FLÁVIO ASSIS lança LUAR-DO-CHÃO. Com a participação especial de Tiganá Santana, cantor e compositor baiano apresenta álbum que celebra suas origens, com repertório formado por ijexá, aguerê, ilú, coco, capoeira e baião
.
A tradição da filosofia africana, ubuntu, compreende o tempo como trânsito, cujo princípio é a ancestralidade, e, o futuro, seria apenas uma fábula que o Ocidente inventou para sabotar saberes, outros modos de ser e estar no mundo. A partir desta consciência diante da vida, nasce Luar-do-chão, álbum autoral do compositor e musicista baiano, Flávio Assis, que será lançado nas plataformas digitais no dia 25 de agosto.
.
A faixa que dá nome ao disco, é uma referência à obra, Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, do escritor moçambicano, Mia Couto, cuja trama se desenrola na ilha ficcional de Luar-do-Chão. A canção é um samba chula, filho pródigo do recôncavo baiano, das umbigadas que somente as sambadeiras sabem traduzir em fé e festa.“Faço música como forma de anunciar o meu lugar, o meu chão, a minha gente, porque somente assim sei viver a partilha do mundo”, afirma o músico. O repertório do álbum é formado ritmos como o ijexá, o aguerê, o ilú, o coco, a capoeira, e o baião, e traz participações especiais como Tiganá Santana, Yaniel Matos, Aiace, Pastoras do Rosário, Allan Abbadia e Messias Britto.
Gravado no estúdio do selo Juá, em São Paulo-SP, entre outubro de 2022 e maio de 2023, Luar-do-chão, parte da voz e do violão de Flávio Assis, como fio condutores, e conta com os músicos Antônio Porto (baixo e percussão), Cassio Calazans (guitarra), Ricardo Braga (percussão), Cauê Silva (percussão), e Leonardo Mendes (guitarra e viola machete). Ao longo do processo, participações especiais trouxeram novas matizes ao disco, o que garantiu uma imagem sonora repleta de polifonias, como Tiganá Santana (coautoria na faixa, Afrolusa; vocal e declamação de poema original), Aiace (vocais na faixa, Mãe preta), Pastoras do Rosário (coro na faixa, Dona sinhá), Allan Abbadia (trombone na faixa, Oriki de Xangô). Yaniel Matos (violoncelo na faixa, Árvore – a curandeira) e Messias Britto (cavaquinho nas faixas, Bahia, Afro-Sampa e Mãe preta).
.
Nascido em Salvador (BA), compositor e musicista, Flávio Assis foi apresentado ao universo musical através da sua mãe, Eliene (in memoriam), cuja coleção de vinil desfilavam nomes que iam de Roberto Carlos a Luiz Gonzaga, Stevie Wonder a Reginaldo Rossi, de Maria Bethânia a Raul Seixas, Tracy Chapman, Elton John, Waldick Soriano e Odair José. O violão chegou em sua vida aos 12 anos, através do seu pai, Francisco, e então, começou a estudar. Em meados dos anos 2000 Flávio foi introduzido à liturgia e sonoridades do Candomblé do Recôncavo baiano, como o samba chula, o samba de roda, as danças, a fé e a festa, a ancestralidade no canto, no rodopiar dos pés, o choque das umbigadas.
Em 2009, Assis estreou no mercado fonográfico com A cor da noite, com forte influência da cultura afro-brasileira, e que contou com a participação especial do cantor e compositor Chico César. Flávio é mestre em ciências humanas pela faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – FFLCH/USP, e se dedica a pesquisar sobre educação decolonial e relações étnico-raciais, além de lecionar em São Paulo, onde vive desde 2013.
DISCO ‘LUAR-DO-CHÃO’ • Flávio Assis • Selo Juá / Tratore • 2023
Canções / compositor
1. Benção, Makota Valdina / Malungagem (Flávio Assis)
2. Oriki de Xangô (Flávio Assis)
3. Árvore, a curandeira (Flávio Assis)
4. Luar-do-chão (Flávio Assis)
5. Sobre peões e cidade (Flávio Assis)
6. Afrolusa (Flávio Assis) | Participação especial: Tiganá Santana
7. Benjamin Onirê (Flávio Assis)
8. Mãe preta (Flávio Assis) | Participação especial: Aiace
9. Samba atemporal (Flávio Assis)
10. A ribeira e o caminho (Flávio Assis)
11. Azulou (Flávio Assis)
12. Boi de Reis (Flávio Assis)
13. Dona Sinhá (Flávio Assis) | Participação especial: Pastoras do Rosário
– ficha técnica –
Flávio Assis (voz e violão nylon) | Antônio Porto (baixo elétrico e percussão) | Cássio Calazans (guitarra elétrica) | Ricardo Braga (percussão) | Leonardo Mendes (guitarra elétrica e viola machete) | Cauê Silva (percussão) | Allan Abbadia (trombone) | Yaniel Matos (violoncelo) | Messias Britto (cavaquinho) | Tiganá Santana (participação especial na faixa, Afrolusa) | Aiace (participação especial – voz – na faixa, Mãe preta) | Pastoras do Rosário (coro na faixa, Dona sinhá) / Regência no coro das Pastoras do Rosário: Ronaldo Gama || Concepção artística e musical: Flávio Assis | Direção executiva, captação, edições, mixagem e masterização: Alencar Martins | Assistente de gravação: Paulo Gianini | Gravadora – Selo Juá Studio, editado, mixado e masterizado no estúdio Juá, em São Paulo/SP, entre outubro de 2022 e junho de 2023 | Arte de capa: ©Jeff Alan | Foto de divulgação: ©Luan Cardoso | Assessoria de imprensa: Débora Venturini | Selo: Juá | Distribuição: Tratore | Formato: CD / Digital | Ano: 2023 | Lançamento: 25 de agosto | #* Ouça o álbum: clique aqui.
.
.
>> Flávio Assis na rede: Youtube | Instagram | Facebook
.
Série: Discografia da Música Brasileira / MPB / Canção / ijexá, aguerê, ilú, coco, capoeira e baião.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske
Uma certa doçura, um país carregado de história política e cultural. Imagens vêm instantaneamente à…
Velha D+ reflete sobre feminismo e etarismo. Montagem gaúcha tem direção de Bob Bahlis, atuação…
No dia em que celebramos o Dia Nacional da Umbanda, 15 de Novembro, o cantor…
Depois de estrear no CCSP, a peça-instalação 'A Bailarina Fantasma' retorna ao espaço intimista onde…
Single ‘Esperanto’ anuncia o álbum da poeta e letrista Lúcia Santos, que ainda tem Anastácia,…
Uma trilha viajante, vinda no rastro do tempo, pega o ouvido para passear na nova…