Com quase 40 anos de carreira artística, cantora apresenta seu 5.º disco – o primeiro totalmente dedicado ao avô, Vinicius de Moraes. Com 12 faixas e arranjos de João Donato (1932-2023) e Guto Wirtti, o trabalho conta as participações de Camila Pitanga, Jussara Silveira, Luciana Alves, Mart’nália, Clara Buarque e Zé Manoel, além de um “coro ancestral”
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Mariana de Moraes celebra afetos atemporais em Vinicius de Mariana, seu 5.º disco – o primeiro totalmente dedicado ao avô, Vinicius de Moraes, que neste ano faria 110 anos. O lançamento será no dia 27 de outubro pelo Selo Sesc.
Com 12 faixas, o disco reverencia a ancestralidade, a amizade, a justiça e a esperança em um repertório que abraça os maiores ídolos de Vinicius e que também foram seus amigos e parceiros: Pixinguinha, Toquinho, Chico Buarque, Edu Lobo, Carlos e Baden Powell: “E também os que se encantaram, como meu pai, Pedro de Moraes, os mestres Gal Costa, João Gilberto, Miúcha, José Celso Martinez Corrêa e João Donato, que assina os arranjos. Talvez tenha sido o último e o primeiro trabalho em muito tempo que o Donato fez para outra pessoa além dele mesmo. Quanta sorte tê-lo conosco!”, complementa Mariana.
Vinicius de Mariana também comemora o presente, aplaudindo os 79 anos de Chico Buarque e os 82 anos do percussionista Robertinho Silva, que participam do disco, e os 90 anos recém completados de Carlos Lyra, parceiro de Vinicius em “Maria Moita”, música de denúncia à opressão feminina histórica (“Meu pai dormia em cama/ Minha mãe no pisador”) e clama pela justiça social (“O rico acorda tarde, já começa resingar / O pobre acorda cedo, já começa trabalhar” e o futuro, com a participação de um coro íntimo e ancestral, como detalha Mariana: “São sete mulheres do meu coração: Camila Pitanga, Luciana Alves, Jussara Silveira, Mart’nália, Maria Luíza, minha filha, Antônia, minha filha postiça, filha de Camila Pitanga, Clara Buarque e mais as ancestralidades de Vinicius, Martinho da Vila, Antônio Pitanga, Chico Buarque e de todas…”.
Maria Luiza e Antônia Pitanga também participam de “Eu não existo sem você”, célebre parceria com Tom Jobim, que tem em sua introdução um trecho da fala de Tom Jobim no documentário Vinicius de Moraes – Um rapaz de família (1983) e ainda inserções de barulhos de bebê por Rara Bernardes Jeneci, filha do músico Marcelo Jeneci, que participa tocando sanfona. Também participam dos coros: Nina Becker, Joana Queiroz, Nina Wirtti, Aurora Alves (filha de Lu Alves e Guto Wirtti e neta do Maestro Zé Pitoco) e Luisa Moraes.
Para além dessa rede, como escreve o jornalista Leonardo Lichote no encarte do disco, “há outras ancestralidades ali: toda uma rede de músicos e afetos erguendo o álbum. No centro dela, o núcleo que Mariana batizou de ´Sexteto do Amor Total´: Carlinhos 7 Cordas, Joana Queiroz, Robertinho Silva, Thiago Silva e Zé Manoel e Guto Wirtti.
Há, também, o abraço de Vinicius à condição humana em versos que, escritos há décadas, são capazes de aquecer as friezas deste Brasil de 2022. Porque Vinicius de Mariana é um disco de hoje e para hoje.
Nas 12 canções, número de Xangô, orixá da justiça que rege o álbum. O ´Canto do Caboclo da Pedra Preta´ abre caminhos instaurando a atmosfera afirmativa da alegria da dança como filosofia — atmosfera que se estende até a última nota do disco, mesmo nos momentos em que se canta o sofrer.
Os arranjos de João Donato e Guto Wirtti evocam heranças de Brasis negros que forjaram essa filosofia e musicalidade: o terreiro e a Tabajara, a Rumpilezz e Moacir Santos, Pixinguinha e o samba-de-roda”. “Canto de Xangô” chega com a saudação em yorubá de Mariana. Sopros e atabaques costuram o terreiro camerístico para o canto de Zé Manoel e Clara Buarque a afirmar: “Eu sou negro de cor/ Mas tudo é só amor em mim”, “Mas amar é sofrer/ Amar é morrer de dor/ Xangô meu senhor, saravá/ Me faça sofrer/ Ah, me faça de morrer/ Mas me faça morrer de amar”.
“Vinicius de Mariana” foi concebido e produzido durante a pandemia de Covid-19, período difícil para todo o mundo e para nosso país, em particular. Nesse contexto, ouvir o disco pode causar uma sensação de “saudades do Brasil”. Esperamos que o sentimento não seja apenas nostálgico, mas que estimule a valorização de nossas culturas brasileiras, que permanecem riquíssimas e que seguem inspirando novos artistas, assim como inspiraram um de nossos mais geniais poetas, digno desta e de outras tantas homenagens”, completa Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo.
DISCO ‘VINICIUS DE MARIANA’ • Mariana de Moraes • Selo Sesc • 2023
Canções / compositores
1. Canto de Pedra Preta (Baden Powell e Vinicius de Moraes) / Incidental obra musical Além do Amor
2. Canto de Xangô (Baden Powell e Vinicius de Moraes) | Participação especial Zé Manoel, Clara Buarque (voz) e Aurora Alves e Luisa Moraes (coro crianças)
3. Maria Moita (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes) | Participação especial Camila Pitanga, Jussara Silveira e Mart’nália (voz)
—- Excertos do poema ‘O Desespero da Piedade’, de Vinicius de Moraes
4. Tristeza e solidão (Baden Powell e Vinicius de Moraes)
5. Arrastão (Edu Lobo e Vinicius de Moraes) | Participação especial Luciana Alves
—- Poema ‘Marinha’, de Vinicius de Moraes
6. Quando a noite me entende (Antônio Maria e Vinicius de Moraes)
—– trecho da fala de Vinicius de Moraes no documentário Vinicius de Moraes – Um rapaz de família (1983)
7. Só me fez bem (Edu Lobo e Vinicius de Moraes)
8. Desalento (Chico Buarque e Vinicius de Moraes) | Participação especial Chico Buarque (voz)
9. Marcha da quarta-feira de cinzas (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes)
10. Onde anda você (Hermano Silva e Vinicius de Moraes) | Participação especial Zé Manoel (voz)
11. Eu não existo sem você (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) | Participação especial Antônia Pitanga e Maria Luiza de Moraes (voz) Rara Bernardes Jeneci (voz de bebê)
—– Introdução – Trecho da fala de Tom Jobim no documentário Vinicius de Moraes – Um rapaz de família (1983)
12. Mundo melhor (Pixinguinha e Vinicius de Moraes)
– ficha técnica –
Mariana de Moraes (voz – fx. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12) | Robertinho Silva (agogô – fx. 1, 8, 10, 12; caxixi – fx. 1, 2, 3; efeitos – fx. 2, 3, 5; udu – fx. 2; atabaques – fx. 2, 3, 8; atabaque – fx. 4, 10; ganzá – fx. 4; ganzés – fx. 8; berimbau – fx. 5; bateria – fx. 6, 7, 10, 11; tamborim – fx. 12) | Thiago Silva (atabaque – fx. 1, 12; pandeiro – fx. 1; bateria – fx. 2, 3, 4, 5, 8, 9) | Carlinhos 7 Cordas (violão – fx. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12; violões – fx. 7, 9; voz – fx. 8; violão de 7 cordas – fx. 12) | Guto Wirtti (contrabaixo – fx. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12; agogô – fx. 1; caxixi – fx. 1, 12; prato e faca – fx. 1; tamborins – fx. 1; reco-reco – fx. 1; palmas – fx. 1; piano fender rhodes – fx. 5; vocal – fx. 8; ganzá – fx. 12; palmas – fx. 12) | Joana Queiroz (clarone – fx. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11, 12; clarinete – fx. 1, 5, 9, 10, 11, 12) | Marlon Sette (trombone – fx. 1, 2, 3, 4, 8, 9, 10) | José Arimatéa (trompete – fx. 1, 2, 3, 4, 8, 9, 10; flugelhorn solo – fx. 7; flugelhorn – fx. 10) | Ricardo Pontes (flautas – fx. 1, 9, 10) | Zé Manoel (piano acústico – fx. 2, 4, 5, 6, 7, 8, 12; piano fender rhodes – fx. 3, 6) | João Donato (piano acústico – fx. 9, 10, 11; piano Fender Rhodes – fx. 9) | Marcelo Jeneci (sanfona – fx. 11) || Quarteto de cordas (fx. 6) – Renata Neves (violino); Inah Kurrels (violino); Clara Santos (viola); Maria Clara Valle (violoncelo) || Coro (fx. 1): Clara Buarque, Luciana Alves, Maria Luiza de Moraes e Nina Wirtti || Coro (fx. 2): Joana Queiroz, Luciana Alves, Nina Becker, Maria Luiza de Moraes e Clara Buarque || Coro (fx. 3, 9): Antônia Pitanga, Camila Pitanga, Clara Buarque, Maria Luiza de Moraes, Jussara Silveira, Luciana Alves e Mart’nália || Coro (fx. 5): Guto Wirtti, Joana Queiroz, Luciana Alves, Mariana de Moraes, Nina Becker e Zé Manoel || Coro (fx. 12): Joana Queiroz, Luciana Alves e Nina Becker || Faixa 12: Introdução tímpanos, glockenspiel, piano acústico e piano fender rhodes || Arranjos: João Donato (fx. 1, 3, 9, 10, 11) | Guto Wirtti (fx. 2, 4, 5, 6, 7, 8, 12) || Produção musical: Guto Wirtti e Mariana de Moraes | Direção artística, pesquisa de repertório: Leo Pereda, Mariana de Moraes e Guto Wirtti | Gravação e mixagem: Duda Mello | Produção executiva: Circus Produções Culturais | Diretor de produção: Guto Ruocco | Produção: Flávio Loureiro / Rio de Janeiro | Pós produção: Marina Novelli | Filmagem: Vicente Zirretta | Preparação vocal e fonoterapia: Lucia Gayotto | Fotos: Vicente Zirreta | Foto capa: Vera Barreto Leite Valdez | Gravado no Rio de Janeiro nos estúdios Cia dos Técnicos e Rockit entre outubro de 2021 e janeiro de 2022, por Duda Mello | Gravado em Salvador no estúdio Ilha dos Sapos em fevereiro de 2022 por Thiago Pulgas | Auxiliar técnico: Uelinton Cerqueira (Leninho) | Gestora do estúdio: Cleise Almeida | Mixagem: Duda Mello (entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022) | Masterização: Carlinhos Freitas no estúdio Classic Master (EUA), em fevereiro de 2022 | Assistente de estúdio: Raphael Rui Castro / Cia dos Técnicos | Roadie: Júlio Diniz (Robertinho Silva) | Transporte: Zé da Kombi | Alimentação: Sabrina Santos e Yasmin Herdy (Marmite-se) || Assessoria de imprensa: Cristiane Batista / Grená Agência de Criação – Selo Sesc || Assessoria de imprensa (Mariana de Moraes): Lupa Comunicação || Selo: Sesc | Distribuição: Tratore | Formato: CD / Digital | Ano: 2023 | Lançamento: 27 de outubro | #* Ouça o álbum: plataformas de streaming e Sesc Digital
Mariana para Vinicius de Mariana
por Mariana de Moraes
“Respeite minha dor, não cante agora. Perdi meu grande amor faz uma hora.” Luto, samba de Nelson Cavaquinho… Sinto que nesse momento, esse luto não é só meu, é de todos nós… Mas Vinicius, nosso avô Vinicius, vem e nos atiça. “E no entanto é preciso cantar. Mais que nunca é preciso cantar. É preciso cantar e alegrar a cidade.”
Tantos e tão imensos seres sensíveis e belos, almas raras e poéticas se foram. Pessoas que ajudaram a fundar o melhor em nós. Pessoas simples. Pessoas complexas e simples.
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Quem se vai vira um encantado, um ancestral que está conosco, não mais em presença material, mas ao nosso lado para conversas, conselhos, trocas e amor. E neste tempo dilatado em que o luto se fez presente.
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Se encantou meu pai, Pedro de Moraes, que me ensinou seu olhar ético, estético e humano e Gal Costa, amor de nossa vida, mestra do meu canto e João Gilberto nosso mestre e Miucha nossa alegria. A eles devo simplesmente minha vida e minha profissão. Saravá meu pai! Saravá mainha!
Se foi João Donato. Mestre total. Ele é nosso maestro nesse disco, que talvez seja o último em que esteve como arranjador. Quanta sorte tê-lo conosco nesse trabalho, naquele outubro. Quanta alegria você nos deu. Somos imensamente gratos a você e Ivone pela generosidade. Como você dizia, “Não sei vocês, mas eu arrasei”. E arrasou mesmo, em tudo que fez. Saravá amigo, mestre, meu tudo… te amo.
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Outro Xamã se foi. José Celso Martinez Correa, Exu das artes cênicas. Para este disco ele deu a única canção desconhecida, canção que ele amava e insistia para que eu cantasse quando fosse celebrar meu avô. Você que forjou meu corpo no teatro e na vida e me fez de verdade atriz, artista nos múltiplos sentidos desse ofício poético, radical, vivo. E me ensinou tanto da música, tantos sambas, canções. Tanto. Somos imensamente gratos a você, Marcelo Drumond e ao Teatro Oficina, seus coros e protagonistas. Saravá. Cara! Simplesmente por causa de você fiquei amiga de Grande Otelo. Como te agradecer…
Que o legado dos que abençoaram esse disco, nos dê força, esperança, alegria para lutar e transformar toda dor, todo luto dessa pandemia, desse pandemônio, desse país tão desolado, agora e há tantos séculos…
Um povo que apesar de tudo, insiste em cantar, compor, viver, criar belezas e lutar por justiça.
Xangô, o Rei que ama, cuide de nós e nos traga vitória.
Iansã, nos dê coragem e acalente as almas que nos deixaram.
Oxalá, nos cubra com sua paz.
Exu, nosso guardião, proteja nossos corpos.
“Seja pedra, seja bicho, seja humano.”
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Peço a benção aos povos originários de nosso continente e aos povos originários do continente africano, sábios e potentes, que fazem da nossa música, ouso dizer, o mais rico bem cultural deste vastíssimo território chamado “Brasil”.
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Fazer esse disco com o Sesc, além de uma alegria, foi uma escolha consciente que honra a democratização do bem cultural. Saravá Sesc!
Como diz Jorge Mautner, “O resto me entenda, é desconcentração de renda.”
Viva a Vida! Viva os 110 anos de Vinicius de Moraes!
Mariana de Moraes
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Aos encantados Marielle Franco, Miucha, João Gilberto, Cafi, Marília e Moraes Moreira, Tio Helius, Elton Medeiros, Elza Soares, Maria e Luiza Barreto Leite, Leila Diniz, Rita Lee, Wally Salomão, Luciana e Susana de Moraes…e desejos de saúde, paz e alegrias para Alaíde Costa, Anielle Franco, Marina Silva, Sonia Guajajara, Vera Barreto Leite Valdez, Fernanda Montenegro, Sidarta Ribeiro, Ailton Krenak, Erika Hilton, Robertinho Silva, Danilo Miranda, Macalé, Gilberto Gil, Chico Buarque, Paulinho da Viola… uma lista sem fim de gentes, aldeias, lideranças, artistas, jornalistas, sambistas… toda gente que luta por justiça, igualdade, com respeito e amor a natureza.
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SOBRE O SELO SESC
Desde 2004 o Selo Sesc traz a público obras que revelam a diversidade e a amplitude da produção artística brasileira, tanto em obras contemporâneas quanto naquelas que repercutem a memória cultural, estabelecendo diálogos entre a inovação e o histórico. Em catálogo, constam álbuns em formatos físico e digital que vão de registros folclóricos às realizações atuais da música de concerto, passando pelas vertentes da música popular e projetos especiais. Entre as obras audiovisuais em DVD, destacam-se a convergência de linguagens e a abordagem de diferentes aspectos da música, da literatura, da dança e das artes visuais. Os títulos estão disponíveis nas principais plataformas de áudio, Sesc Digital e Lojas Sesc.
SOBRE O SESC SÃO PAULO
Com 76 anos de atuação, o Sesc – Serviço Social do Comércio conta com uma rede de 40 unidades operacionais no estado de São Paulo e desenvolve ações com o objetivo de promover bem-estar e qualidade de vida aos trabalhadores do comércio, serviços, turismo e para toda a sociedade. Mantido pelos empresários do setor, o Sesc é uma entidade privada que atua nas dimensões físico-esportiva, meio ambiente, saúde, odontologia, turismo social, artes, alimentação e segurança alimentar, inclusão, diversidade e cidadania. As iniciativas da instituição partem das perspectivas cultural e educativa voltadas para todas as faixas etárias, com o objetivo de contribuir para experiências mais duradouras e significativas. São atendidas nas unidades do estado de São Paulo cerca de 30 milhões de pessoas por ano. Hoje, aproximadamente 50 organizações nacionais e internacionais do campo das artes, esportes, cultura, saúde, meio ambiente, turismo, serviço social e direitos humanos contam com representantes do Sesc São Paulo em suas instâncias consultivas e deliberativas. Mais informações, clique aqui.
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Série: Discografia da Música Brasileira / MPB / Álbum.
* Publicado por ©Elfi Kürten Fenske
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