1983, de Nelson Pereira dos Santos (1928). No fim da década de 1980, leciona fotografia na Escola Internacional de Cinema de San Antonio de Los Baños, em Havana, Cuba. Em 1986, a Fundação Nacional de Arte – Funarte realiza a mostra retrospectiva José Medeiros, 50 Anos de Fotografia, no Rio de Janeiro, e publica um livro homônimo.
Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural

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José Medeiros/Acervo Instituto Moreira Salles

:: Coleção José Medeiros. IMS.

Livros
:: Olho da rua – o Brasil nas fotos de José Medeiros. de Leonel Kaz. Rio de Janeiro: Aprazível Edições, 2007.
:: José Medeiros – Chroniques brésiliennes. [fotos José Medeiros; textos de Elise Jasmin, Sérgio Burgi, Sérgio Augusto e Samuel Titan Jr.]. Paris: Instituto Moreira Salles; Maison de l’Amérique Latine; Maison Européenne de la Photographie; Éditions Hazan, 2011.
:: O olhar e a palavra – Fotojornalismo de José Medeiros na revista O Cruzeiro. de Ranielle Leal. São Paulo: All Print Editora, 2012.


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